Segunda-feira, 1 de Agosto de 2016

«E a tourada continua…»

 

Um excelente texto de Luís Vicente

 

Depois de lido este texto, quem continuar a dizer que o Touro não sofre ao ser toureado, ou é descomunalmente estúpido, ou então faz-se…

 

Isabel A. Ferreira

 

TOURO TORTURADO.jpeg

 

Por Luís Vicente

 

«Um senhor chamado Francisco d’Orey, na página do Facebook da Acção Directa, respondeu a uma convocatória para um protesto anti-tourada realizado no dia 28 de Julho com, entre várias outras, as seguintes preciosidades:

 

«Cambada de ignorantes comecem a contar as vacas galinhas e porcos que comem e são torturados a vida toda e acabam na vossa barriga. Depois vão ver como vivem os touros e os cavalos. No fim vejam como fica um touro que volta ao campo depois duma corrida e quando ainda não perceberem o lixo que vos vai na cabeça vai investigar sobre o que passam os anjmais uma vida inteira no zoo onde se passeiam com os vossos filhos etc. já agora como andam os vossos caezinhos lulus em casa deprimidos por estarem sozinhos horas à espera do dono».

 

«Tauromaquia: a indústria responsável pela vida feliz dum dos animais mais protegidos em Portugal»

 

«De acordo com os estudos científicos mais recentes sobre o touro bravo, sabemos que este tem reações hormonais únicas no reino animal. Sabemos, por exemplo, que este tem um hipotálamo (parte do cérebro que sintetiza as neurohormonas encarregues, nomeadamente, da regulação das funções de stress ou de defesa), 20% superior ao de todos os outros bovinos, e que, por isso, tem uma capacidade superior de segregação de beta-endorfinas (hormona e anestesiaste natural encarregada de bloquear os receptores da dor) o que faz com que o touro perante a colocação de uma bandarilha redobre as suas investidas em vez de fugir, que é a reação natural de qualquer animal à dor. O touro é selecionado tendo em conta a sua combatividade, sendo um animal que tem evoluído, ao longo dos séculos, estando fisiologicamente adaptado para a lide».

 

Achei por bem responder ao último trecho, resposta que aqui transcrevo:

 

Excelentíssimo Senhor,

 

Passei aqui pela página da Acção Directa e, com perplexidade, li os seus comentários.

 

Devo dizer-lhe que hesitei bastante em responder-lhe, e hesitei por três razões:

1 -O senhor é ordinário e mal-educado; estes traços de personalidade impossibilitam qualquer debate sério e honesto; claro que será certamente um problema da sua história de vida, provavelmente de alguém que durante a sua ontogenia foi acossado e maltratado, eventualmente fruto de um meio descompensado mas, enfim, esses problemas hoje em dia têm tratamento e aconselho-o a procurá-lo.

 

2 - O senhor é arrogante e utiliza argumentos ad hominem, o que é epistemologicamente inaceitável no debate científico.

 

3 - O senhor é intelectualmente desonesto e cientificamente ignorante; passo a explicar. É intelectualmente desonesto porque refere dados cientificamente inconsistentes; ou consegue dizer-me, em que publicação avalizada pela Web of Knowledge submetida a peer review por um conjunto fidedigno de referees (única forma aceite pela comunidade científica de homologação de resultados e, mesmo assim, sujeitos a contraditório) encontrou esses resultados? Diga-me porque o saber não ocupa lugar e eu estou sempre disposto a aprender.

 

Claro que sei que o texto que o senhor tem o desplante de assinar não é seu.

 

De qualquer forma, porque pode alguém acreditar em si, cá vai resposta: (se não compreender algum vocábulo diga, terei muito gosto em explicar).

 

Como é que o senhor actuou?

 

Depois do seu comentário ordinário e de explícita falta de educação, vai à página "O TOURO - Tudo o que precisa saber sobre o Touro Bravo", de onde, de forma acrítica porque apenas serve os seus interesses, e de forma desonesta porque não cita a fonte, faz um copy-paste do texto como se fosse seu. Aliás a sua cópia é de tal maneira acrítica que nem sequer se apercebeu dos erros de ortografia no original.

 

Portanto, a partir daqui, a minha conversa passa a ser com a douta fonte que o senhor desonestamente copiou sem citar.

 

Tanto quanto sei, nunca nenhuma revista científica credível aceitou publicar o manuscrito dos indivíduos do Departamento de Fisiologia da Faculdade de Ciência Veterinária da Universidade Complutense de Madrid, manuscrito no qual se baseia o texto que o senhor copiou.

 

O texto que o senhor copiou começa por referir uma hipertelia intracefálica ao nível do infundíbulo do terceiro ventrículo. Pergunte aos autores onde leram tal coisa? Qual a base amostral? Fundamenta-se num nível alfa inferior a 0,05? Esclareça-me.

 

Mais, eles que demonstrem que as hipertelias estruturais têm consequências metabólicas. Se mo demonstrarem proporei à Academia de Estocolmo que lhes seja atribuído o Prémio Nobel.

