Terça-feira, 9 de Junho de 2020

CMTV – canal televisivo propagador de mentiras e de incultura

 

«Tantas mentiras no programa "Crise na Arena", CMTV.

Fiquem com esta:  As touradas são o espectáculo[como se torturar Touros fosse um “espectáculo!] "que mais público arrasta" a seguir ao futebol

Isto será para rir?
 

De acordo com o Grupo  Marinhenses Anti-touradas «ontem, o programa CRISE NA ARENA voltou a estar em destaque, desta vez no Notícias CM (Ep. 159). É dito, durante o programa, que a indústria tauromáquica vai apostar na transmissão de um maior número de espectáculos tauromáquicos. A probabilidade de a CMTV começar a emitir touradas é grande. A transmissão televisiva de touradas beneficia a tauromaquia, nomeadamente pelo dinheiro que é pago à indústria tauromáquica.»

 

Bem, então temos a CMTV ao serviço da mentira e da incultura.

 

As touradas são uma prática (não um espectáculo) bárbara, cruel, violenta, grosseira, sanguinária, estúpida e assente na mais gigantesca ignorância, que uma minoria (conforme se vê na imagem) ainda sustenta, porque há quem já nasça com o cérebro mirrado, e não consegue, de modo algum, evoluir. O que vale são poucos.

 

E a CMTV acompanha essa incultura, essa involução, tornando-se um nefasto veículo da estupidez tauromáquica, que assenta na tal gigantesca ignorância. Um canal televisivo que presta um péssimo serviço a Portugal, aos Portugueses e à CULTURA CULTA.

 

CMTV.jpg

Fonte: https://www.facebook.com/antitouradas/photos/a.215152191851685/3274148095952064/?type=3&theater

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 11:40

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Terça-feira, 23 de Janeiro de 2018

Estatísticas oficiais animadoras - tauromaqyia em queda

 

Foi esta semana tornado público o "Relatório da Actividade Tauromáquica 2017", da IGAC - Inspecção-geral das Actividades Culturais (entidade tutelada pelo Secretário de Estado da Cultura). Os dados oficiais contidos no referido relatório permitem constatar o seguinte:

 

Desde 2009 que, ano após ano, o número de "espectáculos" tauromáquicos tem vindo a decrescer.

 

GRAFICO1.jpg

 

De acordo com um método de contagem de espectadores que incorpora uma enorme margem de erro*, e ainda que em 2016 o número de espectadores tenha sido menor que o de 2015, mas aparentemente também ligeiramente menor que o de 2017 (ver quadro IGAC), não há dúvidas de que a o número de espectadores vai decrescendo e tendendo para zero, conforme se pode perceber melhor pelo quadro seguinte:

 

GRAFICO2.jpg

Tal como mencionado nos gráficos acima, os mesmos foram elaborados por nós, mas os dados são os da IGAC. Segue-se uma cópia do quadro de onde foram retirados.

 

GRAFICO3.jpg

 As estatísticas são animadoras, pois demonstram que a tauromaquia vai perdendo público e que a indústria tauromáquica, a contar com cada vez menos touradas, menos entradas e, como tal, menos receitas, vai ficando enfraquecida. Este enfraquecimento, a par de toda a contestação de que as touradas vão sendo alvo, traduzir-se-á, muito em breve, na abolição da tauromaquia. 

 

_______ * Conforme referido no relatório da IGAC "(...) efectuou-se cálculo por estimativa do número de espectadores presente nos espectáculos. Este número é calculado com base nos números identificados pelos Delegados Técnicos Tauromáquicos em cada espectáculo." Ou seja, há um elemento subjectivo no cálculo do número de espectadores. Cada delegado técnico tauromáquico refere que há, por exemplo, 1/2 ou 1/3 ou 1/4 de lugares preenchidos, sendo que é com base nesta técnica (e no número de lugares que determinada praça de touros tem) que o número de espectadores é apurado, nunca sendo, como tal, rigoroso.  

 

Fonte:

http://mgranti-touradas.blogspot.pt/2018/01/estatisticas-oficiais-animadoras.html?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed:+MarinhensesAnti-touradas+(MARINHENSES+ANTI-TOURADAS)

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:57

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Sexta-feira, 4 de Agosto de 2017

PAN - FAZ QUEIXA AO PROVEDOR – RTP

 

Faço também minha esta queixa ao Provedor do Telespectador, se bem que fazer queixas ao Provedor do Telespectador é o mesmo que nos queixarmos a uma parede.

 

O que se passa na RTP é realmente IMORAL.

 

E a RTP2 que se diz “culta e adulta”, nem é culta, nem adulta. É naturalmente cúmplice de uma selvajaria que se pretende incutir a inocentes crianças.

 

E isto não é serviço público, isto é simplesmente criminoso, em qualquer país civilizado do mundo.

 

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Eis o comunicado do PAN:

 

«Hoje de manhã, no ZIG ZAG , programa destinado às nossas crianças, e enquanto decorria os desenhos animados, a RTP2 fez uma promoção à "grande corrida de touros RTP".

 

O PAN não acompanha a decisão de agendamento da RTP ao inserir um anúncio de uma actividade violenta que compromete a protecção moral das nossas crianças, tendo em conta o grau de degradação a que são sujeitas.

 

O nosso descontentamento foi seguido de uma queixa ao Provedor do Telespectador, explicando a imoralidade e tentativa de doutrinar os nossos menores.

 

Relembramos que o PAN fez uma proposta que visava o afastamento dos menores de idade dos espectáculos tauromáquicos, do qual foi chumbado pelo PCP/PSD/CDS/PS (64).

PAN - Pelas nossas crianças!»

