E não será esta estranha espécie de gente eleita precisamente para garantir os apoios aos abastados ganadeiros, e deixar de fora aquela população à qual falta quase tudo, vivendo na mais miserável miséria, sem terem o mínimo apoio nas suas mais básicas necessidades?
Isto é o verdadeiro terceiro-mundo, que nem as belas paisagens do Arquipélago dos Açores lhe vale, porque as paisagens são naturais, contudo, os governantes são anti-naturais, ou seja, contrários à Natureza, da qual fazem parte os Bovinos, que ali são torturados em nome da mais primitiva estupidez.
Não há meio desta estranha espécie de gente evoluir, talvez por ser, precisamente, uma estranha espécie de gente, que vive afastada dos tempos hodiernos, na mais completa escuridão, dentro de escabrosas cavernas.
Isto deve ser uma brincadeira de muito mau gosto. Um delírio de tauricidas.
Absolutamente inacreditável! Inconcebível!
Porém, a ser verdade, só mesmo num país onde a mediocridade é soberana, isto poderia acontecer.
A ser verdade, a senhora ministra da Cultura terá duas caras?
Não há muito tempo era pela Civilização, e agora é pelo atraso civilizacional?
Vejamos o que nos diz a Prótouro – Pelos Touros em Liberdade
(Isabel A. Ferreira)
«De acordo com a website tauromafiosa “touro e ouro” o Ministério da Cultura reuniu com a Associação Portuguesa de Empresários Tauromáquicos.
Na reunião reconheceu que a tauromáfia faz parte da cultura portuguesa e como tal é elegível para receber apoios relativamente às medidas da Covid.
A sério que a tortura de seres sencientes faz parte da cultura portuguesa?
O Ministério da Cultura acha que isto é cultura?
A ser verdade só podemos dizer que não existem palavras suficientes no dicionário para qualificar esta obscenidade.
Os empresários tauromáquicos vivem à tripa forra e a pandemia não lhes fez perder dinheiro porque a grande maioria tem outras profissões. Quanto aos tauricidas são de famílias ricas e recebem subsídios porque além de serem tauricidas são também ganadeiros como por exemplo os Moura Caetanos.
Até quando é que vamos continuar a pagar para a sobrevivência de uma indústria em agonia?
A única maneira de acabar com esta bandalhice é votar em quem quer erradicar esta aberração, caso contrário, esta gentalha vai continuar a encher os bolsos à custa de todos nós!
Prótouro
Pelos touros em liberdade
Fonte:
Comunicado do
Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia nos Açores (MCATA)
Em tempos da COVID-19 e com a mais grave crise económica das últimas décadas, o que poderia ser feito com mais de duzentos mil euros de dinheiro público? Sem dúvida esse dinheiro deveria ser destinado a melhorar o serviço regional de saúde ou a melhorar as condições de vida de todas as pessoas que ficaram sem emprego.
No entanto, o Governo Regional e as autarquias de Angra do Heroísmo e Praia da Vitória resolveram o contrário e decidiram dar esse dinheiro a quem já vive de barriga cheia vivendo à custa do retrógrado negócio da tortura animal.
Apesar de este ano as restrições sanitárias decorrentes da pandemia quase não permitirem realizar touradas na região, a indústria das touradas conseguiu fazer grande negócio na mesma graças ao dinheiro público que aparentemente nunca falta para a alimentar, mesmo em tempos terríveis de pandemia e de falência da economia regional.
Assim, o Governo Regional decidiu entregar este ano aos ganadeiros seis mil euros por cada corrida de touros que deixou de se realizar. E igualmente outros 500 euros por cada tourada à corda não realizada, aos quais devem somar-se os mil euros por tourada que vai entregar a Câmara de Angra para 19 touradas à corda. E como se calhar ainda parecia pouco, os ganadeiros vão receber generosamente 15 mil euros do Governo Regional e 11 mil euros da Câmara da Praia como "compensação financeira” pela não realização de touradas.
No total são cerca de 222 mil euros: cerca de 177 mil euros (Portaria n.º 80/2020, 23/06/2020) e 15 mil euros (Portaria n.º 1100/2020, 12/06/2020) entregues por parte do Governo Regional, 19 mil euros por parte da Câmara de Angra (ver Diário Insular, 29/05/2020) e 11 mil euros por parte da Câmara da Praia (ver Praia Expresso, 21/05/2020). Isto para além de todos os subsídios que os ganadeiros recebem regularmente todos os anos.
