Terça-feira, 27 de Setembro de 2016

TOUROS OU ÁRVORES? – UMA MENSAGEM ANTI-TOURADA COM MAIS DE UM SÉCULO

 

(Vale a pena ler, porque é extraordinária)

 

TOURO OU ÁRVORE.png

STÁRICO.jpg

Ricardo Codorníu y Stárico, Engenheiro Florestal e defensor da causa florestal (Cartagena, 1846 – Múrcia, 1923)

 

«Para os tauricidas que dizem que os anti-tourada não têm história

 

Touros ou árvores?

 

A pergunta pode parecer absurda, mas foi feita há pouco mais de cem anos por Ricardo Codorníu y Stárico, conhecido como o “Apóstolo da Árvore”.

 

Acabo de encontrar o extracto de uma conferência sua, realizada em Múrcia em 1909 e confesso-vos o meu assombro ao lê-la.

 

Aqueles Homens, sim, é que eram valentes e modernos e clarividentes.

 

(…)

“Faz já muitos anos que se falava (e não era pouco) da conveniência que seria para a cultura do povo suprimir as corridas de touros, espectáculo repugnante, em alto grau, para todo o espírito nobre, que traz com ele muitos elementos incultos e até mesmo perversão moral, por isso, é em si mesmo, e por que lhe deu a existência e sustenta, o flamenquismo (afición do flamenco) degradante.”

 

E pelo que substituiríeis as corridas de touros? Perguntou, admirado, o jornalista Mariano de Cavia.

 

“Com o "Festival da Árvore", respondeu-lhe o Engenheiro Florestal, para um jornal de Múrcia. Efectivamente, a substituição da “festa” sangrenta pela festa da árvore, representaria um assinalável triunfo da civilização.

 

Ricardo Codorníu indicou-nos o caminho certo.

 

Acabemos com as corridas de touros.

 

A nova festa nacional deve ser a plantação de Árvores (e em Portugal seria bem-vindo um tal festival, devido à perda enorme de milhares de árvores nos incêndios do Verão passado), o respeito pelo meio ambiente, e não o sangrento massacre de inocentes animais.

 

Esta mensagem chega-nos mais de um século depois, mas continua actual (o que significa pouca ou nenhuma evolução a este respeito).

 

Eu estou absolutamente de acordo com esta mudança.

 

E tu, que “festa” preferes: a das Árvores ou a dos Touros?»

 

Fonte:

https://scontent-cdg.xx.fbcdn.net/v/t1.0-9/229467_416064308458276_403927985_n.jpg?oh=1fb4b1cf541c1ca76e0456451193407e&oe=587B8878

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 14:51

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Quarta-feira, 29 de Agosto de 2012

TOURADAS DE MORTE

 

 

Esta é a expressão da morte, depois de um sofrimento atroz... É a “arte” e a “cultura” gloriosas que as “mentes brilhantes” portuguesas defendem...

 

Um texto do Médico Veterinário português DR. VASCO REIS

 

«Eu tento combater a tauromaquia em todas as frentes e acho que isso vale a pena.

Sem tomar posição, porque para mim tudo isto é cruel e abjecto, lembro que, quanto ao ponto restrito "morte do touro", seja na tourada de morte ou após a tourada, num matadouro:

 

No matadouro o animal deve ser atordoado/paralisado por um disparo que destrói o lobo frontal do cérebro, antes de ser sangrado por golpe na veia jugular, ev.te artéria carótida, o que lhe provoca a morte pela perda de sangue.

 

Na arena, sem qualquer atordoamento, com o golpe (ou golpes) da espada pelo tórax dentro, o animal é rasgado, perfurado, posto a sangrar e mais ou menos asfixiado no próprio sangue, por vezes em repetidas tentativas até se acertar.

 

Outra diferença é que, na tourada de morte, embora com um fim de tremendo sofrimento, este acaba ali com a morte.

 

Na outra, à portuguesa, antes de ser libertado do sofrimento pela morte, o touro vai ter que sofrer bastante tempo na sequência dos ferimentos infligidos na lide e nas acções de confinamento e condução ao sítio do abate.

 

Obviamente, a "festa dos touros" só pode ser considerada uma festa para os tauromáquicos e para quem negoceie com isso.

 

Para os touros e cavalos não é um festejo, certamente, nem para pessoas conscientes e compassivas.»

publicado por Isabel A. Ferreira às 12:12

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