Pela enésima vez:
Precisamente pelo facto de eu ser anti-tortura de seres vivos indefesos para divertir broncos, ser cidadã portuguesa com direitos, mas também com o dever cívico de denunciar o que conspurca o bom nome do meu País, e por ser livre-pensadora, assiste-me o direito de me indignar (consignado na Constituição da República Portuguesa) pela incultura e incivilidade que grassa em Ponte de Lima, que poderia ser uma Vila, mas não é.
Não passa de uma vilória, cujo povo se diverte com práticas grosseiras e repugnantes.
Certo? Ou vão dizer-me que é mentira?
Um dos grandes defeitos de certas pessoas que aqui vêm comentar é desconhecerem a Língua Portuguesa e os Valores Humanos.
Quem se sente insultado com o meu legítimo direito à indignação, e confunde insultos com as palavras adequadas que utilizo para designar práticas brutas, e os que praticam, aplaudem, promovem e consentem (sem reagir) a execrável selvajaria tauromáquica que se realiza em Ponte de Lima, o que não direi eu que, tendo o direito inviolável à minha integridade moral, consignada na Constituição, e a um ambiente de vida humano, sadio e ecologicamente equilibrado, e o dever de o defender, também consignados na Constituição, sou agredida diariamente com estas práticas brutais, que ferem a minha sensibilidade e violentam o meu bem-estar.
E para que se saiba, o Estado Português tem o dever (está na Constituição) de promover a melhoria da qualidade de vida de todos os Portugueses, mas prevarica ao abrigo de uma lei que legitima a tortura e a violência, que ferem susceptibilidades.
Eu sou Portuguesa, e não tenho qualidade de vida, porque sou agredida diariamente com a brutalidade legitimada numa lei parva, que os governantes portugueses teimam em manter, motivados por interesses duvidosos.
Ora, em Ponte de Lima existem broncos que, caso não se saiba, significa incivilizados, toscos, rudes, grosseiros, obtusos, enfim, tudo o que são os que praticam, aplaudem, promovem e consentem (sem reagir) a selvajaria tauromáquica.
Se algum limiano se inclui no rol dos broncos (há quem lhes chamem parolos, o que vem dar ao mesmo) que existem em Ponte de Lima aos magotes, o problema não é meu.
Infelizmente não vivemos numa Democracia. Se vivêssemos numa Democracia, estes costumes bárbaros espanhóis estariam extintos há muito. Foi para abolir todas as práticas fascistas que se fez o 25 de Abril. Mas o que mudou?
Continuamos numa ditadura, disfarçada da mais repulsiva democracia.
Finalmente, como a selvajaria tauromáquica não é uma questão de opinião, mas uma questão de Ética e Civilidade, recuso-me a respeitar quem cobardemente não respeita um ser vivo indefeso.
Quem concorda ou respeita a “opinião” dos extremistas islâmicos, que também se divertem a torturar seres vivos amarrados e indefesos, e depois decapitam-nos barbaramente?
O princípio é o mesmo.
Quem confunde insulto com indignação deve muitos Euros ao Saber.
É da verdade que a selvajaria tauromáquica é uma morta-viva, em vias de extinção, porque o tempo dos ignorantes está a esgotar-se.
E a prova disso foram os fiascos que, este ano, foram mais do que muitos.
E só mais uma achega: se os limianos que se sentem ofendidos com a verdade querem fazer alguma coisa por Ponte de Lima, comecem por rejeitar o que Ponte de Lima tem de pior: os seus broncos e as práticas imbecis.
Quando eles deixarem de existir… Ponte de Lima será então uma Vila e não mais uma vilória obsoleta, que, para quem não sabe, significa antiquada, ultrapassada, fóssil, retrógrada, tal como as selvajarias que ali são praticadas.
Fiquei perplexa. Como é possível?
Que retrocesso é este? Para onde caminha Portugal?
Os governantes estão a dar PASSOS para trás em direcção a um abismo profundíssimo.
Legitimar a violência, a tortura e a morte por diversão não será inconstitucional?
É bem verdade que existem leis, mas também existem contra-leis para beneficiar o lobby tauromáquico e o seu aliado lobby gay (ATENÇÃO! isto nada tem a ver com preconceito). Tem a ver simplesmente com uma aversão aos lobbies que lançam o seu lixo na sociedade. Neste caso são estes dois os mais dominantes.
Portugal está a regredir a PASSOS largos.
Mas para um povo ignorante, governantes ignorantes.
Assim é em Monsaraz, vila MEDIEVAL. Pois se nunca saiu dessa época! A vilória parou num tempo primitivo.
É a cultura da morte a dar lugar aos apelos da Vida, em pleno século XXI DEPOIS de Cristo, quando se esperava uma evolução.
Que semelhança existe entre os bárbaros do Médio Oriente e os bárbaros portugueses? O CULTO DA MORTE SANGRENTA, não interessa sobre que animal é praticado. É MORTE. É bárbaro. É cruel. É a IGNORÂNCIA NO SEU ESTADO MAIS PURO.