Como se não bastasse a falta de vergonha neste uso e abuso do dinheiro público, o Governo Regional considera o “lobby” das touradas, representado aqui pela Associação Regional de Criadores de Toiros de Tourada à Corda, como uma "instituição sem fins lucrativos". E apesar desta suposta ausência de fins lucrativos, o Governo não duvida em qualificar o considerável dinheiro dado a esta instituição como "uma compensação financeira pela não realização de touradas”.
Assim, quando o negócio não é bom para a indústria das touradas, todos os açorianos têm de pagar uma "compensação financeira" aos ganadeiros no valor de centenas de milhares de euros. E têm de pagar essa “compensação” mesmo os açorianos, de todas as ilhas, que são contrários às touradas e consideram esta actividade indigna e imprópria de um país civilizado.
Para onde vão parar, portanto, os nossos impostos em tempos de pandemia? Nos Açores, como sempre, pela mão dos nossos governantes e da indústria tauromáquica, o nosso dinheiro serve inevitavelmente para alimentar a repudiada e embrutecedora prática da tortura de animais.»
Comunicado do
Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia nos Açores (MCATA)
http://iniciativa-de-cidadaos.blogspot.pt/
24/09/2020
Ontem, no debate na TVI, entre Inês Sousa Real deputada do PAN e Miguel Sousa Tavares, caçador e aficionado de touradas, este último, cego pela obscuridade da caverna onde vivem os tauricidas, demonstrou uma ignorância sobre o que é a tauromaquia e o que se passa ao seu redor, inadmissível numa figura que (diz que é) comentador daquela estação televisiva. No mínimo devia ter-se informado, mas foi para ali de olhos fechados, tal como no dia em que nasceu.
O Miguel acha lindas as praças de touros, e passa por cima do sofrimento dos bovinos, matéria sobre a qual demonstrou uma profunda ignorância. Nunca leu nada a propósito. Isso não lhe interessa. Uma argumentação paupérrima, ao nível do mais ignorante dos ignorantes tauricidas.
A Inês Sousa Real esteve muito bem. Poderia ter acrescentado que o mencionado “ Touro de Lide” não existe na Natureza (está tudo documentado) logo não se extingue, e ter levado os números e os nomes dos ganadeiros que vivem à custa dos nossos impostos e deslocam-se em carros de topo de gama.
Se hoje, o fim aos subsídios para torturar Touros não se concretizar, significa apenas que o parlamento está cheio de trogloditas que, além de não terem ainda evoluído, não servem os interesses de Portugal, mas tão- só o interesse privado de umas poucas famílias de parasitas da sociedade portuguesa.
Mas vamos ver o que nos diz Um activismo por dia
Reparem no argumento do Miguel, em defesa da tauromaquia: «Quando é que proíbem os periquitos nas gaiolas». Ó Miguel Sousa Tavares: uma estupidez não se justifica com outra estupidez. O Periquito na Gaiola é outro filme. Não pertence ao filme " Torturar Touros para divertir sádicos», sim, porque só os sádicos se divertem com o sofrimento de outro ser vivo.
Quando é que se proíbe Miguel de Sousa Tavares de dizer barbaridades em horário nobre?
1- Ninguém depende financeiramente apenas da tauromaquia. As pessoas que trabalham na área têm outros empregos
2- O financiamento público directo e indirecto ultrapassa os 16 milhões de euros por ano. Muitas são as câmaras que preferem atribuir milhares de euros para comprar bilhetes para touradas, enquanto as escolas do município caem de podres ou as estradas permanecem com buracos (ex: a Câmara de Santarém e a De Vila franca de Xira)
3- Os animais não foram postos no mundo com funções específicas. Isso é uma ideia humana, os humanos é que atribuem funções aos animais.
4- A questão do sofrimento animal é inegável, os touros são animais, mamíferos, possuem sistema nervoso e cérebro e logo a capacidade de sentir e processar a dor.
5- Enquanto seres humanos dotados de sensibilidade e da capacidade de sentir a dor, o sofrimento do outro, não podemos considerar correcto causar dor desnecessária tendo por base o argumento da tradição. As tradições evoluem no espaço e no tempo e não são argumentos para a nossa moralidade.
