Quinta-feira, 17 de Outubro de 2013

A ILEGALIDADE E IRRACIONALIDADE DA SORTE DE VARAS EM ANGRA DO HEROÍSMO

 

Algo que conspurca o bom nome das Ilhas dos Açores  e coloca em causa a legitimidade do poder local

 

A ilegalidade conduz à ilegitimidade  

 

Gostaria que as autoridades locais levassem em conta o que o mundo civilizado, com toda a certeza levará, o que constitui uma grande vergonha para as autoridades açorianas, se é que elas existem...

 

 

Exmo. Sr. Presidente do Governo Regional dos Açores,

Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo

Exmo. (a) Deputado(a) da ALRA

 

Foi publicitada para o próximo dia 20 de Outubro, na Praça de Touros da Ilha Terceira, a realização de um “episódio” tauromáquico com especial destaque para a chamada SORTE DE VARAS.

 

Diz-se que o “episódio”, intitulado “Ciclo de tentas comentadas” contará com a participação de dois picadores, responsáveis pela execução da sorte de varas, para além de um matador, um novilheiro, dois “cavaleiros” (‘?) e dois grupos de forcados, sendo a organização do acontecimento da responsabilidade da Tertúlia Tauromáquica Terceirense.

 

A realização da SORTE DE VARAS em “episódios” tauromáquicos (não lhes podemos chamar-lhes “espectáculos”, porque um espectáculo implica algo NOBRE e NÃO TORTURA) não é um HÁBITO na Ilha Terceira, ESTÁ PROIBIDA PELA LEGISLAÇÃO VIGENTE e a sua prática foi expressamente proibida por decisão da Assembleia Legislativa Regional dos Açores.

 

No entanto, em desrespeito da lei, foram já várias as ocasiões em que este ritual bárbaro, denominado “sorte de varas” foi realizado PUBLICAMENTE na Ilha Terceira, organizado pela Tertúlia Tauromáquica Terceirense, sem a INTERVENÇÃO de NENHUMA AUTORIDADE, o que coloca em causa a legitimidade do PODER LOCAL

 

O “episódio” público, agora anunciado para o dia 20, na Praça de Touros da Ilha Terceira, vem uma vez mais contrariar a legislação vigente e a decisão da Assembleia Regional.

 

Por isso, em nome da LEGALIDADE e da RACIONALIDADE, solicito a intervenção de V. Exas. para que CANCELEM a realização desta iniciativa repugnante e a todos os níveis condenável, pois não só desrespeita a lei, como despreza a livre decisão dos deputados açorianos, o que constitui uma ILEGALIDADE, e uma vergonha para o povo açoriano, um povo que na sua esmagadora maioria não quer ser associado por mais tempo a estas realizações violentas e sangrentas, onde são torturados animais para simples diversão de uma pequena faixa da população que ainda não evoluiu.

 

PELO BOM NOME DOS AÇORES, 

 

Atentamente

 

Isabel A. Ferreira

publicado por Isabel A. Ferreira às 11:35

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Quinta-feira, 3 de Outubro de 2013

Esta é a verdade sobre o costume bárbaro da tourada à corda nas ilhas dos Açores

 

E este é o “postal” da vergonha açoriana que correrá mundo…

 

«Isto é o embrutecimento de um povo a todos os níveis. Isto é degradante e o pior é que tem o aplauso dos políticos, seres insensíveis a todos os níveis. Acordai, povo!

 

Eu já vi touradas à corda ao vivo e a cores por isso posso dizer que aqui não há manipulação nenhuma de imagens, o que aqui se vê é a realidade nua e crua e os terceirenses sabem que é assim.

 

Contra factos não há argumentos. A população da Terceira é culta? Qual o grau de iliteracia?... Tenho pena mas a evolução não passa pela ilha, o povo continua embrutecido.

 

Isto é ser bravo? O conceito de bravo, pessoa corajosa, é bem diferente! Touradas é o mais completo atraso! E há coisas que têm de ser reveladas: comumente os testículos do touro também são alvo de "brincadeiras". Por essa gente só se sente repulsa!»