Uns, matam em nome de Alá, em Monsaraz mata-se em nome de Nosso Senhor Jesus dos Passos.
ÁMEN.
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Esta é triste realidade portuguesa.
Li algures um destes dias que o bullying em Portugal está acima da média internacional.
Não admira. Pois tem de estar.
Em Portugal existem LEIS (pasmemo-nos!) e AUTORIDADES que promovem a violência, a crueldade, a morte, a imbecilidade, a estupidez e práticas macabras…
O obscurantismo está instalado no meu País, que já conheceu tempos mais iluminados.
É este exemplo que dão às crianças, aos adolescentes, aos jovens que crescem nesta podridão imoral, os quais acham (pois nem sequer lhes dão o direito de pensar) que a VIOLÊNCIA é uma coisa legítima, social, moderna... Até porque a LEI também permite que crianças ASSISTAM a toda esta violência gratuita sobre animais INDEFESOS.
Torturar e matar é bué fixe!
Os extremistas islâmicos também pensam exactamente assim...
O presidente do município de Monsaraz, um pobre coitado, não tem culpa que autoridades acima dele sejam mais culpadas do que ele, deste medievalismo inculto e bárbaro, que EMBRUTECE a população.
IGAC? Tribunais? Estado Português? Mas o que é tudo isto?
Em Monsaraz não era autorizado matar os touros torturados em público, mas eles eram assassinados debaixo de um toldo e das barbas das autoridades que sempre se fizeram de CEGUINHAS a esta ilegalidade.
José Calixto, presidente do município de Monsaraz (que ficará no Livro Negro da Tauromaquia, juntamente com o Inspector-geral da IGAC, Luís de Melo e Brito da Silveira Botelho, como os maus da fita), “justifica” esta brutalidade com “decisões” de um tribunal… Pois… um tribunal!
Diz ele, referindo-se ao que se passou em anos anteriores, que era “um pouco abusivo” designar como ilegal o assassinato do touro em Monsaraz (vilória que faz da MORTE uma festa) argumentando que "os tribunais já tinham proferido sentença sobre o caso”, mais precisamente, os tribunais já tinham autorizado o assassinato de seres vivos, diante de um povo que já de si sofre de uma pobreza moral, social e cultural acentuadíssima, mas pior do que isso, diante das crianças de Monsaraz, a quem é transmitida a banalidade da morte, da violência, da estupidez em estado puro.
E João Calixto tem ainda o desplante de dizer esta atrocidade: «É o reconhecimento por parte da IGAC que a razão assiste ao povo de Monsaraz, destacando que esta decisão vai "afastar os adjectivos de ilegalidade da morte do touro em Monsaraz».
Bonito! Reconhecimento! Razão… E é esta cultura da morte, é esta cultura inculta que o Estado Português, representado nesta IGAC promove.
E designam ao acto de assassinar seres vivos indefesos para divertimento como “tradição” que se realiza desde 1877.
Como se MATAR e TRADIÇÃO coubessem no mesmo saco!
É que além de destrutivo, em tudo isto há uma dose desmedida de PURA IGNORÂNCIA.
Os promotores desta carnificina querem um regime de excepção para Monsaraz como existe para os broncos de Barrancos.
MATAR, MATAR, MATAR… é a palavra de ordem…
Será que no meu País não existe uma AUTORIDADE, uma só que seja, com um CÉREBRO A FUNCIONAR A 100%?
Recuso-me a acreditar numa coisa destas!
Se para a morte há excepções, exigimos uma excepção para a vida, em Viana do Castelo!
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Comentário no seguinte link:
http://www.sol.pt/noticia/114932
«Simplesmente surreal...
Sou obrigado a dar a razão aos opositores dos touros de morte nas largadas ou vacadas ou chamem-lhe lá o que quiserem.
O que aconteceu nesta vacada em Monsaraz em que o pobre animal, um touro debilitado dos quartos traseiros, que mais parecia um javali quando sai do lameiro entrou no recinto sedento de morte e de sangue por um grupo de indivíduos sem escrúpulos e fartos de cerveja que se intitula GFAM (Grupo de Forcados Amadores de Monsaraz) foi arrepiante.
Estes indivíduos que pertencem a um grupo que faz parte da Cultura Tradicional Portuguesa que deviam promover o espectáculo comportam-se como autênticos BÁRBAROS sedentos de sangue.
A Cultura de um Povo, neste caso a cultura do povo de Monsaraz que remonta à Época Medieval está mais viva e mais bárbara do que nunca, agora o animal além de ser amarrado é sufocado, pontapeado torturado só falta ser comido vivo por este grupo em delírio. É PÁ POUPEM-ME ISTO É VERGONHOSO.
Vão-se todos catar.
O Senhor dos Passos que perdoe estes bárbaros , porque eles não sabem o que fazem. Àmen. (Já Lá Não Vai)»
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Quem também não vai lá mais sou eu…
Isabel A. Ferreira