6- Tendo em conta o sofrimento envolvido, o facto de ninguém depender financeiramente apenas de touradas, e que vivemos num país pobre com escassez de recursos em várias áreas muito mais importantes na vida de todos, não faz sentido algum o estado atribuir mais de 16 milhões de euros por ano à indústria tauromáquica.
7- Se a Tauromaquia gera receitas (como o Miguel de Sousa Tavares diz) então para que que precisa de subsídios públicos?
***
Apliquem esses dinheiros que esbanjam em TORTURA de TOUROS, por exemplo, no Serviço Nacional de Saúde (SNS) que está a precisar urgentemente de TUDO.
Fonte da imagem:
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=2563098197275660&set=a.1735646096687545&type=3&theater&ifg=1
Esperamos o mesmo em Portugal.
Este é o momento propício para acabar a TORTURA de seres vivos, sustentada com os impostos dos portugueses.
Os impostos do Povo devem ser canalizados para a VIDA e não para a MORTE cruel de seres vivos, para gáudio dos sádicos.
Um artigo publicado no portal britânico The Guardian refere que a pandemia do coronavírus afectou drasticamente o negócio das touradas na Espanha. O surto de Covid-19 obrigou ao cancelamento da temporada de actividades tauromáquicas e salvou centenas de animais que seriam torturados e mortos para o deleite sádico do público.
Enquanto o país luta para evitar a propagação do vírus e lida com a perda de mais de 26 mil vidas, o sector tauromáquico exige ajuda pública para fazer face aos prejuízos. Tal exigência incomodou a esmagadora maioria dos espanhóis e foi criticada por ONGs e activistas em defesa dos direitos dos animais, que consideram a proposta absurda.
O sector tauromáquico, que lucra milhões de euros com a morte e sofrimento de animais, agora pede em nome dos milhares de pessoas, que dependem da renda dessa actividade cruel, a injecção de recursos para a manutenção dessa prática bárbara durante a pandemia. Há, ainda a ter em conta o aterrador projecto de promover touradas em ambientes fechados para transmissão televisiva.
Diversos ganadeiros que criam touros para vendê-los para a indústria tauromáquica anunciaram que romperão contratos e buscarão outras fontes de renda. Esse movimento é importante, pois além de desabastecer o sector, esvazia parte dos argumentos económicos usados pela indústria, que insiste em ser chamada e considerada uma vertente cultural que precisa ser valorizada.
O engodo não está a surtir efeito. Uma petição assinada por mais de 100 mil pessoas solicita ao governo que não esbanje fundos públicos para o sector tauromáquico, porque "é escandaloso – particularmente neste momento, quando há famílias que não têm o suficiente para comer e hospitais que foram dizimados por cortes financeiros”, salientou a activista Aïda Gascón, da AnimaNaturalis.
Actualmente activistas franceses e portugueses lutam igualmente contra as touradas, e numa das petições que correm, pode ler-se que «as touradas enfrentam o momento mais crítico da sua existência. Temos uma oportunidade única … de construir um mundo sem touradas.»
Fonte da notícia: ANDA
Que atraso de vida! Anda um coronavírus a confinar e matar meio mundo, e o CDS/PP quer continuar a torturar Touros, como se isto fosse uma prioridade para o país!
João Almeida enviou uma carta ao primeiro-ministro, através do presidente da Assembleia da República onde pede explicações sobre o motivo pelo qual, na ronda de reuniões para a retoma de eventos, os torturadores de Touros não foram ouvidos.
E precisavam de ser? Eles que representam para os Touros o que o coronavírus representa para os seres humanos: uma ameaça, um suplício, um terror?
João Almeida, sem fazer a mínima ideia de que as touradas não são cultura, nem em Portugal, nem na Cochinchina, diz que sendo as corridas de Touros regulamentadas e reconhecidas pelo Estado [o que não significa que esta barbárie seja concebível numa sociedade hodierna] e sendo uma prática que reúne milhares de pessoas [é que nem sequer sabe contar, porquanto as arenas estão quase sempre às moscas, isto é um facto mais do que comprovado], diz não compreender a exclusão dos representantes do sector tauromáquico na ronda de reuniões que têm ocorrido, como se o sector tauromáquico fosse importante para a economia do país: só enche bolsos a parasitas e torturadores de Touros. Seria uma vergonha e menosprezo pelos verdadeiros sectores da Economia nacional, se estes trogloditas fossem postos aos mesmo nível dos outros.
