Segunda-feira, 27 de Setembro de 2021

Eleições autárquicas 2021: a elevada abstenção (superior a 46%) diz do descontentamento das populações quanto ao MAU desempenho dos políticos portugueses

 

Uma perspectiva sobre o insucesso nas eleições.

 

Aristóteles.png

 

É do senso comum que a política em Portugal está a ser exercida, na sua generalidade, sem dignidade, sem honestidade, sem ética, sem a mínima vergonha na cara, não servindo os interesses prioritários dos Portugueses. É uma política essencialmente lobista. Mente-se descaradamente. Prometem-se mundos e fundos, que nunca são cumpridos. São todos abraços e beijos antes das eleições, e depois das eleições são xutos e pontapés, quando, democraticamente, exigimos, até porque somos nós que lhes pagamos os salários, que se cumpram direitos consignados na Constituição da República Portuguesa, os quais são deliberadamente desprezados porque não vão ao encontro dos interesses políticos dos políticos.

 

Assim sendo, as populações tendem a afastar-se da farsa eleitoral.

 

E o que é necessário fazer, para recuperar a confiança nos nossos políticos?

 

Desta vez passou-se um cartão quase-vermelho ao Partido Socialista, e um vermelho ao Partido Comunista (CDU) que, para o gosto dos comunistas, pende demasiado para o lado socialista, e isto paga-se nas eleições. Não querem deixar de ser um partido troglodita, para não perder votos nas terrinhas trogloditas, e perdem mais do que ganham, com tal atitude.

 

Outra coisa horrível, que afasta, pelo menos os cidadãos mais instruídos, é a linguagem utilizada pelos que se apresentam a votos.

 

É preciso que tenham a noção de que FALAR CORRECTAMENTE é meio caminho andado, seja para que lado for, e passar a mensagem requerida. E ai!!!!! como se falou mal nesta campanha eleitoral autárquica! palavras mal pronunciadas, que reámente nos deixam mal. E houve muitos que "tiveram" ali e acolá, sem o menor pejo. E uma quantidade mais de coisas destas. Quem pode confiar em quem assim fala?

 

Mas quando vemos António Costa, primeiro-ministro de Portugal, a dizer (dando um péssimo exemplo) “todas e todos”, “portuguesas e portugueses”, “elas e eles”, e dirigir-se apenas aos CIDADÃOS (então e as cidadãs não são para aqui chamadas?) numa clara verbosidade incoerente, é de bradar aos céus, com a ignorância que demonstra, sobre a Língua oficial do País que representa.

 

Os dos outros partidos, principalmente do BE e PAN são outra desgraça, com este linguajar pervertido, que não eleva as mulheres, não leva a lado nenhum, e só os desprestigia. E tudo isso, pode também pagar-se nas eleições. Porque a pergunta é esta: valerá a pena investir em políticos que não sabem falar nem escrever correCtamente? Terão eles alguma coisa de útil a dar-nos?

 

É óbvio que não votar é dar poder ao Poder instalado. Não votar é fazer o jogo de quem não quer mudanças. Não votar é manter o “statu quo”. Não votar é regressar ao passado. Não votar é a única via para manter a corrupção.



O ideal é que todos os eleitores inscritos fossem a votos e ousassem votar na MUDANÇA, quando vissem que a mudança tinha asas para trazer vantagens à governação do Páis.



É óbvio que há candidatos mais preparados do que outros, mais honestos do que outros, mais dignos do que outros, menos mentirosos do que outros, mas nem todos os eleitores  conseguem separar o trigo do joio, e amedrontam-se. Então, ou votam nos que já conhecem, ou não votam.

Poucos são os que ousam votar na mudança.

Os cidadãos (não é necessário dizer “e cidadãs”, porque cidadãos significa um GRUPO de PESSOAS) precisam de acreditar no que os políticos dizem.

