Segunda-feira, 4 de Outubro de 2021

Hoje celebra-se o Dia Mundial dos Animais Não-Humanos

 

A data foi escolhida em 1931 durante uma convenção de ecologistas em Florença. A escolha teve em conta o facto do dia 04 de Outubro ser o dia de São Francisco de Assis, o Santo Padroeiro dos Animais Não-Humanos.

 

Direitos dos Animais.png

Deixamos aqui um apelo aos governantes:  

 

«A grandeza de um país e a sua evolução podem ser medidas pela maneira como trata os seus animais não-humanos» (Mahatma Gandhi).

 

Em Portugal, nem grandeza, nem evolução. Em Portugal, massacram-se seres vivos para diversão, e as leis de protecção animal são apenas para constar no papel.

 

Vamos recordar aqui a Declaração Universal dos Direitos do Animal Não-Humano, porque ANIMAIS somos todos nós

 

E daqui fazemos um apelo aos governantes para que considerem que TODOS os animais têm direitos, mas só os animais humanos têm o PODER e o DEVER de defender esses direitos. E não o fazem porque se julgam seres superiores aos outros seres.

 

E como estão enganados!


Contudo, maltratar animais não-humanos indefesos, é exactamente o mesmo que maltratar crianças com a idade de três anos, porque diz-nos a Ciência que os animais não-humanos têm um entendimento igual aos de uma criança de três anos.

 

A Declaração Universal dos Dioreitos dos Animais Nã-Humanos foi proclamada em Assembleia, pela UNESCO, em Bruxelas, no dia 27 de Janeiro de 1978

 

Preâmbulo

 

Considerando que todo o Animal tem direitos. Considerando que o desconhecimento e desrespeito desses direitos conduziram e continuam a conduzir o homem a cometer crimes contra a Natureza e contra os animais não-humanos. Considerando que o reconhecimento por parte da espécie humana do direito à existência das outras espécies de animais constitui o fundamento da coexistência das espécies no mundo. Considerando que o homem comete genocídios e que existe a ameaça de os continuar a cometer. Considerando que o respeito pelos animais não humanos, por parte do homem, está relacionado com o respeito dos homens entre eles próprios. Considerando que faz parte da educação, ensinar, desde a infância, a observar, compreender, respeitar e amar os animais,

 

 

PROCLAMA-SE O SEGUINTE:

 

Princípios gerais

 

Artigo 1º

 

Todos os animais nascem iguais perante a vida e têm os mesmos direitos à existência.

 

Artigo 2.º

 

  1. Todo o animal não humano tem o direito a ser respeitado.
  2. O homem, enquanto espécie animal, não pode atribuir-se o direito de exterminar os outros animais ou de os explorar, violando esse direito; tem a obrigação de empregar os seus conhecimentos ao serviço dos animais não-humanos.
  3. Todos os animais não-humanos têm direito à atenção, aos cuidados e à protecção do homem.

 

Artigo 3.º

 

  1. Nenhum animal não-humano será submetido a maus-tratos nem a actos cruéis [e pensar que a época da crueldade tauromáquica está adecorrer, com o aval dos governantes!]
  2. Se a morte de um animal não-humanos é necessária, esta deve ser instantânea, indolor e não geradora de angústia.

 

Artigo 4.º

 

  1. Todo o animal não-humano pertencente a uma espécie selvagem tem o direito de viver livre no seu próprio ambiente natural, terrestre, aéreo ou aquático, e a reproduzir-se.
  2. Toda a privação de liberdade, incluindo aquela que tenha fins educativos, é contrária a este direito [zoológicos e lugares afins]

 

Artigo 5.º

 

  1. Todo o animal não-humano pertencente a uma espécie que viva tradicionalmente em contacto com o homem, tem o direito a viver e a crescer ao ritmo das condições de vida e liberdade que sejam próprias da sua espécie.
  2. Toda a modificação desse ritmo ou dessas condições, que seja imposta pelo homem com fins comerciais, é contrária ao referido direito [isto é o que mais há por aí].

 

Artigo 6.º

 

  1. Todo o animal não-humano que o homem tenha escolhido por companheiro, tem direito a que a duração da sua vida seja conforme à sua longevidade natural.
  2. O abandono de um animal não-humano é um acto cruel e degradante [que devia ser punido severamente, e não é].

 

Artigo 7.º

 

Todo o animal não-humano de trabalho tem direito a um limite razoável de tempo e intensidade de trabalho, a uma alimentação reparadora e ao repouso [se bem que os animais não nasceram com a finalidade de servir o animal humano].

 

Artigo 8.º

 

  1. A experimentação animal que implique um sofrimento físico e psicológico é incompatível com os direitos do animal, quer se trate de experimentações médicas, científicas, comerciais ou qualquer outra forma de experimentação.
  2. As técnicas experimentais alternativas devem ser utilizadas e desenvolvidas [embora já existam, há quem opte por sacrificar barbaramente animais não-humanos, completamente indefesos, impunemente].

 

Artigo 9.º

 

Quando um animal não-humano é criado para a alimentação humana, deve ser nutrido, instalado e transportado, assim como sacrificado, sem que desses actos resulte para ele motivo de ansiedade ou de dor [nada disto é cumprido, e no entanto, também é desnecessário, nos tempos que correm, quando existem muitas outras alternativas para uma alimentação humana completa e equilibrada].

