Quinta-feira, 30 de Março de 2023

«A informação em Portugal não é isenta e democrática», desabafo de um português que vive no Canadá, e está ATENTO ao que se passa (ou NÃO se passa) no seu País

 

Chegam-me, dos mais variados países do mundo, onde vivem comunidades portuguesas, desabafos de absoluto descontentamento e desilusão, por comprovarem que o NOSSO País está a afundar-se na mediocridade, cada vez mais, e em todos os sectores da sociedade portuguesa.

 

Passados que são quase 50 anos sobre a Revolução dos Cravos, Portugal RECUA progressivamente. O País está mergulhado num CAOS nunca antes visto. Nenhum serviço funciona normalmente. Perdemos a nossa identidade linguística. A contestação a QUASE tudo é o pão nosso de cada dia, e os órgãos de informação, conforme as cores políticas dos que Querem, Podem e Mandam neles, pendem, ora mais para ali, ora mais para acolá, e só TRANSMITEM o que mais lhes convém.

 

Contudo,  NEM todos os portugueses, que vivem dentro e fora do País,  usam PALAS, e apercebem-se de que algo vai muito mal na República DOS Bananas de Portugal.

 

É o caso de Carlos C. que, do Canadá, enviou este desabafo, com o qual concordo plenamente, a propósito da entrevista a António Costa, que ocorrerá HOJE, dia 30 de Março, na SIC.

 

Isabel A. Ferreira

VERDADES.png

 

Por Carlos C.

 

«Na Itália, há anos que Berlusconi, mesmo quando era PM, era dono duma grande cadeia de TV (tinha outro nome, e agora é a Mediaset). Claro que opiniões expressas nela eram-lhe favoráveis, ou no mínimo não o atacavam.

 

Não há lei que o proíba, mas é sujo...

 

Em Portugal há uma coisa do mesmo género...

 

HOJE, dia 30 de Março, a SIC vai fazer uma grande entrevista a António Costa no noticiário principal, das 20 h.

 

Com o costume que o seu meio-irmão (filho do mesmo pai) Ricardo Costa, Director de Informação, tem de não ficar na sombra, e actuar como jornalista e comentador, será que é ele a conduzir a entrevista?

Acredito que não... 

 

Contudo, a existência dum familiar do PM na direcção de informação dum canal tão importante causa-me desconforto.

 

É que quer tenham relações amistosas ou não, essa situação leva a dúvidas quanto à cobertura que o canal dá às peripécias no governo, e a suspeitas de favorecimento ou o seu contrário. Um corolário é o tratamento que o canal dá a rivais do PS de António Costa.

 

Eu recordo que a SIC lembrou-se de transmitir, em duas partes, um documentário sobre os defeitos do Chega precisamente durante a última campanha presidencial, em que Ventura era candidato!  

 

E há uns dias, Ricardo Costa, armado em comentador, atacou essa Némesis de Costa, André Ventura, porque tinha dito coisas meio parvas... Contudo, há quem na política também tenha ocasionalmente o condão de tropeçar e não são literalmente espicaçados como Ricardo Costa o fez a um rival do PS.

 

Aliás, é de lembrar que a SIC tem a lata de incluir Pedro Delgado Alves, VP da bancada do PS, em DOIS programas semanais de debate, o Linhas Vermelhas e o Sem Moderação. E isto sem identificar PDA com a posição que ele ocupa (Daniel Oliveira também entra em dois programas, mas ele é "adepto" duma certa orientação, ao passo que PDA é mesmo da "direcção" dum clube).

 

Claro que esta inclusão dá ajuda ao PS, sem que a maioria do público dela se aperceba.

 

Enfim, a informação da SIC não é de confiança, e isso nota quem tiver os olhos abertos e os ouvidos à escuta, como por exemplo na omissão ou falta de relevância dada ao revés que aconteceu ao Mondego que era descrito como pronto a cumprir missões (nem no rodapé isso apareceu!).

 

A RTP tem outros problemas, mas resumindo, a informação em Portugal não é isenta e democrática.

Carlos C. (Canadá)

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:10

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Quinta-feira, 23 de Março de 2023

«Bicadas do Meu Aparo»: “A Ciência e o Cientista”, por Artur Soares

 

Nos dois dias seguintes, nada mais ouvi do velho e regressei ao país. Mas, em toda a viagem, não deixei de pensar porque é que o senhor Yanekang não deu seguimento à Clínica do pai, uma vez que na hora que passa em Portugal, se justificava mais uma remessa de portugueses que fossem em busca de aumento de inteligência para melhor servirem e descorromperem Portugal.

 

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Fonte da imagem: https://intemocional.cosap.pt/sobre/

 

Um amigo de longa data, que há uns anos constituiu família com uma jovem chinesa que conheceu em Moçambique, aquando da sua participação na guerra colonial, contactou-me por escrito. Mudada a situação política no país devido ao derrube da segunda república em Portugal, pelas Forças Armadas, o meu amigo Santix partiu para a China, cidade de Shenyang, com a mulher, e terra natal dos seus sogros.

