Quarta-feira, 21 de Maio de 2014

«PARA SE SINGRAR NA “FESTA BRAVA” É PRECISO DESENVOLVER UM AMOR DOENTIO PELO TOURO»

 

É Mário Coelho, um matador de Touros quem o diz.

 

Pois é sabido que os ”amores doentios” fazem parte de patologias mentais.

 

Quando dizemos que a tauromaquia é uma Psicopatia ou Sociopatia queremos dizer exactamente isto: é um transtorno de personalidade descrito no DSM-IV-TR (manual de diagnóstico e estatística das perturbações mentais), caracterizado pelo comportamento impulsivo do indivíduo afectado, desprezo por normas sociais, e indiferença aos direitos e sentimentos dos outros. Na Classificação Internacional de Doenças, este transtorno é chamado de Transtorno de Personalidade Dissocial.

 

Que os tauricidas são psicopatas, ninguém mais duvida.

 

 

Mário Coelho, matador de Touros, “profissão” que actualmente corresponde ao carrasco medieval

 

(Origem da foto: http://farpasblogue.blogspot.pt/2012/12/c-dias-os-meus-instantaneos-ineditos.html)

 

As características dos psicopatas ou sociopatas englobam, principalmente, o desprezo pelas obrigações sociais, leis e a falta de consideração com os sentimentos dos outros. Eles possuem um egocentrismo exageradamente patológico, emoções superficiais, teatrais e falsas, pobre ou nenhum controle da impulsividade, baixa tolerância para frustração e derrotas, baixo limiar para descarga de agressão física, irresponsabilidade, falta de empatia com outros seres humanos e animais, ausência de sentimentos de remorso e de culpa em relação ao seu comportamento.

 

Ora os aficionados costumam reunir-se (sempre os mesmos e poucos, cerca de 50 indivíduos) em tertúlias tauromáquicas, para se consolarem uns aos outros, nestes tempos de decadência tauromáquica.

 

Desta vez, foi em Loja Nova, pequena localidade no concelho de Vila Franca de Xira, onde o matador de Touros, Mário Coelho pôs a nu a referida sociopatia tauromáquica, começando por dizer que «falta romantismo aos toureiros da actualidade e que estes devem desenvolver um amor doentio pela tauromaquia e uma paixão pelo touro, o animal que lhes dá tudo, até dinheiro».

 

Para termos uma ideia do que era (era, já não é) a vida de um matador de bovinos, atentemos no que admitiu Mário Coelho, que disse ter passado pelos melhores ambientes e hotéis do mundo, mas onde se sentiu mais feliz foi quando era proprietário de uma quinta na Loja Nova. “Passei aqui momentos que ainda hoje me recordo, foram os mais felizes da minha vida”, revelou.

 

Pois, foi feliz e rico à custa de muito sangue derramado, nas arenas do mundo, onde matava, sem dó nem piedade, bovinos indefesos, com a cobardia própria dos psicopatas.

 

Disse que também foi na sua quinta que ajudou a moldar a psicopatia em várias crianças que depois se tornaram torturadores além-fronteiras como Rui Bento, Pedrito de Portugal, Oscar San Romam ou Bernardo Valência. E isto porque aprendeu tudo sozinho na sua época e por isso sempre quis ajudar os jovens a um dia poderem tornar-se torcionários como deve ser.

 

Enfim… nesta tertuliazinha, disse-se o que todos já sabemos deste mundinho ignóbil, onde se desenvolvem distúrbios mentais graves, que são exorcizados nas carnes dos desventurados e indefesos bovinos.

 

Por isso, é urgente abolir esta pobreza moral e social que não dignifica a saúde mental do nosso já tão empobrecido País.

 

Fonte

http://semanal.omirante.pt/index_access.asp?idEdicao=651&id=100425&idSeccao=11447&Action=noticia

 

***

Comentário do Dr. Vasco Reis (Médico Veterinário) a este propósito:

 

«Este é o senhor sabichão que me afirmou num debate televisivo em que estávamos com o Professor Paulo Borges, que “os touros são animais hipertensos, por isso a sangria das bandarilhas salva-lhes a vida”. Acrescentou que sangra os juvenis nas tentas, para que não morram, quando são testados (=estafados). Trata-se, portanto, de mais uma modalidade de abuso/tortura dos infelizes bovinos.  