 

Artigo 10.º

 

  1. Nenhum animal não-humano deve ser explorado para entretenimento do homem.
  2. As exibições de animais não-humanos e os espectáculos que se sirvam de animais, são incompatíveis com a dignidade do animal [não-humano, mas também do animal humano, pois só diz da inferioridade moral deste último].

 

Artigo 11.º

 

Todo o acto que implique a morte de um animal não-humano, sem necessidade, é um biocí­dio, ou seja, um crime contra a vida

 

Artigo 12.º

 

  1. Todo o acto que implique a morte de um grande número de animais selvagens é um genocídio, ou seja, um crime contra a espécie. [estão lembrados do massacre da Quinta da Torre Bela, ou dos Golfinhos na Dinamarca? O que aconteceu aos matadores?]
  2. A contaminação e destruição do ambiente natural conduzem ao genocídio.

 

Artigo 13.º

 

  1. Um animal não-humano morto deve ser tratado com respeito [mas são atirados ao lixo, como de lixo se tratasse].
  2. As cenas de violência nas quais os animais não-humanos são vítimas, devem ser proibidas no cinema e na televisão, salvo se essas cenas têm como fim mostrar os atentados contra os direitos do animal.

 

Artigo 14.º

 

  1. Os organismos de protecção e salvaguarda dos animais não-humanos devem ser representados a nível governamental [os governos, em Portugal, estão-se nas tintas para a salvaguarda e protecção animal, ainda que hajam duas ou três leis de faz-de-conta].
  2. Os direitos dos animais não-humanos devem ser defendidos pela Lei, assim como o são os direitos do homem [isto não tem sido aplicado em Portugal. Veja-se o que, actualmente, está a acontecer em Vila Franca de Xira, onde 99 bovinos vão ser massacrados em nome do entretenimento, com o aval dos governantes].

 

***

Este texto Declaração Universal dos Direitos do Animal foi adoptado pela Liga Internacional dos Direitos do Animal Não-Humano e das Ligas Nacionais filiadas após a 3ª reunião sobre os direitos do animal, celebrados em Londres nos dias 21 a 23 de Setembro de 1977.


A declaração proclamada em 15 de Outubro de 1978 pela Liga Internacional, Ligas Nacionais e pelas pessoas físicas que se associam a elas, foi aprovada pela organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) e posteriormente, pela Organização das Nações Unidas (ONU).

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 17:47

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Quarta-feira, 28 de Abril de 2021

Ecologistas espanhóis destroem cientificamente sete mitos do sector da caça: e o que serve para Espanha, serve para Portugal, onde tudo se passa do mesmo modo

 

Um texto especialmente dedicado aos caçadores portugueses que me enviam comentários parvos,por acharem que sou EU que invento coisas acerca da caça e dos caçadores.

 

«Caçar é provocar susto, sofrimento com ferimento mais ou menos rapidamente mortal, que vitima animais inocentes e nascidos para viver e sobreviver e até por vezes pessoas. Torna insegura a presença na natureza e polui. Incomoda e até indigna muitas pessoas. Existem métodos de controlar populações, equilibrada e responsavelmente, causando menos sofrimento e risco, que deveriam ser estudados, decididos e postos em execução por entidades competentes».

(Dr. Vasco Reis – Médico-Veterinário)

 

PELO FIM DA CAÇA.jpg

Fonte da imagem:  https://www.facebook.com/photo?fbid=3542379542653858&set=gm.432432101345085

 

Os ecologistas destroem sete mitos do sector da caça em Espanha

 

Madrid - La Oficina Nacional de la Caza, que aglutina 80% dos caçadores federados em Espanha, tem por lema: «Fazemos parte da natureza», definindo-se a si mesma como conservacionista (que defende a protecção e a conservação dos recursos naturais e do meio ambiente), “comprometida com o meio ambiente”, “defensores da natureza, da vida selvagem e dos habitats”, e entre as suas missões destaca a de “defender a caça como a actividade mais ética e sustentável na gestão dos espaços naturais”.

 

O mesmo ocorre com outras associações do sector cinegético, como a Aproca, em Castilla La-Mancha: “O objectivo da Aproca é a defesa de uma utilização racional e sustentável do ambiente natural e da floresta, de modo que todas as actividades da Associação sejam desenvolvidas no mais absoluto respeito pelo meio ambiente, pela conservação da natureza, pela preservação e equilíbrio entre a flora e a fauna doméstica e selvagem, e pela protecção de espécies ameaçadas de extinção, bem como as autóctones”, dizem no seu próprio site. (L. Villa (- Luchiva)

 

Devido a mensagens como estas, em que se vincula a actividade da caça a um labor da Natureza, a organização Ecologistas en Acción publicou um extenso relatório em que desmascara cientificamente alguns dos argumentos do sector e os mitos que envolvem as actividades da caça que, de acordo com estatísticas oficiais, matam cerca de 25 milhões de animais por ano, em Espanha.

 

«Embora seja verdade que a caça em Espanha a cada ano que passa é praticada por um menor número de caçadores, o sector no seu todo foi se fortalecendo como um lobby social e económico   reagindo assim à crescente consciência ambiental de toda a sociedade», assinala o relatório, elaborado pelo biólogo Roberto Oliveros, a partir de uma compilação de estudos e documentos técnicos e científicos.

