Sabemos muito bem o que moveu o PCP, que tem no Alentejo - o grande covil da selvajaria tauromáquica em Portugal – a grande "fonte" do eleitorado comunista.
E foi apenas isso que o moveu, pois quanto à declaração que fez, foi pior a emenda do que o soneto.
Foi esta perversão da inocência que esteve em causa no Dia Internacional da Criança
A declaração de voto que o PCP fez, para justificar ter votado a favor do retrocesso de Portugal em relação à protecção de menores, no que respeita às actividades violentas e cruéis inerentes à selvajaria tauromáquica, a pretexto do Dia Internacional da Criança, é pura hipocrisia.
O PCP ao votar contra os Projectos de Lei n.º 181/XIII/1.ª (PAN), n.º 217/XIII/1.ª (BE) e n.º 251/XIII/1.ª (PEV) votou a favor da violação do direito mais básico de todas as crianças: o direito à sanidade mental.
E para justificar isto, o PCP deu uma dúzia de voltas, justificando-se hipocritamente, como se tivesse realmente interessado na aludida protecção social ou educação (para a cidadania ou para violência e crueldade?) das crianças portuguesas.
E o PCP deu tantas voltinhas, mas tantas voltinhas, que acabou por não justificar coisa nenhuma.
O que todos sabemos, é que a selvajaria tauromáquica é uma prática que nasceu entre a realeza espanhola, e que foi implantada em Portugal pelos reis filipinos, que só andaram por cá a destruir o que os nossos reis construíram, e depois de terem sido corridos, o costume bárbaro permaneceu, porque bárbaros são todos os que não evoluem.
E os governantes que se seguiram não tiveram vontade nenhuma de evoluir… incluindo os governantes do ano de 2016.
Todos os profissionais da saúde são unânimes em considerar a prática da selvajaria tauromáquica um prejuízo para a saúde mental e para o desenvolvimento psíquico do menor, mas também do adulto. Ambos ficam embrutecidos.
Todos sabemos que a selvajaria tauromáquica NÃO É um espectáculo de natureza artística, muito menos cultural, mas tão-só é uma actividade de natureza VIOLENTA e MUIIIIITO CRUEL. E que isso não são valores humanos, e muito menos transmissíveis a crianças.
Todos sabemos que na selvajaria tauromáquica a actividade quer seja profissional ou amadora é condenável á luz da Racionalidade e da Ética e de todo e qualquer Bom Senso.
O facto de a crueldade e a violência implícitas na tortura de seres sencientes, como os Touros que, na realidade, são bovinos, estarem legisladas, não faz disto uma prática louvável, aceitável, aplaudível. O que faz é Portugal ser um país com um atraso civilizacional que envergonha até o mais empedernido pedregulho.
Todos sabemos o que se passa nos antros de “ensino” de toureio, onde crianças de tenra idade são atiçadas à violência e à crueldade, tornando-se pequenos monstrinhos insensíveis à dor e ao sofrimento de outros animais sencientes e também crianças como elas.
O PCP escudou-se num estranho pressuposto, e porque é estranho, gostaríamos de perguntar-lhe quais são os «espectáculos de natureza distinta com índices de perigosidade iguais ou superiores aos da selvajaria tauromáquica, em que reconhecida e habitualmente participam menores de idade», e se isto existe, porque é que o PCP ainda não apresentou propostas para defender as crianças portuguesas dessas tão “perigosas” actividades.
Porque uma coisa é “fingir” que somos cruéis (por exemplo, quando participamos num filme); outra coisa é praticar a crueldade real sobre um ser vivo.
É lamentável que um partido que se diz de “esquerda” esteja a defender uma política de direita, monárquica, de ganadeiros latifundiários, que enriqueceram e vivem à tripa forra, à custa de dinheiros públicos, e de gente marialva e inculta.
É lamentável que os governantes portugueses ainda estejam a discutir o indiscutível: uma prática que diz da grande miséria moral, social, cultural e civilizacional em que Portugal AINDA está mergulhado, e da qual já devia ter se libertado há muito. O que se passou no Dia Internacional da Criança, do ano de 2016, fez Portugal recuar milhares de anos.
Envergonho-me dos deputados da (minha) Nação, que permitiram tal retrocesso.
Isabel A. Ferreira
Ler a declaração de voto completa, neste link:
Toiros + e JM Branco estiveram na escola a promover uma tortura de Touros em Portalegre, oferecendo bilhetes aos alunos para comemorarem o Dia Internacional da Criança.
Promovida pela Toiros+, no passado dia 1 de Junho, teve lugar em Portalegre uma corrida de touros à portuguesa, isto é, um dos "espectáculos" legalmente permitidos, mais cruéis em todo o mundo civilizado, tendo em conta os processos a que são sujeitos os touros antes, durante e depois da corrida.
Até aqui a estupidez não surpreende.
O que nos tira do sério é o facto de, para promoverem tal idiotice, os empresários Lúcia Loureiro e Henrique Gil, e os torcionários Luís Rouxinol, Marcos Tenório João Maria Branco deslocaram-se às escolas de Portalegre para distribuir convites às crianças, com o INACREDITÁVEL apoio dos "pais" (progenitores) e dos "professores" (deseducadores).
Que "pais" serão estes? Que "professores" serão estes? Que EDUCAÇÃO será esta?
Naquele dia comemorou-se o Dia Internacional da Criança em Portalegre, com VIOLÊNCIA, CRUELDADE e ESTUPIDEZ.
Quem teremos nós em Portugal com autoridade para pôr fim a tal descalabro?
Como se isso não bastasse, as coisas não correram bem nessa corrida violenta, e um forcado ficou esticado no chão, inconsciente.
Realmente algo que, para as crianças, foi bastante EDUCATIVO.
Até onde vai a IRRESPONSABILIDADE dos apoiantes desta prática bárbara?
E as autoridades? Para que servem?
PARA NADA. Evidentemente.
Fontes:
http://diariotaurino.blogspot.pt/2013/06/portalegre-sustos-em-noite-anti-nhoc.html