Segunda-feira, 11 de Dezembro de 2017

ANTÓNIO COSTA - O “TATICISTA”…

 

Seja lá o que isto for… não sou eu que o digo…

 

ANTÓNIO COSTA1.png

 

Com todo o respeito, isto não é coisa que se chame a uma pessoa, ainda mais sendo primeiro-ministro de Portugal

 

Há dias li uma notícia em que se dizia que António Costa, o nosso mui ilustre primeiro-ministro, era um “socialista bem-sucedido”, entre os mais influentes na Europa, e quem o disse foi o Politico, um jornal norte-americano, que anunciou o ranking de 28 personalidades a ter em conta, por estarem a «moldar, a agitar e a fazer mexer a Europa». E o nosso primeiro-ministro surge em nono lugar, e é descrito como um “caso raro na Europa de hoje”, mas também como “um duro lutador político escondido atrás de um pronto sorriso de campanha”, além de ser considerado também «alguém que conseguiu impor-se como um campeão da mudança, capaz de reverter as medidas austeras da recessão».

 

Contudo, não há bela sem senão. Embora o jornal Politico salvaguarde a vitória do PS nas últimas eleições autárquicas, vai dizendo, como quem não quer dizer, mas diz, que António Costa perdeu popularidade com as críticas face à sua posição em relação aos incêndios de Pedrógão Grande, que, diga-se de passagem, foi de uma ligeireza atroz.

 

E aqui o Politico parece estar mal informado, porque António Costa não perdeu popularidade apenas devido ao modo como reagiu a uma tragédia que matou para cima de meia centena de pessoas (não contando com as de Outubro), mas está a perdê-la por outros motivos que, não envolvendo vidas humanas, envolve a honra, a dignidade e a identidade portuguesas, algo que não anda nas bocas do mundo, mas é de uma importância vital para um Estado que se quer de Direito e uma Democracia que se quer civilizada e culta.

 

Pois temos de ter em conta também o seguinte: a incapacidade, a incompetência, a ligeireza, a falta de consciência política demonstrada pelo governo de António Costa, diante de várias circunstâncias que estão a deixar o país de rastos. A saber (e obviamente) : os incêndios que devastaram Portugal, e que mataram mais de uma centena de seres humanos, ceifou milhares de animais não-humanos, destruiu extensões imensas de floresta, campos agrícolas, fábricas, habitações, e tudo porque o governo PS, deu continuidade ao desgoverno dos anteriores governos - PS, PSD, PSD/CDS, e só depois do abanão de Marcelo Rebelo de Sousa, é que se tomou uma atitude; o vergonhoso roubo de armas num paiol do Estado; o surto de legionella, que (para já) matou seis pessoas e infectou mais de 50, num hospital público; o uso do Panteão Nacional e a hipocrisia de António Costa, que foi convidado e mentiu ao País, quando se mostrou indignado com a jantarada do Web Summit; as vigarices, que se reproduzem como coelhos, envolvendo membros do governo e outros políticos, como a mais recente e grave vigarice da associação Raríssimas; a insistência em manter práticas trogloditas, para servir um lobby macabro, e nelas investir dinheiros públicos (refiro-me à tauromaquia e outras maquias); a vergonhosa subserviência ao Brasil, no que respeita à imposição ilegal da ortografia brasileira às inocentes e indefesas crianças portuguesas, que está a arrastar Portugal para uma babel ortográfica sem precedentes; isto entre muitas outras questões cruciais, que este governo não tem conseguido gerir com eficácia e inteligência. E enganam-se aqueles que pensam que este governo é um mãos-largas, quando está a tirar de um lado para pôr no outro. Isto não é governar. É servir lobbies. Pelo menos, foi isto que aprendi quando estudei História das Teorias Políticas. Além disso, de um governo que se diz de esquerda, EU, pessoalmente, espero muito mais, do que políticas de direita e subserviência.

 

Continuando com o que disse o Politico: este afirma que os apoiantes de Costa esperam que a rápida recuperação económica de Portugal “restaure rapidamente a posição do primeiro-ministro, assegurando que o objectivo é garantir uma maioria absoluta nas próximas eleições parlamentares, em 2019″.

 

O “taticista”

 

Bem, mas como não só de “economia e finanças” vive uma Nação, quem quiser ter a maioria absoluta, nas próximas eleições legislativas, terá de ter em conta também estes aspectos:

 

1 – Terá de devolver a Portugal a ortografia portuguesa. Os acordistas são uns poucos escravos do poder e alguns mercenários. Os que pugnam pela Língua Portuguesa, de matriz culta e europeia, que está em vigor (tudo o resto é trapaça) são aos milhares, e estes votariam em quem fizesse o seu acto de contrição e se propusesse a servir Portugal, com dignidade e respeito pela sua Cultura Culta. Não o estrangeiro.

 

E é aqui que entra o “taticista”. É que isto é uma consequência da invasão linguística estrangeira. Li isto no rodapé da SIC Notícias, quando estavam a debater o “socialista bem-sucedido” que é António Costa, distinguido pelo Político.

 

Taticista”? O nosso primeiro-ministro é isto? Fiquei a magicar no significado da palavra.   De repente pensei se não queriam dizer “esteticista”. É que nem toda a gente sabe pronunciar ou escrever determinados vocábulos, assim como helicóptero, que muitos dizem e escrevem “licóteros”, ou eucaliptos, que outros tantos dizem e escrevem “clipes”. Já ouvi estas pérolas na boca de senhores doutores, não inventei nada. “Taticista” será talvez esteticista na linguagem dos tatibitates? Consultei bons dicionários de Língua Portuguesa e nada de “taticista”. Bem, mas supondo que o nosso primeiro-ministro possa ser esteticista, será que se ocupa do belo e do sentimento que ele (o belo) desperta em nós, e nós não nos damos conta disso? As dúvidas são muitas, porque esta coisa de substituírem a ortografia portuguesa pela brasileira, deu origem ao nascimento de palavras hilariantes. E esta é uma delas.