 

Eu, por exemplo, não acredito sequer numa palavra que os políticos, instalados no Parlamento, principalmente os tiranossauros, aqueles que fazem do Parlamento a sua sala-de-estar, dizem. Nenhuma.


Mas eu votei. Votei na mudança. Nos mais novos, porque há que deixar entrar AR FRESCO na política, que já cheira a mofo.

 

BASTA de tiranossauros!



Mas o principal e o mais urgente é DIGNIFICAR o exercício da POLÍTICA.



Pela frente temos um novo período de quatro anos. Veremos o que acontece.

 

E, já agora, Dr. António Costa, nesta campanha política, apesar de ter tirado a gravata, notou-se que foi o primeiro-ministro que andou por aí a prometer mundos e fundos, com fundos que não eram para ali chamados. E essas, e muitas outras coisas, pagam-se nas eleições.



E são coisas como essas, entre outras pior do que essas,  que desprestigiam a Política e os políticos em Portugal.

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 17:38

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Quinta-feira, 11 de Junho de 2015

A «ROTURA DO FATO DO FATO» SERÁ UM TRAVA-LÍNGUAS PARA ANALFABETOS?

 

Isto é apenas uma pequena amostra do colossal disparate que é o acordo ortográfico 1990

 

Ou há um recuo nesta engrenagem linguística desconjuntada, ou no futuro, a Língua Portuguesa não será mais a Língua de Camões, mas tão-só o Fatodofato do XIX Governo Constitucional de Portugal, aquele que impingiu ao povo Português a linguagem do pá-tá-tá

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 17:44

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Sábado, 14 de Junho de 2014

LINGUAGEM DE UMA “PROFESSORA” AFICIONADA, NATURAL DE ELVAS

 

  

No seu Trabalho e Formação no FB consta: Gustavo Eiffel; IAE Gustavo Eiffel; Técnica de Segurança e Higiene do Trabalho (Santarém); IPT. Instituto Politécnico de Tomar (página oficial) (Tomar);Agrupamento de Escolas Cidade do Entroncamento (Entroncamento, Santarém, Portugal)

 

Vou transcrever algumas frases (as mais significativas) retiradas do Facebook, onde ela esgrimia com anti-touradas, a propósito de uma largada de Touros a realizar hoje em São Vicente (Elvas)

 

(Peço desculpa pela grosseria da linguagem, mas faço questão de publicar estas frases, no original, para mostrar aos governantes portugueses o tipo de gente que eles apoiam com as suas leis irracionais)

 

 

 

*** Trata o toiro como um animal de estimação.... se conseguires dou te um louvor!!!!! Hehehehe

 

*** Pff vê se mesmo que nem ou não leste bem o evento ou estas a inventar... fica a saber que faz se muito dinheiro porque somos muitos

 

*** Por isso é que os forcados e cavaleiros estão calados vocês n tem argumentos e por isso misturam as coisas.... pfffffff. N alimento mais esta bacurada... haaa e não comam carne de animais.... coitadinhos!!!! Apareçam se tem coragem. .

 

*** People estes filhos da puta dos anti taurinos nunca vão acabar com aficion.... deixem nos falar!!!!! É para saber que eu também sei ofender... depois de Três dias de conversa isto já cheira mal!!!! Somos muitos muitos.... a adicionar é uma cultura é tradição que já dura à anos e está gentinha de merda nunca vai acabar com isso aposto que são daqueles anti taurinos que comem carne de boi!!!! E nem sabem como ele foi morto.... mas aficionados eu ontem no batizado tinham um porco no espeto e não comi porque coitadinho deve ter sofrido muito....

 

*** Estou xeinha de medo

 

*** Cada um escreve como quer....

 

*** Deiam a cara

 

*** va estudar como eu digo aos meus alunos

 

*** Anti taurinos são só merda.... merdas e da grande!!! Começaram e agora estão se a sentir ofendidos temos pena.... freguesias vamos rebentar c eles..... basta por um toiro à frente

 

*** Aí filho.... anda cá k eu ñ te aleijo

 

***

A frase que mais me chamou a atenção foi «va estudar como eu digo aos meus alunos».