 

Os ecologistas resumiram os resultados da sua investigação em sete “verdades sobre o impacto da caça em Espanha” (o mesmo para Portugal):

 

A caça:

 

1 - Consiste em matar animais por diversão ou por negócio

 

A caça sustenta-se basicamente através de duas actividades: uma desportiva ou de competição e outra comercial, baseada no turismo e nas explorações cinegéticas.

 

Advertem os Ecologistas que embora não existam dados oficiais completos e fiáveis ​​sobre o volume de dinheiro gerado pela Fundação FAES, vinculada ao PP, os lucros em 2007 cifram-se em mais de 2.750 milhões de euros. O presidente da Federação Espanhola de Caça, Andrés Gutiérrez Lara, observou que em 2004, além desse montante, a caça movia outros 6.000 milhões em dinheiro sujo, sem facturas.

 

Além disso, os ecologistas destacam que o sector é composto por um pequeno número de pessoas (330.000 federados e 848,243 licenças em 2013), geralmente ricos, como grandes latifundiários, banqueiros, empresários, aristocratas, políticos e membros da magistratura e das forças de segurança. «O seu trabalho nos últimos anos destacou-se pelos ataques às normas de   conservação da natureza e protecção animal a nível europeu e estatal, e por uma total ausência de autocrítica das práticas ilícitas», asseguram.

 

2 - Não é compatível com a conservação da biodiversidade

 

Proveniente apenas da caça directa morrem por ano cerca de 25 milhões de animais em Espanha. A isto deve ser adicionada a perda de biodiversidade pelos efeitos indirectos: caça furtiva e largada de animais, introdução de espécies invasoras ou exóticas, cercas de caça e outras infra-estruturas. Os ecologistas destacam que como resultado da caça, outras espécies emblemáticas e protegidas, como o urso cinzento, o lince ibérico ou o lobo, também são mortos. Além disso, as sanções pelo uso de venenos em áreas de caça têm vindo a aumentar todos os anos. Nem nas áreas naturais mais protegidas, como parques nacionais, foi proibida esta actividade, que goza de uma moratória até 2020, para permanecer activa nestes lugares.

 

3 - Converte os coutos de caça em explorações intensivas e em campos de tiro

 

Cada vez mais a caça é exercida sobre animais criados em explorações agrícolas e libertados em coutos para serem caçados logo de seguida, como 1.350.000 exemplares de perdizes vermelhas lançados em áreas de caça intensiva em 2013. A Ecologistas en Acción observa que isto provoca “graves desequilíbrios nos ecossistemas, deslocando e prejudicando populações autóctones e a propagação de espécies exóticas e / ou invasoras como o Carneiro-da-Barbária, o Muflão-asiático (ovelha) ou a codorniz japonesa.”

 

A província de Guipúzcoa é um dos cenários de caça furtiva de aves em Espanha, algo preocupante se considerarmos que se trata de uma zona importante de trânsito migratório para as aves migratórias.

 

4 - Não serve para controlar nem a fauna nem as superpopulações

 

A Ecologistas en Acción argumenta que é precisamente a prática da caça que muitas vezes provoca a superpopulação de algumas espécies, devido às largadas de animais ou à alimentação   suplementar. Também pelas tentativas de caçar machos, que são os que mais troféus obtêm, gerando uma "descompensação" nas espécies. Além disso, uma recente sentença do Supremo Tribunal considerou que a caça e a pesca “a sua manutenção por tempo indeterminado, não se agravamento longe de servir o propósito de erradicação de espécies exóticas ou invasoras, determinam”.

 

5 - Limita os direitos da maioria dos cidadãos

 

As actividades de caça acumulam denúncias pelo corte de caminhos públicos, cursos de água ou vias pecuárias, por permitir que a caça seja preponderante em florestas públicas e áreas protegidas ou à intenção de causar possíveis inconvenientes involuntários às espécies de caça, como a actual lei de caça de   Castilla-La Mancha. O relatório assegura que uma média de 28 pessoas morrem por ano, e não apenas caçadores, pela utilização de armas de fogo na caça.

 

6 - Não favorece o desenvolvimento rural

 

80% do território espanhol integra coutos de caça com actividade durante a maior parte do ano. Um estudo de 2014 sobre as montanhas da Andaluzia concluiu que as actividades de autoconsumo ambiental, uso recreativo e conservação da biodiversidade ameaçada são mais rentáveis ​​do que a caça em termos económicos. "A caça não só não favorece o desenvolvimento do meio rural, como limita futuras possibilidades de desenvolvimento dos meios menos desenvolvidos economicamente” assinala o relatório.  

 

7 - Não só mata, como também maltrata

 

Estima-se que no final da temporada da caça, por ano, sejam abandonados em Espanha cerca de 50.000 galgos. Outros são enforcados ou atirados a poços, como aconteceu a uma centena de cães na localidade toledana de Villatobas, em 2009. Os ecologistas apontam que tão-pouco as espécies cinegéticas escapam à tortura, tais como as raposas caçadas pelos cães de toca, os javalis caçados com lança, ou o tiro aos pombos, ainda borrachos, etc..

 

Particularmente notável é que “na maioria dos regulamentos cinegéticos se considere os cães e gatos abandonados sujeitos a captura por parte dos caçadores através de disparos ou armadilhas sem que a eles se aplique a lei de protecção animal. Esta medida leva à morte milhares de animais de estimação, com escasso controlo por parte das autoridades” conclui o relatório.