 

 

2 – Terão de virar à esquerda na questão da tauromaquia. Os tauricidas ficam-se por uns 18%. Até agora o PS e o PCP (que se dizem de esquerda, têm alinhado com a política de direita (CDS, PSD), nesta matéria, e mais do que isso, retrocederam ao tempo da monarquia, porque isto de touradas é coisa de reis, betinhos, marialvas e sádicos. Um partido realmente de esquerda, não alinha com estas ancianias, que nada têm a ver com a verdadeira Democracia, em que o povo é quem mais ordena. Estas ancianias estão ligadas à lobbycracia instalada na Assembleia da República, onde quem verdadeiramente manda são os vários lobbies ali infiltrados. É que já dizia Gandhi que a grandeza de uma nação vê-se pelo modo como os seus animais são tratados, e Portugal tem uma noção de “animais” muito deturpada.

 

3 – Terá de mudar as más políticas dos governos anteriores (PS, PSD e PSD/CDS), e esta era a primeira coisa que o actual governo devia ter feito, se quisesse mudar de paradigma, no que respeita ao Ensino, à Educação, à Cultura, à Saúde, à Agricultura, à Pesca, enfim, mudar todo o sistema, para que este pudesse ser credível aos olhos dos Portugueses. Porque os estrangeiros, esses, pelo que se vê, não levantam o tapete que cobre Portugal, e não vêem o lixo que está acumulado debaixo dele, há anos.

 

Pode parecer pouco, mas este é o caminho da evolução que queremos para Portugal, e isto dará, com toda a certeza, a maioria absoluta a quem se propuser ousar ser diferente de todos os que já passaram por São Bento.

 

É que (como se canta na Chula) «Pr'a melhor está bem, está bem, pr’a pior já basta assim!»

Ou não basta?

 

Isabel A. Ferreira

 

Fonte da notícia do Político:

https://zap.aeiou.pt/costa-socialista-bem-sucedido-os-influentes-na-europa-183002

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 12:17

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Quinta-feira, 2 de Março de 2017

AINDA A GARRAIADA DA QUEIMA DAS FITAS DOS “DOUTORES” DE COIMBRA

 

Recebi este excelente comentário da minha amiga Maria João Lopes Gaspar Oliveira. Uma obra-prima argumentativa contra esta prática que desqualifica os estudantes e a Academia Coimbrã.

 

Será que, desta vez, a “minha” Coimbra ver-se-á livre desta nódoa negra medievalesca?

 

Esperemos que a racionalidade vença a bestialidade …

 

GARRAIADA.jpg

 (Imagem: Arquivo Global Imagens)

 

Maria João Lopes Gaspar Oliveira, deixou um comentário ao post QUEREMOS A QUEIMA DAS FITAS DE COIMBRA LIVRE DE SOFRIMENTO DE BOVINOS BEBÉS às 20:18, 2017-03-01.

 

Comentário:

 

Enviei este e-mail para os endereços electrónicos que a Isabel indicou: Exmo(s) Senhor(es): A Queima das Fitas vai-se aproximando, e a minha angústia cresce à medida que o tempo passa. Mal posso acreditar que a garraiada (nem os bebés escapam à exploração e sofrimento físico e psicológico...) ainda se mantenha na "Cidade do Conhecimento", até porque a CULTURA é incompatível com a tortura.

 

Os bezerrinhos são animais dotados de sistema nervoso e de cérebro, logo seres sencientes. E as pessoas divertem-se, em pleno século XXI, com o sofrimento de um animal bebé assustado, perante a força física de jovens estudantes que ainda não se recusaram a praticar este acto cruel. Sem a ética da compaixão, não é possível um mundo melhor. Interiorizar o sofrimento alheio é um grande passo em frente.

 

Custa muito, confesso, mas... quando amamos, verdadeiramente, os animais, o nosso sofrimento é também inevitável, e não podemos, de modo algum, ficar de braços cruzados. É urgente também uma revisão do conceito de tradição (se não evoluirmos, as nossas práticas continuarão a ser medievalescas...) e de arte, porque esta tem um papel humanizante e civilizador, pelo que não pode ser compatível com a tortura. Além disso, há ainda o preconceito do especismo, que leva o homem a pensar que é um animal "superior", e que, por isso, os outros animais são objectos descartáveis ao serviço dos seus interesses, sofram o que sofrerem com isso.

 

Com razão, Gandhi afirmou que o nível de civilização de um povo se pode avaliar pela maneira como os animais são tratados. Por conseguinte, peço encarecidamente, a V. Exa(s)., o cancelamento definitivo da garraiada da Queima das Fitas. Anular um "espectáculo" que vai provocar a tortura de um ser senciente e indefeso, só dignifica quem teve a coragem de o fazer. Convicta de que não solto um grito no deserto, mas sim um apelo bem ouvido e compreendido, envio os meus melhores cumprimentos. Maria João Lopes Gaspar de Oliveira - COIMBRA

 

***

Comentário retirado do Facebook:


José Costa Excelente texto de Maria João Lopes, escrito com sentimento, com compaixão, com humanidade que, muitas criaturas se considerando humanas, não possuem, são apenas criaturas já que, lhes falta a sensibilidade própria do ser humano e assim, não respeitam os outros seres como no caso vertente o que nos envergonha pelo acto execrável e desumano que é. Não se compreende que uma academia onde a cultura e a ciência, devem ser baluartes, faróis de civilização e humanismo, tenha no seu seio, seres que praticam tão abjectos actos.

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:00

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Quinta-feira, 10 de Dezembro de 2015

Gandhi, ao professor que o destestava

 

(É por esta e por outras como esta, que tenho Gandhi como meu Mestre)

 

GANDHI.jpg

 

Enquanto estudava Direito no Colégio Universitário da London University, um professor de sobrenome Peters tinha-lhe aversão, mas o estudante Gandhi nunca baixou a cabeça e os seus encontros eram frequentes.

 

Um dia o Professor Peters estava a almoçar na sala de jantar da Universidade e o aluno vem com a bandeja e senta-se ao lado do professor.

 

O Professor, altivo, diz:

 

- Sr. Gandhi, o Senhor não entende... Um porco e um pássaro não se sentam juntos para comer.

