Shame on you EU!
«Bullfighting still benefits from millions of euros a year in EU farming subsidies
«Public funds to farms breeding bulls keeping ‘cruel practice’ of bullfighting alive, say animal rights campaigners
Activistas dos Direitos dos Animais dizem que fundos públicos para as ganadarias mantêm viva a 'prática cruel' das touradas.
Faço também meu este desabafo de um cidadão português, que, mo eu, se envergonha dos políticos que temos:
«A União Europeia a dar subsídios de muitos milhões aos criadores de Touros para as touradas, através dos agricultores, no nosso caso, através da CAP.
Que moral tem essa canalha de burocratas?
Não têm moral, nem vergonha, nem dignidade!
O que estes nossos trogloditas sem vergonha - somos os melhores do mundo - mereciam era que o The Guardian publicasse, em complemento, o caso português: a cobertura dada pelos governos, a baixeza moral (e material) reinante no Parlamento, a exposição das crianças à violência, etc..
Uma condenação pública poderia ser remédio santo.» (M. Figueiredo).
É isto que a União Europeia financia
As touradas, na Europa [apenas em Portugal, Espanha e França, os três tristes países, AINDA trogloditas na Europa] estão a ser mantidas vivas devido aos milhões de euros pagos pela UE, afirmam activistas, apesar das tentativas dos deputados de proibir os subsídios.
O financiamento vai para ganadarias que criam Touros de “lide”, através da política agrícola comum (PAC) da UE, um sistema de apoio de longa data, de subsídios dados ao sector.
A União de Criadores de Touros de Lide de Espanha, que representa os interesses de 347 ganadeiros, estimou que a proibição do pagamento de subsídios significaria um impacto económico de cerca de 200 milhões de Euros por ano para o sector na [apenas em Portugal, Espanha e França, e NÃO “across Europe”].
Em 2015, num movimento aclamado pelos defensores dos Direitos dos Animais que descreveram as touradas como uma “prática cruel”, os eurodeputados votaram esmagadoramente a favor do bloqueio de fundos agrícolas “para o financiamento de actividades tauromáquicas letais”.
No entanto, mais de seis anos depois, houve poucas mudanças, com a proibição deixada de lado devido a preocupações de que modificaria as disposições legais da PAC.
Joe Moran, da organização de defesa dos animais Eurogroup for Animals, disse: “Embora concordemos inteiramente com os eurodeputados na sua indignação moral e no que estão a tentar fazer, as vias legais para fazer isso são bastante difíceis. Na verdade, eu diria que são impossíveis.”
A eliminação total dos fundos exigiria que o bem-estar animal fosse uma competência oficial da UE, juntamente com uma lei que proibiria a criação de Touros para esse fim ou proibiria totalmente as touradas, acrescentou Moran, [algo que seria da racionalidade fazer]
Um funcionário da UE disse que, embora não haja fundos especificamente designados para a criação de Touros de “lide”, “não está excluído”, e os criadores de Touros ainda podem receber fundos públicos de financiamento agrícola.
Desde 2003, os subsídios agrícolas da UE têm sido atribuídos principalmente à quantidade de terra cultivada, e não à produção ou ao destino final dos produtos.
Os eurodeputados do partido “OS VERDES” apresentaram uma emenda à PAC de 2020 pedindo a proibição de fundos para o gado cujo destino final era “a venda para actividades relacionadas com touradas, mas foi descartada quando a Comissão Europeia, o Conselho da UE e o parlamento finalizaram a política.
O eurodeputado português FRANCISCO GUERREIRO descreveu os fundos como “um balão de oxigénio que está continuamente a ajudar esta indústria a manter-se à tona”, uma vez que o número de eventos envolvendo Touros diminuiu.
A indústria de touradas (…) [nos três países europeus AINDA trogloditas] acumulou perdas relatadas de mais de 150 milhões de Euros (…) durante a pandemia de Covid, já que eventos como o de San Fermín, em Pamplona foram cancelados e os Touros enviados directamente para o abate.
A pandemia apareceu quando o sector estava a lutar para se recuperar da crise económica de Espanha, que viu municípios sem dinheiro interromperem eventos envolvendo Touros. Em 2007 – um ano antes do impacto financeiro – 3.651 eventos com Touros foram realizados em toda a Espanha. Uma década depois, o número de eventos caiu para 1.553.