 

Fonte:

http://www.publico.es/sociedad/ecologistas-desmontan-mitos-caza-espana.html?utm_content=buffer403f3&utm_medium=social&utm_source=twitter.com&utm_campaign=buffer

 

(Tradução: Isabel A. Ferreira)

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:00

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Sexta-feira, 24 de Janeiro de 2020

«A caça é uma aberração»

 

A caça traduz-se na exteriorização do instinto mais primário que existe no animal humano: o instinto de matar por prazer.

 

Não é necessária a intervenção do animal humano para a conservação das espécies. A própria NATUREZA encarrega-se disso muito sabiamente.

 

«Caçar é provocar susto, sofrimento com ferimento mais ou menos rapidamente mortal, que vitima animais inocentes e nascidos para viver e sobreviver e até por vezes pessoas. Torna insegura a presença na natureza e polui. Incomoda e até indigna muitas pessoas. Existem métodos de controlar populações, equilibrada e responsavelmente, causando menos sofrimento e risco, que deveriam ser estudados, decididos e postos em execução por entidades competentes».

(Dr. Vasco Reis – Médico Veterinário)

 

GALGUEIROS.jpg

 Galgueiros numa caçada. EFE/ Archivo

 

Ecologistas espanhóis desmascaram cientificamente sete mitos do sector da caça

(E o que serve para Espanha, serve para Portugal, onde tudo se passa do mesmo modo)

 

Madrid - La Oficina Nacional de la Caza, que aglutina 80% dos caçadores federados em Espanha, tem por lema: «Fazemos parte da natureza», definindo-se a si mesma como conservacionista (que defende a protecção e a conservação dos recursos naturais e do meio ambiente), “comprometida com o meio ambiente”, “defensores da natureza, da vida selvagem e dos habitats”, e entre as suas missões destaca a de “defender a caça como a actividade mais ética e sustentável na gestão dos espaços naturais”.

 

O mesmo ocorre com outras associações do sector cinegético, como a Aproca, em Castilla La-Mancha: “O objectivo da Aproca é a defesa de uma utilização racional e sustentável do ambiente natural e da floresta, de modo que todas as actividades da Associação sejam desenvolvidas no mais absoluto respeito pelo meio ambiente, pela conservação da natureza, pela preservação e equilíbrio entre a flora e a fauna doméstica e selvagem, e pela protecção de espécies ameaçadas de extinção, bem como as autóctones”, dizem no seu próprio site. (L. Villa (- Luchiva)

 

Devido a mensagens como estas, em que se vincula a actividade da caça a um labor da natureza, a organização Ecologistas en Acción publicou um extenso relatório em que desmascara cientificamente alguns dos argumentos do sector e os mitos que envolvem as actividades da caça que, de acordo com estatísticas oficiais, matam cerca de 25 milhões de animais por ano, em Espanha.

 

«Embora seja verdade que a caça em Espanha a cada ano que passa é praticada por um menor número de caçadores, o sector no seu todo foi se fortalecendo como um lobby social e económico   reagindo assim à crescente consciência ambiental de toda a sociedade», assinala o relatório, elaborado pelo biólogo Roberto Oliveros, a partir de uma compilação de estudos e documentos técnicos e científicos.

 

Os ecologistas resumiram os resultados da sua investigação em sete “verdades sobre o impacto da caça em Espanha” (o mesmo para Portugal):

A caça:

 

1 - Consiste em matar animais por diversão ou por negócio

 

A caça sustenta-se basicamente através de duas actividades: uma desportiva ou de competição e outra comercial, baseada no turismo e nas explorações cinegéticas.

 

Advertem os Ecologistas que embora não existam dados oficiais completos e fiáveis ​​sobre o volume de dinheiro gerado pela Fundação FAES, vinculada ao PP, os lucros em 2007 cifram-se em mais de 2.750 milhões de euros. O presidente da Federação Espanhola de Caça, Andrés Gutiérrez Lara, observou que em 2004, além desse montante, a caça movia outros 6.000 milhões em dinheiro sujo, sem facturas.

 

 

Além disso, os ecologistas destacam que o sector é composto por um pequeno número de pessoas (330.000 federados e 848,243 licenças em 2013), geralmente ricos, como grandes latifundiários, banqueiros, empresários, aristocratas, políticos e membros da magistratura e das forças de segurança. «O seu trabalho nos últimos anos destacou-se pelos ataques às normas de   conservação da natureza e protecção animal a nível europeu e estatal, e por uma total ausência de autocrítica das práticas ilícitas», asseguram.

 

2 - Não é compatível com a conservação da biodiversidade

 

Proveniente apenas da caça directa morrem por ano cerca de 25 milhões de animais em Espanha. A isto deve ser adicionada a perda de biodiversidade pelos efeitos indirectos: caça furtiva e largada de animais, introdução de espécies invasoras ou exóticas, cercas de caça e outras infra-estruturas. Os ecologistas destacam que como resultado da caça, outras espécies emblemáticas e protegidas, como o urso cinzento, o lince ibérico ou o lobo, também são mortos. Além disso, as sanções pelo uso de venenos em áreas de caça têm vindo a aumentar todos os anos. Nem nas áreas naturais mais protegidas, como parques nacionais, foi proibida esta actividade, que goza de uma moratória até 2020, para permanecer activa nestes lugares.