 

Ao que Gandhi respondeu:

 

- Fique o professor tranquilo... Eu vou voando - e mudou-se para outra mesa.

 

Mr. Peters ficou cheio de raiva e decidiu vingar-se no teste seguinte, mas o aluno respondeu de forma brilhante a cada pergunta. Então o professor fez mais uma pergunta:

 

- Mr. Gandhi, o Senhor está a andar na rua e encontra um saco. Dentro dele está a sabedoria e uma grande quantidade de dinheiro. Qual dos dois tira?

 

Gandhi responde sem hesitar:

 

- É claro, professor, tiro o dinheiro!

 

O professor Peters sorrindo diz:

 

- Eu, ao contrário, tinha agarrado a sabedoria, o senhor não acha?

- Cada um tira o que não tem - responde o aluno.

 

O professor Peters fica histérico e escreve Idiota! na folha da pergunta:

 

E o jovem Gandhi recebe a folha e lê atentamente.

 

Depois de alguns minutos dirige-se ao professor e diz:

- Mr. Peters, reparo que assinou a minha folha, mas esqueceu-se de colocar a nota.

(Adaptado de: http://www.apeiron-edicoes.com)

 

Fonte 

https://www.facebook.com/114726108610753/photos/a.114867811929916.22573.114726108610753/931928373557185/?type=3&theater

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:29

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Sexta-feira, 11 de Setembro de 2015

MORREU A “FESTA” EM PORTALEGRE?

 

 

BRAVO!

E em Portalegre não se passa só isto... Há mais... mas eles não dizem... A tauromaquia por aqueles lados está a ser ESMAGADA!

Este é apenas o princípio do triste fim que terá a festa parva…

 

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 A crónica diz: «Não há corrida de touros em Portalegre».

 

Aquela que se realizava sempre por ocasião da Feira das Cebolas, que deveria decorrer no próximo fim-de-semana e não vai acontecer…

 

Não, não fica a aguardar melhores dias, porque os dias das touradas estão contados.

 

E também não, não é triste a sina da arena de Portalegre que se estiver activa só diz do atraso civilizacional da localidade.

 

Assim, sem a função de torturar touros, quem sabe, se Portalegre não se eleva a uma cidade ao nível europeu?

 

Não seria mais civilizado?

 

O escândalo maior é torturar seres vivos indefesos para divertir sádicos.

 

E não é preciso muitos estudos para se saber que um sádico é aquele que sente prazer com o sofrimento de um animal, quer seja humano ou não humano.

 

Os empresários da tortura hoje são apupados pela Cultura Crítica dos que evoluíram. Não se sentirão diminuídos?

 

E a normalidade não é torturar bovinos. A normalidade é assistir aos festivais de música que agregam milhares de jovens, e as touradas nem as moscas as vão ver… Apenas uns poucos que já nasceram velhos e assim continuarão até á morte, porque se recusam a evoluir.

 

Pois… quando se afirma que a “festa” a que os pró-touradas chamam “brava”, mas que na realidade não passa de uma festa parva vai morrer é verdade… é a mais pura verdade, por culpa daqueles que andam no seu seio, também é verdade, porque tal actividade é tão ridícula, tão ridícula, com aquelas bailarinas de meias cor-de-rosa a pavonearem-se e a exibirem os “frutos da horta” (por ser a única maneira de chamarem a atenção para a virilidade que lhes falta), E em verdade, em verdade é um triste espectáculo que já não tem cabimento nos tempos modernos.

 

Pois é!

 

Sem a tortura de touros, na Feira das Cebolas, a arena de tortura de Portalegre eloeva-se, e na realidade é o que é: "mal-amada", ou o "patinho feio" da festa parva que ali se realizava, e está em extinção.

 

Que um raio parta o recinto e o reduza a escombros. Não faz falta nenhuma a Portalegre, pelo contrário, sem aquele mamarracho do tempo das trevas, a cidade ficaria mais limpa e arejada.

 

A velhinha "José Elias Martins" (pobre coitado que tem o nome ligado a tal calamidade) merece, sim, este tipo de desconsideração, este tipo de desprezo, porque o único sentimento que a tauromaquia inspira em todo o mundo civilizado é esse mesmo: o desprezo, e uma imensurável repulsa, pelo tipo de actos cruéis e sanguinários que lá se praticam.

 

Na opinião do articulista, «trata-se de um escândalo que deveria envergonhar quem anda na “festa”», mas não. Não deviam envergonhar-se. Deviam agradecer às forças cósmicas que estão a laborar para que esta nódoa que mancha Portugal vá para o diabo que a carregue.

 

Onde é que isto já se viu?

 

Está a ver-se em Portalegre, onde estão a acontecer coisas bastante importantes no sentido da abolição da selvajaria tauromáquica.

 

A arena de tortura de uma capital de distrito encerrada na sua data mais importante?

 

Esta é a melhor notícia para o povo da terra, que deste modo, pode sair das trevas e ver a luz.

 

Pois até podem lá viver as maiores figuras do toureio e ganadeiros, que isso só desprestigia Portalegre.

 

Se lá vivessem pessoas como Gandhi, como Leonardo DiCaprio. como Sting, enfim… HOMENS que lutam por ideais nobres, Portalegre não estaria no mapa das cidadezinhas foleiras.

 

«Onde é que já se viu uma praça deste género encerrada, quando a sua região conta com uma forte percentagem de grupos de forcados, para não falar dos forcados que são naturais daquela região, mas que vestem a jaqueta de outros grupos para lá das fronteiras do distrito de Portalegre?», questiona o cronista.

 

Pois é! Onde é que já se viu? Não se viu em lado nenhuma a não ser ali. E todos esses indivíduos só desprestigiam Portalegre. Deviam emigrar, de preferência para uma ilha deserta, para que Portalegre possa respirar civilização.

 

E o cronista insiste: já imaginaram as “festas” do barrete verde de Alcochete sem selvajaria tauromáquica?

 

Sim, claro, todas as pessoas evoluídas imaginam uma festa de barretes verdes sem tortura de animais indefesos. Isso é bastante fácil de imaginar. É da civilização.