A Praça de Touros de Las Ventas, em Madrid, ficou deserta, após o cancelamento da temporada de touradas de 2020 devido ao bloqueio do coronavírus.
O bloqueio pode ser a morte das touradas em Espanha? [Se não é devia ser]
As associações de criadores em Espanha, França e Portugal continuam a defender as cerca de 1.000 explorações de Touros reprodutores para touradas em toda a UE.
Antonio Bañuelos, presidente da União de Criadores de Touros de Espanha, disse: “É discriminatório criar esse conceito de que o destino desse gado pode estar vinculado ao recebimento de fundos ou não. Muitas das ganadarias produzem uma variedade de produtos ao mesmo tempo que criam Touros, o que significa que qualquer proibição prejudicaria seu direito de acesso a financiamento em pé de igualdade com outros agricultores da EU .»
A indústria também pressionou os eurodeputados alegando que os Touros de lide, criados em áreas extensas, têm menos impacto no meio ambiente do que porcos ou ovelhas.
Uma associação de veterinários espanhóis, anti-touradas, disse que o sofrimento público infligido aos touros era injustificável. Disse ainda aos eurodeputados que instrumentos que vão desde bandarilhas, a espadas de 80 cm foram usadas em Touros durante touradas que duraram cerca de 15 minutos, causa “feridas profundas, hemorragias significativas, sofrimento intenso e morte dolorosa”.
Bañuelos afirmou que a morte de um touro de “lide” é “mais rápida e acarreta menos sofrimento” do que muitos animais criados comercialmente. [O que é mentira].
“Existem milhares de animais que morrem todos os dias em circunstâncias muito dolorosas. Mas o foco está na tourada porque é a mais exposta quando se trata de publicidade e é um alvo fácil”, disse. [Não é por isso, é pela cruel DIVERSÃO com o sofrimento atroz de um ser vivo].
Traduzido do original que pode ser consultado aqui:
Isabel A. Ferreira
A imagem é linda. Touros livres no campo...
Encontrei-a na página do FB da prótoiro. Mostram os animais assim, como se fosse assim a vida deles. Como se eles nascessem, crescessem e morressem livremente, como é de seu direito, num ciclo de vida normal, vivido num campo florido, longe das torturas atrozes que os esperam, lá mais adiante…
Dizem os tauricidas que em Portugal, existem cerca de 70 mil hectares de montado afectos à criação de “toiros bravos”, isto é, Touros “fabricados” desde a nascença para serem “bravos”, pois sendo os Touros da família dos bovinos, nunca seriam “bravos” se não os “fabricassem”, atormentando-os para esse efeito.
E dizem também os tauricidas que existem 110 ganadarias, ou seja, lugares onde "fabricam" estes belos animais, para mais tarde serem sacrificados em nome da ganância, do "espectáculo", do sadismo, da psicopatia, da ignorância e da estupidez.
E dizem mais: juntamente com 30 mil cabeças de “gado bravo” coabitam no montado outras espécies animais (e agora vem o mais caricato) contribuindo a criação do Touro para a PRESERVAÇÃO DESTE TIPO DE ECOSSISTEMA, único do sul da Península Ibérica.
Santa ignorância! Querem fazer crer que o “gado bravo” que é um animal que não existe na Natureza, se não fosse “fabricado” com o único fim de ser TORTURADO, o tal ecossistema não existiria. Isto é mesmo de quem não sabe o que está a dizer. É da mais crassa estupidez!
Então para terminar esta caricatura, eles sugerem: «Conheça a importância ECOLÓGICA da Festa e defenda-a! PARTILHEM!»
Que importância ecológica? A da terra estrumada? Sem produtos químicos?
De que festa? Da festa das Flores do Campo?
Sim, vamos defender a festa das Flores do Campo, e partilhar a ideia dos Touros livres dos seus carrascos, nesses montados floridos.
Retrato de Alexandre Herculano. Gravura a buril de Louis Auguste Darodes. Séc. XIX.
Então, temos o seguinte: Portugal e Espanha ainda se arrastam por eras bárbaras, e a civilização ainda não pôde desterrar da Península». E isto diz tudo da involução das mentalidades destes dois povos peninsulares, para grande desventura dos que, apesar de peninsulares, já evoluíram.