A prioridade do CDS/PP «não é defender os milhares de portugueses que se encontram na miséria, não é apresentar propostas para ajudar os milhares de portugueses que perderam o seu trabalho devido a esta pandemia, mas sim, defender uma minoria de ricaços que a única coisa que sabem fazer na vida é divertirem-se a torturar seres sencientes!»
Até porque tanto quanto sabemos, os ganadeiros não vivem só da tauromaquia. Têm outros "negócios" que lhes garantem o sustento, daí que, aqui ninguém fica desempregado. E os toureiros, sedentos de sangue, que se mordam uns aos outros.
Este é o momento certo para acabar com esta nódoa negra que mancha a honorabilidade de Portugal.
O coronavírus está a dar uma ajudinha.
Nós temos de fazer o resto.
Isabel A. Ferreira
Fonte da imagem e da notícia: Prótouro - Pelos touros em liberdade
Depois querem ter bons resultados nas eleições!
O texto que se segue, publicado no Blogue Prótouro - Pelos Touros em Liberdade explica, muito bem explicadinho, este assalto aos cofres públicos, para encher os bolsos dos torturadores de Touros.
Os deputados do PSD não aprenderam nada com a mensagem tácita desta invasão do novo coronavírus?
Portugal não precisa de deputados trogloditas! Precisa de EVOLUIR! Já se faz tempo! (Isabel A. Ferreira)
«Os deputados do PSD Ribatejo enviaram uma carta à Ministra da Agricultura onde afirmam que estão muito preocupados com os prejuízos dos ganadeiros de brava de lide, ou seja, as mães dos touros que são torturados em touradas.
«Isaura Morais e João Moura eleitos por Santarém vão mesmo ao ponto de afirmar que o facto de muitos bovinos não serem vendidos para tortura pode gerar prejuízos muito superiores a sete milhões de euros.
É preciso ter muita lata para pedir ainda mais dinheiro para gentalha que recebe anualmente milhões em subsídios nacionais e europeus quando milhares de portugueses estão em lay-off e muitos até a passar fome.
Em 2011 o ganadeiro José Dias afirmava ao jornal “O Mirante” e citamos:
“Os ganadeiros são na sua maioria senhores muito ricos, com muitas propriedades, que se dedicam ao negócio mais por paixão. Ninguém pode viver directamente de uma ganadaria.”
Claro que são ricos têm propriedades com milhares de hectares de terra e criam outros animais para além de bovinos para touradas. Muitos criam cavalos e muitos até têm outros negócios que nada têm a ver com tauromaquia.
Estes deputados deveriam ser corridos a pontapé do partido uma vez que estão mais preocupados com a trampa da indústria tauromáquica do que com milhões de portugueses!
Prótouro
Pelos touros em liberdade»
Fonte:
Lê-se a notícia no Blogue Prótouro – Pelos Touros em Liberdade.
«Mesmo em isolamento continuam a torturar bovinos»?
Não é que isto me surpreenda, dado o apetite dos tauricidas pelo macabro, pela crueldade, pela violência, e porque às escondidas do mundo, podem fazê-lo nas arenas privadas dos ganadeiros.
Mas isto será atitude de gente mentalmente sã?
Duvido, mas espero que alguém com racionalidade, ponha termo a mais esta tentativa macabra de torturar Touros, ainda que o País esteja cercado pela Morte.
Isabel A. Ferreira
«No dia 28 de Março terá lugar o primeiro festival tauromáquico digital uma iniciativa da web tauromafiosa tauronews dizem eles que é para e citamos “animar esta fase com uma ideia original através das redes sociais.” (Prótouro – Pelos Touros em Liberdade)
«O dito cujo conta com 6 lides de seis tauricidas nas praças de touros das herdades (tentaderos) torturando uma vaca cada um deles.
A tortura e morte é algo que esta gente não prescinde porque é a única coisa que os satisfaz.
Esta gentalha é demente e sem sombra de dúvidas é nociva para um país que se quer culto e evoluído.
Prótouro
Pelos touros em liberdade
Fonte:
https://protouro.wordpress.com/2020/03/26/mesmo-em-isolamento-continuam-a-torturar-bovinos/
«Quem eram afinal os tipos que se concentraram no passado dia 22 no Terreiro do Paço em defesa do mundo rural?