O que terá esta “professora” aficionada para ensinar aos seus alunos?

 

É esta a "coltura" que está consignada na irracional lei da tauromaquia.

 

Mas quem fica mal, no meio disto tudo, são os governantes, que perderam a vergonha… e a dignidade.

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:40

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Quarta-feira, 18 de Setembro de 2013

ROMPENDO OS DOGMAS DA TAUROMAQUIA

 

O Touro de lide não existe, pois não há tal classificação taxonómica

 

 

QUE TE DIZ ESTA IMAGEM?

 

Por: Derecho Sin Fronteras

 

O Touro, erradamente rotulado como “de lide” não é agressivo, tão-só é obrigado a defender a sua vida.

 

As vítimas das arenas são torturadas e assassinadas contra a sua vontade, uma vez que os seus direitos lhes são negados pelo seu carrasco, que justifica a sua atitude com mentiras, ignorância e discriminação.

 

Já chega de sangue como diversão.

 

Já chega de ignorar os direitos de quem tem uma linguagem e aparência diferentes, e permitir que se mascare a ignorância e a corrupção como cultura.

 

A tauromaquia é um crime organizado e legalizado.  

 

A tauromaquia é uma doença social que deve ser erradicada.

 

JÁ!

 

Fonte:

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=526397057430826&set=a.124239214313281.21612.120433714693831&type=1&theater

 

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 19:39

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Sábado, 23 de Março de 2013

E o que esperávamos aconteceu: os cobardes aficionados descobriram a Maria Engrácia e vandalizaram-lhe o carro

 

(Este texto, assinado pela "engrácia", foi publicado no âmbito de uma estratégia para desmascarar a prótoiro que, utilizando o nome da Ganadaria Palha, entregou-me pistas preciosas para chegar ao mundo imundo da tauromaquia)

 

*** 

Meus amigos abolicionistas: Todos pela Maria Engrácia!  

 

 

 

Colocaram este letreiro, que diz do MEDO DESSES COBARDES, no pára-brisas do carro da Maria Engrácia – Também tenho fotos do automóvel com os pneus cortados, que não posso divulgar, para maior segurança desta BRAVA MULHER, que apesar de tudo, quer continuar a sua denúncia, e só acedi a este pedido porque a Engrácia já está em lugar seguro.

 

 

(Mensagem da Maria Engrácia recebida hoje, dia 23 de Março de 2013, pelas 12h17m)

 

«Bom dia Isabel.

 

Os seus piores receios e também os meus vieram a verificar-se.

 

Nunca pensei que levasse tão pouco tempo mas hoje quando abri o Facebook tinha a caixa de mensagens inundadas por insultos e ameaças dos aficionados.

 

Eu já sei muito bem de onde elas poderão ter partido pois tenho aqui um vizinho que é forcado e como me conhece deve ter-me denunciado. Esta noite também tive o meu carro vandalizado e deixaram uma mensagem no vidro e cortaram-me os pneus todos.

 

Mas vou continuar a denunciar tudo o que sei se a Isabel me ajudar.  

 

Já fiz a denúncia às autoridades e por isso não revelarei os nomes dos que me as enviaram. Mas dou-lhe exemplos:

 

"Ordinária! Devias era ter levado mais do teu marido! Foram poucas ainda." - JB

 

" Sua vaca merdosa. Como é possível cuspir no prato onde comeste?" - AV

 

"O teu marido era um grande homem minha estúpida!!!" - RTM

 

"Já sabemos quem tu és minha grande ordinária!" - JMF

 

Estes são apenas exemplos Isabel, mas há mais muito mais.

Peço-lhe que divulgue pois assim todos saberão que se me acontecer algo já saberemos de onde veio.