 

Devido à nossa amizade, convidou a deslocar-me à China a fim de ser padrinho de baptismo dum seu neto, uma vez que tinha tudo organizado para – à revelia dos Católicos do Estado – se iniciar a cerimónia por um Diácono acreditado pelo Vaticano.

 

Organizei a viagem, dei instruções prévias aos criados que me acompanharam e segui para a China, ao encontro do ex-companheiro de guerra. Então, num clima de medo e num local com várias cavernas - onde se reúnem os católicos pro-Vaticano - procedeu-se ao baptismo do bebé.

 

O senhor Yanekang, avô da mulher do Santix, é um homem de noventa anos, magro, de olhos-tremoço, lúcido e bom poliglota.

 

- Sabe – dizia-me o senhor Yanekang – sinto-me feliz por a minha neta ter casado com um português. Portugal tem na minha vida grande influência, pois deve-se a muitos portugueses o sucesso da fortuna que recebi do meu pai, de gente doutras nações, mas, sobretudo de portugueses.

 

- Mas, desculpe interrompê-lo, senhor Yanekang. Não estou a entender como herdou de seu pai fortuna, graças a muitos portugueses?!

 

- Eu explico: meu pai, que lhe circulava nas veias sangue russo e chinês, foi um cientista na área da medicina, grande investigador e, conquistou, através de alguns anos, fama, na experiência de beneficiação de inteligência de chimpanzés. Anos depois, sabedor das fragilidades cerebrais dos Primatas e dos sucessos então obtidos, iniciou a experiência de aumentar a inteligência a humanos, embora se viesse a provar anos mais tarde que o aumento de inteligência em pessoas era temporário. Isto é, um estúpido, um incapaz, regressaria sempre ao seu estado normal. Então meu pai, que começou a ganhar muita fama, solicitavam-lhe famílias de grande peso económico, melhoramentos cerebrais nos filhos e conseguiu fazer de, praticamente todos, bons políticos, economistas, médicos, advogados, etc..

 

Como sabe – continuou o filho do cientista – tivemos cérebros que dominaram a Rússia, a China, França, Itália, Espanha, Alemanha, mas, de Portugal, foi a grande avalanche: o maior número de cérebros melhorados, foram do seu país. Meu pai, a portugueses, melhorou idiotas, pasmados, imbecis, pretensiosos, cretinos e, em todos, fez sucesso! Uns eram maus alunos e deram advogados; outros, eram introvertidos e deram políticos bem-falantes; outros ainda, eram militares de carreira banais e deram coronéis e generais.

 

- Mas pelos meus apontamentos - continuou o senhor Yanekang – neste momento, os benefícios desse aumento de inteligência nas gentes do seu país, terminou-lhes o prazo. Verifico que, os que eram imbecis e idiotas regressaram à imbecilidade e à idiotice e, como deve calcular, essa é a razão por que no seu país ninguém se entende: as crises não se resolvem e o povo sofre, porque a inteligência então ministrada/aumentada, caducou.

 

- Mas, senhor Yanekang – pode dizer-me quem foram os homens do meu país que se submeteram a essa alteração para aumento de inteligência?

 

- Bem. Eu não vou quebrar o sigilo profissional de meu pai, uma vez que ele nunca o quebrou. Apenas lhe digo que a Clínica de Melhoramentos de Cérebros, tinha a sua sede aqui em Shenyang e uma filial em Pevek, na Rússia. Os interessados foram melhorados ao cérebro, portanto, na China e na Rússia. Agora dizer-lhe quem foram os portugueses que recorreram a tais serviços, não posso, mas, se o amigo for de inteligência afiada como penso que é, não deve ter dúvidas quanto aos imbecis, pasmados e pretensiosos que se vêem em Portugal. Se dúvidas tiver veja mais televisão, pois esses, quase todos passam no ecrã.

 

Nos dois dias seguintes, nada mais ouvi do velho e regressei ao país. Mas, em toda a viagem, não deixei de pensar porque é que o senhor Yanekang não deu seguimento à Clínica do pai, uma vez que na hora que passa em Portugal, se justificava mais uma remessa de portugueses que fossem em busca de aumento de inteligência para melhor servirem e descorromperem Portugal.

 

(Artur Soares – escritor d’Aldeia)

 

(O autor não segue o novo Acordo Ortográfico).

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 17:36

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Quinta-feira, 2 de Março de 2023

PAN quer compromisso do Governo para acabar com a produção e importação de peles de origem animal

 

Em comunicado à imprensa o PAN - Pessoas-Animais-Natureza deu hoje entrada de uma iniciativa que visa o fim progressivo do abate de animais para fins de extracção de peles e da importação de peles em Portugal, bem como a criação de uma rotulagem mais transparente para os consumidores.

 

Inês de Sousa Real porta-voz e deputada do PAN afirmou que “Os impactes ambientais e em termos de protecção animal do sector têxtil não podem ser descurados, particularmente num contexto de recursos escassos e de agravamento das alterações climáticas, de perda de biodiversidade e de crescente preocupação das pessoas para com o bem-estar animal. Assim, é preciso continuar a aprofundar o caminho e a dar sinais económicos claros para uma transição verde deste importante sector de actividade, que vem ele próprio mostrando evidências de que a inovação pela sustentabilidade é o caminho a seguir”.