 

Portalegre não está a viver nenhum pesadelo.

 

Portalegre está a evoluir. E que assim continue, para que possa granjear uma Estrela de Ouro.

 

Portalegre merecia mais respeito, merecia mais consideração?

 

Pois claro que merecia.

 

A selvajaria tauromáquica retira-lhe todo o respeito e consideração.

 

Pode ser que com o fim dessa actividade primitiva e obscura a cidade possa merecer respeito.

 

E o cronista, muito indignado, questiona: «A praça de Portalegre, a arena dos grandes êxitos dos Mouras, dos Caetanos e dos Bastinhas... encerrada

 

E os Mouras, os Caetanos e os Bastinhas lá dão prestígio a alguma coisa? Vivem à custa dos impostos dos portugueses, torturam seres vivos para os sádicos se divertirem, e isso é lá coisa de gente civilizada?

 

Triste fado... triste fim…?

 

Sim, senhor Hugo Teixeira.

 

É o que merece a actividade que lucra com a tortura de seres vivospara divertir sádicos: um triste e rotundo fim.

 

Fonte:

http://farpasblogue.blogspot.pt/2015/09/hugo-teixeira-morreu-festa-em-portalegre.html

(Congratulo-me com o Farpas Blog por não ter aderido ao aborto ortográfico 1990)

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 19:49

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Sábado, 14 de Junho de 2014

«A ARTE DE MALTRATAR»

 

(Texto escrito a 14 de Junho de 2013)

 

Hoje, 14 de Junho de 2014, infelizmente ainda está actual

 

 

Texto da autoria de PorFalarNoutraCoisa

 

«Estive a ver um programa que me impressionou. Era um programa sobre tortura animal, onde homens e mulheres se exibiam sangrando feras inocentes. O mais estranho é que naquele país é uma tradição antiga que continua a atrair muitos espectadores ao recinto onde tais actos de brutalidade se executam. Bilhetes pagos a peso de ouro mas sem peso na consciência.

 

O país era o nosso, e a tradição parece que se chama Tourada. Tudo isto num canal de nome saído de uma capa de filme pornográfico, Festa Brava. A julgar pela quantidade de palhaços nas bancadas pode-se considerar um circo, e eu a pensar que circos com animais já não eram permitidos.

 

Isto a propósito da notícia que ficou viral esta semana em que várias imagens de cães a atirarem-se a um toiro, que foram explicadas da seguinte forma por parte do agente do toureiro "amante de animais" (só se for os da raça dele, digo eu): "Os cães estão a ladrar para assustar a vaca. Não estão a morder porque se trata de gado manso que se assusta com o ladrar dos cães" - explicou o inteligente.

 

Já o imagino a ser apanhado pela mãe a ver porno e dizer "Não mãe, ele foi mordido ali por uma aranha, aquilo inchou e ela está a chupar-lhe o veneno como se não houvesse amanhã, repara como já está meio roxo da gangrena e não tarda sai pus!" E a mãe, que para ter dado à luz um animal destes, também não deve primar pela inteligência, lá acredita na explicação.

 

A tourada é um assunto já tão debatido que me choca ainda não ser proibido.

 

É sinal que depois de debatermos e debatermos uma coisa que é clara como a água, continuamos na mesma. E isso diz muito da nossa sociedade.

 

Já o Gandhi dizia "A grandeza de uma nação e do seu progresso moral pode ser julgada pela forma como trata os animais"

 

"Mas tu não comes carne?" é o argumento mais comum entre os aficionados da tauromaquia. Ao que eu respondo que sim mas que não pago 50€ para ir ao matadouro regozijar-me com a morte do bicho e antes disso andar a fazê-lo sofrer.

 

"Ah se não a fosse a tourada o toiro bravo podia já estar extinto" é outro argumento bem esperto. Mais valia estar extinto! 99% das espécies que já existiram até hoje estão extintas... e não fomos nós que as matámos todas, pois não? Então pronto, é deixar a natureza correr o seu rumo, já que impedir extinções para fazer sofrer os animais para gáudio de uma plateia chique, não me parece muito boa política.

 

Estou-me a cagar se é tradição, estou-me a cagar se dá postos de trabalho e estou ainda mais a cagar-me se a maioria gosta ou deixa de gostar. Se mantivéssemos todas as tradições só por respeito por elas, ainda queimávamos bruxas, fazíamos apedrejamentos na praça pública, entre outras que agora são consideradas bárbaras, e que a meu ver eram muito mais giras de se ver!

 

"Aí temos que ter respeito por quem gosta da tourada e não sei quê!" Então com todo o meu respeito, ide todos à merda, com respeito, mas ide se faz favor.

Fonte:

http://porfalarnoutracoisa.blogspot.pt/2013/06/a-arte-de-mal-tratar.html

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:37

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Sexta-feira, 31 de Janeiro de 2014

«TOURADAS – UMA BÁRBARA E RELES PRÁTICA SANGUINÁRIA QUE A LARGA MAIORIA DOS AÇORIANOS E PORTUGUESES QUEREM ABOLIR…»

 

TOURADAS: uma bárbara e reles prática sanguinária que a larga maioria dos açorianos e portugueses cada vez mais ignoram e querem abolir, pela vergonhosa tortura de vidas que sentem e sofrem como gente, e pela incivilidade que dá da Região e do país, aos olhos do mundo civilizado, de onde provêm os turistas de qualidade que buscam locais de natureza conservada e onde se respeitam a vida dos animais.

 

"A grandeza de uma terra e o grau de civilidade do seu povo podem ser avaliados pela forma como se relaciona e cuida dos seus animais" (M.Gandhi)

 

Fonte:

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10202404936556209&set=a.3395344653865.140960.1577186131&type=1&theater
publicado por Isabel A. Ferreira às 17:33

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Quinta-feira, 5 de Dezembro de 2013

CARTA DE UM MÉDICO VETERINÁRIO AOS DEPUTADOS DA NAÇÃO, QUE AMANHÃ DISCUTIRÃO (ESPEREMOS QUE SIM) A PETIÇÃO «NOVA LEI DE PROTECÇÃO DOS ANIMAIS» DA ASSOCIAÇÃO ANIMAL

«Não se esqueçam, Senhores Deputados, de que os Touros e os Cavalos TAMBÉM são ANIMAIS, e que o mundo inteiro tem os olhos postos na Assembleia da República Portuguesa.