 

3 - Converte os coutos de caça em explorações intensivas e em campos de tiro

 

Cada vez mais a caça é exercida sobre animais criados em explorações agrícolas e libertados em coutos para serem caçados logo de seguida, como 1.350.000 exemplares de perdizes vermelhas lançados em áreas de caça intensiva em 2013. A Ecologistas en Acción observa que isto provoca “graves desequilíbrios nos ecossistemas, deslocando e prejudicando populações autóctones e a propagação de espécies exóticas e / ou invasoras como o Carneiro-da-Barbária, o Muflão-asiático (ovelha) ou a codorniz japonesa.”

 

A província de Guipúzcoa é um dos cenários de caça furtiva de aves em Espanha, algo preocupante se considerarmos que se trata de uma zona importante de trânsito migratório para as aves migratórias.

 

4 - Não serve para controlar nem a fauna nem as superpopulações

 

A Ecologistas en Acción argumenta que é precisamente a prática da caça que muitas vezes provoca a superpopulação de algumas espécies, devido às largadas de animais ou à alimentação   suplementar. Também pelas tentativas de caçar machos, que são os que mais troféus obtêm, gerando uma "descompensação" nas espécies. Além disso, uma recente sentença do Supremo Tribunal considerou que a caça e a pesca “a sua manutenção por tempo indeterminado, não se agravamento longe de servir o propósito de erradicação de espécies exóticas ou invasoras, determinam”.

 

5 - Limita os direitos da maioria dos cidadãos

 

As actividades de caça acumulam denúncias pelo corte de caminhos públicos, cursos de água ou vias pecuárias, por permitir que a caça seja preponderante em florestas públicas e áreas protegidas ou à intenção de causar possíveis inconvenientes involuntários às espécies de caça, como a actual lei de caça de   Castilla-La Mancha. O relatório assegura que uma média de 28 pessoas morrem por ano, e não apenas caçadores, pela utilização de armas de fogo na caça.

 

6 - Não favorece o desenvolvimento rural

 

80% do território espanhol integra coutos de caça com actividade durante a maior parte do ano. Um estudo de 2014 sobre as montanhas da Andaluzia concluiu que as actividades de autoconsumo ambiental, uso recreativo e conservação da biodiversidade ameaçada são mais rentáveis ​​do que a caça em termos económicos. "A caça não só não favorece o desenvolvimento do meio rural, como limita futuras possibilidades de desenvolvimento dos meios menos desenvolvidos economicamente” assinala o relatório.  

 

7 - Não só mata, como também maltrata

 

Estima-se que no final da temporada da caça, por ano, sejam abandonados em Espanha cerca de 50.000 galgos. Outros são enforcados ou atirados a poços, como aconteceu a uma centena de cães na localidade toledana de Villatobas, em 2009. Os ecologistas apontam que tão-pouco as espécies cinegéticas escapam à tortura, tais como as raposas caçadas pelos cães de toca, os javalis caçados com lança, ou o tiro aos pombos, ainda borrachos, etc..

 

Particularmente notável é que “na maioria dos regulamentos cinegéticos se considere os cães e gatos abandonados sujeitos a captura por parte dos caçadores através de disparos ou armadilhas sem que a eles se aplique a lei de protecção animal. Esta medida leva à morte milhares de animais de estimação, com escasso controlo por parte das autoridades” conclui o relatório.

 

Fonte:

http://www.publico.es/sociedad/ecologistas-desmontan-mitos-caza-espana.html?utm_content=buffer403f3&utm_medium=social&utm_source=twitter.com&utm_campaign=buffer

 

(Tradução: Isabel A. Ferreira)

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 11:04

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Terça-feira, 7 de Fevereiro de 2017

Ministro do Ambiente promove matança de indefesos animais silvestres

 

 

O ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, diz querer fomentar a caça…

 

Será que não existe nenhum ministro humanista neste governo?

 

Um ministro do Ambiente deveria banir a matança cobarde de animais silvestres, que serve apenas para que uma “elite” possuída de instintos primitivos e desadequados ao Século XXI possa divertir-se à custa do sofrimento de seres indefesos.

 

O ministro do Ambiente, contesta as críticas dos caçadores e salienta uma série de medidas tomadas pelo governo que vão ao encontro de algumas reivindicações do sector. 

 

É triste constatar que, em Portugal, o governo só vai ao encontro das reivindicações de lobbies carniceiros.

 

CAÇA1.jpg

CAÇA2.jpg

Imagens como esta dizem de um país que promove práticas cavernícolas…

 

O ministro reconhece a importância da caça e salienta que continuará a tomar medidas no sentido de fomentar esta matança.

 

Que importância terá a caça para a Nação e para a Fauna autóctone portuguesa?

 

Os governantes portugueses só ouvem as reivindicações de sectores que envolvem muita parra (€€€€€€€) e pouca uva ( )

 

Terão medo de levar um tiro de caçadeira? Porque este tipo de violência é o que mais existe em Portugal. A maioria dos assassinatos de pessoas é cometida com caçadeiras.

 

As reivindicações dos trabalhadores, dos estudantes, dos ecologistas, dos que lutam pelo bem-estar animal, dos que defendem a Língua Portuguesa, essas não são consideradas, apesar de envolverem milhares de portugueses.

