Estes são os meus irmãos animais, entre todos os outros.
Partilhamos o mesmo Planeta. Temos as mesmas necessidades vitais.
Respiramos o mesmo ar. Somos aquecidos pelo mesmo Sol. Iluminados pela mesma Lua...
Somos filhos da mesma Mãe Natureza.
Mas Portugal é ainda um país primitivo, onde é permitido que psicopatas torturem animais não-humanos, em episódios, a que chamam "espectáculos", cruéis, macabros, violentos, desumanos, medievais, sanguinários...
Em nome de quê?
Isabel A. Ferreira
Origem da imagem: Internet
Hoje, 21 de Março, celebra-se o Dia Internacional da Floresta e o Dia Mundial da Árvore.
Poema ao Verde
Todos os anos fala-se, fala-se, fala-se, mas nada se faz para preservar as Florestas e proteger as Árvores das cidades, vilas e aldeias de Portugal.
É triste assistir a esta notória e acelerada degradação do Ambiente, a este insulto à nossa Mãe Natureza.
Numa petição que corre por aí intitulada «Contra o corte ou poda indiscriminados das árvores em Portugal» e que podem assinar aqui:
lê-se o seguinte:
«Assiste-se, desde há uns meses, ao corte indiscriminado e/ou poda das árvores em ambiente urbano, em jardins e ladeando avenidas e estradas sem explicação cabal e de forma arbitrária e criminosa, deixando os locais vazios e as árvores podadas como se fossem tocos estropiados estendidos para o céu. Será que quem está a tratar destes assuntos está habilitado para o fazer, os técnicos camarários estão capacitados para os cargos que tão levianamente exercem? Não seria preferível parar está hemorragia e averiguar o que está a correr mal???»
Pois é, algo está a correr muito mal, na República de Portugal, e não só a este respeito.
O Ministério do Ambiente (entre outros) faz-que-faz, fala demasiado, mas a acção é sempre quase ZERO. Hoje, o ministro do Ambiente e da Ação Climática foi plantar umas árvores para o Alentejo, e a acção vai limitar-se a isso? Que política florestal e arbórea está a ser implementada, de facto, para defender as nossas Florestas e as nossas Árvores?
Daí que hoje, infelizmente, nada há a celebrar no que respeita a Florestas e Árvores, neste nosso País de faz-de-conta-que-se-faz.
No entanto, deixo aqui este ALERTA, e esta intimação:
Amem as Árvores como a vós mesmos, porque as Árvores são VIDA.
Para saberem mais sobre a desgraça que por aí vai quanto à febre maligna que ataca as autarquias portuguesas, cliquem no link abaixo:
Plataforma Em Defesa das Árvores
Isabel A. Ferreira
Com as melhores esperanças num futuro mais condizente com a Essência Humana, que agora está ser posta à prova, a partir de um ser microscópico.
Fonte:
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10157661820129713&set=a.10151426830229713&type=3&theater
Essa é que é essa!
Só que a mentalidade dos homens não consegue alcançar esta mensagem, que a Mãe Natureza veio dar ao mundo, como uma forte chicotada, uma vez que os homens não têm ligado nenhuma para as outras mensagens que ela nos tem dado, nos últimos tempos.
A hora é de ACORDAR!
Isabel A. Ferreira
"Ser poeta é ser mais alto"
Um inspirado texto de Teresa Botelho, a propósito da fúria do poeta, em relação ao aumento do IVA das Touradas. Relembrar, para não esquecer.
Sim, ser poeta é ser mais alto, é ser maior do que os homens, infelizmente, existem “poetas” (e como é possível?) que passam a poetas menores, quando elogiam, aplaudem e apoiam a tortura de Touros, achando que tal barbárie é cultura.
Faço minhas todas as palavras da Teresa Botelho.
Isabel A. Ferreira
Texto de Teresa Botelho
«Que dirias tu, Florbela Espanca, se tivesses conseguido respirar a aragem da igualdade e da consciencialização que este novo século nos trouxe?
Que dirias tu, mulher de sensibilidade à flor da pele, se este século tivesse conseguido dar uns passos atrás para te explicar que o amor ao próximo pode ter outros focos que não apenas aquele que tu sentiste e pelo qual morreste?
Que dirias tu amiga, se soubesses que "ser poeta", nem sempre "é ser mais alto" quando se mistura poesia com violência, sadismo, ódio e sangue...