Depois, no seguimento da anedota da importância do “toiro bravo” para o ecossistema e para a ecologia, alguém muito dotado de uma inteligência, virada do avesso, deixou este comentário absolutamente IDIOTA:
«Coisa que os "defensores" dos animais não percebem por desonestidade intelectual. Para eles as vacas deveriam era estar fechados em estábulos para lhes ser extraído o leite para beberem e as galinhas em "aviários" para porem os ovos para eles comerem e simultaneamente comerem rações de engorda rápida. E isto que é ser ovolactovegetariano.»
Pois o que os torturadores de animais não sabem (ou não lhes convém saber) é que os DEFENSORES dos animais querem ver as vacas livres nos campos. Querem ver os bois livres nos campos. Querem ver os bezerros livres nos campos. Não querem que se FABRIQUEM “toiros bravos” para serem torturados nas arenas.
Os DEFENSORES dos animais querem ver as galinhas soltas nos campos, a picarem o chão. Querem ver os pintainhos a correrem atrás delas em filinha indiana, ou aninhados debaixo das asas das progenitoras.
Os DEFENSORES dos animais querem ver a NATUREZA tal como ela deve ser. E não como o que o animal homem-predador quer fazer dela: cruel e cruenta.
Isabel A. Ferreira
«Após termos ouvido o esclerosado Miguel Sousa Tavares afirmar na TVI que se as touradas acabassem perder-se-iam milhares de postos de trabalho republicamos um artigo escrito por nós em 16/7/2012 que continua actual e prova exactamente o contrário do que foi afirmado.
Um dos argumentos da indústria tauromáquica reside na afirmação que se as touradas acabassem milhares de postos de trabalho perder-se-iam!»
«Não são milhares e a maioria nem sequer pode ser considerada como verdadeiro posto de trabalho.
Muitos desses postos de trabalho são sazonais e quem os ocupa tem outro tipo de trabalho caso contrário como é que sobreviveria o resto do ano?
De acordo com um “parecer” da “prótoiro” entregue no princípio deste ano na Assembleia da República, para organizar uma tourada são precisas 175 pessoas que vão desde o pessoal dos curros, bilheteiros, banda, bombeiros, polícia e trabalhadores dos bares.
O pessoal dos curros, os bilheteiros, a banda e os trabalhadores dos bares só trabalham quando há espectáculos, ou seja muitas vezes aos fins de semana, se estes fossem os seus únicos postos de trabalho morreriam de fome.
Quanto aos bombeiros e à polícia é totalmente absurdo a sua inclusão neste “parecer”, porque enquanto estes elementos são desviados para dar cobertura a esta actividade deixam de estar onde são realmente precisos; combate à criminalidade e ajuda a pessoas vítimas de acidentes ou combate a incêndios.
Mas continuemos a analisar o dito “parecer”.
“Existem 14 delegados técnicos tauromáquicos e 15 veterinários taurinos”. Uma vez mais todas estas pessoas não vivem disto têm outros postos de trabalho.
“37 cavaleiros, 24 cavaleiros praticantes, 6 matadores de touros, 86 bandarilheiros, 15 bandarilheiros praticantes, 20 moços de espada e 30 emboladores”.
Cavaleiros, toureiros, etc, a maioria deles têm outras fontes de rendimento, tal como ganadarias onde criam outros animais à parte dos touros de lide, isto para não falar dos subsídios que recebem por essa actividade.
“Existem 48 grupos de forcados que totalizam 1.440 moços de forcado”.
Esta actividade não é um emprego todos eles têm outros postos de trabalho e mais, segundo eles nem sequer recebem nada por pegar touros.
“Existem 120 promotores de espectáculos tauromáquicos”.
Uma vez mais nem todos eles vivem exclusivamente dessa “profissão”, muitos deles têm outras, e mesmo que só vivessem desse trabalho poderiam em vez de ser empresários de espectáculos tauromáquicos ser empresários de actividades que não envolvam a exploração e tortura de animais.
“Finalmente as 110 ganadarias existentes empregam 350 pessoas”. No entanto, estas ganadarias não criam exclusivamente touros de lide portanto, se as touradas acabassem, essas pessoas não perderiam os seus empregos.
Contas feitas onde é que estão os milhares de postos de trabalho!
