Quinta-feira, 6 de Maio de 2021

O Poder do Dinheiro

 

Cifrão.png

Fonte: Pinterest

 

Texto de Isabel A. Ferreira

 

Neste tempo, que é o nosso, em que o ter e o parecer é mais importante do que o ser, proponho uma reflexão sobre o poder que o dinheiro exerce sobre determinadas pessoas que, para a ele chegar, perdem o respeito por si próprias, o mais pernicioso dos desrespeitos – pois quem não se respeita a si próprio, como poderá respeitar os outros?

 

Hoje, os escândalos económicos são o prato do dia, dos noticiários. E não estou a falar dos ladrõezinhos que assaltam lojas, bancos, ourivesarias, supermercados, bombas de gasolina para, por vezes, roubarem, umas ninharias, acabando por destruir vidas, em nome de uma sobrevivência desprezada pelas sociedades consumistas e pelos próprios governantes, que por aí exibem os seus excessos, provocando um ódio latente naqueles que vivem no charco – e todos querem ter, merecem ter, precisam de ter o direito a, pelo menos, comer, beber água potável, vestir, calçar, viver debaixo de um tecto, ter acesso à saúde, ao ensino, a um emprego…

 

Mas sempre foi assim, dizem alguns. Até a Jesus Cristo é atribuída a expressão: «Pobres sempre os tereis entre vós». Sim, porém, esta é uma outra questão, e ter-se-ia de percorrer caminhos místicos para explicar o sentido destas palavras.

 

Não é isso que pretendo.

 

As notícias de crimes económicos e ladroagem ao mais alto nível caem entre nós como bombas, e como qualquer bombardeio, este também provoca, nas sociedades, grandes danos, essencialmente morais, de descrédito total naqueles que tinham o dever de manter o equilíbrio económico no mundo, para que todos os povos pudessem comer, beber água potável, vestir, calçar, viver debaixo de um tecto, ter acesso à saúde, ao ensino, a um emprego…

 

Toda esta ebulição criminosa acontece porque a tentação de enriquecer (seja de que maneira for) torna-se irresistível a determinado tipo de mentalidades. O poder que o dinheiro exerce sobre essas pessoas é indescritível. Para elas o chamamento do vil metal significa uma autêntica vocação, e vivem em função disso, como se o dinheiro fosse o seu deus e tudo comprasse.

 

É bem verdade que se eu quisesse aprofundar a teoria de que o “dinheiro compra tudo”, tinha muito que contar, pois são conhecidos inúmeros casos (alguns deles de extrema gravidade) onde o dinheiro permite calar ou falar demais; possibilita apressar ou retardar determinados processos (conforme as conveniências); faculta prestar falsos testemunhos para livrar uns e prejudicar outros; facilita a ocultação de crimes graves; faz destruir bens e pessoas; permite “esquecer” papeladas no fundo das gavetas ou colocá-las em cima das mesas para “despacho” imediato; ajuda a ficar-se cego, surdo e mudo diante de situações de extrema gravidade, enfim, o dinheiro pode, na verdade, comprar muita gente e muita coisa, porque é vã a ilusão de que uns tostões ou uns milhares a mais fazem a felicidade do homem.

 

Esquecem-se, porém, esses que assim pensam, que o dinheiro não compra bens da natureza de uma consciência tranquila (se bem que é provável que esses não tenham consciência).

 

Além disso, há outra situação a considerar: mais dia, menos dia, a verdade vem ao de cima e o “belo palácio de cristal” construído com dinheiro sujo, vem abaixo, e depois, não é a vergonha que conta (pois geralmente as pessoas que se dão a certos negócios escusos, para obterem dinheiro, não sabem o que é vergonha), mas a pobreza moral a que ficam reduzidos (o que também pouco lhes importará, certamente!)

 

Eu, pessoalmente, por motivos óbvios e até por experiência própria, não acredito na justiça dos homens, pois estes também têm as suas fraquezas e os seus julgamentos podem ser falíveis por falta de competência. Contudo, há uma justiça que não falha nunca: a da vida, da providência, e nessa, acredito cegamente, porque já vi muitos barões do crime elegante, caídos no chão, como tordos abatidos.

 

É tudo uma questão de tempo.

 

Como diz Miguel de Cervantes: «Deus suporta os maus, mas não eternamente». Mais tarde ou mais cedo os que transgridem as regras de uma sã vivência em comunidade, serão punidos pela própria vida, e essa será, então, a maior e mais justa das punições.