Por favor, não façam Portugal PASSAR VERGONHA» (I.A.F.)

Exma. Senhora Presidente da Assembleia da República de Portugal

Exmas Senhoras Deputadas e Exmos Senhores Deputados

Assunto:

Petição Nova Lei de Protecção dos Animais em Portugal


Sou cidadão português com muito interesse e respeito por animais não humanos, o que me levou a estudar e a licenciar em Medicina Veterinária e a trabalhar nessa profissão durante 41 anos e a contactar e lidar com inúmeros animais de várias espécies e com detentores e tratadores de animais na Suíça, na Alemanha, nos Açores, em Angola e em Portugal continental.


A maneira como em Portugal está legislado em relação ao respeito e à protecção dos animais não humanos é insuficiente, medíocre e autorizando excepções eticamente inaceitáveis.


Tudo isto contribui para que aconteça muita exploração de animais e que lhes seja infligido imenso sofrimento por parte de indivíduos humanos, sem que tais práticas possam ser contrariadas e os responsáveis acusados, julgados e punidos.


Tudo isto perturba a tranquilidade da sociedade, a evolução de mentalidades e a boa educação animalista da juventude.


A constatação do sofrimento causado impunemente aos animais impressiona, desespera, revolta muitos cidadãos, dentro e fora do país, prejudicando altamente a reputação de Portugal, dissuadindo de virem como turistas muitas pessoas conscientes, que não estão dispostas a visitarem um país permissivo nesse sentido.


Lembro pensamentos de sábios vultos da História.


Mahatma Gandhi - “A grandeza de uma nação pode ser julgada pelo modo que seus animais são tratados.”


Arthur Schopenhauer – “O Homem faz da Terra um inferno para os animais”


O senso comum de pessoas equilibradas compreende e a ciência vai confirmando que os animais são seres sencientes, conscientes, inteligentes.

A anatomia, a fisiologia e a neurologia dos animais não humanos e humanos é muito semelhante.


Animais não humanos, tal como os humanos, são seres dotados de sistema nervoso, que os condiciona a serem sencientes, terem consciência do que se passa, inteligência, sentidos, sentimentos, ânsia de viver, capacidade de sentirem dor e prazer, confiança e desconfiança, empatia, amizade, paixão, satisfação, capacidade de brincar, de sentirem medo, pânico, capacidade de reagir a agressões, de fugir, etc.


As plantas contrastam com os animais por não possuírem sistema nervoso, serem seres vegetativos, não possuírem nenhuma das capacidades indicadas atrás, não terem capacidade de reagir e fugir a agressões.


Apelo empenhadamente a V. Exas para que, como Membros da Assembleia da República de Portugal, ao serviço do progresso de Portugal, cidadãos cultos, respeitadores da vida e do bem-estar de seres sencientes, humanos e não humanos, compassivos e com sentido de ética, queiram votar favoravelmente a petição.


Com os meus melhores cumprimentos


Vasco Manuel Martins Reis


Médico veterinário municipal aposentado


Aljezur

BI 1200792


***

FAÇO MINHAS AS PALAVRAS DO DR. VASCO REIS

QUE VENÇA A ÉTICA, A RAZÃO E A INTELIGÊNCIA


publicado por Isabel A. Ferreira às 16:58

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Sexta-feira, 8 de Fevereiro de 2013

Como não me agrada nada ser criminosa, considerarei o desconhecimento dos aficionados

 
 
 

Por vezes, dizem-me para eu não “dar trela” aos aficionados, porque são como paredes, e ninguém fala com as paredes.

 

Certa vez, porém, deparei-me com esta frase de Bertolt Brecht: «O que não sabe é um ignorante, mas o que sabe e não diz nada é um criminoso».

 

E fiquei a pensar…

 

Que grande verdade!

 

Eu não sei tudo. Mas sei alguma coisa. Ensinar os ignorantes é uma obra de misericórdia espiritual. Além disso, não me agrada nada ser criminosa.

 

Tendo em conta tudo isto, uma vez mais, vou dar-me ao trabalho de responder ao comentário de um aficionado, porque também sou sonhadora, e sonho que poderei (aliás, já aconteceu várias vezes) abrir a mente de alguém que a tem fechada numa caixa de papelão, num sótão cheio de teias de aranha.

 

Pode ser que tenha sorte…

 

***

 

sou eu, deixou um comentário ao comentário A tortura de Touros pura e dura - e chamam a isto arte, cultura e identidade portuguesa…

 

Comentário:

 

«mas acha que eu iria inventar uma historia sobre si ? Não faz parte dos meus princípios e essa historia do Entroncamento nem sei se é real ,agora o que sei e disso não tenho a menor duvida é que por vezes a menina ao tentar ser tão extremista com as suas palavras acaba por cair um pouco no ridículo , (atenção não estou a chamar lhe ridícula )simplesmente acho e nota se que a menina não é burra nenhuma mas ao elaborar textos com tantas mentiras com tantas falhas na pesquisa acaba por ser motivo de alguma chacota , admiro pessoas que lutam pelos seus ideais mas não se pode chegar ao ponto de um extremismo ridículo , quando isso acontece acabamos por atrapalhar um pouco mais as lutas em que acreditamos ,um bom fim de semana para si porque infelizmente para mim será passado num velório de um amigo de apenas 41 anos e isso sim me entristece (e não era era aficionado de todo )fique bem no seu verde que por vezes parece mesmo o verde do clube de Lisboa que anda tão amargurado com a vida»

 

***

 

Primeira parte: começarei por dizer que sim, acho que um aficionado pode inventar (como já inventaram) histórias de ficção a meu respeito.