Que dirias tu então de um artista com sensibilidade de fachada que usou a sua habilidade poética para se promover à custa de um povo carente de liberdades, pisado, humilhado e reprimido durante mais de quarenta anos, para se pavonear entre condecorações e honrarias enquanto vai usufruindo subvenções mensais que ultrapassam os cerca de 8 salários mínimos de qualquer trabalhador?
Que dirias tu ainda, se eu te dissesse que a democracia de hoje, é como a de certos poetas, cuja coerência de sentimentos, apenas desacreditam o que um dia escreveram, movidos por outros interesses que lhe alimentam o espírito devasso, doentio e incoerente?
Há fascistas mascarados de democratas, porque precisam adicionar conteúdos de vanguarda às suas personalidades tacanhas, mas cuja noção de democracia, só existe para conforto dos seus egos mesquinhos. É isso que se passa com um certo "poeta alegre", ensandecido pela perspectiva de perder o sádico gozo da caça e o espectáculo macabro de nobres herbívoros sangrados por cobardes "gladiadores" reluzentes, em arenas tristemente legalizadas.
É assim que se atraiçoam os valores culturais e civilizacionais de um povo que ao contrário do que alguns pensam, cresceu, passando a condenar essa violência gratuita, comparticipada e apoiada por um Estado retrógrado e imoral, composto por farsantes e parasitas avessos à evolução ética de um país que tão tristemente manipulam para seu próprio beneficio.
Foi a um "poeta" traidor, a quem a idade aguçou a ambição que assistimos, numa certa campanha eleitoral à presidência da República, feita de verónicas, cavaleiros e pegas de caras que a moral triunfou com uns quantos pares de bandarilhas negras, cravadas sem erro no seu velho lombo flácido!
Como deve ter sido difícil e doloroso perder a pose perante tão cruel derrota e como deve ser difícil dar a mão à palmatória e ter que aceitar que os tempos mudaram e que o "outro", não é apenas um "poeta alegre" presunçoso de copo cheio que vive de mordomias, mas também o é o touro que se esvai em sangue e cuja poesia existia na música ritmada do seu chocalho, enquanto petisca a erva fresca que a Mãe Natureza tão generosamente lhe ofereceu!»
Fonte:
https://www.facebook.com/terezabotelho/posts/2951034341625360
Como ousaram roubar os sonhos e a infância de GRETA THUNBERG (e de todas as crianças do mundo?)
Como ousaram?
O discurso de Greta Thunberg, na Assembleia Geral da ONU, sobre as alterações climáticas, esmaga os hominídeos predadores que, só pensando em dinheiro, estão a destruir o futuro das novas gerações.
Obrigada, Greta, pela tua coragem. Tu és maior do que todos os hominídeos predadores, que estão a destruir o Planeta que nós partilhamos com todos os outros animais e plantas.
Os hominídeos predadores bem podem estrebuchar. O caos que se vive actualmente, por todo o mundo, faz parte da MUDANÇA que aí vem. A MÃE NATUREZA está viva. Nós morreremos. Mas ela, não. É eterna, e renova-se, queiram ou não queiram os hominídeos.
E essa renovação já começou, pela voz da jovem Greta Thunberg.
Thank you, Greta, for your courage. You are GREATER than all predatory hominids who are destroying the Planet that we share with all other animals and plants.
Eis um comentário que vou responder com um texto que escrevi, no meu livro Manual de Civilidade, e espero que o Tomás Tudela entenda que não é o dono do mundo, mas simplesmente uma pequena partícula do Universo, que se a Mãe Natureza quiser esmagar, esmaga sem que ele nada possa fazer.
Nem sei como é possível existir alguém que pense como o Tomás Tudela, nos tempos que correm…
É de PASMAR!
Tomás Tudela, deixou um comentário ao post Feira medieval na freguesia de São Pedro de Sintra às 19:04, 2013-07-28.
Comentário:
A Isabel insiste em confudir seres humanos com os restantes animais e em colocá-los no mesmo patamar. Na comunidade internacional, a DUDA não tem o mesmo valor que a DUDH, e o mesmo se passa no nosso país e em muitos outros países. A DUDH é foi proclamada e aprovava pela ONU, com o apoio do nosso País. A DUDH consagra um conjunto de princípios que se impostos a todos os países pela comunidade internacional e está consagrada na nossa Constituição. Portugal não assumiu compromisso nenhum relativamente à DUDA. Eu não tenho o mesmo valor que um animal, por isso não faz sentido a Isabel tentar comparar a minha vida à vida dos animais. Os seres humanos não podem usar cavalos para o Hipismo, nem burros ou póneis para o trabalho? O entretenimento de crianças, neste caso, é o trabalho do dono do burro ou do pónei. Podemos ter cães em casa, ou isso é uma crueldade e um atentado à liberdade dos cães? Os animais não nascem com direitos invioláveis, dotados por qualquer entidade divina. Isabel, o facto de os animais nascerem selvagens ou livres não significa que tenham que o ser. Não significa que os seres humanos não os possam utilizar. Senão o ser humano também não podia utlizar as florestas, os campos, os mares ou os rios. Qual é o propósito desssa coisas? O propósito dessas coisas, tal como dos burros e dos póneis, é aquele que os seres humanos quiserem que seja. Os seres humanos são um fim em si próprios. Os animais têm o fim que os seres humanos lhes atribuam. A Razão separa-nos.
