Num comunicado de imprensa a ANP|WWF (***) informa que mais de 50 municípios já assumiram o compromisso de aderir à Hora do Planeta, no próximo dia 25 de Março, aos quais se juntam centenas de pessoas em todo o país. Este ano, a ANP|WWF dedica a Hora do Planeta à Alimentação e inaugura uma instalação sobre os impactos da produção alimentar na Praça do Município.
A Hora do Planeta 2023 está cada vez mais perto e, este ano, com uma nova missão: apelar a todas as pessoas que dediquem 60 minutos a fazer algo de positivo pelo nosso Planeta.
Para além da organização de um Peddy Paper em Lisboa - cujas inscrições já se encontram esgotadas - a ANP|WWF assinala a Hora do Planeta desligando as luzes da Praça do Município, momento que contará com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas.
Antes do apagão, será inaugurada uma instalação no mesmo local que irá espelhar os vários impactos da produção alimentar. A instalação é composta por painéis que ilustram o impacto ambiental das nossas escolhas alimentares, destacando quatro dos grandes impactos ambientais da alimentação - desflorestação, emissões de gases com efeito de estufa, pegada hídrica e biodiversidade.
Para Ângela Morgado, directora executiva da ANP|WWF, «Sendo a Hora do Planeta um momento de mudança de hábitos, não quisemos deixar passar em branco os enormes impactos que a nossa alimentação tem na Natureza. Felizmente, cada vez mais as pessoas têm consciência de que as suas escolhas alimentares têm impacto não só na sua saúde, como também na saúde do planeta. Por esta razão, iremos lançar durante esta semana um Guia de Consumo de Proteína com várias orientações úteis para que as opções alimentares sejam mais informadas».
A Hora do Planeta é o maior movimento global pelo ambiente e pretende mobilizar cidadãos, empresas e governos para fazerem parte das soluções necessárias para garantir um futuro sustentável e com qualidade para todos. Desde 2007, esta iniciativa tem vindo a focar-se nas questões das alterações climáticas e da perda da Natureza, tendo alcançado mais de 190 países e territórios e milhões de pessoas em todo o mundo.
Este ano, o evento conta já com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa, e outros 56 municípios por todo o país. Empresas como El Corte Inglés, Unilever (The Vegetarian Butcher), REN, Vulcano, e Procter & Gamble e ADENE apoiam também a Hora do Planeta neste ano.
À semelhança das edições anteriores, dezenas de edifícios e monumentos vão desligar as suas luzes durante a Hora do Planeta, num acto simbólico em prol da Natureza. É o caso da Ponte 25 de Abril, Cristo Rei e MAAT (Lisboa), Ponte da Arrábida, Ponte do Freixo e Estação de S. Bento (Porto), Convento de São Francisco (Açores), Mosteiro da Serra do Pilar (Vila Nova de Gaia), Castelo de Beja, Farol da Nazaré, Castelo de Sesimbra, Monte Latito (Guimarães) entre muitos outros.
Mais informações: Hora do Planeta
(***)
Sobre a ANP|WWF
A WWF é uma das maiores e mais respeitadas organizações independentes de conservação do mundo, com mais de 5 milhões de apoiantes e uma rede global activa em mais de 100 países. A missão da WWF é travar a degradação da Natureza e construir um futuro no qual os seres humanos vivam em harmonia com a Natureza, através conservação da diversidade biológica do mundo, garantindo que a utilização dos recursos naturais renováveis seja sustentável, e promovendo a redução da poluição e do desperdício.
A ANP (Associação Natureza Portugal) é uma ONG portuguesa que trabalha em Portugal em associação com a WWF, com vista a conservar a diversidade biológica e dos recursos nacionais, procurando um planeta em que as pessoas consigam viver em harmonia com a Natureza: www.natureza-portugal.org
Da Divisão de Serviços Urbanos e Departamento de Serviços Urbanos e Ambiente da Câmara Municipal de Guimarães recebemos a seguinte informação:
«Exmo (a) Senhor (a)
Incumbe-me a Senhora Vereadora do Ambiente, Sofia Ferreira de informar, que o Município de Guimarães foi alertado através de denúncias da realização e uma corrida de galgos a 16 de Março na freguesia de Guardizela, num terreno privado.