***

TOURADA É TORTURA, É SOFRIMENTO, É MORTE.

 

NÃO FREQUENTEM, NÃO FINANCIEM, NÃO CONTRIBUAM, E BOICOTEM AS MARCAS QUE A PATROCINAM

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 14:17

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Quinta-feira, 12 de Dezembro de 2013

UM MATADOR DE TOUROS TEM UM MUSEU, E EXIGE MAIS 4.200 EUROS (DINHEIRO PÚBLICO) DA CÂMARA MUNICIPAL DE VILA FRANCA DE XIRA PARA MANTER O “SEU” MUSEU ABERTO

Trata-se de um "museu" que tem como objectivo difundir o ecocídio (que é a tourada), e a vida passada a MATAR Touros do matador Mário Coelho!

Uma casa insólita e macabra que existe desde 2001, e recebe 2.200 euros de dinheiros públicos por ano.


Porém, o matador, proprietário deste lugar lúgubre, está a EXIGIR ainda mais 4.200 euros, de dinheiros públicos, por ano, e também o pagamento das despesas de electricidade, luz e limpeza!


O QUÊÊEÊÊÊÊ!!!!!


O matador de toiros Mário Coelho exige que a Câmara de Vila Franca de Xira lhe pague 4200 euros anuais mais as despesas de electricidade, luz e limpeza para manter o seu museu de tauromaquia aberto na cidade?


«A situação não caiu bem na oposição que está em maioria na câmara. O presidente do município, Alberto Mesquita (PS) viu-se obrigado a retirar o assunto da ordem de trabalhos da última reunião do executivo para que esta não fosse de imediato chumbada.


Mesquita vai ter agora que reformular a proposta e tentar negociar com os vereadores.


Até agora o município tem pago 2.200 euros anuais para despesas de luz, água e limpeza. Com a nova passaria a pagar 6400 euros.


A proposta do toureiro, feita duas semanas antes das eleições, prevê que este arrende as instalações à autarquia por 350 euros mensais.


A então presidente, Maria da Luz Rosinha (PS) (UMA AFICIONADA, que de presidente pouco ou nada tinha) chegou a emitir um despacho a mandar fazer uma minuta do contrato que não ficou concluído a tempo das eleições.

E o seu sucessor decidiu levar agora o assunto à reunião do executivo.»


Fonte:

http://www.omirante.pt/noticia.asp?idEdicao=54&id=67539&idSeccao=479&Action=noticia#.UqmKCLfuOmy


***

ISTO SÓ PODE SER UMA BRINCADEIRA DE MAU GOSTO.


COMO ACEITAR UMA CHICO-ESPERTEZA DESTAS?


E A AUTARQUIA DE VILA FRANCA DE XIRA VAI DESPENDER DINHEIROS PÚBLICOS NUMA “COISA” QUE NÃO INTERESSA NEM ÀS RATAZANAS, NEM ÀS BARATAS, NEM ÀS TRAÇAS?

publicado por Isabel A. Ferreira às 14:58

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Quinta-feira, 4 de Abril de 2013

Desenterrando o mundo imundo da tauromaquia (Parte II)

 

É isto o que o governo português e a igreja católica portuguesa apoiam e aplaudem – O que foi feito desde 2003, para acabar com estes crimes?

 

 

Os pajens utilizados na corrida à portuguesa – meninos que perderam toda a sua inocência a partir do momento que os atiraram para arena do campo pequeno…

 

«Pedofilia preocupa Tauromaquia

 

NAS BARBAS DA POLÍCIA JUDICIÁRIA
 
Era a empresa "António da Paula Lopes e Herdeiros Ltd" quem trajava e ensaiava os menores da Casa Pia que participavam como figurantes – pajens – nas touradas de gala à antiga portuguesa.