 

Segunda parte: quanto ao meu encontro com um Touro numa ganadaria no Entroncamento é verdade. Por que não haveria de ser? Que achei o Touro um amor, também é verdade. Que nos olhámos nos olhos, também é verdade. Que o abracei, também é verdade. E que nada de mal me aconteceu, também é verdade.

 

E sabe porquê? Porque o Touro é feito da mesma matéria que eu. Somos feitos da mesma energia cósmica. Ele viu no meu olhar, o que eu vi no olhar dele: simplesmente um ser vivo. Manso. Doce. Meigo. Ele intuiu que eu não lhe ia espetar nenhuma farpa. Eu era dos dele. Então a nossa química funcionou, e eu tive o privilégio de ver, com os meus olhos, que um Touro a que chamam “bravo” é simplesmente um animal adorável e digno, e muito mais humano do que os torcionários que o desfazem numa arena.

 

Ora então já ficou a saber a história.

 

Terceira parte: ao que diz a seguir «agora o que sei e disso não tenho a menor duvida é que por vezes a menina ao tentar ser tão extremista com as suas palavras acaba por cair um pouco no ridículo e blá, blá blá….» respondo-lhe com as palavras de Gandhi.

 
 
 
Pois já fui ignorada. Mas não desisti.

 

Riem-se de mim? Fazem chacota? É o riso da ignorância. Dos que nada sabem. É normal. Também fizeram chacota de Gandhi e de todos os outros, que lutaram por um mundo melhor.

 

E se você não luta por coisa nenhuma, tenha ao menos a decência de respeitar aqueles que o fazem, por devoção e convicção.

 

E claro, não desisto.

 

Eu já estou na fase de me atacarem.

 

E não desisto. Não desistirei NUNCA.

 

Para VENCER já falta tão pouco…

 

Sabe, aquilo que eu escrevo, já outros, muito mais poderosos e iluminados do que eu, escreveram. Eu limito-me a repetir o que todos eles já disseram. Não digo nada de novo.

 

O que eu escrevo é simplesmente fruto de muitas LEITURAS. São palavras de sábios, de escritores, de cientistas, de pensadores, de filósofos, de líderes espirituais e de causas sociais, que pretendem uma sociedade mais justa e humana…

 

São as palavras de Ingrid Newkirla, Émile Zola, Walt Whitman, Gautama Buda, Richard Wagner, Leon Tolstoi, Chefe dan George (indígena norte americano), Jean de La Fontaine, Anatole France, Igor Stravinsky, Plínio, Alice Walker, Gurdjieff, Teixeira de Pascoaes, Alexander Solzhenitsyn ,Thomas Edison,Pitágoras, Albert Schweitzer,Mahatma Gandhi,David Cowles-Hamar, Leonardo da Vinci, Platão, Immanuel Kant,Arthur Schopenhauer,Alexandre Herculano, George Eliot, James Froude,Charles Darwin,Jeremy Bentham,Voltaire,Abraham Lincoln,Benjamim Franklin,Christian Hebbel,George Bernard Shaw,Mark Twain,Jean-Jacques Rousseau, Guimarães Rosa,Samuel Butler, Fiodor Dostoievski,Dalai Lama, Martin, Luther King… e tantos, tantos, tantos outros.

 

Sabe quem são?

 

Já os leu? Você e os seus comparsas da risota?

 

Vocês saberão que são ignorantes, e ignorar a própria ignorância é a DOENÇA do ignorante? (Aprendi isto com Amos Alcott).

 

E quer saber mais, o melhor remédio para a ignorância é uma colher de leitura todos os dias.

 
 
 
 
Quarta e última parte: acho piada aos aficionados. Para eles tudo se resume a touradas e clubes de futebol.

 

A que propósito ligou o VERDE do meu Blogue a um certo clube futebolista que anda amargurado com a vida?

 

A mim não me interessam nem clubes de futebol, nem partidos políticos. Estou acima disso. Até porque uns e outros enterraram a honra numa qualquer lixeira municipal.

 

O VERDE do meu Blogue tem uma forte ligação à Natureza. Simboliza os prados, as planícies imensas, a ramagem das árvores, dos bosques.

 

O VERDE do meu Blogue exprime energia, juventude, harmonia, desenvolvimento, exuberância, abundância, frescura, estabilidade, resistência, calma e paz interior, que nos faz sentir equilibrados interiormente, criando um sentimento de conforto e serenidade.

 

O VERDE do meu Blogue leva-nos à meditação… E está ligado ao meu signo Aquário.

 

O VERDE do meu Blogue representa a ESPERANÇA que tenho em deixar um Mundo melhor para os vindouros, sem crueldade, sem torcionários, sem tauricidas, um Mundo livre do animal humano-predador.

 

Para isso continuarei a lutar.

 

E por mim, podem fazer galhofa à vontade.

 

O vosso riso é o riso dos parvos.

 

Isabel A. Ferreira

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:01

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Sexta-feira, 21 de Dezembro de 2012

Na Póvoa de Varzim, o que há de comum entre o 14º Encontro pela Paz e o Clube de Tiro de S. Pedro de Rates?

 

Os Pombos, naturalmente…

 

 

Este pombo transporta a flor branca, que as pessoas são convidadas a deixar numa taça, e no Dia Mundial da Paz (1 de Janeiro) ir atirá-las ao mar, num gesto de (falso) “amor à Humanidade”, porque o amor à Humanidade, implica fazer dele um exemplo de VIDA…

 

 

 

Este é o pombo que, depois de estar preso numa gaiola, é libertado, e em pleno voo, de uma liberdade envenenada, será atingido por um tiro, e morrerá ou não, conforme a pontaria do matador… E se não tiver morte instantânea, ficará numa dolorosa agonia, até dar o último suspiro… E chamam a isto “grande competição”…

 

 

 

Estes são os que, hipocritamente, seguem o pacifismo de Mahatma Gandhi, aquele que disse:

 

 

Gandhi.png

  

Estas são as caras da chacina dos pombos, caras e nomes que ficarão para sempre ligados a uma prática tão sanguinária quanto primitiva.