Assim, e considerando que não existiu nenhum apoio do município na realização desta prova, nem de outras semelhantes, encetou os esforços para verificar a situação e em que moldes é que a prova estava a ser organizada.
Através da Veterinária Municipal, Guida Brito, foram contactados os responsáveis da Direcção Regional de Agricultura de Braga, que informaram que até ao momento não receberam nenhuma informação ou pedido acerca da realização da corrida de galgos do dia 16 de Março em Guardizela e que nunca receberam ao longo destes anos qualquer pedido de parecer para a realização de corridas de galgos, referiram ainda que a legislação portuguesa é omissa em relação às corridas de galgos.
Assim, o Município de Guimarães, numa óptica do bem-estar animal, informou a Junta de Freguesia de Guardizela das implicações negativas e prejudiciais desta prova, que de imediato nos informou que retirou todo o apoio à sua realização e solicitou aos organizadores que a mesma não se realizasse.
Neste contexto, o Município de Guimarães irá informar as autoridades que a prova não tem qualquer autorização, nem foi efectuado nenhum pedido, para que dentro das suas competências possam agir em conformidade, caso a mesma se realize.
Atenciosamente,
Isabel Oliveira
Divisão de Serviços Urbanos
Departamento de Serviços Urbanos e Ambiente
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(Aviso: este texto foi corrigido para a grafia portuguesa em vigor (a de 1945), via corrector automático, visto a aplicação do AO90 ser ilegal, em Portugal, e este Blogue não pactuar com ilegalidades).
Guardizela é uma freguesia portuguesa do concelho de Guimarães. Um atraso de vida.
Os GALGOS são CÃES, animais protegidos por Lei. Ou não serão animais, em terras de Guardizela? E os CÃES SOFREM horrores nestas corridas.
Esta será 1ª corrida de Galgos, que manchará o povo desta freguesia.
Aqui deixo a minha mais veemente indignação e repulsa por esta iniciativa troglodita, que insulta São Sebastião e desonra a espécie humana.
Enviem também os vossos protestos para:
juntaguardizela@gmail.com;geral@cm-guimaraes.pt; sepna@gnr.pt; contacto@psp.pt
CC: geral@pan.com.pt
«Um excelente texto que deveria servir como doutrina para próximas intervenções públicas e orientação política. Óptimo seria fazer chegar ao Governo a recomendação da EU, aqui expressa: proibição de gastos de dinheiros públicos com estas aberrações – incluindo, naturalmente, as autarquias», referiu o meu amigo Comandante Manuel Figueiredo, ao enviar-me este artigo, via e-mail.
Meu caro amigo, o governo português conhece esta recomendação, mas faz ouvidos de mercador, porque o governo português não anda ali para servir a Nação, mas os lobbies, entre eles, o da tauromaquia.
Não é triste?
Narciso Machado
Opinião
«PÓVOA DE VARZIM, UM CONCELHO ANTITOURADAS
Espera-se que o movimento abolicionista, preocupado com o bem-estar animal e o sofrimento infligido aos touros, prossiga o seu caminho.
Em nota publicada na sua página oficial, do passado dia 20/6, o município povoense anunciou que, por deliberação aprovada por unanimidade, a câmara municipal declarou o concelho da Póvoa de Varzim “Antitouradas”, com efeitos a partir de Janeiro de 2019, ficando, portanto, proibidas, a partir dessa data, as “corridas de touros ou outros espectáculos que envolvam violência sobre os animais”. A praça de touros da cidade vai ser substituída por um pavilhão multiusos. Esta decisão aparece no seguimento da Câmara Municipal de Viana do Castelo que, em 2012, se tornou, formalmente, na primeira “Cidade Antitouradas” em Portugal.
Razões filosóficas, racionais e morais justificam sobejamente o fim das touradas, susceptíveis de estimular os maus instintos. São cada vez mais os movimentos cívicos a pedir às entidades públicas para tomarem medidas eficazes na defesa dos animais, pretensões que vão tendo correspondência por parte de alguns municípios portugueses. Viana do Castelo e agora Póvoa de Varzim são um bom exemplo. Actualmente, embora não o declarem formalmente, são já muitas as câmaras (vg. Guimarães) que seguiram o mesmo caminho e algumas associações de estudantes acabaram até com as garraiadas nas suas festas.
O Partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) através do seu deputado (André Silva) à Assembleia da República, levou na agenda para o Parlamento, além de outras iniciativas, o tema sobre a defesa intransigente dos direitos dos animais, pretendendo que a Constituição reconheça a sua dignidade, à semelhança do que acontece no Tratado de Funcionamento da União Europeia (TFUE), bem como a restrição relativamente à organização de touradas, proibindo menores a assistir a esses espetáculos.
À decisão do executivo da Povoa de Varzim reagiu “A Prótoiro - Federação Portuguesa da Tauromaquia” alegando que “a tauromaquia é um traço centenário da cultura e identidade dos Poveiros e a sua praça um ex-libris da cidade e do norte de Portugal”.
Já em crónicas anteriores, no PÚBLICO, versando tal a matéria, referi que a invocação da tradição para justificar esses entretenimentos cruéis é manifestamente inaceitável à luz dos valores actuais da nossa sociedade. Na verdade, sendo Portugal rico de tradições culturais, pretende-se que se reveja, não em actos bárbaros, mas cada vez mais nas suas ancestrais virtudes, na convicção de que somos apenas usufrutuários dum património cultural imaterial, com a obrigação de o transmitir aumentado e valorizado. Mas, como é evidente, nessa valorização não pode caber, de modo algum, práticas de enorme violência só para mero divertimento. É que a todas as manifestações de cultura acumuladas, através das gerações, deve corresponder a tentativas de aproximação de valores ideais, nomeadamente lutar por um mundo livre de crueldade e violência gratuita contra animais indefesos, apenas para divertir.
Recorde-se que o movimento “Abolição das Corridas de Touros” denunciou que a “barbárie chega a tal ponto que os touros, quando saem das arenas, são metidos em camiões e ficam ali, por vezes até segunda-feira, que é quando são encaminhados para o matadouro. Não têm espaço para se deitarem, não bebem água e as bandarilhas são-lhe retiradas com ajuda de uma navalha”.
Os estudiosos e investigadores, quando falam do significado e das origens da lide de touros, identificam-nas com os bárbaros espectáculos circenses da antiguidade. Outros autores, indo mais longe, reportam as suas origens a mitos religiosos e sacrifícios cruentos, de cariz pagão, de civilizações muito mais remotas.
Uma medida importante contra as touradas foi a decisão do Parlamento Europeu ao aprovar uma proposta a impedir a utilização de fundos europeus para financiar touradas. Trata-se de uma excelente medida, que, por ir ao encontro da vontade de uma larga maioria dos cidadãos europeus e portugueses, deve merecer uma atenção muito especial do governo e das autarquias, já que é inaceitável que fundos europeus sejam utilizados para financiar, directa ou indirectamente, uma actividade que explora o sofrimento animal para entretenimento. De acordo com artigo 13.º do TFUE, aceite pelo Tratado de Lisboa, a “União e os Estados-membros deverão ter plenamente em conta as exigências em materia de bem-estar dos animais, enquanto seres sensíveis, respeitando simultaneamente as disposições legislativas e administrativas”. Daqui resulta o dever de reconhecer os deveres de protecção e bem-estar dos animais por parte do legislador da UE e dos Estados membros.
Um estudo publicado em 2007 revelou que uma larga maioria dos portugueses não querem as corridas de touros em Portugal e muito menos transmitidas pela RTP, com o dinheiro dos contribuintes. Mais recentemente, “A Plataforma Basta” divulgou, no passado dia 18/6, uma sondagem, segundo a qual 69% dos lisboetas discordam da realização de touradas no Campo Pequeno e não concorda com o apoio da autarquia a espectáculos tauromáquicos. Na sequência desta informação, o PAN pediu uma reunião com o presidente da câmara, Fernando Medina (cf. PÚBLICO, 19.06.18).
Espera-se que o movimento abolicionista, preocupado com o bem-estar animal e o sofrimento infligido aos touros, prossiga o seu caminho.»
Fonte:
https://www.publico.pt/2018/06/23/opiniao/opiniao/povoa-de-varzim-um-concelho-antitouradas-1835596
A prática do tiro aos pombos é absolutamente desprezível, abominável, coisa de criaturas com mentes doentias, e tem de ser proibida de vez!