Correio da Manhã - 19 Setembro 2003
 

Por: Jorge Araújo
 
De acordo com vários testemunhos, as corridas eram meros pretextos já que no final da festa brava muitas destas crianças eram vítimas de abusos sexuais. Pedro Namora confirma que o Campo Pequeno era palco de recrutamento de menores para práticas pedófilas. "Alguns ex-alunos da Casa Pia disseram-me que logo após as touradas eram distribuídos por diversas casas onde faziam sexo ao mesmo tempo que eram filmados", afirmou Namora ao CM no início desta investigação jornalística. Ao que tudo indica estas cenas eram filmadas com material e técnicos ligados à RTP.

Pedro Namora diz ainda que todos os dias têm surgido "em catadupa" novas pistas relativas às ligações entre os menores da Casa Pia e o mundo da tauromaquia. Depreende-se, das suas palavras que a procissão ainda só vai no adro. Em entrevista concedida, domingo passado, ao Jornal Nacional da TVI, aquele que é um dos principais denunciadores deste escândalo de pedofilia acrescenta, referindo-se a um antigo homem forte da RTP: “Ainda hoje estive numa superfície comercial com ex-alunos que me diziam, olha que fulano de tal quando mudavam as roupas dos pagens também se tentava aproveitar".

DUQUE CONFIRMA

Luís Duque, durante anos vice-presidente da "Campo Pequeno S.A." – a responsável pela gestão da praça de Touros de Lisboa – confirmou ao CM que " a empresa Paula Lopes era quem ensaiava os meninos da Casa Pia que participavam nas touradas à antiga portuguesa". A mesma informação foi também confirmada por Maurício do Vale, antigo responsável pelo sector tauromáquico na RTP. Mas tanto um como outro juram desconhecer qualquer tipo de actividades pedófilas. " Nunca ouvi um rumor sequer sobre este assunto" frisa o antigo dirigente sportinguista, Luís Duque, que no entanto se recusa a colocar as mãos no fogo. Maurício do Vale afina pelo mesmo diapasão.
Mas tanto um como o outro afirmaram ao CM que a presença de crianças da Casa Pia nas touradas à antiga portuguesa lhes parecia algo de perfeitamente normal. Por uma razão muito simples. "A Casa Pia é a proprietária da praça de touros do Campo Pequeno". Fonte da Casa Pia disse ao CM que a presença destes menores nas touradas inseria-se no "âmbito de um acordo entre a Casa Pia e a empresa concessionária".

GRANJA ESPANTADO

Adelino Granja um ex-casapiano que participou como pagem em pelo menos cinco corridas à portuguesa disse ao CM que na passada terça-feira ficou "espantado" quando ao sair da PJ reparou que a Paula Lopes e Herdeiros Ltd ainda continuava em actividade. "Por acaso tive interesse em saber se a casa em que eu em 1980 me tinha deslocado para alugar vestimentas à antiga portuguesa ainda estava aberta ou não. Qual não foi o meu espanto, estava mesmo aberta". Granja entrou no interior do estabelecimento e viu uma cara que lhe era conhecida: “Era a pessoa que nos dava as roupas quando lá íamos experimentar". Durante o diálogo com este velho conhecido Granja perguntou por "um senhor baixinho, de cabelo russo, que tomava conta das roupas no Campo Pequeno”. A resposta não se fez esperar. “Era o Manuel Andrade Lopes. Morreu há cerca de cinco anos” afirmou o empregado.


De acordo com Adelino Granja, o seu interlocutor mostrava-se “bastante abatido” com as alegadas ligações da sua empresa ao escândalo da pedofilia. “Ele disse-me que estavam a denegrir a imagem da empresa”. Um rude golpe para uma casa especializada em “guarda-roupa e adereços” com créditos firmados no meio teatral português.

 

BÊ-Á-BÁ DE UM PAJEM

TRANSPORTE
Os menores da Casa Pia que participavam nas corridas à antiga portuguesa eram transportados para a praça de touros do Campo Pequeno nas carrinhas da própria instituição.

REMUNERAÇÕES
Os casapianos que faziam de pagens - figurantes - recebiam entre cem a duzentos escudos por cada participação. O trabalho não durava mais de vinte minutos.

TRABALHO
Normalmente o pagem dava uma ou duas voltas à praça antes do início da corrida. Os miúdos, entre os 15 e 16 anos, iam sempre à volta de uma carruagem puxada por cavalos.