 

Sempre foi assim, desde os princípios dos tempos (e disso temos inúmeros exemplos na História da Humanidade – já me dei ao trabalho de o confirmar) e assim continuará a ser, a não ser que os homens tivessem a capacidade de aprender com os erros do passado, ou com os erros dos outros. Mas falta-lhes essa capacidade. Por isso, perdem-se na noite tenebrosa dos crimes, com a convicção de que ficarão impunes.

 

Sem pretensão alguma de ser moralista, devo dizer que apesar de a justiça portuguesa ser benevolente para com os criminosos (entenda-se aqueles que cometem crimes contra o povo, porque os que cometem crimes contra os poderosos ou contra o Estado são punidos severamente), o crime nunca compensa.

 

Querer ter dinheiro não constitui propriamente um crime. Afinal precisamos dele para obtermos o que consideramos ser essencial para a nossa sobrevivência.

 

Crime é querermos enriquecer à custa dos outros, violando as mais elementares regras dos Direitos Humanos. E por aí, existem casos verdadeiramente escandalosos, mas há quem tape os olhos para não os ver, tape os ouvidos para não os ouvir, e tape a boca para não falar deles.

 

A nossa esperança está em que, numa qualquer manhã, de um qualquer dia, alguém possa estalar um dedinho, e nas manchetes dos noticiários possamos deparar com novos escandalozinhos, e ver denunciados os “barões” que ainda faltam denunciar, neste nosso País, que não tem culpa nenhuma, de ter governantes que não sabem conduzir o seu destino e colocá-lo entre os pequenos grandes países do mundo.

 

Afinal, Portugal tem terras aráveis de boa qualidade, tem mar, tem rios, tem florestas, tem sobreiros, oliveiras, vinhas, tem tudo, e é sobretudo belo… Só não tem governantes à altura desse tudo e dessa beleza e com visão de futuro. Os que temos, olham para o seu umbiguinho (que é o longe deles) e dizem: «Que lindo é o meu umbiguinho!» E também consideram que Portugal tem muito prestígio lá fora…Terá? Coitados dos que assim pensam, porque não sabem que o que eles chamam prestígio, não passa da ilusão de serem apenas um vulto no nevoeiro…

 

Isabel A. Ferreira 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 17:58

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Quinta-feira, 15 de Agosto de 2019

Os juízes na Suécia (comparados com os portugueses)

 

(Texto recebido via e-mail)

«Ainda têm a desfaçatez de terem sindicatos e fazerem greves»

 

martelo de juiz.jpg

Origem da imagem: https://pt.pngtree.com/freepng/judge-hammer_3240229.html

 

«Os juízes na Suécia»

 

Agora que tanto se comenta os absurdos e afrontosos ordenados, pensões de reforma e um sem-número de privilégios de que desfrutam os juízes portugueses, parece oportuno referir o exemplo de países evoluídos onde, ao contrário do nosso atrasado Portugal, a justiça efectivamente funciona e usufrui de inquestionável credibilidade.

 

É, nomeadamente, o caso da Suécia — um modelo de transparência e de tolerância zero contra a corrupção nos serviços públicos.

 

Os seus 16 juízes do Supremo Tribunal de Justiça recebem unicamente um salário fixo, sem direito a qualquer tipo de benefícios ou mordomias extras, como automóvel, motorista, secretários pessoais, verbas de representação ou seguros pagos pelo Estado, assim como residência subsidiada.

 

E, tal como os ministros, deputados, autarcas e outros altos funcionários do Estado, utilizam transportes públicos ou carro próprio (alguns até usam bicicleta...) quando não estão oficialmente em serviço.

 

O seu ordenado mensal oscila, ao equivalente em euros, entre cerca de 3000 e 5800. Não são adicionados suplementos exclusivos às suas pensões de aposentação, que são rigorosamente enquadradas nos escalões do regime geral.

 

A clareza é absoluta: os vencimentos e despesas de serviço dos magistrados podem ser livremente consultados, a todo o momento, pelo cidadão comum — como, de resto, todos os processos judiciais em curso.

 

Além de impedidos de aceitar viagens ou quaisquer outras ofertas, os juízes suecos não dispõem de imunidade ou de estatuto privilegiado, podendo ser processados e julgados como qualquer normal cidadão.