 

Inês de Sousa Real defende que “neste momento, no plano da União Europeia (UE), está em curso uma oportunidade única para que se limite o uso de métodos de produção e/ou a importação de produtos de fora da União Europeia, que recorrem à crueldade animal por via do uso de produtos de origem animal e Portugal não deve ficar à margem desta mais do que necessária e justa mudança de paradigma”,  até porque os dados demonstram que muito há ainda a fazer, como seja na Europa, onde em média cada pessoa compra anualmente cerca de 26 quilos de têxteis e deita fora uma média de 11 quilos/ano, sendo que apenas 1% das roupas descartadas globalmente é reciclada.

 

Com efeito, desde Março de 2021, está em discussão uma estratégia da UE para os têxteis sustentáveis e circulares, a qual prevê um conjunto de acções concretas para garantir que, até 2030, os produtos têxteis colocados no mercado europeu sejam de longa duração e recicláveis, feitos tanto quanto possível de fibras recicladas, isentos de substâncias perigosas e produzidos no respeito dos direitos sociais e do ambiente.  Contudo, apesar de o uso de produtos de origem animal pela indústria têxtil ser um factor que, para além de promover práticas cruéis, tem preocupantes impactes ambientais que podem comprometer o cumprimento dos objectivos europeus de neutralidade carbónica, este é um aspecto que não merece qualquer menção na estratégia da UE para os têxteis sustentáveis e circulares. 

 

A deputada do PAN acrescenta que “é neste contexto que o PAN, procurando suprir estas insuficiências, avança com a presente iniciativa que visa que o Governo assegure que, no âmbito da discussão da estratégia da UE para os têxteis sustentáveis e circulares, são incluídas medidas de limitação do abate de animais para fins de produção de peles e da importação de peles pela União Europeia”, explica. “Pretendemos ainda que o Governo actue no sentido de vir a ser garantido que se classificam como intrinsecamente insustentáveis os produtos têxteis de origem animal por comprometerem o bem-estar destes seres, e que aposte na criação de apoios à investigação e ao desenvolvimento de alternativas sustentáveis de origem não animal. 

 

“É preciso ainda, por outro lado, que, tendo em conta que os artigos de peles e de couro são muitas vezes rotulados de forma deliberadamente errada e em termos que induzem em erro o consumidor, Portugal, através do Governo, defenda no quadro da União Europeia a revisão do Regulamento sobre Rotulagem de Têxteis, de forma a assegurar uma rotulagem transparente de todas as partes não-têxteis de origem animal”.

 

Para o PAN, Portugal deve pôr-se ao lado de países como a França, Itália, Irlanda e Estónia ou - em fase de discussão - Bulgária, Letónia, Polónia e Espanha, e caminhar para a proibição do abate de animais para fins de produção de peles e a importação de peles de criação no nosso país. 

 

A presente iniciativa do PAN procura dar resposta à Iniciativa de Cidadania Europeia “Europa sem peles”, que até ao momento já recolheu mais de 1,5 milhões de assinaturas, exortando a União Europeia a proibir a criação de peles e a importação de produtos de peles de criação, uma iniciativa apoiada e difundida por várias organizações de protecção animal em Portugal.

 

 

Fonte da foto: https://i0.wp.com/followthecolours.com.br/wp-content/uploads/2016/05/follow-the-colours-lacoste-pele2.jpg

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:10

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Quarta-feira, 22 de Junho de 2022

PAN quer permitir o acesso de animais de companhia nas praias

 

O PAN - Pessoas-Animais-Natureza deu hoje entrada no Parlamento de um projecto de lei que prevê o fim da interdição da permanência e circulação de animais de companhia nas praias, mediante a alteração do regime do ordenamento e gestão das praias marítimas, passando assim a ser permitido o acesso de animais de companhia a praias.

 

Praia das amoreiras.jpg

Praia das Amoreiras, a primeira praia para cães foi inaugurada no concelho de Torres Vedras, em 2020.

in  https://jornaldemafra.pt/2020/07/08/praiadas-amoeiras-inaugurada-a-primeira-praia-para-caes-do-concelho-de-torres-vedras-imagens/

 

A este propósito refere Inês Sousa Real, porta-voz e deputada do PAN que os animais de companhia fazem cada vez mais parte integrante das famílias. Toda e qualquer medida que promova e facilite a integração dos animais na vida dos seus tutores, em particular numa época em que sabemos que existe a necessidade de deslocarem com o agregado familiar, promove, consequentemente, o combate ao abandono, que continua a ser um flagelo no nosso país, que se agrava especialmente no período de Verão. Permitir que os animais de companhia acompanhem os seus tutores também nas férias e nas actividades de lazer poderá ter um impacto significativo na diminuição do crime de abandono de animais de companhia, para além de ser uma componente na socialização dos animais e promoção do contacto com a natureza dos próprios e dos seus tutores.

 

E acrescenta ainda que em países como Espanha, por exemplo, toda a costa tem praias disponíveis para que os tutores e os seus animais de companhia possam circular e permanecer. Em países como a Itália ou a Grécia, os cães podem estar nas praias, devendo os seus tutores observar as regras em vigor.