CRÓNICA DE UM CONTACTO IMPOSSÍVEL

O CM tentou repetidamente contactar o gerente da firma “António da Paula Lopes e Herdeiros Ltd”. Sem sucesso. A primeira tentativa deu-se na quarta-feira da semana passada. “O gerente está de férias. Só volta na segunda-feira, dia 15” disse um dos empregados. Mesmo assim o jornalista deixou as suas referências e pediu para ser contactado.
Na Segunda-Feira indicada, nova tentativa. Sem sucesso. “O gerente só volta, quarta ou quinta-feira” afirmou o mesmo empregado. Dito isto acrescentou: “Mas pode dizer-me qual é o assunto porque eu também sou da família”.

A conversa decorreu num pequeno escritório nas traseiras da loja. O jornalista explicou o teor da investigação. O empregado – que sempre recusou identificar-se – não parece ter gostado muito do que ouviu: “Isso só o patrão é que pode responder.” O CM tentou nos últimos dois dias chegar à fala com o gerente da “Paula Lopes”. Sem sucesso. Desta vez a empresa tinha as portas encerradas. E ninguém respondia ao telefone.

CURSO DE TOUREIO NA CASA PIA ALIMENTA POLÉMICA

O antigo bandarilheiro e matador de touros, Mário Coelho, foi um do principais impulsionadores do curso de toureiros no interior da Casa Pia. No início dos anos 90, Mário Coelho, um dos co-fundadores da Associação Tauromáquica Nacional (ATN), entretanto extinta, tinha no Provedor Adjunto, Victor Manuel Videira Barreto o seu principal aliado no seio da instituição.

A ATN chegou a celebrar um protocolo com a Casa Pia com vista a ministrar aulas de toureio aos "gansos" – assim são conhecidos os alunos daquela instituição – mas o projecto praticamente não saiu do papel. Ainda chegou a haver umas aulas práticas, uma ou outra palestra, mas oficialmente o curso não chegou a funcionar. "Porque o projecto não tinha contornos bem definidos mas também por falta de verbas", disse ao CM fonte da Casa Pia. Mesmo assim as negociações estenderam-se durante cerca de dois anos.

A edição de ontem do "Farpas" escreve que é ao antigo matador Mário Coelho que o "Expresso" se refere no artigo que estabelece as alegadas ligações perigosas entre o mundo da tauromaquia e o escândalo da pedofilia na Casa Pia." Embora não cite o nome de Mário Coelho, a jornalista dá todas as pistas que levam ao antigo matador" escreve o semanário taurino. A investigação do ‘Expresso’ concluía que " a ligação da rede da Casa Pia ao mundo da tauromaquia (...) era garantida por um toureiro de Vila Franca de Xira que chegou a convencer a anterior Provedoria a abrir um curso de toureio no interior da instituição". Mas o jornal vai mais longe: "Toureiro aliciava sob a promessa de uma carreira brilhante, porque o próprio conheceria muitos actores de Hollywood interessados pela festa brava".

Esta investigação do ‘Expresso’ está a abalar o universo tauromáquico nacional. E as reacções não se fizeram esperar. “Se havia recrutamento de miúdos no Campo Pequeno (...) isso nada tinha a ver connosco. Acontecia no cenário das corridas da corridas de gala como podia acontecer noutro local qualquer (...)”, refere o director do “Farpas”, Miguel Alvarenga.

O CM tentou insistentemente contactar Mário Coelho. Sem sucesso. Em declarações recentes a “O Crime” o toureiro diz estar “convencido a duzentos por cento que a nível taurino não havia absolutamente nada, porque é uma raça de gente que de maneira alguma poderia estar envolvida numa coisa destas”. Já quanto aos pedófilos propõe uma solução radical. “Eu capava-os”.»

 

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/atualidade/nas-barbas-da-policia-judiciaria

 

 

***

O Mário Coelho diz que capava os pedófilos, e nós muito gostaríamos de capar todos os que são cúmplices destas práticas imundas que recheiam o mundo imundo da tauromaquia, utilizando crianças tão inocentes como os touros e cavalos que servem de pretexto para um divertimento de bêbados, sádicos e psicopatas.

 

Tudo, na tauromaquia é do que há de mais baixo na escala das baixezas perpetradas pelo cascalho humano.