 

Não se conhecem, porém, casos de magistrados envolvidos em corrupção. A ética imperativa do sector público da Suécia rege-se pelo princípio de que “é imoral gozar de regalias pagas com dinheiro dos contribuintes”.

 

Atente-se, pois, no chocante contraste entre a Justiça de um país europeu abastado, desenvolvido, organizado, eficaz e transparente e esta controversa e paradoxal Justiça portuguesa, arcaica, opaca, vagarosa, corporativista e ineficiente. Complicada, burocratizada e politicamente poluída. De fiabilidade duvidosa.

 

Forte com os fracos e fraca com os poderosos.

 

Que se arrasta de recurso em recurso, até à prescrição e ao arquivamento, à Ivo.

 

Que raramente decide em tempo útil.

 

Dolorosamente dispendiosa para uma nação empobrecida e gravemente endividada e um povo crescentemente massacrado pela tirania fiscal.

 

César Faustino, Cascais

 

Expresso, 22 de Junho de 2019

 

 

Nota:

Se o acordo conseguido com os juízes for aplicado aos procuradores, o subsídio de casa passa dos 775 para os 875 euros, é pago 14 vezes e terá desconto da Caixa Geral de Aposentações.

 

Os aumentos do vencimento só se reflectem nos recibos dos procuradores da República com mais de 15 anos de carreira que terão um aumento bruto de 341 euros (de 5778 para 6119); e no dos procuradores-gerais-adjuntos, que passarão dos actuais 6129 para os 6629.

 

A PGR passará a ganhar 6629 euros a que se juntam despesas de representação e o subsídio.

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:55

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Terça-feira, 17 de Abril de 2018

Penas têm-nas as galinhas...

 

TRIBUNAL.jpg

 (Origem da imagem: Internet)

 

As notícias que ultimamente têm vindo a público sobre crimes hediondos praticados no nosso país (que já não é o de brandos costumes e ainda menos o de duras leis) e os perpetrados nos E.U.A., por exemplo, e as penas aplicadas aos respectivos criminosos, suscitaram-me uma reflexão acerca do abismo existente entre a justiça que se administra num e noutro país.

 

Sei que não vou modificar coisa nenhuma, se disser o que penso sobre o Código Penal Português, porém, ficará o testemunho de alguém que, decididamente, não acredita na justiça do seu país.

 

Bem sei que em Portugal, apesar de tudo, os crimes mais horripilantes não acontecem todos os dias, e que nos E.U.A. (o modelo do que se faz do bom e do pior), eles (os crimes) são o pão nosso de cada dia, e há que existir penas elevadas para tentar travar essa criminalidade (se bem que não resultem, nem sequer a pena de morte, com a qual não concordo, em absoluto).

 

Contudo, tem-se verificado que, no nosso país, de há alguns anos a esta parte, crimes que nem ao diabo lembra, aumentaram assustadoramente. E o que acontece? Os criminosos são punidos com peninhas de galinha. Ficam meia dúzia de anos na prisão, e depois, porque até são boas pessoas, comportaram-se muito bem, durante a estadia entre as grades, com um conforto que muitas vezes não têm cá fora, e principalmente porque a TV os transforma em heróis muito coitadinhos, com entrevistas que até fazem as pedras chorar, e depois há que soltá-los. E se uns poucos até se reabilitam, outros, mal se apanham cá fora, retomam a vida criminosa, com maior vigor ainda, cheios de raivas acumuladas.

 

Em Portugal, o violador de um bebé (que não tem como se defender) leva uns oito anos no máximo de prisão (quando não o deixam à solta, apenas com a obrigação de se apresentar de X em X dias na esquadra da PSP). Uma vergonha! Nos E.U.A., aqui há uns anos, aquele pugilista que violou uma jovem de 18 anos (que já tinha muito tino para saber que não se vai para um hotel, com um matulão daqueles, para tomar chá com torradas) podia ter apanhado uma pena até 60 anos de prisão.

 

Estou a recordar-me também do hediondo “crime da mala” (de Braga) cujos criminosos apanharam uma pena conjunta (45 anos) menos do que a do violador americano.

 

Enfim, no nosso país, um violador, um esquartejador, um matador que mate com requintes de malvadez, se for considerado debilzinho, coitadinho, não pode ir para a cadeia, e a nossa justiça, nesses casos, age como Cristo na hora da agonia: perdoe-se-lhes os crimes, porque não sabiam o que estavam a fazer!