 

Fonte:

https://www.facebook.com/PANpartido/photos/a.920439104683852.1073741876.890462117681551/1494037473990676/?type=3&theater

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:37

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Sexta-feira, 12 de Agosto de 2016

O município de Baião é uma das vergonhas do Norte

 

«É inacreditável como uma localidade do Distrito do Porto realiza quase uma vintena de espectáculos tauromáquicos todos os anos, entre touradas, garraiadas, touradas com anões, variedades taurinas e outras atrocidades que tais... Inadmissível !!!!!!» (R.S.)

 

Baião bem merece esta medalha de lata, e já agora também a Estrela de Ferro que “identifica” os municípios tauricidas.

 

Que vergonha, senhor Joaquim Paulo de Sousa Pereira

Quanto atraso civilizacional!

 

19832768_NLZlM - Certificado para Baião troglodit

Origem da imagem: https://www.facebook.com/messages/carlos.magalhaes.125

 

Concelho de Baião.png

 

É assim que são tratados os animais não-humanosem Baião

Denunciadas más condições em canil de Baião

em 13 de Julho de 2016

 

Canil de Baião.jpeg

Um canil no Cadaval- | arquivo Global Imagens

 

«Os cães estão em espaços muito pequenos e há animais com sarna e feridas abertas. Câmara promete novas instalações.

 

Uma defensora dos direitos dos animais denunciou hoje as alegadas más condições do canil de Baião, onde se encontram duas dezenas de animais e a Câmara promete que este ano começam as obras para um novo espaço.

 

Numa comunicação escrita enviada à Lusa, Rita Sousa referiu ter-se deslocado recentemente a Baião, onde fotografou os canídeos "para fomentar a sua adopção", tendo ficado "incomodada" com o cenário que encontrou.

 

Segundo revelou, os cães estão divididos por três 'boxes', em espaços muito pequenos, tendo observado inclusive animais com sarna e feridas abertas.

 

Numa das 'boxes', sublinhou, "os cães ficam expostos à chuva e ao frio, sem qualquer protecção". Alguns animais aparentam estar subnutridos, denuncia também, entre outras situações.

 

Sobre a actual denúncia, o vereador Henrique Gaspar Ribeiro, da Câmara de Baião, sublinhou que o espaço onde se encontram os animais não pode ser considerado um canil.

 

"São instalações que acolhem animais errantes, capturados no concelho e que permanecem ali até serem encaminhados para o Centro de Protecção Animal de Vila Real", assinalou, em declarações à Lusa.

 

Segundo o autarca, têm sido realizadas acções de adopção, em articulação com uma associação local e desde Janeiro, frisou, já foram adoptados 20 cães.

 

"Por isso, temos mantido os animais naquelas instalações, porque consideramos importante o trabalho que estamos a fazer ao nível da adopção", afirmou.

 

A associação local "Amor Animal", prosseguiu, está em conversações com a autarquia para criar um abrigo. O projecto já está feito e vai ser construído junto ao Centro Hípico de Baião.

 

A obra deverá iniciar-se ainda este ano, prometeu.

 

O vereador sublinhou, por outro lado, que os animais são visitados e acompanhados pelo veterinário do concelho vizinho, Marco de Canaveses.

 

Revelou também que a Câmara de Baião está a trabalhar num protocolo com o Centro de Protecção Animal de Vila Real, entidade que este tem uma empresa especializada a trabalhar na captura dos animais.

 

"O objectivo é que esta parceria possa fazer com que essa empresa se desloque a Baião e faça a captura, dado que não temos pessoal especializado", explicou.

 

Henrique Gaspar Ribeiro disse sentir-se "desiludido com esta exposição negativa do concelho", alegando que se tem trabalhado "para o bem dos animais". »

 

Fonte:

http://www.dn.pt/sociedade/interior/denunciadas-mas-condicoes-emcanilcamara-promete-novas-instalacoes-5282303.html

 

***

(AVISO: uma vez que a aplicação do AO90 é ilegal, não estando oficialmente em vigor em Portugal, e atenta contra a legítima Língua (Oficial) Portuguesa, este texto foi reproduzido para Língua Portuguesa, via corrector automático).

 

***

Desiludidos estamos nós.

Se baião trata os animais Cães como trata os animais Bovinos estamos conversados...

 

***

Rita Sousa acrescenta ainda mais:

 

Este canil, quando lá estive, há cerca de 2 meses tinha mais de 20 cães... Só me foi autorizada pela associação local, Amor Animal Baião, a divulgação de 6... E os restantes?

 

Morreram?

E as duas cadelas prenhas que lá estavam?

E a Castro Laboreiro esquelética?

E o macho agressivo pele e osso?

E as bebés cheias de sarna?

Alguém da zona pode visitar este canil?

Alguém pode saber mais sobre esta realidade miserável?

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 14:37

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Segunda-feira, 2 de Maio de 2016

PAN APRESENTA PROPOSTAS QUE PEDEM RESTRIÇÕES PARA A PRÁTICA DA SELVAJARIA TAUROMÁQUICA, AINDA PERMITIDA EM PORTUGAL

 

TORTURA NA RTP.jpg

 

Comunicado/Notícia PAN

 

Avançamos esta semana com três iniciativas legislativas que pretendem aumentar os esforços para alterar as tradições violentas e as práticas que prejudiquem o bem-estar das crianças e o desenvolvimento civilizacional e educacional da nossa sociedade.

 

1ª iniciativa - Proibição da utilização de menores de idade em “espectáculos” tauromáquicos

 

A primeira iniciativa proibição da utilização de menores de idade em espectáculos tauromáquicos. A Lei n.º 31/2015, de 23 de Abril, regula o exercício de actividades de artista tauromáquico e auxiliar por crianças menores de 16 e de 18 anos mediante autorização da Comissão Nacional de Protecção de Crianças e Jovens em Risco. Comissão essa que, a par de outras entidades, reconheceu que a actividade tauromáquica “pode colocar em perigo crianças e jovens” (in Circular n.º 4/2009). A Amnistia Internacional emitiu parecer no mesmo sentido.

