«Torturar um touro por prazer, por divertimento, é muito mais do que torturar um animal - é torturar uma consciência» (Victor Hugo)
Primeiramente impõe-se saber a diferença entre “oficiosamente” e “oficialmente”.
O principal sentido de algo que é oficioso é "particular, isto é, não é oficial".
O sentido de oficial é o que “é declarado pela autoridade competente".
Ora sabemos que a “autoridade competente” não teve competência para abolir a tauromaquia, em 2013, conforme estava previsto, por um simples motivo: uma subserviência patológica ao lobby tauromáquico infiltrado em todos os lugares-chave da governação portuguesa.
Facto que não diminuiu a força da abolição oficiosa, que foi encetada pelos abolicionistas em todo o mundo, e que manteve a tauromaquia no seu pior ano, e até certo ponto, aziaga no que respeita aos tauricidas.
Por todo o mundo o movimento anti-tourada fez-se sentir, com todo o seu vigor, e em muitas cidades as arenas estão a ser demolidas ou transformadas em centros de cultura culta.
Neste momento, os torcionários fazem planos para a temporada de 2014, porque os governantes dos países terceiro-mundistas, que mantém esta peste negra, e a União Europeia ainda se ajoelham perante o deus money e recebem “bênçãos” extraordinárias.
Em Portugal, devido a vários factores favoráveis, a tauromaquia está praticamente morta.
As arenas apresentam-se visivelmente esvaziadas de público. Só lá vai a parentada dos torcionários.
Por vezes estão mais tauricidas no campo, do que povo nas bancadas.
Se uma ou outra vez a “casa” está meio cheia, é porque os bilhetes são de borla. O tempo das vacas gordas já passou.
Hoje em dia “ir a uma tourada” significa marginalizar-se. Significa parolice. Marialvismo. Significa demonstrar uma falta de cultura e de instrução crassas. Significa ignorância. Estupidez.
E há sempre quem tire fotos. E há sempre quem as torne públicas. E há sempre quem as publique, porque são públicas. E há sempre quem comente: olha ali o parolo ou a parola!
E para terminar, deixo aqui o prometido: todos os que contribuíram para que se realizassem touradas em 2013, quando tiveram oportunidades múltiplas de as abolir, ficarão perpetuados negativamente no Livro Negro da Tauromaquia, para que os vindouros saibam quem foram os nomes e os rostos da barbárie.
É que hoje sabemos que houve circo romano, mas desconhecemos a maioria dos nomes e rostos dos que participaram naquele holocausto.
Hoje temos muita documentação fotográfica. Muita informação.
E os que praticaram, aplaudiram e apoiaram a peste pútrida da tauromaquia em 2013, ficarão para sempre como os carrascos de um tempo de má memória.
Esta é uma imagem de SanFermín (Pamplona). Não há nada neste mundo que justifique uma imagem como esta.
Cada vez mais o mundo se revolta contra aqueles que se divertem com a tortura e repudiam os governantes que apoiam tal barbaridade.
E o mundo da tauromaquia está com medo, porque sabe que aquilo a que chama "festa", e que não passa de um costume bárbaro, está a chegar ao fim.
Fonte:
O campo pequeno é um lugar sujo e indigno. Só lá colocará os pés quem também não tiver dignidade.
O campo pequeno ficará para a História de Portugal como o Coliseu de Roma ficou para a História de Itália: um lugar sangrento e de má memória.
Mercado Gourmet, num lugar manchado pelo sangue de seres inocentes e inofensivos?
NÃO, OBRIGADA!
***
"MERCADO GOURMET COM CHEIRO A MORTE E SABOR A SANGUE»
Anuncia-se por aí, nesta rede social, o Mercado Gourmet do Campo Pequeno (...)
Segundo a organização, pretende-se “recriar o espírito dos mercados antigos portugueses onde se podia encontrar um pouco de tudo, adaptando-o à temática Gourmet”, produtos de origem ou manufacturados no país, reunindo naquele espaço “o que de melhor se faz em Portugal nesta área.”
Curioso e paradoxal, o facto de no mesmo recinto se viver o que “melhor” e pior se faz no nosso país.
Não entro no Campo Pequeno para realizar qualquer actividade comercial, lúdica, cultural, ou de qualquer outra natureza. O Campo Pequeno materializa a catedral do sangue, do sofrimento e da morte em Portugal. O Campo Pequeno, bastião de uma actividade anacrónica e bafienta, encerra, dentro das suas paredes neo-árabes, uma actividade que envergonha Portugal, cuja larga maioria dos cidadãos se opõe a esta prática, e que só sobrevive pelos apoios financeiros que (ainda) lhe são atribuídos.
A tauromaquia, ao contrário da verdadeira cultura, não contribui para o desenvolvimento e enriquecimento humanos, antes degrada, dessensibiliza e embrutece.
Frequentar este espaço, participando em qualquer actividade nele promovido, significa ser-se conivente e perpetuar uma actividade medieval e indizível.
Visiono o dia em que entrarei no Campo Pequeno, quando este for um monumento à vida e ao respeito por tudo e por todos e, ao abeirar-me do que outrora foi uma arena, ver cultivadas hortas e jardins."
by André Silva
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
BOICOTE o mercado gourmet... e saiba a razão:
* Quando a pergunta é:
- Qual é o problema de haver eventos no Campo Pequeno??
* A resposta é:
- Os eventos no Campo Pequeno, tal como as rendas das lojas e cinemas no centro comercial lá instalado, servem para patrocinar as corridas de touros que lá têm lugar.
As touradas não são rentáveis per se, pelo que é fundamental esvaziar os patrocínios que as mantêm de pé (públicos e privados) se queremos, de facto, acabar com essa vergonha.
Ninguém quer destruir o edifício em si, que é lindíssimo, mas sim acabar com a sua utilização em espetáculos de tortura.
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=522638987778761&set=a.198391990203464.50649.175436649165665&type=3&theater