Milhares de pessoas neste país perderam os seus verdadeiros empregos e a taxa de desemprego aumenta a uma velocidade impressionante.
Se as touradas fossem abolidas amanhã nenhum posto de trabalho se perderia.
Esta é tão só uma das muitas mentiras que os aficionados apregoam!
Prótouro
Pelos touros em liberdade»
Fonte do texto:
A 19 de Março de 2015, o suplemento Sete da revista Visão, da responsabilidade dos enviados Miguel Judas (Faial, Pico e São Jorge) e Vanessa Rodrigues (Terceira, São Miguel e Santa Maria) apresenta 100 razões para ir aos Açores.
Isto será um "divertimento" de gente?
Para além do esquecimento de duas ilhas, Corvo e Flores, a razão número 22 é uma não razão já que se refere ao espectáculo decadente, arcaico e desumano que são as touradas à corda na Ilha Terceira, anualmente são responsáveis por mortos e feridos tanto em bovinos como em seres humanos.
Os autores do texto (ou a autora?) possivelmente não tiveram acesso aos vídeos das marradas profundamente difundidas na ilha Terceira e na Internet que mostram a bestialidade e desumanidade da "festa tauromáquica, tradicional dos Açores", nem aos dados dos gastos de saúde derivados das idas e internamentos nos hospitais por causa das touradas à corda e dos apoios, inclusive europeus recebidos pelos criadores de gado bravo, de tal modo que a importância das mesmas é, segundo eles, aferida pela existência de 13 ganadarias registadas.
Enfim, é lamentável uma revista conceituada (?) tratar este assunto com uma ligeireza nada digna dos seus “pergaminhos”.
Com a minha mais veemente indignação,
Isabel A. Ferreira
Isto só podia vir da Ilha terceira…
Por onde andam as autoridades?
Quanta COBARDIA! E depois dizem que os tourinhos têm VIDA DE REI até irem ser torturados na arena. Têm… têm… Vê-se!
Por PRÓTOURO
«Uma vez mais, à revelia da lei, nos dias 19 e 20 de Outubro os Açores acolherão o ciclo de tentas comentadas 2013. As mesmas terão lugar em tentaderos de ganadarias de touros de lide e na praça de touros da Ilha Terceira.
Para quem não saiba, a tenta, é algo que é feito habitualmente em ganadarias e tem como objectivo testar a suposta bravura de vacas e bezerros que se destinam no caso das primeiras, a reproduzir e no caso dos segundos, a aferir das suas qualidades para serem torturados numa qualquer praça de touros.
Nessas tentas, à parte dos passes de capote e das bandarilhas, entra a figura do picador. Estas barbaridades ocorrem habitualmente em ganadarias. Consequentemente, não existe lei que as possa proibir. No entanto, o mesmo não acontece quando as mesmas são feitas em praças de touros, como é o caso e com entradas gratuitas.
As leis de protecção animal neste país são e perdoem-nos as expressões uma merda. No entanto, a lei proíbe a sorte de varas, o que significa que estas tentas comentadas, ao incluírem a chamada sorte de varas, estão claramente a violar a lei.
Assim sendo, o governo açoriano, não só permite que a lei seja violada como até permite que essa violação seja organizada pelas juntas de freguesia!
Um governo que permite e compactua com o desrespeito da lei, não é um governo mas sim um bando de delinquentes.
Prótouro
Pelos touros em liberdade»
Fonte:
https://www.facebook.com/photo.php?v=483551098394290&set=vb.100002182112086&type=2&theater
BASTA! BASTA! BASTA!
É PRECISO PÔR UM BASTA NESTA LOUCURA.
É PRECISO INTERNAR OS DOIDOS!
(Este texto foi publicado no âmbito de uma estratégia para desmascarar a prótoiro que, utilizando o nome da Ganadaria Palha, entregou-me pistas preciosas para chegar ao mundo imundo da tauromaquia)
***
A propósito do testemunho da corajosa Maria Engrácia, sobre os horrores por que passam os Touros antes de irem para a arena
Miguel Pereira, deixou um comentário ao comentário A engorda dos Touros nas ganadarias viola as normas sanitárias da Direcção-Geral de Veterinária e não existe fiscalização às 23:51, 2013-03-22.