 

Na perspectiva do desenvolvimento da criança, o Comité dos Direitos da Criança da ONU tem revelado preocupações quanto ao bem-estar físico e psicológico das crianças envolvidas nesta actividade, mais especificamente nas escolas de toureio tendo também mostrado o mesmo receio em relação às crianças que assistem ao correspondente espectáculo. Este parecer culmina com a recomendação ao Governo de proibição de participação de crianças em touradas, sugerindo a adopção das medidas legais e administrativas necessárias para proteger as crianças envolvidas neste tipo de actividades, tanto enquanto participantes como enquanto espectadoras. 

 

São várias as entidades nacionais e internacionais que têm vindo a reforçar que a participação na actividade tauromáquica ou mesmo assistência, por parte de crianças, consubstancia violência gratuita sobre as mesmas, tendo impactos negativos no seu desenvolvimento psicológico e moral. São já cinco os países com actividades tauromáquicas examinados pelo Comité dos Direitos da Criança e todos foram instigados para que assegurem a protecção da infância afastando as crianças e jovens da “violência da tauromaquia”. 

 

A tourada constitui um espectáculo violento e, como tal, deve estar sujeita às mesmas restrições etárias que outros espectáculos de natureza artística e outros divertimentos públicos considerados violentos. Para o partido, não é coerente a proibição de um menor de 18 anos de assistir a um filme, no cinema, que é de ficção, mas depois permitir que uma criança de 12 anos assista à tortura de um animal, que culminará na sua morte, através da televisão pública. 

 

2ª iniciativa - Proibição da transmissão de “espectáculos” tauromáquicos na estação televisiva pública (RTP)

 

A segunda iniciativa legislativa pede a proibição da transmissão de espectáculos tauromáquicos na estação televisiva pública. Uma vez que presta serviço público e sendo uma referência enquanto plataforma de comunicação, a RTP deve ter especial atenção aos programas e conteúdos que transmite, pois alcança um número muito elevado de telespectadores. Defendemos que o serviço público de TV deve evitar conteúdos violentos, sem qualquer valor intelectual ou que incite à discriminação ou outras formas de violência. Segundo a própria missão do canal de televisão pública um dos seus objectivos é ligar os portugueses ao mundo, entre si e às suas raízes. Acontece que, a grande maioria dos portugueses já não se revê na prática de actos violentos e atentatórios da integridade física e bem-estar dos animais, como é o caso dos espectáculos tauromáquicos. Mais, de um ponto de vista civilizacional e educacional, a transmissão deste tipo de conteúdos é um recuo no desenvolvimento da nossa sociedade. Sendo que uma grande parte dos espectadores são crianças e jovens.

 

O país pede uma evolução civilizacional e ética em relação a este assunto e as tradições reflectem o grau de evolução de uma sociedade. Portugal faz parte dos escassos oito países do Mundo que ainda lidam bovinos na arena. Mais de 90% dos portugueses não assiste a touradas, segundo dados oficiais da Inspecção Geral das Actividades Culturais, e as corridas de touros têm vindo a perder milhares de espectadores todos os anos. Jaime Fernandes, provedor do telespectador da RTP, não concebe a emissão de corridas no canal, defendendo que são uma “forma de violência sobre os animais”. Mais recentemente, o provedor do telespectador foi ouvido pela Comissão Parlamentar de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto sobre o seu relatório de actividades em 2015, onde deu a conhecer que a transmissão de touradas pelo principal canal de serviço público, a RTP1, foi o principal assunto que motivou queixas dos telespectadores ao provedor durante o ano de 2015. Das 14.935 mensagens que recebeu durante o ano de 2015 – mais do dobro das 7111 do ano anterior – 8280 foram sobre touradas, ou seja, 55% do total de queixas anual.

 

Para o provedor do telespectador estes dados vêm confirmar que a “transmissão de touradas não é serviço público” e não contribuem para a reversão da “sistemática e preocupante quebra de audiências na RTP”. 

 

3ª iniciativa - Proibição da utilização de dinheiros públicos para financiamento directo ou indirecto de actividades tauromáquicas

 

Por último, voltamos a abordar a proibição da utilização de dinheiros públicos para financiamento directo ou indirecto de actividades tauromáquicas tema já trazido ao parlamento durante a discussão do orçamento de estado. Estima-se que haja uma despesa pública de cerca de dezasseis milhões de euros com a tauromaquia em Portugal. Dinheiro esse que é proveniente dos impostos de todos os cidadãos e que podia e devia ser investido em áreas que efectivamente contribuam para o desenvolvimento da nossa sociedade como é o caso da educação, saúde ou verdadeira cultura. Acresce que, o Parlamento Europeu aprovou, por maioria absoluta, a emenda 1347 para que os fundos da Política Agrária Comum "não sejam usados para apoiar a reprodução ou a criação de touros destinados às actividades de tauromaquia”. Os eurodeputados consideraram que é inaceitável que a criação destes animais para serem usados em corridas de touros continue a receber subvenções comunitárias. 

 

Independentemente de se ser pro ou contra a tourada, devemos ser equidistantes o suficiente para saber que não deve ser o dinheiro público a suportar uma actividade que é controversa, que implica sofrimento de animais não humanos, que contraria a mais recente legislação europeia e, que de resto, a maioria dos portugueses não aceita e não apoia”, reforça André Silva.

 

É-nos permitido avançar com três agendamentos de iniciativas legislativas para debate em plenário, por sessão legislativa e a proibição de utilização de menores de idade em espectáculos tauromáquicos é a segundo tema que pretendemos ver debatido no parlamento (o primeiro foi a proposta de alteração da Lei dos maus tratos a animais).