 

E não me venham dizer para não “misturar as águas”, e que uma coisa nada tem a ver com a outra. Quem promove o Encontro pela Paz, promove a chacina dos Pombos. E é como diz Gandhi:

 

Gandhi.png

 

***

 

Posto isto vou transcrever a carta que dirigi aos autarcas poveiros, e que caiu em saco roto, pois rotos são os valores que eles defendem…

 

Póvoa de Varzim, 27 de Novembro de 2012

 

Exmo. Senhor Doutor Luís Diamantino,

Digníssimo Vereador do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim

 

C/C Doutor José Macedo Vieira

Digníssimo Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim

 

Exmo. Senhor:

 

(…) Não posso compactuar com uma “cultura” que está em pleno pé de igualdade com a outra “cultura” e “arte” que a Câmara Municipal da Póvoa de Varzim mete no mesmo saco: a tauromaquia (com vacadas, agora em Rates) e o tiro aos pombos, também em Rates. Actividades dignas apenas de trogloditas.

 

Como acreditar em quem quer “vender gato por lebre” a cidadãos que amam a CULTURA CULTA e repudiam a cultura inculta?

 

A Póvoa de Varzim é uma cidade tauromáquica. Em 2013 receberá o campeonato de tiro aos pombos, uma actividade que além de incluir uma infinita dose de covardia, tal como a outra, é de uma asquerosidade inenarrável. E ainda há o apoio ao Clube de Caçadores da Estela, com a sua horripilante “Batida à Raposa”, um acto de gente medieval. E a Caça Desportiva? E o campo de concentração dos cães, no Horto Municipal? E a permissão de circos, com animais aprisionados e maltratados, em território poveiro?

 

Que cultura da violência e crueldade é esta, numa mesma cidade, Doutor Luís Diamantino?

 

Como cidadã portuguesa, não posso deixar de manifestar o meu repúdio pela prática de actividades violentas, primitivas, cruéis e ofensivas para com os Animais e a Natureza, e a sensibilidade de quem é verdadeiramente Culto, num município (…) que se diz da “cultura” e do lazer e onde até é “bom viver”. Que legitimidade tem este slogan?

 

As touradas, as vacadas, o tiro aos pombos e todas as formas de violência contra animais não humanos são rituais sanguinários e primitivos, os quais, infelizmente, permanecem até aos dias de hoje, no nosso país terceiromundista, mas que estão completamente ultrapassados e que não se justificam nos tempos em que já se colocou os pés na Lua.

 

Sabe disso, não sabe, Doutor Luís Diamantino?

 

E a Câmara Municipal da Póvoa de Varzim até pode dizer que tudo isso é permitido por lei. Será? Mas também sabemos que os municípios FOGEM à aplicação das leis quando INTERESSES MAIS ALTOS SE LEVANTAM. E aí já podem “fugir” à lei.

 

E a mim, Doutor Luís Diamantino, não adianta dizer que não é bem assim, porque particularmente eu SEI (…), mas o povo português também sabe das falcatruas que determinados autarcas fazem para “dar a volta às leis” e prevaricarem em benefício próprio, inclusive com o aval de autoridades também corruptas.

 

E no caso dos maus-tratos a animais nem seria preciso fazer falcatruas, bastava apelar para a DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DOS ANIMAIS (que Portugal assinou para “inglês ver”) ou apelar para a CONSCIÊNCIA HUMANA dos autarcas poveiros. Ou outras vias mais terra-a-terra, como fazem noutras circunstâncias.

 

Além disso, existe algo que uma pessoa DIGNA não faz: «quando alguém compreende que é contrário à sua dignidade de HOMEM obedecer a leis injustas, nenhuma tirania pode escravizá-lo», quem o disse foi um HOMEM INTEIRO – Gandhi.

 

É o que eu sigo. Correndo riscos e arcando com as consequências, é o que eu sigo.

 

Estas práticas são de uma violência extrema e de uma enorme falta de respeito para com os animais não humanos, provocando-lhes um sofrimento indizível e inútil, tanto físico como psicológico, apenas para que uns poucos encham os bolsos e os sádicos aplaudam e dêem aso às suas fantasias obscuras.

 

Admira-me o Doutor Macedo Vieira, como médico, não saiba nada de Ciências Biológicas, de Ética e de Mamíferos Superiores. E do sofrimento REAL de que eles padecem ao serem torturados. Tanto quanto um ser humano. E ele tinha OBRIGAÇÃO de saber disso.

 

E diz-se o Doutor José Macedo Vieira um “humanista”!!!

 

Se ele não sabe, e “estudou” Medicina, como poderão saber os ignorantes aficionados e matadores de pombos, que não estudaram nada de nada?

 

E o Doutor Luís Diamantino, que frequentou uma Universidade, que é professor? Que valores humanos tem para ensinar aos seus alunos, aos seus filhos, se é conivente com esta barbárie?

 

A tauromaquia e o tiro aos pombos são actividades bárbaras, que em nada beneficiam os animais humanos e não humanos, que nelas são intervenientes, e que envergonham Portugal, no que se refere à maneira como os animais são tratados, e são absolutamente indignas do Ser Humano.

 

Num país que se quer civilizado e desenvolvido não se admite que animais sejam perseguidos, torturados e mutilados em nome do entretenimento e de uma cultura inculta.

 

E mais: «Como corolário de uma tradição religiosa que superlativou o homem como ser imortal, destinado à salvação e à ressurreição, distinguindo-o de todas as outras criaturas terrenas, a nossa civilização (?) despreza os animais e trata-os com uma crueldade inenarrável em nome da ECONOMIA, da CIÊNCIA e do ESPECTÁCULO», in «Da Imortalidade dos Animais», de Eugen Drewrmann (autor da obra «Funcionários de Deus»), cuja leitura recomendo veementemente.

 

Não pode considerar-se entretenimento e aplaudir-se algo que é extremamente cruel e sanguinário. Isto pertence ao foro das aberrações.

 

A esmagadora maioria da sociedade portuguesa, incluindo a poveira, afirma-se hoje contra esta obscena cultura de violência que as actividades lúdicas que envolvem brutalidade e crueldade contra seres vivos representam.

