Quinta-feira, 30 de Março de 2023

«A informação em Portugal não é isenta e democrática», desabafo de um português que vive no Canadá, e está ATENTO ao que se passa (ou NÃO se passa) no seu País

 

Chegam-me, dos mais variados países do mundo, onde vivem comunidades portuguesas, desabafos de absoluto descontentamento e desilusão, por comprovarem que o NOSSO País está a afundar-se na mediocridade, cada vez mais, e em todos os sectores da sociedade portuguesa.

 

Passados que são quase 50 anos sobre a Revolução dos Cravos, Portugal RECUA progressivamente. O País está mergulhado num CAOS nunca antes visto. Nenhum serviço funciona normalmente. Perdemos a nossa identidade linguística. A contestação a QUASE tudo é o pão nosso de cada dia, e os órgãos de informação, conforme as cores políticas dos que Querem, Podem e Mandam neles, pendem, ora mais para ali, ora mais para acolá, e só TRANSMITEM o que mais lhes convém.

 

Contudo,  NEM todos os portugueses, que vivem dentro e fora do País,  usam PALAS, e apercebem-se de que algo vai muito mal na República DOS Bananas de Portugal.

 

É o caso de Carlos C. que, do Canadá, enviou este desabafo, com o qual concordo plenamente, a propósito da entrevista a António Costa, que ocorrerá HOJE, dia 30 de Março, na SIC.

 

Isabel A. Ferreira

VERDADES.png

 

Por Carlos C.

 

«Na Itália, há anos que Berlusconi, mesmo quando era PM, era dono duma grande cadeia de TV (tinha outro nome, e agora é a Mediaset). Claro que opiniões expressas nela eram-lhe favoráveis, ou no mínimo não o atacavam.

 

Não há lei que o proíba, mas é sujo...

 

Em Portugal há uma coisa do mesmo género...

 

HOJE, dia 30 de Março, a SIC vai fazer uma grande entrevista a António Costa no noticiário principal, das 20 h.

 

Com o costume que o seu meio-irmão (filho do mesmo pai) Ricardo Costa, Director de Informação, tem de não ficar na sombra, e actuar como jornalista e comentador, será que é ele a conduzir a entrevista?

Acredito que não... 

 

Contudo, a existência dum familiar do PM na direcção de informação dum canal tão importante causa-me desconforto.

 

É que quer tenham relações amistosas ou não, essa situação leva a dúvidas quanto à cobertura que o canal dá às peripécias no governo, e a suspeitas de favorecimento ou o seu contrário. Um corolário é o tratamento que o canal dá a rivais do PS de António Costa.

 

Eu recordo que a SIC lembrou-se de transmitir, em duas partes, um documentário sobre os defeitos do Chega precisamente durante a última campanha presidencial, em que Ventura era candidato!  

 

E há uns dias, Ricardo Costa, armado em comentador, atacou essa Némesis de Costa, André Ventura, porque tinha dito coisas meio parvas... Contudo, há quem na política também tenha ocasionalmente o condão de tropeçar e não são literalmente espicaçados como Ricardo Costa o fez a um rival do PS.

 

Aliás, é de lembrar que a SIC tem a lata de incluir Pedro Delgado Alves, VP da bancada do PS, em DOIS programas semanais de debate, o Linhas Vermelhas e o Sem Moderação. E isto sem identificar PDA com a posição que ele ocupa (Daniel Oliveira também entra em dois programas, mas ele é "adepto" duma certa orientação, ao passo que PDA é mesmo da "direcção" dum clube).

 

Claro que esta inclusão dá ajuda ao PS, sem que a maioria do público dela se aperceba.

 

Enfim, a informação da SIC não é de confiança, e isso nota quem tiver os olhos abertos e os ouvidos à escuta, como por exemplo na omissão ou falta de relevância dada ao revés que aconteceu ao Mondego que era descrito como pronto a cumprir missões (nem no rodapé isso apareceu!).

 

A RTP tem outros problemas, mas resumindo, a informação em Portugal não é isenta e democrática.

Carlos C. (Canadá)

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:10

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Terça-feira, 10 de Maio de 2016

Aficionados de luxo ou lixo social?

 

Francamente, esta “gente” acha que ser aficionado dá estatuto social a “individualidades” que se divertem à custa do sofrimento de seres sencientes. Só isto demonstra a falta de lucidez e de carácter dos intervenientes.

 

E, obviamente, não é lá por uns quantos colunáveis serem aficionados, que a selvajaria tauromáquica vá ser considerada algo moralmente, culturalmente e socialmente admissível.

