Touradas.
(História de crueldade em que todos os argumentos para tentar justificar a continuação deste espectáculo bárbaro, baseado numa falsa tradição, nunca serão convincentes).
Desde a pré-história até aos dias de hoje, homem e touro partilham um espaço onde deveriam coabitar de uma forma saudável e respeitosa.
O touro foi símbolo mitológico na Grécia antiga, e actor principal, em espectáculos repletos de tortura e sofrimento, os quais perduram ainda nos dias de hoje nuns quantos países do mundo, onde a dita evolução social e mental mais parece pertencer aqueles tempos retrógrados.
A península ibérica durante a Idade Média, foi palco de batalhas que careciam de milhares de homens. Exigia-se portanto, treino intensivo a homens e cavalos, cujas funções careciam de destreza, técnica e coragem.
Essa filosofia foi aproveitada naquela época pelos toureiros, baseando-se na luta entre o homem e o touro, e sempre com o objectivo principal, o de matar o touro sem que o toureiro ficasse ferido nessa cruel lide.
O touro encarnava na perfeição um suposto inimigo, que de forma enérgica e espontânea, dava luta a toureiros e peões que auxiliavam a lide do cavaleiro. Entretanto, o que começou como um mero exercício defensivo e preparativo para batalhas corpo a corpo, foi-se encarnando no que se entende por "sortes" (cada um dos actos que o toureiro executa na lide de um touro com o intuito de o matar).
Imposta esta arte de matar na ordem, cada uma das sortes foi transformada, de simples e rudimentar até à progressiva perfeição das formas com que esta crueldade era levada a cabo. A lide deixou de se basear na preparação do touro para a morte e foi dando passos para que a crueldade fosse feita com outra classe, á medida que se ia aplicando mais estética em cada um dos seus actos, até convertê-los em criações pré-concebidas, sem nunca renunciar á sua mais primitiva e última razão: o domínio e a morte do touro a pé ou a cavalo.
Defender as touradas como tradição cultural e matar um animal aos poucos como prova de valentia ou diversão requer uma boa dose de cinismo.
No entanto, acreditar que a sociedade actual precisa desse tipo de entretenimento é sinal de atraso, digno de quem ainda vive na Idade Média.
Fonte:
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E repare-se: os países que iniciaram este ritual taurino, hoje, nenhum deles o mantém.
Apenas povos atrasados, como os portugueses, espanhóis, franceses, venezuelanos, mexicanos, peruanos e colombianos e estão ainda agarrados a algo que foi ultrapassado pela evolução.