Trabalhadores rurais? Não.
Todos os que compareceram mais não eram que a escumalha que vive à pala de subsídios tais como ganadeiros de touros de lide, galgueiros, caçadores etc.»
Fonte:
Prótouro
Pelos touros em liberdade
https://protouro.wordpress.com/2019/11/26/a-concentracao-dos-subsidio-dependentes/
«Os verdadeiros defensores do mundo rural aqueles que não torturam animais e não são subsídio-dependentes permaneceram nos seus locais de trabalho.
O mundo rural existe e tem que ser ajudado mas esse não esteve na concentração no Terreiro do Paço bem pelo contrário.
Todos os presentes mamam na teta do estado e não querem perder os chorudos subsídios que lhes são dados através dos nossos impostos.
Os autarcas que apoiaram esta obscenidade são aqueles que desbaratam dinheiros públicos para apoiar estes parasitas e que depois se justificam com a tradição e a cultura das regiões.
A tradição e a suposta cultura neste país serve sempre para justificar o injustificável, ou seja, que os animais existem para serem objecto de abuso e de tortura em espectáculos abomináveis.
Enquanto os partidos com maioria sentados no parlamento continuarem vendidos aos lobbies destes sociopatas este país no que respeita aos direitos dos animais jamais passará da cepa torta!»
Prótouro
Pelos touros em liberdade
E se isto não fosse ridículo até dava para rir…
Ao que leva o desespero!
As touradas estão a dar o berro. São práticas selváticas, nada adequadas aos tempos modernos.
A Póvoa de Varzim libertou-se das trevas que obscurecia a cidade.
Mas a prótoiro não quer, como se a prótoiro mandasse na cidade!
A prótoiro - federação portuguesa de tauromaquia garantiu hoje que vai avançar com uma queixa em tribunal contra a Câmara da Póvoa de Varzim, por esta ter decidido proibir a realização de touradas no concelho, considerando esta decisão do executivo poveiro "um ataque feroz à legislação, principalmente à Constituição da República Portuguesa", esquecendo-se a prótoiro que a tauromaquia não é, nem nunca foi e jamais será cultura popular portuguesa, porque nem sequer é português este costume bárbaro. Herdado dos espanhóis (já cansa repetir isto, mas não há meio de eles aprenderem).
A prótoiro acha, e acha bem, que “nem os municípios, nem nenhum outro órgão, têm poderes para proibir a cultura, a não ser que vivêssemos numa ditadura". Correcto. Proibir a Cultura é algo inconcebível. Mas estamos a falar da proibição da Cultura Culta e Cultura Popular. Na verdade, é das ditaduras proibir tais manifestações culturais.
Também é verdade que, segundo a prótoiro, "qualquer decisão tomada no sentido de limitar ou proibir o acesso a um espectáculo cultural é ilegal e inconstitucional". É verdade.
No entanto de que fala a prótoiro, quando fala de cultura ou de espectáculo cultural? Fala obviamente de tortura de tTuros e Cavalos para divertir psicopatas e sádicos e encher os bolsos a uns poucos ganadeiros. E isto não é cultura, nem em Portugal, nem no planeta mais deserto, dos confins do mundo.
A prótoiro acha que «a decisão da Câmara é altamente danosa para a cidade e a região, aludindo a alegadas declarações de Aires Pereira em 2014, em que o autarca sublinhava a importância das touradas para o município em termos de turismo e garantia que elas continuariam a ser realizadas na Póvoa de Varzim».
Ora tanto quanto se sabe, as touradas na Póvoa de Varzim, como aliás em qualquer outro município atrasado civilizacionalmente, onde ainda se mantém esta prática de broncos, não trazem benefício nenhum às localidades, nem sequer ao turismo ou economia, muito pelo contrário, só trazem prejuízos e muito má fama.
E se em 2014 Aires Pereira prestou tais declarações, hoje, em 2018, diz não se lembrar delas, contudo, se as fez, «qualquer pessoa está sempre a tempo de mudar de opinião», referiu, ou seja, qualquer pessoa está sempre a tempo de EVOLUIR.
Foi o que aconteceu. E nenhum tribunal poderá condenar um autarca por ter evoluído e abandonado uma prática que, além de desprestigiar a cidade, não confere dignidade à pessoa humana, por ser uma prática cruel, violenta e desadequada aos tempos modernos.
Isabel A. Ferreira