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:39

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Terça-feira, 2 de Abril de 2013

Desenterrando o mundo imundo da tauromaquia (Parte I)

 

Isto já tem  barbas brancas, mas não está nem resolvido, nem esquecido. Escândalos abafados porquê?

(Os sublinhados são meus)

 

 

 

«MÁRIO COELHO: NO TOUREIO NÃO HÁ HOMOSSEXUALIDADE»

 

Entrevista

 

Mário Coelho, matador de toiros, assegura que na tauromaquia não há pedofilia. Diz mesmo que os toureiros são de uma raça diferente, não se metem em “rebaldarias” e que só frequentam quatro locais: praças de toiros, o campo, hotéis e igrejas.

 

22 Setembro 2003 - Correio da Manhã

 

Nacional/Actualidade

 

Por Octávio Lopes

 

Correio da Manhã – O que se passou exactamente com o curso de tauromaquia que quis fazer na Casa Pia?

Mário Coelho – Em, 1993/94, eu e outras pessoas – Maurício do Vale, Joaquim Tapada, Paulo Nuguez e Salvador Costa, entre outros – sob a égide da Associação Nacional de Tauromaquia, pretendíamos fazer na Casa Pia a escola do toureio em Portugal. Apresentámos um projecto global, dado que também queríamos formar técnicos ligados às artes tauromáquicas. São 18 a 20 profissões que, praticamente, estão esquecidas no nosso país, como, por exemplo, pintores, músicos, bordadores, alfaiates, correeiros e sapateiros.

– Com quem falou na Casa Pia sobre esse curso?

– Com o provedor de então, Luís Rebelo, com quem assinámos um protocolo. Também tivemos diálogos com outros membros da direcção, como Videira Barreto.

 

– O que falhou para esse curso não ter avançado?

– Após assinatura do protocolo tive a oportunidade de dar 19 horas de aulas práticas. A dada altura os apoios que necessitávamos falharam.

– Quantos alunos aderiram ao curso de tauromaquia?

– Chegámos a ter 47 alunos para um único professor, que era eu. Não recebia nada e algumas vezes tive de pedir a ajuda do meu filho, que apenas tinha 14 anos. Além disso, nem sequer tinha apoio, no tocante aos horários dos alunos. Aconteceu algumas vezes que ia à Casa Pia e não tinha alunos. Perante estas condições, decidi abandonar. E senti uma certa mágoa, porque alguns dos alunos tinham verdadeiro potencial artístico.

– Sabia que os alunos da Casa Pia que participavam como figurantes nas touradas à antiga portuguesa, no Campo Pequeno, iam depois para casa de algumas pessoas que abusavam deles sexualmente e que os filmavam, como referiu Pedro Namora?

– Não sabia absolutamente nada. Nunca assisti na minha vida a uma corrida à antiga portuguesa. Sou matador de toiros e nada tenho a ver com a arte equestre. Nem sei se no período em que estive na Casa Pia se realizou uma corrida à antiga portuguesa. Sabia que a Casa Pia recebia um certo número de bilhetes por cada corrida. Não só para os alunos, mas também para os funcionários.

– Quando leu o que Pedro Namora disse, referindo-se a relatos de antigos casapianos...

–... quem não deve não teme. Nunca pensei que essas declarações pudessem aproximar-se de mim. Ainda hoje penso que isto é um sonho. Refiro-me ao facto de o meu nome estar nos jornais como professor da Casa Pia. Só lá dei algumas aulas, sem ganhar um tostão.

– Quando passou pela Casa Pia alguém lhe mencionou os alegados abusos sexuais que os alunos sofriam?

– Não sabia absolutamente de nada, quando dei as 19 aulas, algumas em Maria Pia e outras em Belém. Enfim, frequentei muito pouco a Casa Pia.

–...

– Deixe-me dizer que na festa brava não há homossexualidade, vícios, droga ou ‘mariconeo’. Esta é uma festa de homens. Na história do toureio não há um único caso de maricas. Não há vícios. Não há pedofilia. Isso é impossível nos toureiros. E a mim, não há nada que me possam apontar. Se houvesse, eu ia a uma televisão e capava-me a mim próprio. Mais: se pudesse e mandasse capava todos os pedófilos.

