A imagem da “coltura” tauricida, em Loureiro, com o “selo de qualidade” espetado no lombo deste magnífico ser, torturado para divertimento dos poucos sádicos que se deslocaram ao recinto da tortura.
Ninguém foi sensível aos apelos ao bom senso e à lucidez, e em Loureiro (Oliveira de Azeméis) aconteceu o que não devia ter acontecido: torturaram Touros, e chamaram-lhe “cultura”, sem qualquer escrúpulo ou conhecimento do significado real da palavra.
Uma vez mais predominou a IGNORÂNCIA.
E este acontecimento de BAIXO NÍVEL, não trouxe qualquer prestígio à terra, ao povo e ao Clube (pelo contrário) e ficou registado, neste vídeo e no texto que transcrevemos (os sublinhados são nossos):
http://www.youtube.com/watch?v=aa-H82thiN4
«No dia 10 de junho, o Clube Hípico de Loureiro, promoveu uma corrida de touros, onde estiveram presentes centenas de pessoas de todo o distrito, mas que não encheu a praça de touros.
Durante os dias que antecederam este evento, houve muitas manifestações nas redes sociais, contra a realização desta iniciativa, tendo inclusive o Bloco de Esquerda estado presente no recinto, para protestar veemente a favor dos animais.
Paulo Carvalho, da empresa "Toiros e Cultura", o organizador desta corrida de touros, falou com o Ribeirinhas e refere que esta corrida tem um selo de qualidade, com as maiores figuras da atividade presentes e que o objectivo é trazer um pouco da cultura do sul do país, para o centro e norte. Sobre as manifestações, desvaloriza-as e refere que 93% das pessoas de Portugal são a favor deste tipo de eventos.
O espectáculo teve nota máxima, cumprindo assim o prometido. O público adorou e pediu por mais, provando deste modo que ainda estão longe os objectivos das associações de defesa dos animais.»
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Aqui vai o nosso recado para o PAULO CARVALHO, o organizador deste “espectáculo” sempre degradante:
Primeiro: o “selo de qualidade” de que fala está bem visível no lombo do desventurado Touro, que teve o azar de cair nas mãos de homens ignorantes, primitivos e predadores.
Segundo, o objectivo dessa empresa que dirige, não foi trazer um pouco da cultura do sul do país para o centro, o que trouxeram foi “coltura” que é uma coisa bastante diferente de CULTURA, e essa sim traz o selo da IGNORÂNCIA que vive nas terras do Sul.
Nós, os do NORTE não queremos cá essa ignorância.
Terceiro: o Paulo Carvalho não sabe nada de estatística e muito menos LER NÚMEROS. Em Portugal aqueles 93% de portugueses que diz serem a favor deste tipo de “eventos” são de facto CONTRA o TAURICÍDIO, isso está mais do que provado.
Quarto: quanto à nota máxima tem razão. A nota máxima de “espectáculos degradantes” é ZERO. E este, como todos os outros, teve NOTA ZERO, a condizer com o primitivismo e com a parvoíce do evento, o que prova precisamente o CONTRÁRIO: nós, que defendemos a DIGNIDADE HUMANA através do modo como queremos que os ANIMAIS NÃO HUMANOS sejam tratados, estamos cada vez mais perto dos nossos objectivos.
Só os MENTALMENTE CEGOS é que não VÊEM.