 

As minorias parasitas, que nada fazem em prol da sociedade, é que são ouvidas e apoiadas pelos ministros.

 

Que espécie de políticos temos nós, que em vez de fomentar a evolução, fomenta o retrocesso?

 

Aqui há tempos os Ecologistas espanhóis desmascaram cientificamente sete mitos do sector da caça, que pode ser consultado aqui (é só clicar):

«A Caça é uma aberração»

 

De acordo com o médico-veterinário Dr. Vasco Reis, «Caçar é provocar susto, sofrimento com ferimento mais ou menos rapidamente mortal, que vitima animais inocentes e nascidos para viver e sobreviver e até por vezes pessoas. Torna insegura a presença na natureza e polui. Incomoda e até indigna muitas pessoas. Existem métodos de controlar populações, equilibrada e responsavelmente, causando menos sofrimento e risco, que deveriam ser estudados, decididos e postos em execução por entidades competentes».

 

A caça é uma prática obsoleta. Estamos no século XXI d. C.

 

Não é preciso a intervenção do homem-predador, para se repor o que quer que seja. Isso é um argumento falacioso, usado pelos que se divertem a MATAR seres indefesos.

 

A Natureza encarrega-se de repor a ordem natural das coisas.

 

Um governo que não sabe defender a sua fauna humana e não-humana,  não merece a mínima consideração; e os políticos que só dão ouvidos aos predadores, são políticos de faz-de-conta, que só se candidatam para servir os lobbies, e não para fazer EVOLUIR o país.

 

Quando o ministro do Ambiente fala sobre as vantagens do ordenamento cinegético e da gestão e exploração cinegética sustentável para a conservação dos recursos naturais, enquanto actividade geradora de desenvolvimento rural, actividade que promove a gestão do território e que possibilita o fomento de espécies e o maneio de habitat, pretende enganar quem?????

 

A caça e os caçadore€ pertencem a uma época primitiva, que ficou num passado já muito longínquo. Então por que insistir nesta abe€€ação?

 

Fonte: https://www.publico.pt/2017/02/05/sociedade/noticia/ministro-diz-querer-fomentar-a-caca-1760415

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:08

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Sexta-feira, 20 de Janeiro de 2017

«A caça é uma aberração»

 

A caça traduz-se na exteriorização do instinto mais primário que existe no animal humano: o instinto de matar por prazer.

 

Não é necessária a intervenção do animal humano para a conservação das espécies. A própria NATUREZA encarrega-se disso muito sabiamente.

 

«Caçar é provocar susto, sofrimento com ferimento mais ou menos rapidamente mortal, que vitima animais inocentes e nascidos para viver e sobreviver e até por vezes pessoas. Torna insegura a presença na natureza e polui. Incomoda e até indigna muitas pessoas. Existem métodos de controlar populações, equilibrada e responsavelmente, causando menos sofrimento e risco, que deveriam ser estudados, decididos e postos em execução por entidades competentes».

(Dr. Vasco Reis – Médico Veterinário)

 

GALGUEIROS.jpg

 Galgueiros numa caçada. EFE/ Archivo

 

Ecologistas espanhóis desmascaram cientificamente sete mitos do sector da caça

(E o que serve para Espanha, serve para Portugal, onde tudo se passa do mesmo modo)

 

Madrid - La Oficina Nacional de la Caza, que aglutina 80% dos caçadores federados em Espanha, tem por lema: «Fazemos parte da natureza», definindo-se a si mesma como conservacionista (que defende a protecção e a conservação dos recursos naturais e do meio ambiente), “comprometida com o meio ambiente”, “defensores da natureza, da vida selvagem e dos habitats”, e entre as suas missões destaca a de “defender a caça como a actividade mais ética e sustentável na gestão dos espaços naturais”.

 

O mesmo ocorre com outras associações do sector cinegético, como a Aproca, em Castilla La-Mancha: “O objectivo da Aproca é a defesa de uma utilização racional e sustentável do ambiente natural e da floresta, de modo que todas as actividades da Associação sejam desenvolvidas no mais absoluto respeito pelo meio ambiente, pela conservação da natureza, pela preservação e equilíbrio entre a flora e a fauna doméstica e selvagem, e pela protecção de espécies ameaçadas de extinção, bem como as autóctones”, dizem no seu próprio site. (L. Villa (- Luchiva)

 

Devido a mensagens como estas, em que se vincula a actividade da caça a um labor da natureza, a organização Ecologistas en Acción publicou um extenso relatório em que desmascara cientificamente alguns dos argumentos do sector e os mitos que envolvem as actividades da caça que, de acordo com estatísticas oficiais, matam cerca de 25 milhões de animais por ano, em Espanha.

 

«Embora seja verdade que a caça em Espanha a cada ano que passa é praticada por um menor número de caçadores, o sector no seu todo foi se fortalecendo como um lobby social e económico   reagindo assim à crescente consciência ambiental de toda a sociedade», assinala o relatório, elaborado pelo biólogo Roberto Oliveros, a partir de uma compilação de estudos e documentos técnicos e científicos.

 

Os ecologistas resumiram os resultados da sua investigação em sete “verdades sobre o impacto da caça em Espanha” (o mesmo para Portugal):

A caça:

 

1 - Consiste em matar animais por diversão ou por negócio

 

A caça sustenta-se basicamente através de duas actividades: uma desportiva ou de competição e outra comercial, baseada no turismo e nas explorações cinegéticas.