 

Nós queremos que a Póvoa de Varzim seja uma cidade realmente evoluída e progressista, onde os animais não humanos sejam bem tratados, protegidos e respeitados.

 

Só assim o «Correntes d’Escritas” e o Festival Internacional de Música e o Encontro pela Paz farão sentido nesta cidade. Em 2013, estes três eventos culturais não bastarão para disfarçar os PODRES da autarquia poveira. Algo terá de mudar.

 

 (…)

 

Por isso venho apelar ao raciocínio humano, à lucidez, ao bom senso e à sensibilidade do Doutor Luís Diamantino, para esta questão, fazendo lembrar que estas são práticas indignas de seres que se dizem racionais.

 

É que os divertimentos onde são utilizados animais não são nada racionais. Pelo contrário, só demonstram a irracionalidade de quem os permite, apesar de existirem leis (parvas).

 

Peço, pois, a V. Exa. que, tendo em conta o acima exposto, se digne proceder a diligências no sentido de abolir na Póvoa de Varzim estas práticas primitivas, proclamando a Póvoa de Varzim Cidade Anti-Taurina, e anulando o campeonato de tiro aos pombos, e as restantes actividades, onde animais não humanos são torturados barbaramente.

 

Quando fui à inauguração daquele fatídico campo de tiro, em Rates, o Doutor Manuel Vaz (então Presidente da Câmara Municipal da PV) assegurou-nos de que ele seria apenas para tiro aos pratos. E nesse tempo eram os pratos que na realidade levavam os tiros.

 

E o que faz o Doutor José Macedo Vieira? Coloca nos pratos os inocentes pombos, mortos a tiro, desalmadamente (alguns ficando vivos, em agonia lenta), e deixa os pratos intactos.

 

Aproxima-se o “Correntes d’Escritas”. Muitos escritores não sabem que estão a participar numa farsa. A Cultura Culta não pode correr a par da cultura inculta que a Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, também promove.

 

Esperamos que por ocasião do “Correntes” estas barbaridades já tenham sido banidas da Póvoa. Seria uma boa notícia para transmitir aos escritores, e a Póvoa e os seus actuais autarcas (que estão na lista dos proscritos) poderão elevar-se e dar um exemplo da Dignidade e da Humanidade que esperamos de quem tem a função de promover uma Cultura condizente com a evolução dos tempos e das mentalidades.

 

E acabariam o vosso mandato em grande.

 

E poderiam transformar a MONUMENTAL NÓDOA NEGRA DA PÓVOA DE VARZIM (vulgo, praça de touros), num belo anfiteatro coberto (aliás já houve um projecto nesse sentido), que pudesse receber o «Correntes d’Escritas» (que já não cabe no Auditório), e os concertos do Festival Internacional de Música, e o Encontro pela Paz…

 

Agradecendo antecipadamente a atenção de V. Ex.ª e, DESTA VEZ, ficando na expectativa de uma resposta a este apelo que espero seja positiva, para bem da cidade da Póvoa de Varzim, da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, dos seus governantes e dos poveiros, despeço-me com os meus melhores cumprimentos,

 

 

 

O que os autarcas poveiros estão a fazer é um insulto à população. Esperamos que esta saiba retribuir, não votando neles nas próximas eleições.

 

 Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:09

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Sexta-feira, 21 de Setembro de 2012

HOJE EM FRANÇA A TAUROMAQUIA NÃO TEVE UMA VITÓRIA, PELO CONTRÁRIO, QUEM GANHOU FOI A IGNORÂNCIA, QUE LÁ COMO CÁ, É ILIMITADA...

 

 

 

Em França, TODAS AS SONDAGENS demonstraram que a esmagadora maioria dos franceses NÃO QUER TOURADAS no seu território.

 

Veja-se aqui: http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/165492.html

 

Contudo, o Tribunal Constitucional não considerou inconstitucional a existência de TORTURA DE TOUROS, porque tal aberração ESTÁ NA LEI.

 

E estando na lei... pode TORTURAR-SE SERES VIVOS à vontade.

 

Ora a lei é estúpida. É injusta. É uma lei que apenas os IGNORANTES aceitam como válida.

 

Hoje, o que esteve em causa na França foi a LUCIDEZ versus IGNORÂNCIA.

 

Sem nenhuma estranheza a IGNORÂNCIA GANHOU. E obviamente também os €€€€€€€€€€€€€...

 

Por isso os pró-touradas estão tão contentes.

 

VIVA A IGNORÂNCIA DELES!

 

Pensam eles que isto é uma VITÓRIA da tauromaquia.

 

Mas é tão-só uma vitória da IMBECILIDADE que está INSTITUCIONALIZADA em França, como em Portugal, como nos restantes países terceiromundistas, onde a tauromaquia está ainda instalada...

 

(MAS POR POUCO TEMPO).

 

Lá como cá, a dita DEMOCRACIA está completamente de rastos. É uma democracia PODRE, onde a vontade do povo não conta.

 

O que conta é a ignorância dos que estão no poder, pois NÃO SABEM nem sequer LER a VONTADE DO POVO.

 

Hoje, a França perdeu a oportunidade de dar um passo em frente em direcção à EVOLUÇÃO.

 

Mas não deu. Os tribunais, quais FANTOCHES, são manobrados por leis caducas e desadequadas aos tempos modernos.

 

Os tribunais não têm sequer PODER para tomar medidas AVANÇADAS.

 

O tribunal de Braga também demonstrou essa INCAPACIDADE e essa INCOMPETÊNCIA, em relação ao que se passou em Viana do Castelo, porque o que vale é a LEI, ainda que essa LEI SEJA ESTÚPIDA.

 

E quem APROVA (no caso dos legisladores) e APOIA (no caso dos tribunais) LEIS ESTÚPIDAS o que serão?

 

ESCRAVOS DA TIRANIA DAS LEIS (para não dizer outra coisa).

 

Eu concordo com GANDHI. E se tivesse poder, claramente que ME RECUSARIA A OBEDECER a tais leis.

 

http://www.challenges.fr/top-news/20120921.REU6490/la-corrida-jugee-constitutionnelle-en-france.html

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:06

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