 

Hoje em dia, não podemos dar um estalo (para não ir mais longe) a um ladrão que nos entre em casa. Deus nos livre! Vamos nós para a cadeia, por agressão, e o ladrão não sofre nada, porque não teve tempo de roubar nada.

 

A propósito, não resisto a contar uma peripécia passada comigo, já há algum tempo. Estava eu num determinado sítio a tentar levantar dinheiro de uma máquina automática, em pleno dia, quando sinto uma pressão nas costas, e uma voz grave, de homem, a dizer: «Isto é um assalto».

 

Instintivamente, olhei para o chão para ver onde estavam colocadas as pernas do assaltante, ao mesmo tempo que levantava o calcanhar para lhe aplicar um “golpe baixo” que o neutralizasse. Um golpe, entre outros, que aprendi, no Brasil, para defesa pessoal.

 

Nisto ouvi um “espera lá” gritado, e depois uma gargalhada. Era uma partida de um amigo brincalhão. Não aconteceu nada de grave. O “assaltante” não era um assaltante. Mas se fosse? E se o golpe resultasse? Talvez eu fosse parar à prisão, e ainda teria de pagar uma indemnização ao assaltante, por danos físicos, morais, pedir-lhe muita desculpa, etc., etc., etc,.

 

São as leis que temos. E não vale a pena recorrer à justiça, pois esta fica por aplicar.

 

Lembro-me de um crime que envolveu dois idosos, barbaramente assassinados, com um martelo de picar carne, há uns anos. A PJ deixou-me entrar no local do crime (a casa onde viviam), estavam ainda os corpos no sítio exacto onde foram mortos. Eu, naquele momento, era a única jornalista na casa. Sem mexer em nada, verifiquei tudo o que me interessava para a reportagem e mais alguns pormenores para a investigação que me propus fazer para ajudar a polícia a encontrar o assassino, uma vez que me revoltei com o que vi e até porque conhecia os velhinhos.

 

Consegui, por mero acaso, descobrir quem foi o assassino, homem influente, no meio, que andou à solta até morrer de um cancro, passados uns anos. Nunca foi preso, as autoridades “nada conseguiram apurar” e o caso foi arquivado. Nos entretantos, o Inspector, que andava a investigar o caso, foi, inesperadamente, mandado para casa com uma boa reforma. Eu fui contar à polícia o que descobri. Que guardasse para mim as minhas descobertas. Foi uma luta que travei sem glória. Ainda cheguei a ser ameaçada. Não foi feita justiça. E eu que descobri todo o enredo, pormenorizadamente! Revoltei-me, como é óbvio. De vez em quando lá passava eu pelo assassino. Ele sabia que eu sabia, porque o interroguei. Olhava para mim com uns olhos, que se matassem, já estaria morta. E eu tive de engolir aquela afronta, anos a fio. Não me deixaram outra opção.

 

Este duplo assassinato (sem culpado) e os dois processos, aos quais estive kafkianamente ligada durante dois anos, abusivamente enredada nas malhas da justiça, deixaram-me completamente descrente da justiça portuguesa.

 

E uma vez que fui aconselhada por um amigo Delegado do Ministério Público a “mergulhar” nesses meandros para ficar a conhecer por dentro e por fora o que é um tribunal português, e ainda porque nunca perdi uma história dos inspectores Maigret, Poirot e Holmes, decidi dedicar-me ao estudo desses assuntos judiciais e policiais.

 

Aquilo que hoje sei poderá valer-me um dia, quem sabe, para escrever histórias verídicas do arco-da-velha.

 

E enquanto, no meu país, os bandidos forem mais protegidos por leis, do que os cumpridores dos seus deveres cívicos, sociais e morais, não me cansarei de dizer que penas têm-nas as galinhas!...

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 12:12

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Quinta-feira, 18 de Abril de 2013

A PRÓTOIRO "GARANTE" QUE HAVERÁ TOURADA EM VIANA DO CASTELO, NAS PRÓXIMAS FESTAS DA SENHORA DA AGONIA… POIS SIM! ESPEREM SENTADOS!