 

28 de Abril de 2016

PAN - A causa de tod@s

 

(AVISO: uma vez que a aplicação do AO/90 é ilegal, não estando efectivamente em vigor em Portugal, este texto foi reproduzido para Língua Portuguesa, via corrector automático)

***

Sabemos que a principal proposta que todos os portugueses gostariam de ver em cima da mesa seria a da abolição da tauromaquia, porque, nos tempos que correm, já não se justifica tal prática (não gosto de chamar-lhe espectáculo, porque um espectáculo implica algo grandioso, e a tauromaquia só proporciona crueldade, e a crueldade nunca poderá ser considerada um espectáculo).

 

Sabemos também que tal proposta ainda não poderá ser apresentada à Assembleia da República, porque o lobby tauromáquico está ali bastante bem representado e protegido, e portanto, seria chumbo na certa.

 

Esperamos, no entanto, que a racionalidade e o bom senso imperem no momento de estas iniciativas do PAN serem discutidas, e que os partidos que se dizem de esquerda votem a favor destas medidas que cortam o cordão umbilical com a política de direita no que respeita a esta matéria, vigente desde o tempo da monarquia.

 

Se o tempo é novo, se o discurso é novo, se o governo é novo, então que se enterre para sempre o tempo velho, o discurso velho e o governo velho, dos quais a esmagadora maioria dos portugueses já estão mais do que fartos. Estão fartíssimos. (Isabel A. Ferreira)

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 10:24

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Domingo, 16 de Fevereiro de 2014

OS DIREITOS DAS CRIANÇAS NÃO FICARAM ACAUTELADOS NO QUE RESPEITA AOS ESPECTÁCULOS TAUROMÁQUICOS NO NOVO DESPACHO

 

E muito menos quanto à frequência de “escolas de tortura” que nem sequer foi considerada

 

É o habitual faz-que-faz, que não serve os superiores interesses das crianças

 

 

Isto que aqui está é o mesmo que nada.

 

Origem da ilustração: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=564203043675037&set=a.310865805675430.67435.305023079593036&type=1

 

 

Na Convenção sobre os Direitos da Criança, adoptada pela Assembleia Geral nas Nações Unidas, em 20 de Novembro de 1989 e ratificada por Portugal, em 21 de Setembro de 1990, lê-se:

 

PARTE I

 

Artigo 1

 

Nos termos da presente Convenção, criança é todo o ser humano menor de 18 anos, salvo se, nos termos da lei, que lhe for aplicável, atingir a maioridade mais cedo.

 

Em Portugal atinge-se a maioridade precisamente aos 18 anos. Mas há quem diga (psiquiatras, sociólogos, psicólogos e outros especialistas afins) que mesmo aos 21 anos os jovens ainda não estão completamente desenvolvidos e preparados para tomarem determinadas decisões e emitirem um parecer maduro sobre realidades que ultrapassam a lógica e o bom senso.

 

Ora esta deliberação governamental que diz que só as crianças maiores de 12 anos podem assistir a touradas vai completamente contra a Convenção dos Direitos das Crianças, uma vez que criança é todo o ser humano menor de 18 anos.

 

O que é mau para crianças menores de 12 anos, é igualmente mau para as maiores de 12 até aos 18, e se esmiuçarmos bem o que está em causa: a tortura de seres vivos para divertimento, diremos com fundamentação que é mau para qualquer idade, uma vez que tal “divertimento” embrutece qualquer adulto, o que não se coaduna com a evolução dos seres humanos.

 

O retrocesso não é característica do progresso.

 

***

 

Para quando o enceramento das “escolas de toureio”, ou mais precisamente dos “antros de tortura e violência” que preparam as crianças para serem os monstros do futuro?

 

Neste aspecto os governantes andam muito caladinhos.

 

Existem 12 antros de tortura, em Portugal, que é urgente encerrar com vista ao superior interesse das crianças, e não vejo os responsáveis por este departamento mexerem uma palha nesse sentido.

 

É bom que se recorde que o Estado Português tem a obrigação de proteger a criança contra todas as formas de violência, e de tomar medidas positivas para promover os seus direitos, um compromisso que o próprio Estado assumiu ao ratificar a Convenção dos Direitos das Criança, e que de modo algum está a cumprir.

 

Que medidas estão a ser tomadas actualmente para que as crianças até aos 18 anos sejam protegidas da violência e da malignidade das touradas, tanto passiva como activamente?

 

Também não vejo psicólogos, nem psiquiatras, nem sociólogos, nem pediatras a pronunciarem-se sobre esta matéria nas televisões portuguesas.

 

Por que será?

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:48

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Domingo, 19 de Janeiro de 2014

AS TOURADAS JÁ ESTÃO MORTAS. SÓ TEMOS DE AS ENTERRAR! (FUNERAL)

 

(Origem da foto) https://www.facebook.com/photo.php?fbid=231716000344510&set=gm.1380291515543220&type=1&theater

 

Vamos assinar.

 

Levar crianças a ver espectáculos de tortura e sofrimento animal é crime, tanto moral como promover o sofrimento de seres sencientes.

 

Proibição da Assistência e Trabalho de Menores em Espectáculos Tauromáquicos

 

«Exma. Senhora Presidente da Assembleia da República,

 

Excelência,

 

Venho pedir a atenção de V. Exa. para o seguinte:

 

Nos termos do artigo 1.º da Convenção sobre os Direitos da Criança, adoptada pela Assembleia Geral nas Nações Unidas em 20 de Novembro de 1989 e ratificada pelo Estado Português em 21 de Setembro de 1990, "criança é todo o ser humano menor de 18 anos, salvo se, nos termos da lei que lhe for aplicável, atingir a maioridade mais cedo";

 

Nos termos do n.º 1 do art.º 32.º Artigo 1 "Os Estados Partes reconhecem à criança o direito de ser protegida contra a exploração económica ou a sujeição a trabalhos perigosos ou capazes de comprometer a sua educação, prejudicar a sua saúde ou o seu desenvolvimento físico, mental, espiritual, moral ou social".

