Este é o título de um artigo que saiu hoje no Jornal Expresso (a tauromáfia andará assim tão endinheirada?), onde se conta a vidinha vazia e inútil do matador de Touros, conhecido por Pedrito de Portugal, desde que nasceu, e não direi, até morrer, porque ele ainda não levou uma cornada a sério. Os Touros têm sido muito benevolentes para com esta criatura, que NÃO pertencerá ao Reino Animal, e muito menos à espécie humana, por vários motivos e mais este: o indivíduo diz que já levou seis cornadas, pernas todas abertas, e NÃO morreu de dor, porque naquele momento, nem se sente. Só assim fala quem gosta da sensação da dor, por possuir uma desordem psicossexual, normalmente conhecida por masoquismo ou sadismo ou sadomasoquismo. E sabemos que há gente assim.
Ninguém MORRE DE DOR. Poderá morrer das consequências provocadas na carne perfurada por um corno [veja-se a imagem] se não for imediatamente levado ao hospital e tratado adequadamente. No caso dos torturadores de Touros, estes são levados aos hospitais e tratados com os dinheiros públicos – e quem gosta de levar cornadas, e delas sai ferido, deveria pagar os tratamentos com o próprio dinheiro, assim como paga os funerais, quando o Touro, em legítima defesa, manda um desta, para melhor. Os Portugueses não têm a obrigação de pagar os tratamentos a quem pelo simples PRAZER de ferir e matar, vai para uma arena atacar Touros, que são seres sencientes, conceito que o tal Pedrito desconhece, e, ao dizer o que disse, leva-nos a pensar que será um sadomasoquista, além de demonstrar uma ignorância descomunal sobre a Dor, sobre a Senciência e sobre os Animais, algo que ele também, em princípio, será – a não ser que seja uma erva daninha.
Todos os animais dotados de sistema nervoso central sentem dor.
Todos os animais humanos e não-humanos sofrem, sentem dor, têm emoções, sentem medo, sentem fome, sentem sede, e até gostam de brincar...
E isto quem nos diz são as Ciências Biológicas.
Logo, o tal Pedrito de Portugal, ao dizer que levou cornadas, teve pernas abertas e não morreu de dor, não será nem um animal humano nem um animal não-humano (ou seja, um Touro, por exemplo). Será um animal pouco-humano, desumano ou uma erva daninha fantasiada de humano?
Os Touros, porque têm sistema nervoso central e um ADN que se aproxima do ADN do ser humano, obviamente sofrem, e quando os seus torturadores estão a torturá-los eles BERRAM dolorosamente, de tal modo que, enquanto os torturadores os lidam, ouvem-se os trompetes a tocar pasodobles para que não se ouçam os gritos dos Touros. E nenhum animal, quer seja humano ou não-humano grita dolorosamente se NÃO sente dor.
Que o tal Pedrito precise de parangonas para dizer que ainda está vivo, entre os pingos da decadência tauromáquica, e um jornal se preste a dar-lhe essa parangona, é uma coisa lamentável. Que venha a público disseminar ridículas ignorâncias, achando que todos são idiotas como o são os torturadores de Touros, é simplesmente intolerável, em pleno século XXI depois de Cristo.
É no mínimo estranho, que um jornal com 50 anos de existência, ainda não se tenha apercebido de que o mundo já deixou a Idade Média há muito, a Ciência evoluiu, e os que não quiseram perder esse comboio evolutivo, evoluíram também. Hoje em dia, já não há lugar para trogloditas.
Dar parangonas a disparates, a ignorâncias, a alguém que nada mais fez na vida do que torturar seres vivos sencientes, a algo que pertence ao submundo, é simplesmente inaceitável.
Isabel A. Ferreira
Por
Prótouro – Touros em Liberdade:
«O jornal “Expresso” de ontem publicou em manchete que o deputado socialista João Pedro Alves vai apresentar um projecto-lei para modificar as touradas em Portugal de modo que as mesmas sejam feitas com velcro tal como acontece nos E.U. A. (Califórnia e Texas) e no Canadá. A Grécia não tem touradas nem com velcro nem sem velcro tal como o jornal menciona. A única tourada que se realizou na Grécia teve lugar nos anos 70 organizada por um tauromafioso português.
Afirma o jornal que o senil Manuel Alegre acha interessante e que a “prótoiro” e o PAN acham que é uma solução possível.»
«Quando lemos a manchete tivemos de imediato a certeza que o PAN jamais aceitaria tal solução como possível, porque estamos a falar de um partido que apresentou um projecto-lei para abolir a tauromaquia, projecto esse que foi rejeitado pelo parlamento.
E não estávamos errados porque de imediato o PAN se apressou e bem a desmentir tal declaração.
Resta portanto saber no que à “prótoiro” diz respeito se a mesma aceitaria tal solução possível como o jornal afirma ou não. O presidente da “prótoiro” Paulo Pessoa de Carvalho afirma que jamais disse tal coisa o jornalista afirma que o que publicou é exactamente o que o mesmo lhe disse.
E com este diz que disse os aficionados entraram em parafuso porque para os mesmos a possibilidade de touradas com velcro é inaceitável já que é transformar a suposta cultura e arte num circo.
Se as touradas com velcro são um circo – note-se que somos absolutamente contra as mesmas porque embora os bovinos não sejam dilacerados por bandarilhas são sujeitos a altos níveis de abuso e stress – então a pergunta que se impõe é porque é que os tauricidas portugueses aceitam participar nas mesmas no E.U.A. e no Canadá e não aceitam tal prática em Portugal?
A resposta é simples porque o dinheiro que esta escumalha recebe fala mais alto. Já o dissemos várias vezes a tauromaquia não é arte nem cultura é um negócio, negócio sujo em que o único inocente é o animal explorado, torturado e morto num espectáculo de terror que enche o bandulho a todos os terroristas que vivem do mesmo e que delicia todos bandalhos que o aplaudem!
Prótouro
Pelos touros em liberdade»