– Conhece alguma das pessoas envolvidas no escândalo de pedofilia da Casa Pia?

– Nenhuma. Apenas as figuras públicas, mas nunca falei pessoalmente com nenhuma delas. E até sei que Carlos Cruz queria ser toureiro, mas eu nunca falei com ele.

– Como é que aparece então envolvido neste caso?

– Não sou acusado de nada. Dizem que o Mário Coelho esteve na Casa Pia, dizem que o Mário Coelho levou miúdos a passar nas férias. Isto é tudo falso. Nunca falei como nenhum aluno fora das instalações da Casa Pia. Apenas indiquei um à escola de Vila Franca de Xira. Sei que ele foi lá duas vezes e que depois desistiu.

– Levou alguns ao Campo Pequeno?

– Fiz aí uma ou duas aulas práticas e levei alguns alunos ao campo, para ver como reagiam frente a bezerras. Levava-os no meu próprio carro, sempre com a devida autorização da Casa Pia.

«AJUDEI JOVENS DE TODO O MUNDO»

 

- Diz-se que foi um dos toureiros que mais jovens ajudou...

- É verdade, quando decidi ser toureiro não éramos mal recebidos nas propriedades. Um dia, após andar 40 quilómetros para nada, tomei uma decisão: se conseguisse ser toureiro, iria ajudar todos os que o quisessem ser. E assim fiz, com jovens que vinham de toda a parte do mundo.

- Lembra-se de alguns?

- Rui Bento Vasques, Eduardo Oliveira, Pedrito de Portugal, Mário Coelho Júnior, Adolfo Rojas (Venezuelano), Pepe Luis Nuñez (venezuelano), Oscar San Roman (mexicano), Pepe Luis Giron (venezuela), Henrique Medina (mexicano). Foi com a minha ajuda que todos eles se fizeram matadores de touros. Recordo ainda os bandarilheiros Pedro Santos, João José, Rui Plácido e José António.

- Quando toureou no Campo Pequeno, alguma vez se apercebeu de alguma coisa relacionada com a pedofilia?

- Nunca. Absolutamente nada. Nunca vi o Carlos Silvino. Nem sabia que existia. Nada. Os toureiros estão fora disto. Somos de uma raça diferente. Só frequentamos quatro locais: as praças de toiros, o campo, os hotéis e as igrejas. Fugimos das rebaldarias.


PERFIL

Nome - Mário Coelho Luís
Idade - 67 anos (25/03/1936)
Naturalidade - Vila Franca de Xira
Estado civil - Divorciado (um filho)
Percurso como toureiro - Amador (1950), bandarilheiro (1955), matador de toiros (1966, alternativa, em Badajoz).

 

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/atualidade/mario-coelho-no-toureio-nao-ha-homossexualidade

 

***

 

Atenção! Maricas não tem o mesmo significado de homossexual.

 

Um maricas é um fraco, um covarde, um efeminado, um medroso.

 

Um homossexual é uma pessoa que sente atracção por pessoas do mesmo sexo e não sente atracção alguma por pessoas do sexo oposto.

 

Obviamente que os toureiros são maricas, ou de outro modo não necessitariam de torturar e matar um Touro, para provar a sua “virilidade”.

 

Isto não é uma atitude de HOMEM. Os HOMENS não precisam de torturar um animal para se sentirem viris.

 

Quanto aos toureiros serem de uma raça diferente, lá isso são - raça cobarde; e frequentarem igrejas, lá isso frequentam - beatos falsos. Mas tal, jamais lhes dará passaporte para o paraíso.

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:04

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Em defesa da Língua Portuguesa, a autora deste Blogue não adopta o Acordo Ortográfico de 1990, nem publica textos acordizados, devido a este ser ilegal e inconstitucional, linguisticamente inconsistente, estruturalmente incongruente, para além de, comprovadamente, ser causa de uma crescente e perniciosa iliteracia em publicações oficiais e privadas, nas escolas, nos órgãos de comunicação social, na população em geral, e por estar a criar uma geração de analfabetos escolarizados e funcionais. Caso os textos a publicar estejam escritos em Português híbrido, «O Lugar da Língua Portuguesa» acciona a correcção automática.

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