A falta que a Cultura Culta faz!
Estou para aqui a pensar que os Defensores dos Direitos dos Animais Não-Humanos são uma ilha rodeada de idiotas por todos os lados.
E o pior, é que esses IDIOTAS podem e mandam (não com o meu aval, evidentemente) e fazem o que bem entendem.
E como já me disse um agente da Polícia Judiciária (reformado) meu amigo: eles (os que podem e mandam) não têm capacidade para resolver o problema dos animais humanos, como haverão de a ter para resolver o problema dos animais não-humanos?
Estes não votam, não gritam, não atacam (porque estão confinados a cercas de arame farpado ou a currais); não saem às ruas; não invadem as escadarias da Assembleia da República; são considerados "coisas" sem qualquer importância, por isso, esmagam-nos a eles e a nós, que temos tanta consciência e alma como esses infelizes seres não-humanos, que de idiotas nada têm, até porque a idiotice é uma particularidade exclusivamente humana.
Mas o facto de NÃO SER IDIOTA não traz vantagem, num mundo onde SER IDIOTA faz parte da normalidade decretada pela “lei” do animal humano irracional, estabelecido no poder.
«O destino dos animais é muito mais importante para mim do que o medo de parecer ridículo» dizia Émile Zola, um aclamado escritor francês, «considerado o criador e representante mais expressivo da escola literária naturalista além de uma importante figura libertária da França. Foi presumivelmente assassinado por desconhecidos em 1902, quatro anos depois de ter publicado o famoso artigo J'accuse, em que acusa os responsáveis pelo processo fraudulento de que Alfred Dreyfus foi vítima».
O destino dos grandes Homens é traçado nas estrelas, e ficam a brilhar no mundo, eternamente.
O destino dos outros, dos medíocres, dos que podem e mandam mas nada fazem de útil em prol de uma humanidade mais justa para com todo os seres vivos, é forjado nos buracos negros, e evaporam-se no mundo, como fumo de uma fogueira demolidora que ditosamente se extingue.
E destes últimos, ficará apenas o epitáfio dos fracos: «Passaram pelo mundo como implacáveis exterminadores, não deixando pedra sobre pedra para glória futura».
Isabel A. Ferreira
Auto-retrato
Sou rosa silvestre
Nascida em Janeiro.
Sou folha caída
Em tarde invernosa.
Sou vento forte
Que sopra do Norte.
Sou tarde chuvosa,
Sou triste,
Sou só.
Sou vida
De Outono
Que vem e que vai.
Sou Sol que
Não nasce,
Sou nuvem escura,
Sou chuva que cai.
Sou lágrima,
Sou dor,
Sou noite sem lua,
Sou charco da rua,
Sou luz que apagou.
Sou rosa silvestre,
Sou flor delicada,
Que entre a penedia
O tempo esmagou...
Isabel A. Ferreira
***
Esperança…
A Noite veio
e trouxe o silêncio…
As Estrelas vieram
e cintilaram no céu…
A Lua veio
e iluminou os caminhos…
O Vento veio
e soprou de mansinho…
A Chuva veio
e humedeceu as campinas…
As Aves vieram
e cantaram baixinho…
Vieram depois
os sonhos,
os medos,
os segredos…
Vieram até os anjos
de uma corte celeste…
Só tu não vieste…
Josefina Maller
Leonard Cohen partiu hoje…
Mas continuará vivo entre nós, no legado que nos deixou: a sua arte, a sua voz inconfundível, a sua música, os seus poemas, o exemplo de humanidade que sempre modelou a sua vida.
Recordar-te-ei na canção com a qual tanto te celebrei «Bird on the Wire», no tempo em que cantava para as estrelas e para os gatos, em cima de um telhado, em noites de Lua Cheia, na minha ânsia de liberdade e de alcançar o infinito nas asas dos pássaros…
Tal como tu, também tentei ser livre à minha maneira…
E fui, sou e serei sempre…tal como tu me ensinaste…
Foste um dos músicos que mais celebrei… cantando…
Até sempre… Leonard…
Isabel A. Ferreira
Like a bird on the wire,
Like a drunk in some old midnight choir
I have tried in my way to be free.
Like a worm on a hook,
Like a monk bending over the book
It was the shape, the shape of our love twisted me
If I, if I have been unkind,
I hope that you can just let it all go right on by
If I, if I have been untrue
It's just that I thought a lover had to be some kind of liar too
If I, if I have been unkind,
I hope that you can just let it all go right on by
If I, if I have been untrue
I hope that you know by now it was never to you
Like a little baby stillborn
Like a beast with his horn
I have torn everyone who reached out for me
But I swear, I swear by this song
I swear by all that I have done wrong
I will make it all up to thee
I saw a beggar he was leaning on his wooden crutch,
he said to me, "You must not ask for so much."
And a pretty woman leaning in her darkened door,
She cried to me, "Hey, why not ask a little bit more?"
Oh like a bird on the wire,
like a drunk in some old midnight choir
I have tried in my way to be free
A falta que a Cultura Culta faz!
Estou para aqui a pensar que os Defensores dos Direitos dos Animais Não-Humanos são uma ilha rodeada de idiotas por todos os lados.
E o pior, é que esses IDIOTAS podem e mandam (não com o meu aval, evidentemente) e fazem o que bem entendem.
E como já me disse um agente da Polícia Judiciária (reformado) meu amigo: eles (os que podem e mandam) não têm capacidade para resolver o problema dos animais humanos, como haverão de a ter para resolver o problema dos animais não-humanos?