 

Aficionados de lixo.jpeg

 

 Fonte da imagem:

https://www.facebook.com/VergonhaNacional/photos/a.175438099165520.37999.175436649165665/1139111489464838/?type=3&theater

 

Esquecem-se de que o divertimento à custa da tortura de seres vivos  pertence ao foro dos sádicos. Está mais do que provado.

 

Também está mais do que provado que um curso superior, um cargo político superior ou uma profissão superior não faz ninguém ser moralmente e mentalemente superior.

 

Recorde-se que os mais bárbaros e cruéis assassinos, sádicos, ditadores, usurpadores, torturadores, psicopatas, empaladores da História da Humanidade, desde tempos remotos, saíram das classes altas, de imperadores, de políticos, de governantes, de monarcas, de indivíduos que frequentaram cursos superiores e exerceram os mais altos cargos políticos e sociais.

 

É que só existe uma superioridade: a superioridade mental, e esta não se aprende nas universidades, nem se ganha ocupando cargos de relevo.

 

E definitivamente, estas personagens, que vão para uma arena aplaudir a tortura de um ser vivo, são moralmente, socialmente, culturalmente, intelectualmente e mentalmente de muito baixo nível e com graves desvios comportamentais e de carácter. Está mais do que provado cientificamente.

 

Portanto, não venham falar em aficionados de luxo, porque não passam de lixo social, assim como lixo é a tauromaquia.

 

«A tauromaquia é a terrível e venal arte de torturar e matar animais em público, segundo determinadas regras. Traumatiza as crianças e adultos sensíveis. A tourada agrava o estado dos neuróticos atraídos por estes espectáculos. Desnaturaliza a relacção entre o Homem e o animal, afronta a moral, a educação, a ciência e a cultura.» Esta é uma verdade universal, seja lá quem a proferiu. Uma verdade irrefutável.

 

E quem não percebe isto, rasteja na lama da ignomínia, achando que a selvajaria tauromáquica é um diploma que se tira numa qualquer universidade.

 

Nenhum escritor, político, artista plástico, governante, presidente da república, professor universitário, seja lá quem for, fugirá ao estigma de sádico, quando vai a uma arena aplaudir a tortura de um ser senciente indefeso, inocente e inofensivo.

 

Estas “individualidades” esquecem-se de que ficarão no caixote de lixo da História. Não nos pedestais. Não perpetuados em estátuas de pedra ou de bronze para toda a eternidade.

 

E mais… terão de enfrentar, inevitavelmente, a infalível Lei do Retorno. Mais tarde, ou mais cedo.

 

O jornal i pôs a nu as fraquezas mentais de alguns aficionados a que chamou de “luxo”

 

No próximo dia 1 de Junho o tema da selvajaria tauromáquica será levado (uma vez mais) à Assembleia da República, onde se encontram de atalaia bastantes aficionados a ganhar salários pagos com o nosso dinheiro, para, quase exclusivamente, defenderem a tortura de seres vivos, desprestigiando, de um modo aviltante, aquele órgão do Poder.

 

Diz o “i” que Jorge Sampaio e Vera Jardim, dois aficionados assumidos, nados e criados entre a barbárie, viajavam até Madrid para assistir a touros de morte. Não esqueçamos que Jorge Sampaio, enquanto presidente da República, levou os “touros de morte” para Barrancos, uma das mais atrasadas localidades portuguesas, talvez para não ter de ir tão longe satisfazer os seus mais mórbidos instintos. 

 

Moita Flores, Elísio Summavielle, Maria Alzira Seixo, Marcelo Rebelo de Sousa, Gabriela Canavilhas, Alice Vieira, Miguel Sousa Tavares, João Soares, Daniel Oliveira, entre outros “colunáveis”, desde pequenos assistem à tortura de Touros. E quando tal desgraça acontece na vida de uma criança, enraíza-se nela os maus instintos, a apetência para a crueldade e, quando crescem, tornam-se sádicos, ávidos de ver sangue e sofrimento, sem o menor escrúpulo, sem a menor compaixão. Típico da síndrome da apetência para a crueldade que neles se desenvolve.

 

Todos eles, uns mais, outros menos, perdendo o sentido crítico e a noção do ridículo, do bom senso e da auto-estima, devido à patologia de que sofrem, assumem que gostam da “festa brava”, com a mesma naturalidade que dizem adorar ir ver um concerto da Maria João Pires, estando-se nas tintas para o prestígio que perdem, para as críticas de que são alvo, para o epíteto de sádicos que recebem e para a exposição pública da patologia deles.