 

Continuando. A beta-endorfina que é um polipéptido de cadeia curta (31 aminoácidos) é produzida não só ao nível hipotalâmico, mas também ao nível hipofisário e noutras zonas. Aliás ela foi descoberta em 1976 ao nível hipofisário e não ao nível hipotalâmico. Os autores da descoberta foram Choh Hao Li e David Chung. O seu a seu dono!

 

Um dos erros formais do texto que o senhor copiou é a afirmação de que algo no organismo está encarregue de alguma coisa. É um raciocínio teleológico aceite em religião mas inaceitável no discurso científico. Não está “encarregue” mas “tem por consequência”, o que é totalmente diferente. A teleologia demonstra uma ignorância avassaladora sobre os processos evolutivos.

 

Uma das principais inconsistências do manuscrito no qual se baseia o texto que o senhor copiou e que leva ao seu “chumbo” pela comunidade científica, é afirmar que o touro, uma vez lidado (ou seja, já cadáver) apresenta níveis de cortisol (hormona do stress) inferiores aos que apresenta um touro transportado num camião, deduzindo os autores que o touro sofre mais no camião do que durante a tourada. Erro crasso. Falam de touros durante a tourada, mas a maior parte dos touros estavam mortos durante a extracção do sangue. Um estudo que se realiza no cadáver de um animal não nos diz rigorosamente nada sobre o que se passava quando o animal estava vivo.

 

Outro disparate vem logo na frase seguinte: «o touro perante a colocação de uma bandarilha redobre as suas investidas em vez de fugir, que é a reação natural de qualquer animal à dor”.

 

Não, meu caro, em qualquer animal a reacção é a fuga se tiver condições para isso.

 

Se estiver encurralado como o touro na arena, portanto se não tiver condições de fuga, só tem duas alternativas: ou luta ou fica estático. Nesta situação o animal avalia o inimigo. Se considera que tem condições para vencer, luta. Se considera que não tem, inibe a acção e fica estático.

 

O que é que o leva a lutar? É activado um conjunto de feixes nervosos denominado “sistema periventricular” que o leva a lutar.

 

O sistema periventricular é constituído por vias eferentes hipotalâmicas (na parede do terceiro ventrículo) que atingem principalmente os núcleos supra-ópticos posterior e tuberal e confinam com a substância cinzenta periventricular.

 

Uma das consequências da activação do sistema periventricular (atenção, só há estudos em humanos) é a produção do neuropéptido-y que, ao que tudo indica, pode estar associado à resiliência em relação ao stress pós-traumático e à resposta de medo, permitindo aos indivíduos uma melhor resposta sob stress extremo (Julie Steenhuysen, 2009).

 

E o que é que leva a inibir a acção?

 

Os poucos estudos conhecidos levados a cabo pela equipa de Laborit (1974, 1977) foram realizados em ratos. Em situações em que não pode lutar nem fugir é activado um conjunto de feixes nervosos denominado “sistema inibidor de acção” (área septal média, hipocampus, amígdala lateral e hipotálamo ventromediano). Tanto quanto sei são desconhecidos os mecanismos neuroquímicos envolvidos, apesar de existirem algumas conjecturas sobre isso.

 

Bom, e vamos discutir um pouquinho o valor de sobrevivência da inibição dos centros de dor.

 

Antes de mais a dor tem um imenso valor de sobrevivência. Se não houvesse dor o animal não se aperceberia da gravidade dos seus ferimentos e morreria.

 

Assim, ao longo do processo evolutivo, foi seleccionada a capacidade de produção de endorfinas. Esta anestesia endógena é de curta duração e é uma atenuação e não uma eliminação da dor (não existe um único estudo que refira “eliminação”). Os neuropeptídos que constituem as endorfinas são neuropéptidos de vida curta (short-term). Permitem ao animal, num curto período após o trauma, a serenidade necessária à organização de uma resposta adequada à situação.

 

Dou-lhe um exemplo humano. O senhor está a cortar pão e a faca resvala cortando-lhe um dedo. É muito doloroso. Mas, após algumas fracções de segundo, o seu sistema nervoso responde com a produção de endorfinas. A sua dor é significativamente atenuada. Pensa, vai desinfectar a ferida, decide ir ao hospital para a suturar, etc..

 

Se tivesse uma dor insuportável não teria a serenidade necessária para encontrar uma solução. As endorfinas permitem-lhe essa serenidade por um curto período mas, passado pouco tempo, vai sentir imensa dor. Contudo o problema está resolvido e sobreviveu. Mas as endorfinas são de vida curta. Apenas lhe dão tempo para resolver o problema, e muito pouco tempo.

 

Quando uma gazela é caçada por uma leoa, o seu sistema neuro-endócrino produz endorfinas. A dor diminui à espera de uma solução para o problema. Diz-se que a gazela sofre pouco. Mas isso será porque a morte é suficientemente rápida, mais rápida que o tempo de vida das endorfinas produzidas.

 

O período de lide de um touro na arena é demasiado longo. Não há endorfina que persista durante todo o tempo da lide.

 

E vamos agora ao resto, à lide.