 

Para o caso de me acontecer alguma coisa, deixo-lhe aqui um tema que tinha guardado para divulgar mais á frente e que é gravíssimo. É por aqui que temos de atacar também.

 

Eu sei que a associação de ganadeiros tem uma sociedade com a associação de empresários taurinos para compra de lares de idosos. Tenho correspondência do meu marido relativa a este assunto.

 

Nunca entendi muito bem porque é que os empresários taurinos e os ganadeiros investem tanto dinheiro em lares de terceira idade. Mas conhecendo-os como conheço boa coisa não será de certeza.

 

Há 3 anos atrás eles tinham qualquer coisa como 11 lares de idosos espalhados pelo Alentejo e Algarve. Julgo que têm um também no Ribatejo.

 

Já dei ordem para arrombarem os armários do escritório que estão fechados á chave para depois me enviarem toda a documentação que inclui estas cartas.  

 

Muito obrigada mais uma vez por tudo. Iniciarei uns textos para que a Isabel possa ficar com a minha história toda. Espero que se me acontecer alguma coisa a divulgue para bem da nossa causa e dos animais por eles explorados.»

 

***

 

Já ambas estávamos a contar com esta COBARDIA, porque de aficionados MEDROSOS, que têm muitos PODRES a esconder, não se esperava outra coisa.

 

Adverti a Maria Engrácia. Mas ela é uma mulher decidida. E não se intimida com as ameaças cobardes destes energúmenos.

A linguagem utilizada nas mensagens é típica dos aficionados. Também estou habituada a este tipo de “mimos”.

 

A queixa às autoridades já foi feita. Os nomes que ela não pôde divulgar aqui, são do conhecimento da Polícia.

NÃO VAI ACONTECER NADA À MARIA ENGRÁCIA, porque se ACONTECER esses COBARDES irão todos parar à CADEIA, que é onde deviam estar neste momento.

 

Não nos admira que façam ameaças, que deixem recadinhos MEDROSOS, que furem pneus, porque a VIOLÊNCIA faz parte do ADN desses rebotalhos taurinos.

 

Ora a Maria Engrácia, fez questão de nos deixar mais esta denúncia dos Lares de Idosos, que nascem como cogumelos pelo Alentejo e Algarve. Já temos visto nos telejornais. Só que, os jornalistas não vão a fundo nestas questões. Os empresários taurinos bem como os empresários da comunicação social também têm as suas ligações.

 

Por isso, é que Portugal ainda chafurda nesta lama da tauromaquia.

 

Não é por acaso que a grande maioria dos municípios taurinos se situam na região mais atrasada e com mais analfabetos e ignorantes de Portugal, cuja “economia” assenta na vergonhosa tortura de seres vivos para diversão.

 

***

 

Maria Engrácia, ambas caminhamos (mais a Engrácia do que eu, neste momento) numa corda bamba, tendo por baixo um bando de energúmenos com bandarilhas afiadas prontas para nos cravar nas costas.

 

Mas ambas também sabemos que esses COBARDES CAIRÃO a qualquer minuto, SE NÓS QUISERMOS.

 

E caros abolicionistas, TODOS PELA MARIA ENGRÁCIA!  

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:56

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Sábado, 26 de Julho de 2008

O Poeta, a Música e o Mar

 

Copyright © Isabel A. Ferreira 2008
 
 
Chamavam-lhe o Poeta.
Não apenas porque escrevesse poesia, mas porque entendia a linguagem das flores; porque sabia como descobrir nas nuvens as formas de um veado; porque sentia a nostalgia do canto de um pássaro engaiolado; porque se preocupava com a monotonia da vida de um caracol; e, principalmente, porque conhecia o segredo de como plantar o Sol no seu jardim.
 
Era poeta porque amava a vida.
Viver para ele, além de muitas outras banalidades, significava ajudar os menos fortes a subir a montanha. Todos nós somos humanos, e ser humano é ser fraco também. Esta era a sua filosofia.
 