***
Primeira noção: O Respeito
«Não faças aos outros o que não gostas que te façam a ti»
A primeira noção a reter é a do respeito.
O que é o respeito?
É a consideração pelo outro. Quem é o outro? É tudo o que existe à nossa volta. Tudo o que faz parte do nosso mundo, da nossa vida: pessoas, animais, plantas, águas, ar, terra, enfim, todas as coisas, o que é nosso, por exemplo, a chávena por onde tomamos o leite, e o que não é nosso, ou seja, a chávena por onde o nosso irmão toma o seu leite.
O Respeito está na base do equilíbrio de todo o Universo. Se o Sol não respeitasse a Lua, se a Lua não respeitasse as estrelas, se as estrelas não respeitassem os planetas, se os planetas não respeitassem o Sol, o Sol talvez não respeitasse a Terra e provavelmente morreríamos queimados, num dia em que ele – o Sol – acordasse mal disposto.
A noção de Respeito está intimamente ligada ao princípio: «não faças aos outros o que não gostas que te façam a ti».
Repara:
Se não gostas que te rasguem as carnes com um punhal ou com outra coisa qualquer, deves rasgar as carnes de outro ser com um punhal ou com outra coisa qualquer?
Se não gostas que cuspam no teu prato de sopa, deves cuspir no prato de sopa de quem contigo come à mesma mesa, ou na mesa ao lado?
Todas as pessoas têm Direitos. Todas as pessoas têm também Deveres. Só podes exigir que respeitem os teus direitos, se respeitares os direitos dos outros. E esse respeito que deves aos outros é apenas um dos teus muitos deveres.
Terás o direito de exigir respeito, se não respeitas o tudo que te rodeia?
Lembra-te de que não és a única criatura do mundo. Há os outros seres, com quem tens a obrigação de partilhar o Planeta, que não é apenas teu. Tu não és a medida de todas as coisas. O erro maior do homem foi um dia julgar-se o centro do mundo.
Todavia, o homem não passa de mais uma criatura entre milhares de outras criaturas, que antes dele já existiam.
O equilíbrio do Universo depende também do teu equilíbrio.
Primeira condição para saberes respeitar: começa por te respeitar a ti próprio, dizendo: «Sou uma pessoa, não importa se feia, se bonita. O que importa é que sou uma pessoa, e devo respeitar o que sou, para ser digno de mim mesmo e, a partir daí, digno de todos os outros seres».
A noção de respeito aparecerá muitas vezes ao longo deste Manual, porque o respeito é a medida de todas as nossas atitudes.
in «Manual de Civilidade» © Isabel A. Ferreira
*
Tomás Tudela conclui: «Os seres humanos são um fim em si próprios. Os animais têm o fim que os seres humanos lhes atribuam. A Razão separa-nos.»
Engana-se, Tomás Tudela: os animais não têm o fim que os seres humanos lhes atribuem. Os animais, infelizmente, têm o fim que os seres desumanos e desprovidos de razão lhes atribuem. assim é que é. Não se esqueça de que o Planeta pertence aos animais não-humanos, que nele apareceram muito antes do homem. O homem chegou para destruir o equilíbrio ecológico que então existia. Quando o homem desaparecer da face da Terra, os animais não-humanos continuarão a habitá-la e a viver então mais tranquilamente, livres da acção perniciosa do desumano e irracional homem-predador.
Isabel A. Ferreira
Todos os anos, há uns anos a esta parte, o inconcebível acontece.
Mas desta vez, perderam-se demasiadas vidas (humanas e não humanas), para podermos calar a desgraça.
E a culpa foi da trovoada seca?