 

Advertem os Ecologistas que embora não existam dados oficiais completos e fiáveis ​​sobre o volume de dinheiro gerado pela Fundação FAES, vinculada ao PP, os lucros em 2007 cifram-se em mais de 2.750 milhões de euros. O presidente da Federação Espanhola de Caça, Andrés Gutiérrez Lara, observou que em 2004, além desse montante, a caça movia outros 6.000 milhões em dinheiro sujo, sem facturas.

 

 

Além disso, os ecologistas destacam que o sector é composto por um pequeno número de pessoas (330.000 federados e 848,243 licenças em 2013), geralmente ricos, como grandes latifundiários, banqueiros, empresários, aristocratas, políticos e membros da magistratura e das forças de segurança. «O seu trabalho nos últimos anos destacou-se pelos ataques às normas de   conservação da natureza e protecção animal a nível europeu e estatal, e por uma total ausência de autocrítica das práticas ilícitas», asseguram.

 

2 - Não é compatível com a conservação da biodiversidade

 

Proveniente apenas da caça directa morrem por ano cerca de 25 milhões de animais em Espanha. A isto deve ser adicionada a perda de biodiversidade pelos efeitos indirectos: caça furtiva e largada de animais, introdução de espécies invasoras ou exóticas, cercas de caça e outras infra-estruturas. Os ecologistas destacam que como resultado da caça, outras espécies emblemáticas e protegidas, como o urso cinzento, o lince ibérico ou o lobo, também são mortos. Além disso, as sanções pelo uso de venenos em áreas de caça têm vindo a aumentar todos os anos. Nem nas áreas naturais mais protegidas, como parques nacionais, foi proibida esta actividade, que goza de uma moratória até 2020, para permanecer activa nestes lugares.

 

3 - Converte os coutos de caça em explorações intensivas e em campos de tiro

 

Cada vez mais a caça é exercida sobre animais criados em explorações agrícolas e libertados em coutos para serem caçados logo de seguida, como 1.350.000 exemplares de perdizes vermelhas lançados em áreas de caça intensiva em 2013. A Ecologistas en Acción observa que isto provoca “graves desequilíbrios nos ecossistemas, deslocando e prejudicando populações autóctones e a propagação de espécies exóticas e / ou invasoras como o Carneiro-da-Barbária, o Muflão-asiático (ovelha) ou a codorniz japonesa.”

 

A província de Guipúzcoa é um dos cenários de caça furtiva de aves em Espanha, algo preocupante se considerarmos que se trata de uma zona importante de trânsito migratório para as aves migratórias.

 

4 - Não serve para controlar nem a fauna nem as superpopulações

 

A Ecologistas en Acción argumenta que é precisamente a prática da caça que muitas vezes provoca a superpopulação de algumas espécies, devido às largadas de animais ou à alimentação   suplementar. Também pelas tentativas de caçar machos, que são os que mais troféus obtêm, gerando uma "descompensação" nas espécies. Além disso, uma recente sentença do Supremo Tribunal considerou que a caça e a pesca “a sua manutenção por tempo indeterminado, não se agravamento longe de servir o propósito de erradicação de espécies exóticas ou invasoras, determinam”.

 

5 - Limita os direitos da maioria dos cidadãos

 

As actividades de caça acumulam denúncias pelo corte de caminhos públicos, cursos de água ou vias pecuárias, por permitir que a caça seja preponderante em florestas públicas e áreas protegidas ou à intenção de causar possíveis inconvenientes involuntários às espécies de caça, como a actual lei de caça de   Castilla-La Mancha. O relatório assegura que uma média de 28 pessoas morrem por ano, e não apenas caçadores, pela utilização de armas de fogo na caça.

 

6 - Não favorece o desenvolvimento rural

 

80% do território espanhol integra coutos de caça com actividade durante a maior parte do ano. Um estudo de 2014 sobre as montanhas da Andaluzia concluiu que as actividades de autoconsumo ambiental, uso recreativo e conservação da biodiversidade ameaçada são mais rentáveis ​​do que a caça em termos económicos. "A caça não só não favorece o desenvolvimento do meio rural, como limita futuras possibilidades de desenvolvimento dos meios menos desenvolvidos economicamente” assinala o relatório.  

 

7 - Não só mata, como também maltrata

 

Estima-se que no final da temporada da caça, por ano, sejam abandonados em Espanha cerca de 50.000 galgos. Outros são enforcados ou atirados a poços, como aconteceu a uma centena de cães na localidade toledana de Villatobas, em 2009. Os ecologistas apontam que tão-pouco as espécies cinegéticas escapam à tortura, tais como as raposas caçadas pelos cães de toca, os javalis caçados com lança, ou o tiro aos pombos, ainda borrachos, etc..

 

Particularmente notável é que “na maioria dos regulamentos cinegéticos se considere os cães e gatos abandonados sujeitos a captura por parte dos caçadores através de disparos ou armadilhas sem que a eles se aplique a lei de protecção animal. Esta medida leva à morte milhares de animais de estimação, com escasso controlo por parte das autoridades” conclui o relatório.