 

Com a presente proposta, o PAN pretende que o  actual regime legal passe a contemplar a demarcação das zonas autorizadas à permanência e à circulação de animais de companhia, desde que se cumpra as obrigações legais existentes, como por exemplo a necessidade de utilização de trela nos espaços de circulação comuns de acesso à praia e presença do tutor ou a obrigatoriedade de recolha de dejectos, devendo ser promovida a colocação de pontos de recolha e ainda a disponibilização de pontos de abeberamento para animais nos acessos à praia e que se evite também horas de maior calor, salvaguardando o bem-estar dos animais.

 

Em Portugal, encontram-se registados cerca de três milhões de animais de companhia no Sistema de Informação de Animais de Companhia, sendo que se estima que cerca de metade dos lares têm, pelo menos, um animal de companhia.

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:00

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Terça-feira, 26 de Janeiro de 2021

Quando a pandemia acabar, não queremos regressar à normalidade, nem a um novo normal, queremos regressar a um Mundo Novo…

 

… como o idealiza e reflecte a escritora e professora universitária Idalete Giga.

Ser emocionalmente racional é a palavra-chave, para o Mundo que aí vem. Esta é a mensagem.

Isabel A. Ferreira

 

Paraíso.jpg

 

«O Vírus Justiceiro, como eu lhe chamo, veio acordar o mundo e avisar a Humanidade inteira de que temos urgentemente de mudar de vida, ou seja, os nossos hábitos em todas as áreas do quotidiano. Mas não são só os nossos hábitos que terão de mudar radicalmente. É o paradigma económico, financeiro, educacional, cultural, etc. em todo o planeta que mudará para melhor.

 

Adeus capitalismo selvagem. Adeus reino da quantidade. Adeus exploração desenfreada. Adeus offshores. Adeus fabrico de armas. Adeus tráfico de seres humanos, de droga, de armas (!). Adeus prostituição. Adeus mercados bolsistas que se regulam pelo absurdo, pelo enriquecimento ilícito, pela completa IRRACIONALIDADE. Adeus mundo do ódio, das guerras absurdas que são alimentadas pelo negócio criminoso, altamente repugnante e desumano da venda de armas. Quem as vende aos países em guerra? Os EU, a China, a Rússia, a Alemanha, a Itália, a França, a Espanha, etc. , etc.. Portugal não vende, mas compra. E eu pergunto: para quê?» (Idalete Giga)

 

***

 

brain-vs-heart.jpg

 

Emoção versus banalidade

 

Ser banal

É ser vulgar

E não se emocionar

Quando passa

No caminho da vida

E apenas vê

De fugida

O chão que pisa

 

Ser banal

É ser vulgar

E não se emocionar

Com o assobiar

Do vento

O canto dos pássaros

O canto do mar

O cintilar das estrelas

A lua cheia

A beijar o oceano

Com a sua luz prateada

O sol a nascer

No fim da madrugada

Ser banal

É ser vulgar

E não se emocionar

com os campos em flor

O ouro das árvores

Os poentes de fogo

As lágrimas da chuva

 

Ser banal

É ser vulgar

E não se emocionar

Com a ternura

De um canto de embalar

 

Ser banal

É ser vulgar

 E não se emocionar

Com a profunda tristeza

No olhar

De uma criança abandonada

 

Ser banal ´

É ser vulgar

É não ter compaixão

É ter medo de amar

Tudo o que pulsa

Em constante vibração

Subindo

E convergindo

Para o Infinito. 

      

Idalete Giga

Paço de Arcos, 17/ Dezembro/2020

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:23

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Quarta-feira, 29 de Abril de 2020

“25 de Abril” dos italianos comemorado em Itália: uma lição para os Portugueses, em tempo de pandemia

 

No passado dia 25 de Abril, enquanto nós comemorávamos os 46 anos da libertação da ditadura fascista, com pompinha e circunstanciazinha, no Parlamento português, a Itália, nesse mesmo dia, comemorou os 75 anos da libertação do domínio nazi-fascista. Foi em 25 de Abril de 1945 que os italianos derrubaram o regime fascista de Mussolini. 75 anos!

Como o fizeram?

Esta celebração costuma (costumava) levar o Povo Italiano às ruas em actividades cívicas por todo o país.

Contudo, no passado dia 25 de Abril, em pleno tempo de uma pandemia que fez parar o mundo e matou milhares de seres humanos, esta celebração contou apenas com a presença de Sérgio Matarella, presidente da República Italiana, com máscara, a depositar uma coroa de flores no monumento do soldado desconhecido, num acto solitário, mas principalmente solidário para com todos os italianos confinados, naquele dia, e principalmente por respeito àqueles outros italianos que perderam a vida devido ao Covid-19.

Por toda a Itália, o Povo confinado cantou às varandas e às janelas o “Bella Ciao”, a canção que se tornou um símbolo da Resistência Italiana contra o Fascismo durante a Segunda Guerra Mundial.

Para bom entendedor...

Isabel A. Ferreira

 

25 de Abril - Itália.jpg

Quanta dignidade encontramos nesta imagem!