 

As bandarilhas? Em Portugal espetadas ou a cavalo, ou a pé. Para quem não sabe, são varas de madeira com uma ponta de aço de 6 cm que se prendem à área dorsal do touro e que aí se mantêm pelo facto de, na sua ponta, possuírem um arpão de 16 mm. Existem ainda o matador e os forcados. O matador faz uma série de passes com a capa e também espeta bandarilhas no animal. Os forcados desafiam o touro e, em grupo, agarram-no toldando-lhe a visão e tentando imobilizá-lo.

 

Nesta parte poderá não ser causada dor física ao animal, embora lhe seja imposto um enorme esforço físico e psicológico. As bandarilhas, pela força da gravidade e do movimento do touro, causam danos aos nervos, músculos e vasos sanguíneos. No caso dos danos causados nos vasos sanguíneos, é significativamente reduzida a irrigação sanguínea dos músculos importantes para o movimento.

 

Além do mais, as bandarilhas podem ferir os ramos nervosos dorsais da medula espinal, o que causa claudicação temporária e leva à inibição reflexa do plexo braquial (o centro nervoso que inerva as extremidades anteriores). Podem ainda causar hemorragias no canal medular e ferir a parte superior das costelas.

 

Portanto, o sistema nervoso do touro sofre danos significativos durante a tourada, tornando uma resposta normal impossível em termos de libertação de ACTH e cortisol.

 

O estudo no qual se baseia o texto que o senhor copiou conclui, entre outras coisas sem qualquer fundamento científico credível, que os touros que só tenham sido transportados ou que estão na arena sem ser toureados, portanto sem danos físicos, produzem mais cortisol do que aqueles que sofreram danos. Portanto é maior o stress de não ser toureado do que o de ser toureado. Fantasticamente ilógico!!!

 

O que se passa na realidade é que o seu sistema nervoso está intacto, o que é essencial para a resposta hormonal.

 

José Laguía, membro do Colégio Oficial de Veterinários de Espanha refere que em pessoas envolvidas em acidentes com grandes lesões na coluna vertebral, a resposta hormonal que resultaria na liberação de cortisol é reduzida ou mesmo ausente? Pode haver alguma situação mais stressante para alguém do que pensar que poderá passar o resto da vida numa cadeira de rodas? É que o que se passa na realidade é que o sistema nervoso está de tal modo danificado que se torna impossível a resposta adequada.

 

A outra parte do estudo dos indivíduos do Departamento de Fisiologia da Faculdade de Ciência Veterinária da Universidade Complutense de Madrid refere-se à produção de beta-endorfina que, como referi atrás, é produzida em situações de dor.

 

Segundo esses senhores, durante a tourada, o animal, aparentemente, liberta uma enorme quantidade de beta-endorfina. Então os ditos senhores concluem que neste caso a beta-endorfina seria capaz de evitar a dor do touro.

 

Dizem esses senhores que o touro liberta dez vezes a quantidade de beta-endorfina do que um ser humano. Fantástico!

 

Para o mínimo de credibilidade científica desta afirmação, os ditos seres humanos, para que o estudo comparativo fosse fidedigno, teriam que estar sujeitos rigorosamente às mesmas condições que o touro. É o controlo de variáveis – chama-se método científico.

 

Portanto o ser humano teria que ser toureado, bandarilhado, pegado, etc..

 

Tanto quanto sabemos isso não foi feito e portanto as conclusões não têm qualquer validade.

 

Ainda por cima, como já referi, os níveis hormonais foram medidos no sangue recolhido em touros mortos, por isso é impossível saber em que altura da tourada a beta-endorfina foi libertada.

 

Numa crítica ao manuscrito dos senhores da Universidade Complutense de Madrid, o atrás referido José Laguía defende que a resposta hormonal depende da “integridade das estruturas nervosas, pois sabe-se que, quando há um dano neurológico, a beta-endorfina pode ser libertada no local da dor, devido a determinados mecanismos celulares, sem o envolvimento do sistema nervoso. (…) quando a agressão é repetida frequentemente ou tem lugar durante um período prolongado de tempo, e quando os recursos do animal para alcançar o nível de adaptação são inadequados (…) as respostas hormonais à dor, ou seja, a liberação de grandes quantidades de beta-endorfina tais como são encontradas no sangue de touros após uma tourada, são a resposta normal do organismo a grande dor e stress, e têm muito pouco a ver com capacidade para os neutralizar; Na verdade, ao contrário, os níveis de hormona indicam o grau de dor experimentada e não a capacidade do animal para a neutralizar”.

 

Quanto à incongruência da fase final do texto que o senhor copiou: “O touro é selecionadotendo em conta a sua combatividade, sendo um animal que tem evoluído, ao longo dos séculos, estando fisiologicamente adaptado para a lide” talvez noutro dia a desmonte, mas este meu comentário já vai longo e a paciência já me vai faltando.

 

Cumprimentos.

Luís Vicente

 

Fonte: https://www.facebook.com/luis.vicente.5602/posts/10153752257533837

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 19:39

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