 

 
 

 

Esclarecimento  

 

Por Jay Nandi

 

«1.º O governo dos Açores e autarquias açorianas roubam e desviam milhares de euros todos os anos aos açorianos necessitados para entregar o dinheiro à indústria tauromáquica. Os grupos anti touradas açorianos têm divulgado inúmeros documentos oficiais publicados no Jornal Oficial da Região Autónoma que comprovam a atribuição de verbas à tauromaquia e as contas dos municípios também comprovam o mesmo. Não é possível negar porque o desvio de verbas está documentado, publicado e acessível para todos. Para além de não se interessarem por se informarem, não têm um pingo de vergonha na cara em mentir descaradamente.

 

As licenças pagas não chegam nem de longe, nem de perto para pagar os prejuízos causados pelas touradas à corda. Para além dos custos humanos, com policiamento e fiscalização municipal, as touradas à corda acarretam graves danos nas vias públicas, designadamente no mobiliário urbano muitas vezes destruído. Também o património privado é danificado e muitas vezes as pessoas não são ressarcidas dos prejuízos causados. As estradas são cortadas, pessoas são impedidas de se deslocarem para o trabalho e viverem uma vida normal, o que naturalmente se traduz em prejuízo individual e colectivo incalculável.

 

2.º Não é verdade que exista um grande número de vendedores ambulantes nas touradas à corda. Muito menos é verdade que esses vendedores ambulantes não pudessem vender os seus produtos em outras festas e lugares. O que os lunáticos aficionados chamam de tascas, trata-se afinal de contas de latas velhas sobre rodas que representam um perigo para a saúde pública. Nem no mais pobre país da África sub sariana essas latas sujas e imundas poderiam ser consideradas como tendo peso na economia.

 

Comida e bebida não tem de ser à custa de sofrimento desnecessário dos animais. Comam e bebam sem castigar seres inocentes. Portem-se como humanos civilizados.

 

3.º Como é sabido por todos, o lixo causado pelos fanáticos e bêbados das touradas à corda perdura nas ruas vários dias e os municípios cúmplices com a máfia tauromáquica querem tudo menos aplicar multas aos seus amigos mafiosos. São os serviços das câmaras que acabam por limpar o rasto de imundice dos tarados da tortura à corda. Portanto, tudo pago pelos contribuintes.

 

4.º O dinheiro angariado é uma ficção e a única realidade que se vê são casas, carros e património público vandalizado no rasto de destruição deixado pelas touradas à corda. As pessoas não são tidas em consideração quando se realizam touradas à corda e têm de se fechar em casa durante a tourada e acarretar com os estragos feitos nas suas casas. Não raras vezes os moradores ficam em silêncio porque têm medo de protestar contra as máfias que organizam os eventos de tortura de bovinos com cordas.

 

5.º A ilha Terceira é das que têm menos visitantes no conjunto do arquipélago dos Açores e isso deve-se em grande parte a estas práticas trogloditas de bandos de bêbados atacarem animais pelas ruas. A tourada à corda é alvo de chacota no mundo inteiro e isso pode ser verificado nos vídeos das marradas que circulam pela Internet, que constituem um vexame para todos os portugueses. Acéfalos embriagados que voluntariamente levam cornadas, ficando feridos (ou mortos), não é coisa que orgulhe ninguém no seu juízo perfeito.

 

As touradas à corda contribuem em larga medida para a Terceira se manter no ranking de níveis de alcoolismo. São os próprios frequentadores das touradas à corda que confirmam o abuso escandaloso de álcool que é prática habitual.

 

Não é verdade que torturar animais seja um gosto “cultural”, porque se trata de uma doença estudada pela psiquiatria forense e claramente diagnosticada pelos médicos psiquiatras. A tourada à corda não tem nada de intelectual, é pura violência gratuita contra os animais. E como todos sabem, em Portugal tal como em todos os lugares civilizados, a violência injustificada contra os animais é proibida por lei. Por isso, torturar animais não é um direito ou liberdade, mas sim uma violação da lei.

 

As touradas sustentam apenas a economia de meia dúzia de famílias da indústria tauromáquica e, sem dúvida, atrasam a evolução civilizacional e económica dos Açores.»

Jay Nandi

***

Este texto já foi publicado neste Blogue. Mas nemhum terceirense veio rebater nenhum dos pontos aqui referidos. Apenas projectaram, nos autores do Blogue e do texto, em "conversa" de Facebook, todo o ódio e complexos que sentem por não serem normais, como toda a gente.

 

Além de que contra factos não há argumentos.

Isabel A. Ferreira

 

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:51

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