 

E isso é já uma demonstração da total alienação mental que uma infância vivida em antros tauromáquicos (como Vila Franca de Xira, Moita, Santarém entre outros) lhes provocou. É inevitável.

 

Todos aqueles que cresceram a ver torturar Touros e Cavalos criaram uma carapaça de insensibilidade e incompaixão pelo outro, transformando a crueldade em algo normal, plausível e praticável, não concebendo outra alternativa, e esses, mais do que outros, são os mais arreigados aficionados de selvajaria tauromáquica.

 

Contudo, há uns que nascem com genes evolutivos e evoluem, independentemente do meio onde foram criados. Outros, nascem esvaziados desses genes e não conseguem ultrapassar a linha do horizonte que lhes é mostrada.

 

Ainda recorrendo ao jornal “i”, este referiu que andando Jorge Sampaio em campanha eleitoral para a Presidência da República, em Vila Franca de Xira (um outro antro de selvajaria tauromáquica) um jornalista perguntou-lhe se gostava de touradas. Os que o rodeavam esperaram dele uma resposta politicamente correcta, mas Sampaio deixou falar mais alto a sua carga genética involutiva e os seus instintos mais mórbidos e disse “Gosto muito e só tenho pena de não poder assistir mais vezes.” Esta resposta realmente diz bastante da fragilidade mental de alguém que, por incrível que pareça, já ocupou o mais alto cargo político da Nação.

 

O “i” acrescenta ainda que João Gabriel, assessor de imprensa, confessou que, naquele momento ficou “gelado” e correu atrás dos jornalistas para tentar desvalorizar a revelação feita pelo futuro presidente da República. Não haverá aqui algo incongruente? Então a tourada, para eles, não é considerada “arte”?

 

Se a tourada fosse “arte” e “cultura” estudá-la-íamos nas disciplinas de História de Arte e Cultura Portuguesa, nas Universidades. Fiz estas duas disciplinas e jamais, nem de passagem, a tourada nelas foi abordada.

 

Quanto a Elísio Summavielle, actualmente presidente do Centro Cultural de Belém (para vergonha de Portugal) e ex-secretário de Estado da (in)cultura, como o avô era da Moita, um dos maiores antros tauromáquicos portugueses (e estaria tudo dito), ele “desde muito cedo” começou a frequentar as arenas de tortura na Moita e em Vila Franca de Xira, e diz sem pejo algum: “Toda a vida vi corridas e toda a vida vivi com as pessoas ligadas à festa brava.”

 

Pois… O contacto com a violência e a crueldade praticada contra indefesos Touros moldou-lhe um carácter totalmente desprovido de sensibilidade e compaixão, desvirtuando-lhe a noção dos valores humanos, ao ponto de se embevecer com o combate (desigual) de vida e morte entre um cobarde torturador (vulgo toureiro) e um Touro indefeso, e considerar esta barbárie como “património cultural”, não podendo ser abolido por decreto.

 

Se não for por decreto, esse impatrimónio incultural será abolido pela evolução.

 

Fará este aficionado a ideia do descomunal disparate que diz? Pensará este ex-governante que todos os Portugueses são idiotas?

 

O mesmo acontece com Moita Flores que desde “puto” está enfronhado na prática da violência e da crueldade, e o seu carácter também foi moldado pela selvajaria tauromáquica, ao ponto de, enquanto presidente da Câmara de Santarém, ter esbanjado mais dinheiros públicos com a tortura de seres vivos, do que com as infra-estruturas necessárias à terra.

 

É que, para estes aficionados, pode faltar tudo, excepto o cheiro a sangue, a urina, a bosta e a álcool que uma tourada proporciona, para satisfazer o prazer mórbido deles, através da masturbação mental.

 

Refere ainda o jornal “i” que Daniel Oliveira, comentador e ex-dirigente do BE, confessou que a grande maioria das pessoas com quem convive acha “inacreditável” que ele goste de ir a corridas de touros.

 

Será “inacreditável” para alguns, porque para a maioria dos portugueses não é, pois esta patologia aberrante da selvajaria tauromáquica apanha indivíduos de todo o género, enfronhados nas trevas, desde os ditos de direita e esquerda, aos monárquicos, a professores catedráticos, escritores, pintores, enfim… e o que os torna iguais é o terem tido uma infância perversa e vivida a louvar a crueldade e a violência como ladainhas a santos. Sim, porque a igreja dita católica tem aqui uma culpa indesculpável.

