«Eu já faço o meu boicote há bastante tempo: não compro livros em AO/90, nem jornais, nem revistas. NADA. E até era uma boa cliente das livrarias.
LER é o meu VÍCIO.
LER, para mim, é um PRAZER, não uma tortura.
Daí não me consentir LER numa língua estropiada» (I. A. F.)
Caros amigos, vamos fazer um favor à nossa Língua e não comprar um único livro impresso segundo a patética ortografia (exceptuam-se os livros escolares por razões óbvias), de resto, aqueles que não são essenciais à aprendizagem escolar, poderão ser ignorados e deixados no seu melhor lugar as prateleiras das livrarias e das lojas de batatas e cebolas: os hipermercados.
Esqueçam, também, os jornais e revistas mal redigidos, vamos tocar-lhes na ferida: os lucros, ou neste caso os prejuízos pela não-venda.
Os desgovernos fazem ouvidos-de-mercador, pois estão conluiados com as editoras, mas a estas a única coisa que lhes importa são a quantidade de livros vendidos e o capital recebido. Se não conseguirem os seus objectivos terão de voltar atrás.
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Ninguém que vá assistir à tortura de seres vivos poderá julgar com lucidez e isenção deslizes de seres vivos, sim, porque os animais humanos, também são seres vivos, tal como os bovinos que este juiz vai ver torturar no campo pequeno.
Damos uma volta, damos duas voltas e lá encontramos gente ligada à selvajaria tauromáquica em lugares-chave do poder. Seja de que poder for.
Que interesse terá o Governo português nesta situação tão macabra?
Crónica 79 por Mário Pais de Oliveira
«É dos jornais. O juiz Carlos Alexandre, 53 anos, é um homem solitário. Poucas falas. Católico. Gosta de participar nos ritos da ‘semana-santa’ (!?), na igreja da sua terra natal, em Mação. E de touradas no Campo Pequeno.
Dois tipos de espectáculo, de horrendo suplício. O de Mação, com um mítico Cristo crucificado, liturgicamente, sacrificado pelos sacerdotes das religiões cristãs, para apaziguar as iras de um Deus todo-poderoso, carniceiro, justiceiro, que nem o próprio filho único poupa. Para logo depois guindá-lo à categoria de Deus, no céu, de onde há-de vir em poder e glória, para julgar os vivos e os mortos, como outros tantos cabritos, uns à sua direita, outros à sua esquerda!
O do Campo Pequeno, com touros a sério, especialmente cevados, tratados para serem sacrificados na arena, às mãos de um toureiro sacerdotalmente vestido, montado num cavalo treinado para ajudante de carrasco. A estocada final é o clímax de um colectivo orgasmo mental e porventura sexual nas bancadas repletas de aficcionados animais racionais, aos gritos de, Olé!
É este o homem que o Estado português mantém à frente do Tribunal Central de Investigação Criminal, a quem, a partir de indícios supostamente fundamentados, cabe decidir da vida e do nome de gente mais ou menos “graúda”, oriunda do universo do poder político, mediático, económico-financeiro. Os processos, de tantos que são, atropelam-se uns aos outros.
E o juiz Carlos Alexandre quase nem tempo tem para comer, dormir. O que o move? O que o leva a gostar tanto do espectáculo mediático a que sujeita os que lhe caem nas mãos? Ao serviço de quê e de quem vive? Da justiça, da verdade? Mas o Estado-poder não é de sua natureza mentiroso, assassino, justiceiro? Não se serve dele, para parecer um Estado de direito, quando é a grande máquina institucional de produção de vítimas? Primeiro, alicia seres humanos frustrados e estéreis, para seus agentes, quanto mais no topo, melhor. Corrompe-os logo a todos. Por fim, escolhe uns quantos, para os sacrificar perante os grandes media! Em nome do combate à corrupção! A plebe aplaude!»
25 Novembro 2014