Como diz Isabel Sousa Lobo: «Isto tem tanta força!»

 

Fonte da notícia e da imagem:

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=2557260447713655&set=a.126508507455540&type=3&theater

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:27

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Sábado, 25 de Abril de 2020

Crónica “marginal” da sessão solene comemorativa do 46º aniversário do 25 de Abril

 

Nota prévia:  todos os que me conhecem sabem que sou apartidária (deste facto provém a minha LIBERDADE), mas não sou apolítica, daí que absorva de cada partido político apenas o que cada um apresenta de melhor, porque todos eles, da esquerda à direita, têm coisas boas, coisas menos boas e coisas muito más. Foi com base nesta minha posição que me propus a fazer uma análise marginal à sessão solene, que hoje teve lugar no Parlamento, comemorativa do 46º aniversário do 25 de Abril.

 

Os que me conhecem, também sabem que nada tenho contra os cidadãos que são pais e cônjuges, e decidem ir para a política. Como sou muito exigente e só quero o melhor para o meu País, exijo que os políticos sejam tão bons na política, como são bons pais e cônjuges. O que nem sempre acontece, e então sou severa para com os políticos que não fazem política com Dignidade e Honestidade.  Contra os pais e cônjuges que eles são, nada tenho.

25 de Abril sempre, mas não contra o Povo!

 

25 de Abril . sessão.jpg

Foto: Tiago Petinga - Lusa

 

A primeira observação que me ocorre fazer é a seguinte: muito democraticamente, hoje, no dia em que se celebra as tão propagadas Democracia e Liberdade, que os Capitães de Abril nos proporcionaram, a Deputada Joacine Katar Moreira, eleita por uma determinada fatia do Povo Português, foi impedida de usar a palavra. Não houve uma alminha sequer que, a exemplo de outras ocasiões, propusesse que se abrisse uma excePção, para que a deputada Joacine, no dia em que se celebra a Liberdade e a Democracia, pudesse dizer de sua justiça, ainda que eleita por uma minoria. Tinha esse direito, hoje. Não é para aqui chamado o facto de ela já não pertencer a um partido político. O que aqui interessa é que hoje, no dia em que se comemora a Liberdade e a Democracia, em Portugal, uma deputada da Nação, eleita pelo Povo, muito democraticamente, na Casa que se diz ser da Democracia, que é também a Casa do Povo, foi impedida de usar a palavra. E isto tem um nome: atitude ditatorial.

 

O primeiro convidado a chegar foi o ex-presidente Ramalho Eanes, de cravo na lapela. Nem todos trouxeram cravos. E estão no seu direito. Ninguém veio com máscaras, para o Parlamento. Parece que abriram o teCto do hemiciclo de São Bento, para não parecer um recinto fechado, e não ser obrigatório o uso de máscaras, como o é para o comum dos mortais portugueses, em recintos fechados.

 

Apenas o Director Nacional da Polícia de Segurança Pública (PSP), superintendente Manuel Magina da Silva, chegou a São Bento com a sua viseira, como é da boa prática. Mas retirou-a, quando se sentou na Galeria, e verificou (digo eu) que era o único.

 

Nas Galerias estavam apenas 14 convidados, entre eles o ex-presidente da República, General Ramalho Eanes, D. Manuel Clemente, Patriarca de Lisboa, Fernando Medina, Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, um representante da Associação 25 de Abril, entre outros. Nem todos os que foram convidados aceitaram ir.

 

Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República Portuguesa, chegou sem cravo. Lá dentro deram-lhe um cravo, e foi com ele na mão que entrou no hemiciclo, mas logo o pousou algures, e nunca mais foi visto com ele.

 

A distância entre as pessoas, enquanto estiveram sentadas, foi respeitada. Enquanto estiveram de pé, foi ao molhe, em amenas cavaqueiras, sem máscaras ou luvas. É assim mesmo. Isto para demonstrar que o coronavírus não quer nada com o Parlamento Português. Não entra ali, porque Ferro Rodrigues não permite tal ousadia.

 

Depois de ouvido o Hino Nacional, o Presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, fez um discurso a cair de velho e pobre, começando pelo uso da tal linguagem inclusiva, que anda por aí a ser divulgada como se fosse algo muito chique, mas nada, nada, mesmo nada erudito, e que ora é, ora não é: começou com Portugueses e Portuguesas, como se os Portugueses não representassem UM POVO, onde estão incluídas as mulheres. Até porque, mais adiante e por variadas vezes, Ferro Rodrigues referiu Portugal e os Portugueses, deixando de fora as portuguesas, e os cidadãos do mundo inteiro, excluindo as cidadãs, e isso não se faz…  E esta linguagem parola é algo que me provoca urticária, de tão virulenta que é.

 

Enfim, Ferro Rodrigues começou o discurso evocando o vírus, que impediu uma celebração com todos; fez-se um minuto de silêncio pelos mortos da Covid-19, e o resto foi mais do mesmo.

 

Seguiram-se os discursos dos representantes do Povo, por ordem crescente de representação, na Assembleia da República, à excePção, como já foi referido, daquele povo representado pela deputada Joacine Katar Moreira.