 

 

Este é o Diogo Monteiro, uma das caras da prótoiro, que, obviamente, não sabe o que diz… No ano passado só conseguiram realizar o festejo da Senhora da Agonia, com a bênção do bispo (o Papa Francisco vai passar-se, com esta), porque uma aficionada estava no lugar errado, e se alguma derrota houve, esta não foi para a autarquia vianense, foi para a JUSTIÇA PORTUGUESA, como já referi noutra publicação.

 

«No ano passado, 2300 pessoas assistiram à tourada organizada pela prótoiro em Viana» disseram.

 

O que não disseram é que dessas 2300 pessoas, umas tantas eram familiares dos envolvidos na tortura de Touros e Cavalos. E os outros foram de excursão, à borla, porque “alguém” lhes comprou os bilhetes (estamos a ver quem)...

 

E de Viana do Castelo quem foi? NINGUÉM. Ou teriam ido um ou dois desgarrados?

 

O povo de Viana do Castelo é CIVILIZADO. Não quer nada com estas invasões de bárbaros, de psicopatas, de sádicos.

 

Este ano não haverá guerra. Que guerra poderia haver?

 

Esperem sentados, ó da prótoiro!

 

Andam por aí com um cadáver de lábios pintados às costas (ou seja, a tourada), a fazer figura de parvos, coitados, é para o que dá o distúrbio mental e a psicopatia de que sofrem (agora temos estudos para comprovar este facto, não sou eu que o digo).

 

Recolham-se à vossa insignificância.

 

Ninguém vos dá crédito.

 

Ninguém vos quer.

 

 

Apenas os paspalhos do costume vos dão cobertura.

 

Mas está tudo no fim... pendurado por um fiozinho de aranha...

 

 

 

Sabem o que está aqui dentro?

É a… isso, acertaram, a tauromaquia. Essa mesma. Em pessoa.

 

http://www.publico.pt/local/noticia/protoiro-garante-que-havera-tourada-em-viana-em-agosto-durante-as-festas-da-agonia-1591638

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:58

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Quarta-feira, 17 de Abril de 2013

«CÂMARA DE VIANA AVANÇA COM REGULAMENTO DE PROTECÇÃO DE ANIMAIS PARA IMPEDIR NOVAS TOURADAS»

 

 

Quando a inteligência se sobrepõe à ignorância

 

 

«A realização de uma tourada nas Festas da Agonia de 2012 foi uma derrota para a Câmara de Viana» disse Nelson Garrido, que não viu o acontecido sob outra perspectiva.

 

Esta NÃO FOI uma derrota para a Câmara de Viana do Castelo. Esta foi uma derrota para a JUSTIÇA PORTUGUESA. Esta “coisa” só aconteceu, porque uma aficionada estava no lugar errado. Se essa aficionada estivesse no lugar certo, isto é, a picar pedras os organizadores da “coisa” não teriam nunca a oportunidade de meterem sequer os pés em Viana do Castelo. Esta é que é a verdade.

 

 

 

«Andrea Cruz  

16/04/2013 - 21:31

 

Oposição critica documento pelas implicações que poderá ter em algumas actividades económicas do concelho.

 

Depois da polémica tourada promovida pela Prótoiro, no verão do ano, em Viana do Castelo, a maioria socialista na Câmara Municipal decidiu prevenir nova investida da Federação Portuguesa de Associações Taurinas na primeira cidade anti-touradas do país e aprovou um regulamento municipal de protecção de animais.

 

Quando entrar em vigor, actividades como comércio, guarda, criação e espectáculos com animais vão passar a necessitar de autorização municipal. O regulamento será submetido a discussão pública após a ratificação em Assembleia Municipal.

Segundo a autarquia, o documento representa uma transposição, na forma de regulamento municipal da legislação sobre “a protecção dos animais contra a acção do homem”, a qual “define a competência das Câmaras Municipais para autorização de diversas actividades que envolvem animais”.

Em Agosto de 2012 quando o município não conseguiu impedir a realização da corrida de toiros, após decisão do tribunal, o presidente socialista José Maria Costa prometeu “tomar todas as medidas necessárias para evitar mais touradas em Viana”, face à garantia de regresso, em 2013, da Prótoiro.

“O regulamento remete-nos para a lei geral, que nos diz que nos espectáculos públicos os animais não podem ser vítimas de violência gratuita. Assim, se alguém tentar promover touradas em Viana, evocaremos o regulamento para impedir espectáculos que maltratem animais de forma gratuita”, explicou o autarca.