Comentário:
«Boa Noite
Se a Maria Engrácia não é fruto da imaginação da Isabel Ferreira porque é que não é dito o nome do ganadero? E o nome do tal toureiro e matador tio da outra senhora? Se elas já se identificaram há da parte da Isabel A. Ferreira a obrigação de dar a conhecer o nome dos dois intervenientes.»
***
Eu a este Miguel já respondi, esta manhã, com a cabeça a mil:
Sabe, Miguel Pereira, nem todos se chamam Miguel Pereira, ou seja, parvo.
Se tivesse um pouco de massa cinzenta no cérebro, entenderia por que estas senhoras não dizem (E FAZEM MUITO BEM) o nome dos carrascos ganadeiros e matadores.
Sabe o que lhes acontecia? O que o Miguel Pereira está com vontade de fazer: ESGANÁ-LAS.
O que interessa é que TUDO O QUE DISSERAM É VERDADE, porque todos nós sabemos que é.
Mas estas coisas ditas na primeira pessoa, por quem VIVEU os acontecimentos, têm mais IMPACTO.
E é isso que vos incomoda.
Vão plantar batatas, e deixem os animais em PAZ.
***
Isto foi o que me ocorreu escrever logo pela manhã.
Agora, que já almocei, vou apenas acrescentar um pormenor que me escapou: engana-se Miguel Pereira. A Isabel A. Ferreira NÃO TEM OBRIGAÇÃO de dar a conhecer o nome dos dois carrascos denunciados, pelos motivos que o Ricardo explica, e muito bem.
***
Ricardo, deixou um comentário ao comentário A engorda dos Touros nas ganadarias viola as normas sanitárias da Direcção-Geral de Veterinária e não existe fiscalização às 14:56, 2013-03-23.
Comentário:
«Ok Miguel, e não quer mais nada?
Não quer também que se publique uma morada e o número de telemóvel da senhora? E já agora uma fotografia também dava jeito, ou não?
Tal como ela, eu também vivi bastantes anos no Alentejo. Felizmente nem todo o alentejano é aficionado e a minha família escapa com apenas algumas ovelhas negras nesse aspecto. Mas compreendo perfeitamente o que a Maria Engrácia passou pois vi-o acontecer a vizinhas e outras conterrâneas (no feminino, porque os aficionados são tão bravos que só atacam mulheres e crianças).
Existe uma clara correlação entre a frequência de touradas e comportamento violento para com os mais fracos. Não é preciso ser um génio para chegar a esta conclusão.
Aposto que se cruzássemos uma lista de agressores domésticos com os frequentadores do campo pequeno encontraríamos correspondências suficientes para provar esta afirmação.
Se Portugal fosse um país onde a lei fosse cumprida, onde as vítimas fossem a prioridade das forças da lei, onde não existisse um claro lobby tauromáquico que tem raízes fundas no poder instalado, talvez aí fizesse sentido dar a cara neste caso.
Mas não é assim que Portugal funciona pois não? Miguel, a Maria Engrácia é apenas uma dos milhares de vítimas (humanas) da tauromaquia. Ela conseguiu libertar-se minimamente da influência da corja aficionada, mas muitas há que ainda vivem em medo, subjugadas por um bando de cobardes que acha que atormentar mulheres, crianças e animais indefesos prova algo da sua masculinidade.
Sendo a Maria alguém que presumo se encontrar a viver perto de aficionados, se ela decidisse revelar o nome dos seus agressores, quem acha que lhe chegava primeiro?
Todos nós sabemos como o aficionado funciona: agem em grupo (pois só assim é que se atrevem) e detêm uma solução universal para todos os seus problemas: a violência.
Insinuar que este testemunho é fruto da imaginação de quem quer que seja prova mais uma vez a fraca inteligência e falta de argumentos aficionada. Dá me ideia que nem se dão ao trabalho de pensar sequer!
A minha esperança é que este testemunho sirva como ponto de viragem para que mais e mais mulheres ganhem coragem e saiam da sombra para mostrar ao mundo quão cobarde e desumana a tauromaquia é.»
***
Nem mais, Ricardo. Não é preciso acrescentar mais nada.
Estes aficionados/ganadeiros/tauricidas/torcionários/forcados/necrófilos etc., pensam com o cérebro da cabeça do dedo mindinho do pé, e é nisto que dá.