Desde que o mundo é mundo, a trovoada seca é tão natural como a chuva, a tempestade, o calor, o frio, o fogo, a neve, o vento, os terramotos, as erupções vulcânicas, os tsunamis, enfim, é tão natural como todas as grandiosas manifestações da Mãe Natureza, contra as quais o homem, que se julga o todo poderoso dono do mundo, nada pode.
E quando a Mãe Natureza se manifesta desta forma tão poderosa, é porque alguma coisa vai mal. E o homem chora, mas não aprende nada com estes sinais tão claros, de um Poder maior do que todos os poderes humanos.
Origem da imagem:
Desta vez, perderam-se demasiadas vidas (humanas e não humanas), floresta, habitações, pomares, searas, bens materiais, como se a fauna e a flora portuguesas, e tudo o resto não merecessem o olhar dos governantes.
Culpa-se o clima, as trovoadas secas, o vento, mãos criminosas, a falta de chuva, a falta de bombeiros, a falta de meios (terrestes e aéreos), culpa-se tudo, excepto a falta de uma Política Florestal e Ambiental, apta a minimizar as consequências naturais das Forças da Natureza, que o homem não pode evitar, mas pode atenuar.
Dispensaram-se os Guardas Florestais, os Engenheiros Florestais, os Biólogos Ambientais, como se Portugal não tivesse uma mancha florestal considerável. E dispensaram-se os guardiães das Florestas por causa da inexistência de verbas que são desviadas para o que é completamente dispensável, porque inútil?
Portugal arde. Extingue-se em várias frentes. E não só devido aos fogos florestais. Estamos a perder muito mais do que fauna e flora.
Todos os anos, há uns anos a esta parte, Portugal vai perdendo floresta e fauna autóctone, debaixo das barbas dos irresponsáveis políticos que, mal acaba o perigo, e depois de prometidas medidas, esquecem-se de que as prometeram e tudo volta à estaca zero.
Este ano, a reacção da Mãe Natureza contra a ineficácia humana foi implacável. Este ano, a Mãe Natureza fez lembrar ao homem de que quem manda nestas coisas é uma Força maior do que a força humana, por isso há que abrandar os desmandos dos homens.
E Pedrógão Grande incendiou-se, e demasiadas vidas (humanas e não humanas) foram ceifadas. Esperemos que não inutilmente.
Esperemos que todos, todos, políticos e povo, tivessem lido nas entrelinhas desta tragédia, o grande recado que a Mãe Natureza nos enviou.
O próprio povo, tem-se estado nas tintas para o que deve fazer. Acredita piamente nas falsas promessas que lhe fazem os políticos, e não actua como devia actuar.
A trovoada seca, que dizem estar na origem desta tragédia, poderia ser evitada? Obviamente que não. Os homens não têm poder para tal.
Porém, a tragédia poderia ser minorada? Poderia, se houvesse uma Política Florestal e Ambiental séria e coordenada.
Incêndios florestais sempre existiram desde o início dos tempos. São naturais. São necessários.
O que não é natural, nem necessário é a perda das vidas humanas e não humanas provocadas pelo desleixo a que as nossas florestas estão votadas.
Que esta tragédia possa servir para mudar a política. Para mudar a atitude do povo. Para abrir os olhos dos que se julgam “poderosos”.
Os meus mais sentidos pêsames a todos os que perderam os seus familiares e amigos e vizinhos, nesta tragédia.
E o meu mais veemente apelo aos governantes do meu País: mudem de atitude. Prendam-se ao que é essencial. Dediquem os vossos esforços a políticas de VIDA, não a políticas de MORTE.
Isabel A. Ferreira
Esta extraordinária foto foi tirada por Avinash Lodhi, em Jabalphur, na Índia.
Diz o fotógrafo: «Esta fotografia diz-me muito porque em toda a minha carreira como fotógrafo nunca vi nada assim. Foi tudo tão rápido que nem me apercebi do que estava a acontecer quando a tirei, mas assim que olhei para ela fiquei em silêncio durante uma hora. É um momento raro, especialmente entre animais».
E ainda há quem ache que os animais não sentem dor, não têm sentimentos, nem se emocionam.
É preciso ser-se muito ignorante e não ter um pingo de essência animal, para desconhecer uma tão óbvia verdade.
Origem da foto:
Esta mãe, ao ver o seu filho sem sentidos, provavelmente morto, expressou deste modo “humano” a dor que então sentiu.
Na selva, não há hospitais, e os animais não-humanos não têm como saber do estado de saúde uns dos outros. Mas a Mãe Natureza é sábia. O bebé macaco recuperou os sentidos e viveu.