 

Primeiro foi João Cotrim Figueiredo, do partido Iniciativa Liberal, que, sem cravo na lapela, fez um discurso diferente, com algo novo a dizer: leu a carta que escreveu ao seu filho, nascido há 18 anos, precisamente no dia 25 de Abril. Uma bela carta, a um filho a quem se pede que lute pelo futuro, pela liberdade, por um mundo melhor do que aquele que ele, como pai, não foi capaz de lhe deixar. Gostei bastante deste discurso, que não sendo político, foi humano.

 

Seguiu-se André Ventura do Chega, também sem cravo, e que fez um discurso assente em verdades, e as verdades não são de direita, nem de esquerda. As verdades são apenas verdades, e quando são verdades a que o Povo está atento, estes discursos têm um poder que os velhos discursos, ditos e reditos, já não têm. ATENÇÃO a isto!

 

Cuidado! Muito cuidado! Abram os olhos! Acordem para a realidade. A verdadeira Democracia não tem donos. São precisas novas políticas e um 25 de Abril renovado, de outro modo, os sonhos sonhados naquele 25 de Abril de 1974 serão engolidos pelos que chegam ao Povo, e o pesadelo regressará, se já não regressou.

 

Seguiu-se José Luís Ferreira, do PEV, com cravo na lapela. Ele disse que para trás ficou um povo triste e um país a cheirar ao mofo. Será que, na realidade, esse país ficou para trás? Não me parece. Penso que José Luís Ferreira dourou demasiado uma pílula amarelada, já gasta pelo tempo, e louvou demasiado o SNS, que antes do coronavírus era um autêntico caos. Hoje só não é caos porque milhares de pessoas, por medo, deixaram de procurar o SNS. E o esforço brutal que todo o pessoal médico e paramédico está a fazer nos hospitais, com poucos meios e protecção individual escassa, é de louvar. São eles os verdadeiros heróis disto tudo. Vamos ver o que se seguirá à pandemia. Vamos ver se o SNS aguentará o que aí vem.

 

Veio depois, Inês Sousa Real, do PAN, com um cravo na mão, e se não fosse aquele distintas e distintos convidados (então e as convidadas?)  e aquele todas e todos no final, como se Todos não significasse HUMANIDADE, onde estão incluídos eles e elas, eu teria aplaudido o discurso. Abordou as questões do ambiente e do desprezo pelos animais, que mancham a democracia portuguesa. Lembrou aqueles que hoje, não puderam celebrar o 25 de Abril porque estão confinados ou mortos à conta da Covid-19. Não são estas cerimónias que garantem a Democracia, referiu Inês. Pois não. Mas também não é com o modismo da linguagem inclusiva que resolverão o problema das mulheres. Não é através desta linguagem apoucada que elas se integrarão na sociedade, no trabalho, nos cargos políticos e empresariais, na vida. É apenas com atitudes. As palavras de nada servirão.

 

Telmo Correia, falou pelo CDS, sem cravo, e apresentou um discurso coerente, com o qual concordei, porque ali não entrou política, mas bom senso. O facto de 110.228 pessoas estarem contra estas celebrações (não contra o 25 de Abril, é preciso dizer isto alto) não foi uma questão ideológica, porque não foi, mas tão-só uma questão ontológica. E os que se empenharam em celebrar a Liberdade e a Democracia, não respeitaram o que se exigiu ao Povo.  O Parlamento deve respeitar os Portugueses, e este é um mau exemplo. Telmo Correia fez um discurso de protesto, com o qual tive de concordar, porque o meu conceito de Democracia engloba a vontade do Povo, quando ele se manifesta contra as imposições ditatoriais de quem, por eles, foram eleitos.

 

E estou-me nas tintas para os que dizem que com isto eu favoreço "os da direita". Desta vez, os que se dizem de esquerda, comportaram-se como se fossem da direita. E dizer a verdade não é favorecer. É simplesmente dizer a verdade. Certo?

 

Veja-se esta imagem. Correram duas petições: uma, contra a celebração do 25 de Abril por motivos óbvios; outra, a favor, por motivos que poderiam ser adiados, porque, afinal, 25 de Abril não foi celebrado por quatro vezes, e nenhuma esteve ligada a uma pandemia desta dimensão. É bem certo que o promotor da petição contra, não fez chegar o documento ao Parlamento, e fiou-se não facto de que bastava os parlamentares visualizarem a petição para decidirem fazer a vontade de 110. 228 portugueses, porque isso seria um acto democrático, pois era avontade de uma boa fatia do Povo Português. Mas isso não serviu de nada. Como poderia, num regime ditatorial, disfarçado de democracia?

 

E como hoje, se celebra a Democracia e a Liberdade, os parlamentares entenderam que eles também tinham a liberdade de fazer o que muito bem entendessem, não respeitando o que o Bom Senso de milhares de portugueses ditou, nem sequer, as recomendações sanitárias, em recinto fechado.