 

Tendo em conta os dois pontos acima, entendo que a realização de espectáculos tauromáquicos com menores de idade não respeita o direito das crianças que neles intervêm de serem protegidas, se não contra a exploração económica, pelo menos contra a "sujeição de trabalhos perigosos ou capazes de comprometer a sua educação, prejudicar a sua saúde ou o seu desenvolvimento físico, mental, espiritual, moral ou social", não só porque a criança em causa enfrenta animais com um porte e força superiores à sua, em cujo grau de perigosidade para a criança em causa é extremo -, mas também porque, segundo defendem diversos especialistas de psicologia clínica, psiquiatria e psicologia infantil, a exposição de crianças a touradas pode comprometer, justamente, o seu "desenvolvimento físico, mental, espiritual, moral ou social".

 

Importa, a este propósito, salientar que é consideravelmente consensual, entre psicólogos clínicos, psicólogos da educação, psicólogos infantis e pedopsiquiatras, que a exposição de crianças a touradas, não só ao vivo mas também quando são transmitidas na televisão, prejudica o seu desenvolvimento harmonioso, nomeadamente pela contradição que a exposição destas a espectáculos tauromáquicos encerra - uma vez que em tudo contrasta com as mensagens educacionais de que as crianças são especiais destinatárias, incluindo na sua formação escolar. Ora, tendo as crianças uma capacidade de pensamento crítico evidentemente ainda pouco desenvolvida, poderão percepcionar a violência exercida contra animais em touradas como sendo normal, banal, aceitável e até vista como uma acção heróica, tendo em conta o modo como essa mesma acção diverte e entusiasma os espectadores, o que, para indivíduos altamente impressionáveis como são as crianças, poderá levá-las a associar a inflicção de lesões e o sangramento de animais a algo de lúdico e heróico, tendo essa situação um perigoso potencial de perda de capacidade de empatia das crianças face ao sofrimento dos outros - de animais e de humanos.

 

Assim, um processo de aprendizagem no qual o exercício de violência contra animais - que, independentemente de estar inserido numa prática passível de ser reconhecida como cultural, envolve um agente que não tem ainda maturidade intelectual e moral para fazer uma análise crítica dos seus actos e daquilo que lhe é ensinado e permitido fazer - é ensinado a crianças, por acção ou omissão, como algo de aceitável, belo e até heróico.

 

E tal é, claramente, susceptível de comprometer o "desenvolvimento físico, mental, espiritual, moral ou social" das crianças que se encontram nesta situação.

 

Salienta-se também, ainda a propósito desta Convenção, que é ainda estabelecido, no n.º 2 do referido artigo deste diploma, que "Os Estados Partes tomam medidas legislativas, administrativas, sociais e educativas para assegurar a aplicação deste artigo. Para esse efeito, e tendo em conta as disposições relevantes de outros instrumentos jurídicos internacionais, os Estados Partes devem, nomeadamente: a) Fixar uma idade mínima ou idades mínimas para a admissão a um emprego; b) Adoptar regulamentos próprios relativos à duração e às condições de trabalho; e c) Prever penas ou outras sanções adequadas para assegurar uma efectiva aplicação deste artigo".

 

O Estado Português tomou, de facto, estas medidas legislativas, nomeadamente através das normas que estabeleceu em legislação laboral, tendo-o feito mais particularmente na parte da mesma legislação referente à participação de menores em espectáculos.

 

Apesar de a Associação ANIMAL, autora da petição que ora subscrevo, ser uma organização de protecção dos animais - pelo que, resulta evidente, se opõe a todo e qualquer espectáculo tauromáquico, seja ele de que natureza for -, a verdade é que a move, evidentemente, também elementares preocupações com os direitos humanos (sendo os direitos dos animais uma decorrência dos mesmos princípios morais que consubstanciam o edifício ético dos direitos humanos), nomeadamente com os direitos das crianças, que são seres particularmente indefesos, que precisam que a sociedade se ocupe especialmente da defesa dos seus interesses.

 

É, neste sentido, que considero ser a todos os títulos reprovável e preocupante a intenção de colocar menores a confrontarem-se com um animal ou a serem sujeitos a assistir a um espectáculo onde um animal é sangrado e torturado, independentemente de esta ser a cultura apreciada pelos seus pais e familiares.

 

A legislação que ora vigora permite que crianças a partir dos 6 anos assistam a espectáculos tauromáquicos, mas não permite que assistam, por exemplo, a exercícios de ficção (filmes) considerados violentos (envolvendo sangue e maus tratos).

 

Posto isto, venho humildemente pedir a V. Exa. se digne a proceder no sentido de o Parlamento Português legislar de forma firme e justa que impeça as crianças de serem sujeitas a exercícios de violência contra animais, seja sob a forma de visionamento ou de "trabalho", ajudando assim a impedir que estas desenvolvam uma dessensibilização aos maus tratos a animais e contribuindo para o progresso moral, civilizacional e educacional do país.

 

Confiando que a minha mensagem terá a atenção e análise devidas da parte de V. Exa., despeço-me,

 

Muito respeitosamente,

 

De V. Exa.»

 

PETIÇÃO:

http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT72071

 

***

TOURADAS NÃO OBRIGADO!

 

Proibição de Subsídios Públicos às Actividades Tauromáquicas:

 

«Exma. Senhora Presidente da Assembleia da República,

 

Excelência,

 

De acordo com o publicado em Diário da República em 21/03/2012 abaixo transcrito - e, apenas a título de exemplo -, só no ano de 2011 o IFAP atribuiu subsídios no valor de € 9.823.004,34 às empresas e membros de famílias ligadas à tauromaquia. De acordo com a mesma fonte, os valores entre os anos de 2006 e 2010 ascenderam a 31.243.390,52 € em subsídios do IFAP. Estes são apenas exemplos que trago a V. Exa. mas que se multiplicam a cada ano que passa, independentemente do cenário de forte crise económica que o país atravessa.