 

Fonte:

http://www.publico.es/sociedad/ecologistas-desmontan-mitos-caza-espana.html?utm_content=buffer403f3&utm_medium=social&utm_source=twitter.com&utm_campaign=buffer

 

(Tradução: Isabel A. Ferreira)

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 19:06

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Domingo, 4 de Outubro de 2015

«O AMOR É UNIVERSAL»

 

Hoje, dia 4 de Outubro, celebra-se o

Dia Mundial dos Animais.

 

Embora todos os dias sejam dias para todas as celebrações, infelizmente, ainda precisamos do dia 4 de Outubro para lembrar ao mundo que os animais ditos não humanos, são animais como nós, logo, merecem todo o nosso respeito, porque o amor, na verdade, é universal e engloba todas as criaturas…

 

AMOR UNIVERSAL.jpg

«O Amor é Universal» (2008) - Pintura poderosa, da autoria da Artista Plástica Vila-condense Isabel Lhano, e que diz desse maravilhoso amor universal que devemos a todas as criaturas…

Fonte da imagem:

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10207384000019382&set=a.1374048192415.54379.1268108332&type=3&theater

 

***

 

Tudo começou em 1931, em Florença, Itália, numa convenção de ecologistas.

 

Decidiu-se celebrar a vida animal em todas as suas formas.

 

O dia 4 de Outubro foi escolhido para o Dia Mundial dos Animais, em honra de São Francisco de Assis, um amante da Natureza e padroeiro dos animais e do meio ambiente, o qual morreu no dia 3 de Outubro de 1226, e foi a enterrar no dia seguinte, 4 de Outubro.

 

Diz-se que as Igrejas de todo o mundo reservam o domingo mais próximo desta data para abençoar os animais…

 

Diz-se…

Mas…

 

Em Portugal, Espanha e nos outros seis países onde ainda é permitida a prática da selvajaria tauromáquica, entre outros costumes bárbaros, os Santos católicos são celebrados com tortura de Touros e Cavalos, contrariando o exemplo e o amor que o “poverello de Assis” dedicava a todas as criaturas não humanas.

 

Num livro belíssimo, intitulado «O Irmão de Assis – Vida profunda de São Francisco», da autoria do espanhol Ignacio Larrañaca, Ed. Paulinas, nas páginas 367/368, lê-se esta passagem extraordinária, pela sublime e profunda mensagem que nos transmite, seja-se ou não crente, e que aqui transcrevo para levar até aos padres católicos, algo que talvez eles desconheçam, e que seria primordial que aprendessem, para que transmitissem aos seus “fiéis desgarrados” caçadores, tauricidas e todos os outros abusadores de animais para divertimento, algo que é um dever dos que se dizem representantes de Deus na Terra, transmitir:

 

«O Irmão jazia por terra. Não voltou a mover-se.

Tudo estava consumado.

 

Nesse momento formou-se espontaneamente, sem qualquer plano premeditado, um cortejo triunfal que acompanharia o Pobre de Deus até á porta do paraíso.

 

Abriam a marcha os anjos, arcanjos, querubins, serafins, principados e potestades. Ocupavam o firmamento dum extremo ao outro e cantavam Hossanas ao Altíssimo e ao seu servo Francisco.

 

A seguir vinham os javalis, lobos, raposas, chacais, cães, pumas, bois, cordeiros, cavalos, leopardos, bisontes, ursos, burros, leões, paquidermes, antílopes, rinocerontes. Todos eles avançavam em ordem, compacta. Não se ameaçavam nem se atacavam uns aos outros. Pelo contrário, pareciam velhos amigos.

 

Atrás voavam os morcegos, borboletas, abelhas, colibris, cotovias, moscas, andorinhas, rolas, tentilhões, estorninhos, perdizes, pardais, rouxinóis, melros, galos, galinhas, patos. Havia tanta harmonia entre eles como se toda a vida tivessem convivido no mesmo curral na melhor camaradagem.

 

Por fim iam os golfinhos, hipopótamos, peixes-espadas, baleias, peixes-reis, douradas, peixes voadores, trutas. Era espantoso: os peixes grandes não comiam os pequenos, Pareciam irmãos duma mesma família. Fechavam o cortejo as cobras, anacondas, víboras, lagartos, lagartixas, dinossauros, plectosáurios e cascavéis.

 

Enquanto no bosque da Portiúncula não cessava de ressoar o Cântico do Irmão Sol, todos estes irmãos cantavam, gritavam, piavam, grasnavam, zurravam, assobiavam, bramavam, uivavam, ladravam, rugia, bailam, mugiam.

 

Desde o princípio do mundo que não se ouvia semelhante concerto. Todas as criaturas, segundo a sua natureza, cantavam aleluias ao seu amigo e irmão Francisco.

(…)

 

O Pobre de Deus arrastava consigo toda a criação ao paraíso.

Tinha reconciliado a terra com o céu, a matéria com o espírito. Era uma chama liberta do lenho. Era a piedade de Deus que regressava a casa.

 

Lentamente, muito lentamente, o Irmão foi-se internando pelas órbitas siderais. Foi-se afastando como um meteoro azul até que se perdeu nas profundezas da eternidade».

 

***

É fundamental para a Humanidade este amor universal.

 

É fundamental para a Humanidade compreendermos a mensagem de São Francisco de Assis, independentemente de se ser crente ou não.

 

É fundamental para a Humanidade que os homens comecem a comportar-se como HOMENS.

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 11:10

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