 

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Seguiu-se Jerónimo de Sousa, do PCP, com cravo à lapela, o velho guerreiro, e o deputado mais antigo da AR, o qual considerou que o 25 de Abril não seria apagado sem esta celebração no Parlamento. Não, não seria. O seu discurso foi coerente como sempre foi. Aliás, devo dizer que admiro a honestidade deste senhor, mas nem sempre concordo com ele, porque falha, por exemplo, quando apoia o lobby troglodita, a pensar nos votos.  Falou do Povo, e o Povo é quem mais ordena, mas desta vez, não ordenou coisa nenhuma. Um discurso quase igual aos que sempre proferiu.

 

Moisés Ferreira, do Bloco de Esquerda, também com cravo na lapela, fez um discurso morno, não acrescentando nada de novo a esta celebração; aliás como Rui Rio (sem cravo) pelo PSD e Ana Catarina Mendes (com cravo) pelo PS. Três discursos iguais a si próprios, que nada nos disseram de novo, a não ser palavras de circunstância, que todos estamos cansados de ouvir.

 

Fechou a cerimónia Marcelo Rebelo de Sousa, que perdeu o cravo. O seu discurso centrou-se na preocupação de justificar esta celebração, e pouco mais. Foi mais um discurso, à Marcelo. Uma desilusão. Esperava muito mais.



Para terminar, uma curiosidade: a Itália, também comemora, precisamente hoje, o 25 de Abril dos italianos, para eles hoje, foi dia de celebrar a LIBERDADE, os 75 anos (não os 46, como nós) da libertação do nazi-fascismo. E celebraram esta data, cantando à janela e às varandas o "Bella Ciao", entre outros hinos.

 

Um belo exemplo, de como celebrar em conjunto, uma tão importante data, e, como ouvi dizer a um velho guerreiro italiano: «Hoje não é dia de celebrar a Liberdade, mas de combater o inimigo que nos tirou a liberdade.»

 

Mas nem todos têm esta lucidez e sabedoria.

Sugestão de leitura: clicar no link:

 

A grande farsa das comemorações do “25 de Abril”

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 19:16

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Segunda-feira, 2 de Março de 2020

Covid-19 - «Assustador»

 

A suspeita e a preocupação de José Mendonça da Cruz, é também a minha suspeita e a minha preocupação.

A ver vamos.

O "filme" já começou.

Já temos um infectado confirmado. Talvez a caminho de dois.

E os muitos que estão confinados em casa, segundo recomendação de suas excelências, a fazerem autoterapia, para não se agitar as águas?

Se não fosse trágico, seria hilariante o que se tem passado com os "suspeitos", trancados nos lugares mais improváveis, sem que os "serviços" funcionem como deviam funcionar, em casos destes.

Mas não podemos esquecer-nos de que estamos em Portugal.

Isabel A. Ferreira

 

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«Assustador»

 

por José Mendonça da Cruz, em 29.02.20

 

«Quando constato que o coronavírus alastrou a toda a Europa e em Portugal ninguém sabe de caso nenhum, eu preocupo-me.

 

Quando ouço os discursos patéticos e supostamente apaziguadores da directora geral da saúde, eu sinto-me tudo menos apaziguado. Quando verifico que se refere a China, Itália, Irão, e fala de «cenarizações», e manda não andar aos beijos, e descreve com ligeireza eventuais mutações e características do vírus, mas de Portugal não tem ideia, fico preocupado.

 

Quando ouço o inefável primeiro-ministro e a ministra da saúde inenarrável dizerem que o vírus vem de certeza, mas por enquanto andam claramente aos papéis, fico receoso.

 

Quando leio que uma senhora suspeita de infecção ficou fechada horas na casa de banho de um centro de saúde, e depois foi mandada embora porque não havia instruções da DGS para fazer análises, não sei se deva rir se praguejar.

 

Quando compreendo que há casos suspeitos, mas diagnóstico nenhum, e mais casos suspeitos, mas sabe-se lá; quando comparo a gravidade dos alertas da OMS e o tom confuso e atrabiliário das advertências que se fazem cá, fico com a suspeita de que as coisas cá vão correr muito, muito mal.»

 

Fonte:

https://corta-fitas.blogs.sapo.pt/assustador-6879812?imt=ssc&view=34413380#t34413380

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 12:13

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Sábado, 2 de Novembro de 2019

«O Deus dos trabalhadores»

 

Um extraordinário texto, da autoria de Marcelo Lafontana, o qual convida a uma profunda reflexão

 

Cristo.jpg

 

Por Marcelo Lafontana



«O único exercício moral válido para a Igreja Católica seria tentar seguir os ensinamentos e imitar o comportamento do mesmo Cristo que adora.


Vejamos:


Jesus aceitaria a desigualdade social ou defenderia oportunidades para todos?


Jesus veria com bons olhos a distribuição da riqueza de forma igualitária?


Jesus promoveria a guerra em nome da fé?


Jesus perseguiria, torturaria, prenderia e queimaria gente em nome da religião?


Jesus acumularia tanta riqueza e ostentaria tanto luxo como o Vaticano?


Jesus daria igual oportunidades a homens e mulheres?


Jesus teria aceite um acordo com Mussolini e o fascismo para ter um Estado independente da Itália?


Jesus perseguiria ou mesmo hostilizaria homossexuais?


