Para que não se esqueça este HORROR!
Que espécie de HOMO é o homem?
A palavra ucraniana HOLODOMOR significa “deixar morrer de fome”, “morrer de inanição”.
HOLODOMOR, assim como o holocausto nazista contra judeus, cristãos, ciganos, homossexuais, etc., consistiu num GENOCÍDIO de milhões de ucranianos vitimados pela fome por causa da política económica de Estaline, entre 1931 e 1933, para colectivizar, à força, as terras agrícolas da Ucrânia.
Muitas pessoas foram presas e condenadas a trabalhos forçados simplesmente por comerem batatas ou colherem espigas de milho para consumo.
Entre 1931 e 1933, o número de mortos era tão grande que os cadáveres espalhavam-se pelas ruas e pelos campos. O odor dos corpos apodrecidos dominava regiões inteiras. (Basta procurar na internet em Holodomor, imagens). O historiador Thomas Woods relata-nos esse facto:
“Em 1933, Estaline pôs em marcha uma nova meta de produção e colecta, a qual deveria ser executada por uma Ucrânia que estava agora à beira da mortandade em massa por causa da fome, que tinha começado em Março daquele ano. Vou poupar o leitor às descrições mais gráficas do que aconteceu a partir daqui. Mas os cadáveres estavam por todos os lados e o forte odor da morte pairava pesadamente sobre o ar. Casos de insanidade, e até mesmo de canibalismo, estão bem documentados.” (Woods, Thomas. "A fome na Ucrânia".
Estipula-se que o número de mortos nesses três anos tenha sido de 5 MILHÕES. Porém, se tivermos em conta os efeitos prolongados dessa política económica perversa e os ucranianos que foram levados para trabalhos forçados e lá morreram, esse número pode ser superior a 14 MILHÕES.
Muitas mais pessoas estiveram presentes nesta Marcha do que as que têm assistido à tortura de bovinos, nas arenas.
Apesar disso, as televisões calaram-se.
O que significa que estas iniciativas incomodam o sistema caduco vigente, e não querem que Portugal saiba.
Mas o mundo saberá desta vitória sobre a ignorância.
Não foram poucos… mas milhares…
Magnífica reportagem fotográfica de Carlos Ricardo para ver neste link:
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Por Bianca Santos
Lá fomos nós mais um ano à Marcha Animal.
Se os animais fossem respeitados e não estivessem todos os dias sujeitos a um sofrimento atroz e a uma VIDA sem qualquer significado para a sociedade, que não o de serem meras "coisas" para não nosso bel-prazer, não precisávamos de lá estar.
Se os canis e gatis não estivessem a abarrotar e com fila de espera para o abate semanal, os animais não fossem largados na rua desprotegidos, a terem ninhadas consecutivas que só vêm ao mundo para sofrer e morrer e as pessoas não continuassem a encomendar novos rebentos aos "criadeiros" apenas pelo capricho de escolherem um bebé com a dita "raça" sem quererem saber o que acontece aos seus irmãos ou aos seus progenitores, não precisávamos de lá estar.
Se já tivéssemos uma legislação moderna e actualizada, à semelhança dos restantes países vizinhos, que os protegesse e proporcionasse melhorias para o seu bem-estar, acusasse de CRIME e punisse efectivamente os culpados, também não precisávamos de lá estar.
Se as touradas e os circos com animais estivessem já ao nível da proibição da escravatura humana, dos circos romanos, da segregação racista, da inferiorização da mulher ou da discriminação de homossexuais, não precisávamos de lá estar.
Se as pessoas finalmente admitissem que o que comem não vem de um porquinho ou de uma vaquinha feliz dos prados verdejantes e que para aparecerem apetitosos nos pratos passaram uma vida de verdadeiro inferno, de maus-tratos e abusos e sucumbiram a uma matança sanguinária num matadouro à margem da sociedade que se recusa a ver o verdadeiro terror de um ser que sente a DOR, chora enquanto espera pela sua vez na fila para a morte e morre SÓ, em profunda dor, sem defesa e sem nunca ninguém saber da sua triste existência, não precisávamos de lá estar.
A descrição do sofrimento poderia continuar e continuar e continuar...em todas as formas intermináveis de exploração animal.
Se não fosse assim não precisávamos de lá estar na Marcha Animal, não precisávamos de lembrar o Governo, a AR, o país, os nossos amigos, colegas e familiares que estes animais não só sofrem hoje, como sofrem TODOS os 365 dias do ano.
Marchamos porque acreditamos que por eles podemos fazer muito mais juntos e melhor, e quem não está faz sempre falta. Por eles. Marchamos pois pelo menos neste dia fazemos saber, quer queiram ou não, que eles existem e que vamos continuar a marchar e a lutar. Por eles.
Fonte do texto:
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