 

É, com profunda indignação que verifico que, anualmente, muitas Câmaras Municipais do meu país oferecem subsídios para eventos tauromáquicos, quando, infelizmente, muitos dos meus concidadãos estão numa situação de desemprego, precariedade e até mesmo fome, incluindo crianças e idosos que não têm apoios sequer para as necessidades básicas. Se uma parte dos meus impostos fosse utilizada para apoiar estas pessoas carenciadas seria muito bem aplicada, mas, o que não posso aceitar é que parte do meu dinheiro seja aplicada numa actividade que apenas satisfaz uma decadente minoria do povo português, e que consiste em seviciar animais. Essa é uma actividade cruel contra a qual me oponho veementemente e para a qual não quero contribuir de forma alguma.

 

Assim, e enquanto contribuinte deste país, venho pedir a V. Exa. se digne diligenciar no sentido de que o Parlamento legisle pelo fim dos subsídios e apoios públicos a qualquer actividade tauromáquica.

 

Na crença de que V. Exa. dará a merecida atenção ao meu pedido,

 

Despeço-me,

 

Muito respeitosamente,

 

De V. Exa.,»

 

PETIÇÃO:

http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT72070

***

As touradas já estão mortas.

Vamos assinar as petições para acabar com este flagelo.

 

Fonte:

https://www.facebook.com/events/1380291468876558/?previousaction=join&ref_newsfeed_story_type=regular&source=1

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 12:07

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Quarta-feira, 11 de Dezembro de 2013

Existe uma lei que proíbe crianças menores de seis anos de frequentar touradas

 

«Portugal é o melhor país do mundo a fazer leis, mas é o pior do mundo a fazê-las cumprir»  

 

Nenhuma autoridade faz cumprir esta lei, e os “produtores” de filhos (pais não serão), também não cumprem…

 E isto dá no que vemos:

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

http://novoblogantitouradaportugal.wordpress.com/category/afectacao-psicologica-das-criancas/

 

“Decreto-Lei n.º 116/83 de 24 de Fevereiro


Artigo único. O artigo 3.º e o n.º 1 do artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 396/82, de 21 de Setembro, passam a ter a seguinte redacção:

 

Art. 3.º A frequência de espectáculos ou divertimentos públicos por menores rege-se pelas seguintes normas:

 

a) Os menores de 3 anos não podem assistir a quaisquer espectáculos ou divertimentos públicos caracterizados pela legislação em vigor;

 

b) Sempre que se suscitem dúvidas sobre a idade de menores, avaliada pelos critérios comuns de aparência, deverão as empresas ou entidades promotoras dos espectáculos ou divertimentos públicos, as autoridades policiais e administrativas e os agentes encarregados da fiscalização negar a entrada desses menores, desde que não seja apresentado elemento comprovativo da idade invocada ou os menores não sejam acompanhados pelos pais ou outros educadores, devidamente identificados, que por eles se responsabilizem.

 

Art. 4.º – 1 – Salvo parecer em contrário da Comissão de Classificação de Espectáculos, produzido em harmonia com o previsto no n.º 2 deste artigo, serão classificados:

 

a) «Para maiores de 3 anos», os espectáculos desportivos e de circo, os concertos musicais e similares e os espectáculos de ópera e bailado:

 

b) «Para maiores de 6 anos», os espectáculos tauromáquicos.”

 

***

Isto é o que diz a lei. Mas não é o que vemos nestas fotos.

 

Depois ainda há outro aspecto em relação às touradas.

 

Existe um Regulamento Taurino em vigor:

 

http://toureio.no.sapo.pt/principais/regulamento.htm

 

Contudo, se tivermos o trabalho de o ler do princípio ao fim, verificaremos que QUASE NADA deste regulamento é cumprido, por exemplo, quando se fazem touradas à revelia das autoridades locais, em Viana do Castelo, em arenas montadas à foge-que-te aleijas. Ou mesmo nas arenas “oficiais, de pedra e cal.

 

Mas nenhuma autoridade tem autoridade para actuar e autuar.

 

***

Vamos agora a outro aspecto:

 

Artigo 12º do Regulamento Taurino

 

Bandas de música

 

Em todas as praças, os espectáculos são obrigatoriamente abrilhantados por uma banda de música, que deve tocar antes do seu início, durante as cortesias ou passeio das quadrilhas e no fim da lide de cada rês, quando se aplaudem os lidadores e, ainda, durante o decorrer da lide, sempre que o director de corrida o determinar.

 

Sabem para que serve a música (obrigatória) nas touradas, enquanto os carrascos estão a torturar os Touros?  

Serve para isto:

 
 

Por fim, vamos ver o que diz a lei em relação à protecção de menores:

 

Legislação de protecção às crianças

 

Lei n.o 147/99 de 1 de Setembro

 

Com as alterações impostas pela Lei n.º 31/2003 de 22 de Agosto

 

Artigo 3.o

 

Legitimidade da intervenção

 

2 — Considera-se que a criança ou o jovem está em perigo quando, designadamente, se encontra numa das seguintes situações:

 

d) É obrigada a actividades ou trabalhos excessivos ou inadequados à sua idade, dignidade e situação pessoal ou prejudiciais à sua formação ou desenvolvimento;

 

e) Está sujeita, de forma directa ou indirecta, a comportamentos que afectem gravemente a sua segurança ou o seu equilíbrio emocional;

 

Artigo 4.o

 

b) Privacidadea promoção dos direitos e protecção da criança e do jovem deve ser efectuada no respeito pela intimidade, direito à imagem e reserva da sua vida privada;

 

E o que vemos aqui?

 
 

Dia da Tauromaquia em Alter do Chão

 

Organizado pelo Clube Taurino do Agrupamento de Escolas do Concelho de Alter do Chão, realizou-se, a 31 de Março, o Dia da Tauromaquia, incluído na Semana da Cinegética da Escola Profissional de Desenvolvimento Rural.