Jesus aprovaria ter o infame General Franco enterrado num monumento religioso construída por presos políticos?


Jesus oprimiria cientistas como Galileu Galilei ou artistas como Miguel Ângelo só por terem uma ideia diferente da sua?


Bem, a lista não teria mais fim.

 

Fonte:

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10218354449365575&set=a.10201991215414953&type=3&theater

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:40

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Terça-feira, 12 de Dezembro de 2017

PAN avança com projecto-lei para abolir o uso e abuso de animais no circo

 

Por todo o mundo esta gigantesca onda civilizacional já corre a passos velozes…

 

Em Portugal marca-se passo…

 

ELEFANTE652db931b03434af33c6ed02458509c9_L.jpg

 É inconcebível que se mantenha enjaulado durante toda uma vida, este magnífico animal, nascido para ser livre na savana ou nas florestas…

 

No próximo dia 21 de Dezembro será debatido na Assembleia da República o projecto-lei que resulta de vários meses de estudo e reuniões com várias entidades e ONGs nacionais e internacionais, visando a proibição de utilização de animais, de qualquer espécie, em circos.

 

Segundo comunicado do PAN, «a proposta prevê que após a aprovação da lei seja proibida a aquisição ou reprodução de animais para além dos já previstos na Portaria 1226/2009, de 12 de Outubro. Para os animais actualmente detidos pelos circos estabelecer-se-á uma moratória, por um lado, para que os circos se possam adaptar a uma realidade sem animais e, por outro, para que haja tempo para se reencaminharem os animais para reservas. Os tratadores/ treinadores dos circos que cedam gratuitamente os animais ao Estado terão direito a um apoio para efeitos de reconversão profissional. Será ainda estabelecido um regime contra-ordenacional para o incumprimento da lei e para os casos mais graves será prevista a criminalização de certas condutas.

 

Apesar de em diversos países já existir legislação que proíbe a utilização de animais nos circos como são os exemplos de Chipre, Malta, Grécia, Holanda, Bélgica, Áustria, Itália entre outros na Europa e no Mundo, Portugal tem agora a oportunidade de dar mais um passo para um relacionamento mais ético com os animais.

 

Vários circos e promotores culturais têm vindo a abdicar dos espectáculos que utilizam animais das mais diversas formas. Os Coliseus de Lisboa e do Porto já o fizeram, adoptando uma decisão ética e de consciencialização da sociedade ao deixar os números artísticos entregues, exclusivamente, a seres humanos.

 

Nos últimos anos tem havido uma crescente discussão sobre o uso de animais em circos. Isto reflecte-se em várias alterações legislativas sobre esta matéria sendo que, até agora, 19 países da UE adoptaram limitações ao uso de animais em circos, assentes num amplo consenso académico fundamentado por consistentes argumentos científicos. Esta discussão adquire particular relevância nos períodos festivos com um aumento da oferta de espectáculos de circo um pouco por todo o país. É importante fazermos escolhas informadas sobre o tipo de actividades que escolhemos para nos divertirmos e para entreter e educar as nossas crianças. A declaração do Intergrupo do Bem-Estar e Conservação de Animais sobre os efeitos da vida de circo em animais selvagens, de Setembro de 2015 apresenta as principais implicações para o bem-estar de animais selvagens numa vida de circo, que vão do confinamento extremo de espaço, à impossibilidade de expressão dos seus comportamentos naturais, à separação precoce da progenitora, à restrição forçada das interacções sociais, aos treinos rigorosos e comprovadamente desconfortáveis para os animais e às viagens frequentes que perturbam os seus ritmos naturais entre outros constrangimentos.

 

É relevante recordar que o ano passado a TripAdvisor anunciou que deixou de ser possível comprar bilhetes para atracções que envolvam animais selvagens. O maior website de viagens do mundo não vai vender mais entradas para centenas de atracções nas quais os turistas estão em contacto directo com animais selvagens ou espécies em vias de extinção que estão em cativeiro e numa iniciativa que coloca a responsabilidade social à frente do lucro e que contribui para uma sociedade civil mais participativa e organizada.

 

“Os animais explorados nos circos são meras sombras daqueles que se encontram na natureza. Os animais que se encontram nos circos devem ser resgatados e colocados em reservas onde possam recuperar e preservar a sua integridade. As pessoas devem ser sensibilizadas e incentivadas a escolher apenas circos onde não haja animais”, refere André Silva, deputado da Assembleia da República, pelo PAN.

 

***

Força PAN, pode ser que desta vez a Lucidez consiga entrar na Assembleia da República.

 

Porque a verdadeira Arte Circense é apanágio exclusivo do Homo Sapiens Sapiens.

 

Fonte:

https://pan.com.pt/comunicacao/noticias/item/1479-pan-agenda-projeto-lei-abolir-animais-circos.html

 

(ADVERTÊNCIA: Este Blog rejeita automaticamente a ortografia brasileira, preconizada pelo falso acordo ortográfico de 1990, que foi imposto ilegalmente aos Portugueses. Este Blog adopta a Língua Oficial de Portugal – a Língua Portuguesa, na sua matriz culta e europeia.)

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 11:01

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