Isabel A. Ferreira
(Este texto, assinado pela "engrácia" foi publicado no âmbito de uma ESTRATÉGIA para desmascarar a prótoiro que, utilizando o nome da Ganadaria Palha, entregou-me pistas preciosas para chegar ao mundo IMUNDO da tauromaquia)
***
Um testemunho real, contado na primeira pessoa, por uma heróica mulher, que casou (contra a vontade) com um ganadeiro, e agora criou coragem para “gritar” o que teve de calar durante 27 anos.
«Bom dia Isabel.
Tentei ontem enviar-lhe uma mensagem para falarmos um bocadinho mas não sei o que se passou com a Internet aqui e fiquei sem acesso. Estava sempre a cair e eu não conseguia ver nada.
Mas vi que alguns dos aficionados foram atacar a Graziela por ela ter partilhado o seu texto lá num fórum de debate. Sei muito bem que eles não querem estas coisas ignóbeis reveladas e tentarão descredibilizar os nossos testemunhos. Mas não vão conseguir.
Quando engravidei ainda não tinha 17 anos. Casei porque uma menina naquela altura grávida e ainda por cima menor era uma vergonha para as famílias. O que sabia eu da vida Isabel? Nada. Era apenas uma menina que queria apenas estudar e brincar e viver a minha vida.
Isso foi-me roubado com a agravante de ter sabido anos mais tarde que o meu pai recebeu em gado (vacas) por parte do ganadeiro o suficiente para se calar e não fazer queixas.
Se há um Deus Isabel, e eu espero bem que sim, espero também que um dia os perdoe e me perdoe a mim por ter sido conivente com esta barbaridade toda a que assisti durante 27 anos. Senti-me durante anos como uma moeda de troca que não valeu mais do que algumas cabeças de gado.
É curioso que depois de tanto sofrimento tenha encontrado no Facebook o apoio de pessoas como a Isabel e que me compreendem e apoiam não me apontando o dedo.
Uma das coisas que eu sempre assisti e sei que é verdade era como se processava a engorda dos toiros. Eles chamam-lhe o remate. Rematar um toiro não é mais do que pôr-lhe a carne e peso suficiente para que possa ir para a praça. Eles têm pesos mínimos para as diferentes praças, consoante sejam de 1ª, 2ª ou 3ª categoria.
O que lhe vou contar é gravíssimo pois viola mesmo normas sanitárias, da Direcção-Geral de Veterinária e até normas da Comunidade Europeia. Viola tudo o que está definido nas normas de bem-estar animal.
Para não gastarem muito dinheiro normalmente os toiros vão para o remate apenas 5 ou 6 meses antes de serem vendidos para as touradas. É sabido que os animais comem a ração que lhe dão e por vezes vemos os mesmos animais a comerem ração que não lhes é destinada. Neste caso usa-se a ração dos suínos, pois tem hormonas e antibióticos que são legais na comunidade europeia mas apenas para os suínos.
Dizem eles que essa ração dos suínos e esses componentes aceleram o crescimento dos bovinos e por isso utilizam-na sem restrições.
O problema é que esta ração de suínos dá aos bovinos diarreias e cólicas horríveis que os mesmos têm de suportar. A Isabel já se perguntou porque quase todos os toiros quando saem a praça estão sempre sujos e com diarreias?
Está aqui a razão. Partilho isto consigo pois entre tantos que lêem o seu blogue poderá haver alguém que consiga uma fiscalização a uma ganadaria. Seria interessante saber porque eles compram tanta ração de suínos, quando muitos, não têm sequer os mesmos.
Isto é crime Isabel.
Quanto ao ataque que eles estão a fazer contra a Graziela e o seu texto não se preocupe. Terei muito gosto em entregar-lhe algumas fotos que tenho e que provam isto tudo. Apenas terei de as ir buscar ao Alentejo.» (Maria Engrácia Facas)
***
Obrigada, Maria Engrácia. A História faz-se com gente corajosa. E o mundo evolui quando uma mulher heróica decide que JÁ BASTA!
Isabel A. Ferreira
A imagem é linda. Touros livres no campo...
