(Este texto foi publicado no âmbito de uma estratégia para desmascarar a prótoiro que, utilizando o nome da Ganadaria Palha, entregou-me pistas preciosas para chegar ao mundo imundo da tauromaquia)
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A propósito do testemunho da corajosa Maria Engrácia, sobre os horrores por que passam os Touros antes de irem para a arena
Miguel Pereira, deixou um comentário ao comentário A engorda dos Touros nas ganadarias viola as normas sanitárias da Direcção-Geral de Veterinária e não existe fiscalização às 23:51, 2013-03-22.
Comentário:
«Boa Noite
Se a Maria Engrácia não é fruto da imaginação da Isabel Ferreira porque é que não é dito o nome do ganadero? E o nome do tal toureiro e matador tio da outra senhora? Se elas já se identificaram há da parte da Isabel A. Ferreira a obrigação de dar a conhecer o nome dos dois intervenientes.»
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Eu a este Miguel já respondi, esta manhã, com a cabeça a mil:
Sabe, Miguel Pereira, nem todos se chamam Miguel Pereira, ou seja, parvo.
Se tivesse um pouco de massa cinzenta no cérebro, entenderia por que estas senhoras não dizem (E FAZEM MUITO BEM) o nome dos carrascos ganadeiros e matadores.
Sabe o que lhes acontecia? O que o Miguel Pereira está com vontade de fazer: ESGANÁ-LAS.
O que interessa é que TUDO O QUE DISSERAM É VERDADE, porque todos nós sabemos que é.
Mas estas coisas ditas na primeira pessoa, por quem VIVEU os acontecimentos, têm mais IMPACTO.
E é isso que vos incomoda.
Vão plantar batatas, e deixem os animais em PAZ.
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Isto foi o que me ocorreu escrever logo pela manhã.
Agora, que já almocei, vou apenas acrescentar um pormenor que me escapou: engana-se Miguel Pereira. A Isabel A. Ferreira NÃO TEM OBRIGAÇÃO de dar a conhecer o nome dos dois carrascos denunciados, pelos motivos que o Ricardo explica, e muito bem.
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Ricardo, deixou um comentário ao comentário A engorda dos Touros nas ganadarias viola as normas sanitárias da Direcção-Geral de Veterinária e não existe fiscalização às 14:56, 2013-03-23.
Comentário:
«Ok Miguel, e não quer mais nada?
Não quer também que se publique uma morada e o número de telemóvel da senhora? E já agora uma fotografia também dava jeito, ou não?
Tal como ela, eu também vivi bastantes anos no Alentejo. Felizmente nem todo o alentejano é aficionado e a minha família escapa com apenas algumas ovelhas negras nesse aspecto. Mas compreendo perfeitamente o que a Maria Engrácia passou pois vi-o acontecer a vizinhas e outras conterrâneas (no feminino, porque os aficionados são tão bravos que só atacam mulheres e crianças).
Existe uma clara correlação entre a frequência de touradas e comportamento violento para com os mais fracos. Não é preciso ser um génio para chegar a esta conclusão.
Aposto que se cruzássemos uma lista de agressores domésticos com os frequentadores do campo pequeno encontraríamos correspondências suficientes para provar esta afirmação.
Se Portugal fosse um país onde a lei fosse cumprida, onde as vítimas fossem a prioridade das forças da lei, onde não existisse um claro lobby tauromáquico que tem raízes fundas no poder instalado, talvez aí fizesse sentido dar a cara neste caso.
Mas não é assim que Portugal funciona pois não? Miguel, a Maria Engrácia é apenas uma dos milhares de vítimas (humanas) da tauromaquia. Ela conseguiu libertar-se minimamente da influência da corja aficionada, mas muitas há que ainda vivem em medo, subjugadas por um bando de cobardes que acha que atormentar mulheres, crianças e animais indefesos prova algo da sua masculinidade.
Sendo a Maria alguém que presumo se encontrar a viver perto de aficionados, se ela decidisse revelar o nome dos seus agressores, quem acha que lhe chegava primeiro?
Todos nós sabemos como o aficionado funciona: agem em grupo (pois só assim é que se atrevem) e detêm uma solução universal para todos os seus problemas: a violência.
Insinuar que este testemunho é fruto da imaginação de quem quer que seja prova mais uma vez a fraca inteligência e falta de argumentos aficionada. Dá me ideia que nem se dão ao trabalho de pensar sequer!
A minha esperança é que este testemunho sirva como ponto de viragem para que mais e mais mulheres ganhem coragem e saiam da sombra para mostrar ao mundo quão cobarde e desumana a tauromaquia é.»
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Nem mais, Ricardo. Não é preciso acrescentar mais nada.
Estes aficionados/ganadeiros/tauricidas/torcionários/forcados/necrófilos etc., pensam com o cérebro da cabeça do dedo mindinho do pé, e é nisto que dá.
Isabel A. Ferreira