Estes não votam, não gritam, não atacam (porque estão confinados a cercas de arame farpado ou a currais); não saem às ruas; não invadem as escadarias da Assembleia da República; são considerados "coisas" sem qualquer importância, por isso, esmagam-nos a eles e a nós, que temos tanta consciência e alma como esses infelizes seres não-humanos, que de idiotas nada têm, até porque a idiotice é uma particularidade exclusivamente humana.
Mas o facto de NÃO SER IDIOTA não traz vantagem, num mundo onde SER IDIOTA faz parte da normalidade decretada pela “lei” do animal humano irracional, estabelecido no poder.
«O destino dos animais é muito mais importante para mim do que o medo de parecer ridículo» dizia Émile Zola, um aclamado escritor francês, «considerado o criador e representante mais expressivo da escola literária naturalista além de uma importante figura libertária da França. Foi presumivelmente assassinado por desconhecidos em 1902, quatro anos depois de ter publicado o famoso artigo J'accuse, em que acusa os responsáveis pelo processo fraudulento de que Alfred Dreyfus foi vítima».
O destino dos grandes Homens é traçado nas estrelas, e ficam a brilhar no mundo, eternamente.
O destino dos outros, dos medíocres, dos que podem e mandam mas nada fazem de útil em prol de uma humanidade mais justa para com todo os seres vivos, é forjado nos buracos negros, e evaporam-se no mundo, como fumo de uma fogueira demolidora que ditosamente se extingue.
E destes últimos, ficará apenas o epitáfio dos fracos: «Passaram pelo mundo como implacáveis exterminadores, não deixando pedra sobre pedra para glória futura».
Isabel A. Ferreira
Faço minhas todas as palavras desta magnífica reflexão.
Obrigada, Maria, João, pela sua lucidez, a lucidez que faz falta em quem nos (des)governa
«2014, num céu negro, sem estrelas...»
Por Maria João Gaspar Oliveira
1 de Janeiro de 2014 às 23:40
No estertor da sua agonia, 2013, cada vez menos lúcido, deixou-nos, em "testamento", uma austeridade assassina (como se não existissem alternativas...), de tesoura bem afiada, e uma pá de coveiro, para os mais frágeis: doentes, velhos e crianças, que já estão a ser internadas em hospitais, devido a doenças provocadas pela fome. A insensibilidade, mãe da indiferença, nunca moveu montanhas, tudo considera válido e lícito, e tem a faca e o queijo na mão.
Quando o "subalterno" a olha nos olhos, já emite uma voz de trovão, para a terra tremer debaixo dos seus pés, e impedir o Grito de renascer das cinzas do medo. E há o Grito que a Arte solta, incomodando a prepotência e a corrupção, que o pretendem sempre abafar, até porque... as ditaduras nunca se deram bem com a liberdade de criação artística.
Entretanto, ao longo do ano findo, fizeram-se certas aprendizagens, uns com os outros, e também à custa de algumas dores e decepções. E foram belos os momentos em que muitos cicatrizaram feridas de vítimas que não têm voz.
Contudo, a Besta já inseriu na sua Pata, o número 2014, e traz, ao pescoço, um saco cheio de "pecados", a exigir penitência nos salários, pensões, subsídios, serviços públicos, etc. Tem uma preferência especial por funcionários públicos, reformados, pensionistas. E a sua obra de destruição vai prosseguir, em múltiplos e infindáveis casos de corrupção, e através de um Orçamento bem abastecido de normas inconstitucionais, mas já promulgado pelo PR, certamente em nome da "normalidade" e da "estabilidade"...
Um Orçamento que acentua a desigualdade e, uma vez mais, poupa os ricos, que têm motivos de sobra, para celebrar 2014, com caviar e champanhe francês, uma "herança" que concentrou nos seus cofres (e já são 870 portugueses...), 74 mil milhões de euros, um valor muito próximo daquele que a troika, usurariamente, emprestou a Portugal, com a agravante de o número de ultra-milionários ter aumentado, assim como o montante do respectivo património.
Além disso, o Orçamento do Estado para 2014 que, para este (des)governo, "cumpre a Constituição na íntegra", vai agravar, ainda mais, o desemprego e a extrema pobreza, sendo, assim, um belíssimo postal de Boas-Festas, para os banqueiros, para os grandes grupos económicos, que rejubilam, cada vez mais, com o crescimento da riqueza em Portugal, visto que em 2013, chegou a ser superior ao da média europeia.
Ao ver 2013 a passar como um filme, pela minha mente, apercebi-me, mais do que nunca, da enorme distância que existe entre desejar e QUERER. 2014 poderá brilhar, um pouco, no escuro, se nós QUISERMOS verdadeiramente, alcançando, pelo menos, alguns dos objectivos que não foram atingidos em 2013.
Obrigada, de todo o coração, aos amigos que passaram, por aqui, ou não, durante o ano de 2013. Obrigada a quem deixou um "like", comentou, publicou os seus poemas, assinou petições, e se indignou, perante o AO90, a opressão, a fome, a mentira, a barbárie que tortura e mata seres indefesos que amamos muito, e que têm o direito de viver e de ser felizes.
Obrigada por se terem recusado a ser meros espectadores da injustiça.
Quero também agradecer e retribuir os votos de Boas-Festas dos amigos que acabo de encontrar, entre os amigos dos amigos que me notificaram.
E, a todos, agradeço um dos maiores bens que guiaram os nossos passos, em 2013: a capacidade de dizer NÃO.
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