Mas entre um momento e outro, o sofrimento desta mãe, que ficou perpetuado nesta magnífica foto, está estampado na sua expressão profundamente dolorosa, que apenas os idiotas não conseguem observar.
É por estas e por outras que não podemos meter no mesmo saco todos aqueles que têm uma aparência humana. É que nem todos são humanos, por serem desprovidos daquela essência que os iguala a todos os restantes animais.
Isabel A. Ferreira
Estes são os meus irmãos animais, entre todos os outros.
Partilhamos o mesmo Planeta. Temos as mesmas necessidades vitais.
Respiramos o mesmo ar. Somos aquecidos pelo mesmo Sol. Iluminados pela mesma Lua...
Somos filhos da mesma Mãe Natureza.
Mas Portugal é ainda um país primitivo, onde é permitido que psicopatas torturem animais não-humanos, em episódios, a que chamam "espectáculos", cruéis, macabros, violentos, desumanos, medievais, sanguinários...
Porquê?
Isabel A. Ferreira
Origem da imagem: Internet
Quando me vi com Tiiti de Gayport – Tributo ao Amor, o livro de Maria Helena Capeto, nas minhas mãos, o meu primeiro gesto foi acariciar o rosto de Tiiti, na capa do livro, numa espécie de ritual de boas vindas. E mal sabia eu o que esperar desta leitura.
Este é um livro que todas as pessoas devem ler, porque aprenderão a viver em harmonia com a Vida, com a Natureza e a compreender melhor o Universo, não o Universo que nos “mostra” a Ciência, mas o outro, aquele que é o verdadeiro Universo, onde toda a Vida está entrelaçada, e que apenas uns poucos alcançam.
Li este livro avidamente.
Trata-se de uma fascinante declaração de amor eterno a um ser que escolheu a autora para com ela partilhar as alegrias e as tristezas da própria existência.
Quando temos um animal, não somos nós que o escolhemos. É ele que nos escolhe. É ele que, de um modo ou de outro, vem ter connosco, ou leva-nos até ele, para que o recebamos e com ele partilhemos a vida e as emoções, com uma cumplicidade única e inevitável.
Mas Tiiti é também um ponto de partida para uma reflexão intimista de uma outra realidade que foge aos nossos sentidos mais terrenos.
Com Tiiti, Maria Helena Capeto compreendeu que «tudo faz parte do mesmo tecido cósmico, tudo nele está entretecido e entrelaçado», e a partir daqui, reescreveu magistralmente os conceitos que temos da Vida, da Natureza, do Cosmos, da Ciência que não nos diz nada, ou quase nada, porque a essência do mistério da Vida não é para dizer, mas para sentir. Para intuir. Para ser, sem ter como ser provado.
Com Tiiti de Gayport confirmei o que sempre havia intuído: os homens não têm a capacidade de compreender a linguagem da Natureza, como têm os animais não-humanos, que o homem tanto nega e menospreza. E no entanto, considera-se uma espécie “superior” a todas as outras espécies. E não tem motivo algum para tanto.
Saberá realmente o Homem quem é o Homem, de onde vem e para onde vai, e qual o seu verdadeiro lugar no Cosmos?
O animal humano vê o mundo à medida da sua estreiteza de espírito.
Fascinei-me com a lucidez com que Maria Helena Capeto nos coloca diante da nossa insignificante “civilização”, que pode ser destruída num segundo, se assim o entender a Mãe Natureza.
E o que é o homem perante a força ingovernável dessa Natureza?
O homem julga-se o dono do mundo, o dominador do mundo.
Como se engana!
Quem domina o Planeta são as poderosas forças da Natureza, que o homem não tem como vencer.
O homem é apenas uma pequena porção daquela poeira cósmica de que todas as coisas terrenas e não-terrenas são feitas. Todas, incluindo os animais, ditos não-humanos, tão desvalorizados pelo homem.
Se a humanidade, e apenas a humanidade fosse exterminada hoje, os restantes animais e as plantas continuariam a viver, agora mais tranquilamente sem a predação humana.
O que dizer mais sobre Tiiti de Gayport?
Ocorre-me declarar que, a partir desta leitura, fiquei com a certeza de que a Natureza é a medida de todas as coisas, e não o homem, como ele julga que é.
Sejamos humildes.
Termos consciência de nós próprios é sabermos que não fazemos qualquer falta a nenhuma outra criatura. Pelo contrário, o homem sem a restante vida planetária não sobreviveria nem um só dia.
Obrigada, Maria Helena Capeto, por esta bela lição de Amor, que tão profundamente me tocou.
Isabel A. Ferreira