(Um comunicado da ANIMAL)
Em Fevereiro de 2003, o Tribunal Judicial da Comarca de Guimarães deu provimento a um procedimento cautelar interposto pela ANIMAL, proibindo uma prova de tiro aos pombos que estava prevista para acontecer no Clube Industrial de Pevidém, sito no concelho de Guimarães. No dia da prova, e não obstante a ordem judicial decretada, os responsáveis deste clube de tiro prosseguiram com a mesma, desobedecendo deliberadamente a esta sentença judicial, o que fizeram com a cumplicidade da PSP local, cujo comandante afirmou, perante os elementos da ANIMAL presentes no local, que não interviria “porque a «fina-flor» da economia de Guimarães estava naquela prova de tiro aos pombos”. Isto, mesmo estando explicitamente obrigado pela dita sentença a intervir e impedir a prova.
No seguimento deste acto de desobediência qualificada, o Tribunal Judicial de Guimarães aplicou as sanções previstas na providência cautelar decretada, nomeadamente uma multa de 10.000 euros por cada dia de incumprimento da decisão judicial (a prova durou dois dias, nos quais foram mutilados e mortos a tiro 5.000 pombos), decisão que foi contestada, por recurso, pelo Clube Industrial de Pevidém, então representado pelo Ministro-Adjunto do Primeiro-ministro, Henrique Chaves, na sua contínua defesa do tiro aos pombos em Portugal. O recurso, entretanto apreciado pelo Tribunal da Relação de Guimarães, foi agora dado como improcedente por este tribunal de apelo, que considerou que a sanção aplicada ao Clube Industrial de Pevidém deve manter-se e ser executada (nomeadamente com o pagamento de uma multa de 20.000 Euros).
Depois de, a propósito de uma acção principal de um processo judicial contra o tiro aos pombos, também em resposta a um recurso interposto pelo à data Ministro Henrique Chaves, os Desembargadores do Tribunal da Relação de Guimarães terem já, num Acórdão, considerado que esta prática é, além de cruel, proibida pela Lei de Protecção dos Animais, esta é uma decisão judicial que vem reforçar o caso contra o tiro aos pombos, sendo mais uma das cada vez mais expressivas e fortes vitórias judiciais da ANIMAL, no seu esforço para pôr fim a esta prática alegadamente desportiva, mas que é na verdade aberrante, e que consiste em matar cerca de 60.000 pombos por ano em provas de tiro ao alvo.
Infelizmente, e depois de vários anos sem que se conhecessem provas de tiro aos pombos, esta prática voltou em força, não havendo sequer qualquer pudor em escondê-la.
Neste momento está a ser organizado mais um campeonato de tiro ao voo (vulgo tiro aos pombos) na Póvoa de Varzim, mais propriamente em S. Pedro de Rates, apoiado e promovido pela autarquia local. Espantemo-nos agora: José Macedo Vieira, Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim é, nada mais, na menos, do que o sócio n.º 1 do Clube de Tiro de São Pedro de Rates! Ver:
Prevê-se que milhares de animais sejam mortos, que agonizem até à morte, pois nem todos os tiros são certeiros e os animais ficam a agonizar durante dias, ou até que algum dos intervenientes lhes parta o pescoço para que morram mais rapidamente.
A prática do tiro a alvos vivos é absolutamente desprezível e tem que ser proibida de vez! Um dos pontos que prevemos no Projecto-Lei para uma Nova Lei de Protecção dos Animais em Portugal, ver:
http://animal.org.pt/pdf/Projecto-Lei_Lei_de_Proteccao_dos_Animais.pdf
é exactamente esse. Acreditamos que enquanto esta barbaridade não for proibida por lei, dificilmente conseguiremos impedi-la.
Infelizmente no presente não temos meios disponíveis para proceder judicialmente, de modo que nos limitaremos a fazer uma denúncia pública do que ali se passará, além de vos pedirmos que escrevam ao Presidente da Câmara da Póvoa de Varzim informando-o de que boicotarão a cidade e pedirão a todos os vossos amigos e conhecidos para que façam o mesmo, enquanto a cidade for uma cidade de tortura, quer pela existência de touradas, quer de tiro aos pombos.
Poderão fazer a vossa reclamação aqui:
http://www.cm-pvarzim.pt/on-line/contacto
A ANIMAL agradece, em nome dos animais, a sua colaboração!