Era um homem sonhador, sentimental, apaixonado, por natureza. Subia às nuvens com a mesma facilidade com que descia aos infernos. Por isso, quando se deixava envolver pela magia de um olhar, de um sorriso, de uma palavra ou de um simples gesto, nunca se levava a sério. Ou... quase nunca.
 
Mas lá veio um dia em que o envolvimento lhe foi fatal, e, ao fazer uma viagem pelo interior de si próprio, encontrou-se no meio de uma revolução. Tentara racionalizar os seus sentimentos, simplesmente porque tinha medo das palavras que pudesse pronunciar em voz alta, e perdera assim, uma batalha.
 
Era um ser confuso. Atormentado (qual o poeta que não o é?!). Sentia-se perdido num mundo selvagem onde o egoísmo e a indiferença imperavam. Vivia dia após dia na dor, na tristeza, na angústia, na ansiedade e naquela solidão que dele fazia um verdadeiro poeta.
 
Refugiava-se na música, e foi ao som das mais belas melodias que ele escreveu as suas páginas mais célebres, como esta, dedicada à sua amada, dele separada por uma distância abismal:
 
«Tudo começou em ti. Tudo começou por ti. Contigo. Depois veio a música... «La vie bréve» (de Manuel de Falla) e eu voei alto... contigo. Dançámos. Sorrimos. Dançámos novamente. Olhámo-nos nos olhos. Fixámos esse olhar e o tempo parou nesse instante... E a música soou mais suave... «Claire de Lune» (de J. Massenet). Mas já não dançávamos. Caminhávamos apenas, de mãos dadas, por um bosque sombrio... Silenciosos... (as palavras quebrariam a magia do momento). Novamente a música... «Valse Triste» (de Jan Sibelius). No bosque sombrio, tu, a música e eu... O sorriso, o silêncio e o sonho desfazem-se... (O sonho... sempre o sonho...). Parámos no fim do caminho. Para além... (lá do outro lado do sonho) a realidade esperava-nos. Era melhor despedirmo-nos. Olhos nos olhos. Sem lágrimas. Sem palavras... «La vie bréve» (novamente). Sonho apenas sonhado. Restei eu (do lado de cá do meu sonho)... Tudo começou em ti. Depois veio a música. E agora... tudo termina em mim...»
 
Em outro momento louco escreveu:
 
«Ouço Wagner. A sua música, inspirada também num amor impossível, sublimado pela dor da renúncia. Criação máxima da sua musicalidade. Melodia quase fúnebre para um funeral de amor. Mas, pelo menos, Wagner teve o consolo de ter talento para sublimar os seus mais profundos sentimentos. O seu romance impossível não foi em vão. Ah! quem me dera ter o talento de Wagner para poder também cantar tudo o que sonhei!... Mas não! Não quero sonhos. Não quero sublimações. Não quero cânticos. Nem melodias. Nem poesias. Não quero palavras. Nem olhares. Nem fugas. Nem silêncios. Não quero ausências. Nem medos. Queria apenas que o tempo parasse naquela manhã em que te vi chorar à beira do caminho!».
 
Num outro momento, não menos arrebatado do que todos os anteriores momentos, ele escreveu: «Ao som de «Os Barqueiros do Volga» navego em mar alto... perdido e só... Ah! Se pelo menos avistasse uma barquinha...».
 
E era no mar que banhava a cidade onde nascera, que ele, o poeta encontrava o equilíbrio do seu atormentado mundo interior. Passava horas, pasmado, estendido no areal. Fizesse chuva, fizesse sol, lá estava ele, olhar perdido nas ondas que o entonteciam e enfeitiçavam, porque elas traziam o canto das sereias, no qual ele escutava a voz da sua amada.
 
E só por ela foi poeta.
E por ela, numa tarde morna de Outono, acabou por seguir aquela voz, e afundou-se nas águas calmas do seu mar...
 
 
publicado por Isabel A. Ferreira às 16:48

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