 

Inúmeros aficionados marcaram presença no colóquio "Arte e Tradição", que contou com os oradores Mário Coelho (maestro), António Telles (cavaleiro), João Patinhas (forcado) e Marco Gomes (professor).

 

Já pela tarde, na praça de toiros local, assistiu-se a uma aula prática de tauromaquia da Escola de Toureio Joaquim Gonçalves, de Santarém, e à actuação do grupo de forcados da Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Alter do Chão, composto também por alguns alunos do Clube Taurino.

 

http://www.linhasdeelvas.net/pagina/edicao/4/2/noticia-arquivo/8434

 

***

Assistiu-se a uma aula prática de tauromaquia

 

Ora como a “tauromaquia é a arte de fazer miminhos aos touros”, podemos concluir o que aquelas crianças aprenderam nessa aula… 

 

***

Podemos perguntar para que servem as leis em Portugal?  

 

Isabel A. Ferreira

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:24

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Quarta-feira, 22 de Maio de 2013

«OS TOUROS E CAVALOS SOFREM ANTES, DURANTE E DEPOIS DOS ESPECTÁCULOS TAUROMÁQUICOS»

 

 

Um triste espectáculo de baixo nível cultural e artístico, onde Touros e Cavalos sofrem para gozo de um ESCASSO número de sádicos de baixo nível intelectual e moral. Valeu a pena? Vieram mais ricos espiritualmente? Encheram a alma com imagens de uma beleza extraordinária...?

 

A VERDADEIRA REALIDADE DA TAUROMAQUIA

 

Um excelente contributo para a causa da ABOLIÇÃO DA TOURADA NO MUNDO, baseado na Ciência Médico-Veterinária, na Etologia (disciplina da Zoologia que estuda o comportamento animal) e na experiência profissional e desportiva do autor deste texto, escrito por ocasião do II FÓRUM DA CULTURA TAURINA NOS AÇORES e que com a devida vénia aqui transcrevo, por considerá-lo crucial para o esclarecimento daqueles que ainda têm dúvidas quanto o que é esta “coisa” a que chamam de “tauro (touro) maquia (lucro, dinheiro)”, e que não passa literalmente de lucro à custa da tortura de Touros.

 

***

 

Por VASCO REIS

 

«Está anunciado o II Fórum da Cultura Taurina com especialistas de 9 países que se reúnem durante 3 dias na Ilha Terceira, a campeã da “afición” no Arquipélago.

 

Os efeitos do fórum serão evidentes, visto que a tauromaquia é uma modalidade que assenta em primeira linha na exploração violenta e cruel do touro, sempre, e do cavalo nos programas em que ele é utilizado como veículo do actor tauromáquico e obrigado a tornar-se “cúmplice” da lide, sofrendo ansiedade e esgotamento e arriscando ferimento e morte.

 

 O fórum está a ser considerado como um momento de reflexão, de prestígio para os Açores, de promoção da atractibilidade da Região e como reforço do turismo.

 

Considero que, quanto à influência sobre o turismo, as vertentes serão duas e opostas:

 

Poderá atrair aficionados, gente que sob a designação de arte, aprecia a violência e as fases impressionantes do massacre do touro e as arrancadas e as fintas do cavalo dominado pelo cavaleiro. Poderá também atrair gente tornada curiosa pela publicidade enganosa da organização.

 

Por outro lado, irá afastar turistas conscientes e compassivos, que vão preferir outros destinos, onde tal espectáculo de massacre não seja permitido.

Quanto à influência sobre o prestígio dos Açores, só pode ser muito negativa, porque publicita o facto de que a Região Autónoma, parte de Portugal (que também é atingido), pertence ao retrógrado grupo dos únicos 9 países do Planeta, onde touros e cavalos são massacrados legalmente.

Falta referir-me ao momento de reflexão, que bem necessário é e para o qual eu pretendo contribuir com muito empenho, argumentando resumidamente com o que a Ciência Médico-Veterinária, a Etologia e a minha experiência profissional e desportiva me ensinaram.

 

A ciência, fundamentada na investigação anatómica, fisiológica e neurológica dos animais usados na tauromaquia, confirma o que o senso comum revela: touros e cavalos sofrem antes, durante e depois dos espectáculos tauromáquicos.

 

O touro é o elemento sempre massacrado da tauromaquia, desde intensa e prolongada ansiedade a partir do momento em que é retirado do campo, seguindo-se repetidos e dolorosos ferimentos, esgotamento anímico e físico e quase sempre a morte em longa agonia.

 

O cavalo, dominado e violentado pelo cavaleiro tauromáquico é o elemento obrigado a arriscar tudo e a sofrer perante o touro, desde ansiedade, ferimento físico até a morte.

 

Animais são seres dotados de sistema nervoso mais ou menos desenvolvido, que lhes permitem sentir e tomar consciência do que se passa em seu redor e do que é perigoso e agressivo e doloroso. Este facto leva-os a utilizar mecanismos de defesa e de fuga para poderem sobreviver. Sem essas capacidades não poderiam subsistir.

 

Portanto, medo e dor são essenciais e condição de sobrevivência.

É testemunho da maior ignorância ou intenção de ludíbrio, o afirmar-se que algum animal em qualquer situação possa não sentir medo e dor, se for ameaçado ou ferido.

 

A ciência revela que anatomia, fisiologia e neurologia do touro, do cavalo e do homem são extremamente semelhantes. Os ADN são quase coincidentes.

As reacções destas espécies são análogas perante a ameaça, o susto e o ferimento.

O especismo é uma atitude que, arrogantemente, coloca o Homem numa posição de superioridade, que lhe permite dispor sobre os animais, como quiser.

A compaixão selectiva visa tratar bem certas espécies (em geral cães e gatos) e menos bem, outras, quase consideradas como objectos.