O regulamento, composto por seis artigos, define que a utilização de animais “em quaisquer espectáculos ou eventos congéneres”, deverá respeitar a legislação sobre a defesa e bem-estar dos animais, sendo “proibidos os espectáculos em que se inflijam sofrimento ou lesões aos animais”.

Questionado se documento tem como objectivo principal impedir a realização de mais touradas no município, José Maria Costa sublinhou: “Não sei, mas presumo que as touradas infligem sérios danos e talvez até a morte dos animais”.

A oposição na autarquia não poupou críticas ao documento. Pela bancada social-democrata, António José Amaral, engenheiro zootécnico de formação, afirmou: “A autarquia tem de medir as consequências daquilo que aprova pois, com este documento, está a condicionar muitas actividades económicas no concelho”. O autarca alerta para as consequências que poderá vir a ter nos pequenos negócios como a venda de galinhas ou de ovos.

Já o vereador do CDS-PP, Aristides Sousa adiantou que “gostaria de ver aprovado um regulamento do bem-estar da pessoa e dos carenciados”. “Estou cansado, enquanto cidadão e enquanto contribuinte, de tanto espectáculo dentro do espectáculo da defesa dos animais”, rematou.
»

 

 

***

A oposição da autarquia de Viana do Castelo, constituída pelo PSD e CDS-PP (só podia ser!) peca pela LUCIDEZ. António José Amaral não fez a mínima ideia da patacoada que disse.

 

E o Aristides Sousa, coitado, nem sabe que é um animal. Se soubesse não “remataria” tais idiotices.

 

Ó oposição de Viana: EVOLUÍ. Os animais não humanos são tão animais como vós. Mais respeito pela criação de Deus. A tanta missa que assistem e ainda não se humanizaram!

 

ARRE!

 

http://www.publico.pt/local/noticia/camara-de-viana-avanca-com-regulamento-de-proteccao-de-animais-para-impedir-novas-touradas-1591525

 

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:00

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Segunda-feira, 18 de Maio de 2009

O Poder do Dinheiro

 

Copyright © Isabel A. Ferreira 2009
 
 
 Portugal tem tudo, e é sobretudo belo…
(Vista do alto do Castelo de Belver)
 
 
Depois de um texto reflexivo sobre a espiritualidade, tão arredada dos tempos que correm, em que para as pessoas é mais importante o ter e o parecer do que o ser, hoje proponho uma reflexão sobre o poder que o dinheiro exerce sobre determinadas pessoas que, para a ele chegar, perdem o respeito por si próprias, o mais pernicioso dos desrespeitos – pois quem não se respeita a si próprio, como poderá respeitar os outros?
 
Hoje, os escândalos económicos são o prato do dia, dos noticiários. E não estou a falar dos ladrõezinhos que assaltam lojas, bancos, ourivesarias, supermercados, bombas de gasolina para, por vezes, roubarem, umas ninharias, acabando por destruir vidas, em nome de uma sobrevivência desprezada pelas sociedades consumistas e pelos próprios governantes, que por aí exibem os seus excessos, provocando um ódio latente naqueles que vivem no charco – e todos querem ter, merecem ter, precisam de ter o direito a, pelo menos, comer, beber água potável, vestir, calçar, viver debaixo de um tecto, ter acesso à saúde, ao ensino, a um emprego…
 
Mas sempre foi assim, dizem alguns. Até a Jesus Cristo é atribuída a expressão: Pobres sempre os tereis entre vós. Sim, porém, esta é uma outra questão, e ter-se-ia de percorrer caminhos místicos para explicar o sentido destas palavras.
 
Não é isso que pretendo.
 
As notícias de crimes económicos e ladroagem a alto nível caem entre nós como bombas, e como qualquer bombardeio, este também provoca, nas sociedades, grandes danos, essencialmente morais, de descrédito total naqueles que tinham o dever de manter o equilíbrio económico no mundo, para que todos os povos pudessem comer, beber água potável, vestir, calçar, viver debaixo de um tecto, ter acesso à saúde, ao ensino, a um emprego…
 
Toda esta ebulição criminosa acontece porque a tentação de enriquecer (seja de que maneira for) torna-se irresistível a determinado tipo de mentalidades. O poder que o dinheiro exerce sobre essas pessoas é indescritível. Para elas o chamamento do vil metal significa uma autêntica vocação, e vivem em função disso, como se o dinheiro fosse o seu deus e tudo comprasse.
 