Encontrei-a na página do FB da prótoiro. Mostram os animais assim, como se fosse assim a vida deles. Como se eles nascessem, crescessem e morressem livremente, como é de seu direito, num ciclo de vida normal, vivido num campo florido, longe das torturas atrozes que os esperam, lá mais adiante…
Dizem os tauricidas que em Portugal, existem cerca de 70 mil hectares de montado afectos à criação de “toiros bravos”, isto é, Touros “fabricados” desde a nascença para serem “bravos”, pois sendo os Touros da família dos bovinos, nunca seriam “bravos” se não os “fabricassem”, atormentando-os para esse efeito.
E dizem também os tauricidas que existem 110 ganadarias, ou seja, lugares onde "fabricam" estes belos animais, para mais tarde serem sacrificados em nome da ganância, do "espectáculo", do sadismo, da psicopatia, da ignorância e da estupidez.
E dizem mais: juntamente com 30 mil cabeças de “gado bravo” coabitam no montado outras espécies animais (e agora vem o mais caricato) contribuindo a criação do Touro para a PRESERVAÇÃO DESTE TIPO DE ECOSSISTEMA, único do sul da Península Ibérica.
Santa ignorância! Querem fazer crer que o “gado bravo” que é um animal que não existe na Natureza, se não fosse “fabricado” com o único fim de ser TORTURADO, o tal ecossistema não existiria. Isto é mesmo de quem não sabe o que está a dizer. É da mais crassa estupidez!
Então para terminar esta caricatura, eles sugerem: «Conheça a importância ECOLÓGICA da Festa e defenda-a! PARTILHEM!»
Que importância ecológica? A da terra estrumada? Sem produtos químicos?
De que festa? Da festa das Flores do Campo?
Sim, vamos defender a festa das Flores do Campo, e partilhar a ideia dos Touros livres dos seus carrascos, nesses montados floridos.
***
Depois, no seguimento da anedota da importância do “toiro bravo” para o ecossistema e para a ecologia, alguém muito dotado de uma inteligência, virada do avesso, deixou este comentário absolutamente IDIOTA:
«Coisa que os "defensores" dos animais não percebem por desonestidade intelectual. Para eles as vacas deveriam era estar fechados em estábulos para lhes ser extraído o leite para beberem e as galinhas em "aviários" para porem os ovos para eles comerem e simultaneamente comerem rações de engorda rápida. E isto que é ser ovolactovegetariano.»
Pois o que os torturadores de animais não sabem (ou não lhes convém saber) é que os DEFENSORES dos animais querem ver as vacas livres nos campos. Querem ver os bois livres nos campos. Querem ver os bezerros livres nos campos. Não querem que se FABRIQUEM “toiros bravos” para serem torturados nas arenas.
Os DEFENSORES dos animais querem ver as galinhas soltas nos campos, a picarem o chão. Querem ver os pintainhos a correrem atrás delas em filinha indiana, ou aninhados debaixo das asas das progenitoras.
Os DEFENSORES dos animais querem ver a NATUREZA tal como ela deve ser. E não como o que o animal homem-predador quer fazer dela: cruel e cruenta.
Isabel A. Ferreira
Ainda bem que os estudantes estrangeiros, que vêm para Portugal estudar a nossa Cultura, nas Universidades, não têm que levar com esta: «A APTL é uma associação que valoriza as Tradições Portuguesas, as suas gentes, os seus Usos e Costumes, em suma, defende, e defenderá, as mais prestigiadas e nobres Tradições Portuguesas, as nossas Ganadarias e Coudelarias», frase de cabeçalho, na página desta Associação, no Facebook.
Dito assim, esta associação é um colossal INSULTO à verdadeira Cultura Portuguesa.
Seria a vergonha das vergonhas, para os estudantes estrangeiros, dizer-lhes uma coisa destas. E eles não entenderiam porquê.
Pensem um bocadinho, meus senhores. Realmente acham que tudo o que está ligado à tortura de Touros e Cavalos é nobre? A crueldade? A violência? O sangue? Tudo isto valorizará as tradições portuguesas? As suas gentes? Os seus usos e costumes?
É esta a ideia que têm de nobreza, de dignidade, de humanidade?
Sabem, tudo o que dizem é fruto de uma desmedida FALTA DE CULTURA e DEFORMAÇÃO MENTAL.
Por que não aceitam cultivar-se e viver no século XXI depois de Cristo?
O mundo evoluiu e vocês nem deram conta disso!
Isabel A. Ferreira