 

Os animais não humanos são considerados menos inteligentes do que os seres humanos. Podem estar mais ou menos próximos e mais ou menos familiarizados connosco, mas eles são tanto ou mais sensíveis do que nós ao medo, ao susto e à dor.

 

É, portanto, nosso dever ético não lhes causar sofrimento desnecessário.

"A compaixão universal é o fundamento da ética" - um pensamento superior do filósofo alemão Arthur Schopenhauer.

 

A tauromaquia está eivada de especismo sobre o touro e sobre o cavalo.

O homem faz espectáculo e demonstração da sua "superioridade" provocando, fintando, ferindo com panóplia de ferros que cortam, cravam, atravessam, couro, músculos, tendões, órgãos vitais, esgotam, por vezes acabam por matar o touro, em suma lhe provocam enorme e prolongado sofrimento para gáudio de uma assistência que se diverte com o sofrimento, a agonia e a morte de um animal.

 

Isto é comparável aos espectáculos de circo romano, há muito considerado espectáculo bárbaro, onde escravos e cristãos eram obrigados a lutar e a matarem-se uns aos outros ou eram atirados aos leões para serem devorados.

 

O cavalo é dominado com ferros castigando as gengivas bucais e a língua e esporas mais ou menos agressivas, até cortantes, no ventre.

 

Esta montada é posta em risco de mais ferimento e de morte, pelo cavaleiro tauromáquico, que o utiliza como veículo para combater e vencer o touro.

O sofrimento do cavalo soma-se aqui ao do touro.

 

Na tauromaquia, touro e cavalo são excluídos de qualquer compaixão, antes pelo contrário, estão completamente submetidos à violência e ao sofrimento.

E o espectáculo é ainda legal em Portugal e mais oito países, publicitado e mostrado na comunicação social, aclamado, fonte de negócio, de prosa e de poesia. Que tristeza.

 

Tauromaquia é a “arte” de dominar e massacrar touros e cavalos e organizar com isso espectáculos para recreação de aficionados ou de simples curiosos.

 

Mas nesta a”arte” não são somente touros e cavalos que sofrem.

 

São muitas as pessoas conscientes e compassivas, que por esta prática de violência e de crueldade se sentem extremamente preocupadas e indignadas e sofrem solidariamente e a consideram anti educativa, fonte de enorme vergonha e atentatória da reputação internacional de Portugal, obstáculo dissuasor do turismo de pessoas conscientes, que se negam a visitar um país onde tais práticas, que consideram "bárbaras", acontecem! Porque fazem sofrer os animais os chamados “artistas”? Dar-lhes-á isso algum gozo?

 

Será isso admirável, corajoso, heróico?

 

Com certeza que existem boas e inócuas alternativas para os aficionados, para os trabalhadores tauromáquicos, para os "artistas", para os campos e para os touros e cavalos.

 

Os campos podem ser utilizados de outro modo.

 

A raça pode ser mantida sem a cruel tauromaquia.

 

Os trabalhadores, campinos e ganadeiros podem continuar o seu trabalho.

Os forcados, cujo papel só surge depois do touro ter sido massacrado e esgotado previamente, podem dedicar-se a actividades ou desportos leais e entre iguais, onde valentia, luta corpo a corpo são fulcrais, como o boxe, a luta livre e outros e que exigem espírito de equipa, como o rugby por exemplo, considerado desporto de cavalheiros.

 

Aconselho, pela sua mensagem, alguns vídeos extremamente informativos, muito influentes no processo que teve lugar no Parlamento da Catalunha de que resultou a votação que levou à proibição de corridas de touros naquela região autónoma espanhola, facto que está tendo enorme repercussão mundial.

 

Fundamentado no acima exposto, anseio pela proibição das corridas de touros em Portugal e no mundo. Não quero nem posso admitir que qualquer região ou nação seja vergonhosamente conhecida no seu trato aos animais como sendo uma região ou nação bárbara, retrógrada e cruel.

Na certeza de que V. Exas. tomarão em consideração esta minha mensagem assino-me

 

Vasco Manuel Martins Reis, médico veterinário desde 1967,

 

Actualmente aposentado em Aljezur.

Permitam-me o seguinte curto extracto do meu currículo, o qual ilustra alguma da minha experiência prática que dita muitas das minhas opiniões:

Trabalhei 7 anos na Suíça, 10 anos na Alemanha, 3 anos nos Açores (na Praia da Vitória, Ilha Terceira, onde existe afición e onde tive de intervir obrigatoriamente no acompanhamento dos touros nas touradas na minha qualidade de médico veterinário municipal) e 21 anos em Portugal Continental.

 

Trabalhei sempre, entre outras espécies, com bovinos e cavalos.

Fui cavaleiro de concurso hípico completo e detentor de dois cavalos polivalentes.

 

Conheço bem os cavalos, a sua personalidade e as suas aptidões.

Fui entusiástico jogador de rugby durante três anos.

Vasco Reis»

 

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 11:19

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Sexta-feira, 3 de Maio de 2013

DOS AÇORES SÓ VÊM HORRORES CONTRA INFELIZES BOVINOS

 

«Algumas dezenas de bovinos de uma ganadaria dos Açores, encurralados num recinto destinado a testar a aptidão dos animais para serem torturados em touradas (tentas).»

 

 

Imagem da crueldade dos broncos açorianos

 

 

«Muito provavelmente, a esmagadora maioria será chacinada sem compaixão por não “prestar” para ser torturada em espectáculos tauromáquicos

Fonte:

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=464164430332957&set=o.228974020492136&type=1&theater

 

***

 

NÃO HAVERÁ NOS AÇORES AUTORIDADES COMPETENTES, LÚCIDAS, INTELIGENTES QUE POSSAM PÔR UM FIM A ESTES ACTOS CRUÉIS DE GENTE BRONCA?

NÃO HAVERÁ NOS AÇORES NINGUÉM COM UM NÍVEL INTELECTUAL SUPERIOR?

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 10:31

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