É bem verdade que se eu quisesse aprofundar a teoria de que o “dinheiro compra tudo”, tinha muito que contar, pois são conhecidos inúmeros casos (alguns deles de extrema gravidade) onde o dinheiro permite calar ou falar demais; possibilita apressar ou retardar determinados processos (conforme as conveniências); faculta prestar falsos testemunhos para livrar uns e prejudicar outros; facilita a ocultação de crimes graves; faz destruir bens e pessoas; permite “esquecer” papeladas no fundo das gavetas ou colocá-las em cima das mesas para “despacho” imediato; ajuda a ficar-se cego, surdo e mudo diante de situações de extrema gravidade, enfim, o dinheiro pode, na verdade, comprar muita gente e muita coisa, porque é vã a ilusão de que uns tostões ou uns milhares a mais fazem a felicidade do homem.
 
Esquecem-se, porém, esses que assim pensam, que o dinheiro não compra bens da natureza de uma consciência tranquila (se bem que é provável que, esses, não tenham consciência).
 
Além disso, há outra situação a considerar: mais dia, menos dia, a verdade vem ao de cima e o “belo palácio de cristal” construído com dinheiro sujo, vem abaixo, e depois, não é a vergonha que conta (pois geralmente as pessoas que se dão a certos negócios escusos, para obterem dinheiro, não sabem o que é vergonha), mas a pobreza moral a que ficam reduzidos (o que também pouco lhes importará, certamente!)
 
Eu, pessoalmente, por motivos óbvios e até por experiência própria, não acredito na justiça dos homens, pois estes também têm as suas fraquezas e os seus julgamentos podem ser falíveis por falta de competência. Contudo, há uma justiça que não falha nunca: a da vida, da providência, e nessa, acredito cegamente, porque já vi muitos barões do crime elegante, caídos no chão, como tordos abatidos.
 
É tudo uma questão de tempo.
Como diz Miguel de Cervantes: «Deus suporta os maus, mas não eternamente». Mais tarde ou mais cedo os que transgridem as regras de uma sã vivência em comunidade, serão punidos pela própria vida, e essa será, então, a maior e mais justa das punições.
 
Sempre foi assim, desde os princípios dos tempos (e disso temos inúmeros exemplos na História da Humanidade – já me dei ao trabalho de o confirmar) e assim continuará a ser, a não ser que os homens tivessem a capacidade de aprender com os erros do passado, ou com os erros dos outros. Mas falta-lhes essa capacidade. Por isso, perdem-se na noite tenebrosa dos crimes, com a convicção de que ficarão impunes.
 
Sem pretensão alguma de ser moralista, devo dizer que apesar de a justiça portuguesa ser benevolente para com os criminosos (entenda-se aqueles que cometem crimes contra o povo, porque os que cometem crimes contra os poderosos ou contra o Estado são punidos severamente), o crime nunca compensa.
 
Querer ter dinheiro não constitui propriamente um crime. Afinal precisamos dele para obtermos o que consideramos ser essencial para a nossa sobrevivência.
 
Crime é querermos enriquecer à custa dos outros, violando as mais elementares regras dos Direitos Humanos. E por aí, existem casos verdadeiramente escandalosos, mas há quem tape os olhos para não os ver, tape os ouvidos para não os ouvir, e tape a boca para não falar deles.
 
A nossa esperança está em que, numa qualquer manhã, de um qualquer dia, alguém possa estalar um dedinho, e nas manchetes dos noticiários possamos deparar com novos escandalozinhos, e ver denunciados os “barões” que ainda faltam denunciar, neste nosso País, que não tem culpa nenhuma, de ter governantes que não sabem conduzir o seu destino e colocá-lo entre os pequenos grandes países do mundo.
 
Afinal, Portugal tem terras aráveis de boa qualidade, tem mar, tem rios, tem florestas, tem sobreiros, oliveiras, vinhas, tem tudo, e é sobretudo belo… Só não tem governantes à altura desse tudo e dessa beleza e com visão de futuro. Os que temos, olham para o seu umbiguinho (que é o longe deles) e dizem: «Que lindo é o meu umbiguinho
 
Deste modo, não vamos a lugar algum!
 
Isabel A. Ferreira
 
 
publicado por Isabel A. Ferreira às 14:32

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