 

Diz ainda o “i” que todos recusam o rótulo de “agressores” dos animais. Moita Flores diz, sem ajuizar o alcance do que diz: “Eu tenho animais. Tenho a maior estima pelos animais. Não reconheço a ninguém autoridade para me dizer que gosta mais de cavalos ou touros do que eu”.

 

Esta afirmação já diz da alienação mental de quem a profere. Ninguém mais do que ele gosta de Touros e de Cavalos e, no entanto, aplaude vê-los ser torturados barbaramente numa arena? O que seria se não gostasse deles!...

 

Aliás, para os aficionados, os Cavalos e os Touros nem animais são. São apenas coisas que se podem espetar como se fossem almofadas de alfinetes.

 

São tão alienados que perdem totalmente a noção da realidade e acabam por não saber o tamanho das parvoíces que proferem.

 

Só nos resta que este governo, dito de esquerda, esteja à altura de políticas evolutivas, retire o pé que tem especado num passado que vem desde a ocupação filipina, dê um salto para o futuro e coloque Portugal no caminho da evolução.

 

Isabel A. Ferreira

 

Fonte: http://www.ionline.pt/509784

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:11

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Segunda-feira, 28 de Março de 2016

Vamos mudar de ideias, Sr. Presidente Marcelo Rebelo de Sousa?!

 

Marcelo Rebelo de Sousa.png

 

Autor: Filomena Marta

Fonte:

http://animasentiens.com/vamos-mudar-ideias-sr-presidente-marcelo-rebelo-sousa

 

Estávamos em 2013, mais propriamente em Janeiro desse ainda não muito distante ano, pelo menos não tão distante que nos leve a esquecer palavras (mal)ditas. (1)

 

Estava instalada a polémica sobre a exigência da morte de um cão por ter mordido uma criança pequena em circunstâncias obscuras e mal explicadas, cheias de contradições, numa questão que infelizmente terminou na tragédia da morte da criança. Vai daí, algumas pessoas incivilizadas e desinformadas desataram aos berros a clamar pela morte do cão.

 

Factos. A criança muito pequena entrou numa cozinha às escuras onde o cão dormia, tropeçou no cão e o animal reagiu instintivamente mordendo. O cão era (é) um animal de potente força mandibular. A criança era muito pequena e supostamente a mordida foi na zona do crânio. A autópsia não foi conclusiva sobre ferimentos derivados de mordedura de um cão, mas sim por traumatismo craniano. O animal, quando foi retirado pelas autoridades para ser lançado para um canil tão abjecto como são os canis municipais, demonstrou uma atitude submissa e dócil. Enquanto muitos clamavam histericamente pela morte do cão, alguns mantiveram a inteligência e consciência intactas e fizeram tudo ao seu alcance para travar a morte do cão. O cão, felizmente, foi salvo e entregue à guarda de uma Associação de Protecção Animal.

 

Mais factos. Milhares de cães e gatos (e uma imensidão de animais selvagens e de criação) são diariamente espancados, abusados e vítimas das mortes mais requintadamente terríveis, em actos perpetrados por humanos, sem que haja qualquer comoção e castigo.

Ainda mais factos. Na supradita data dois indivíduos com voz activa como comentadores de televisão diziam, com as devidas diferenças de vocábulos entre o boçal e o erudito, que “o ser humano mais asqueroso/hediondo vale mais do que o animal mais amado”. O autor do “asqueroso” é o igualmente Daniel Oliveira. O autor do “hediondo” é o senhor que hoje é Presidente desta nossa triste República e que, espantemo-nos, recebeu de presente da Força Aérea um cachorro Pastor Alemão de 3 meses!

 

Ao princípio pensei que teria sido a Força Aérea a cometer um deslize ao oferecer um cão a quem tem em tão rudimentar conta um animal, mas depois disseram as notícias que tal surgira da vontade demonstrada pelo Presidente em ter um cão. Por que será, é um mistério. Porque Obama também tem? Porque as Casas Reais geralmente têm vários animais de estimação? As dúvidas sobre as nobres intenções desta “adopção” são obviamente muitas e justificadas pela barbaridade já dita.

 

Será para ficar bem “na fotografia”? Ou será que este homem, que até é inteligente (e a quem relutantemente dou o benefício da dúvida, aceitando que é um Ser Humano imperfeito como todos os outros e que pode dizer coisas impensadas – não retiradas de contexto, como alguns já tentaram aventar, pois basta aceder à gravação do programa -, destituídas de sensatez) vai mudar de ideias? Será que o Sr. Presidente vai aprender que o animal mais amado vale mesmo muitíssimo mais do que o “ser humano mais hediondo”?

 

Sim, porque seres humanos hediondos não são seres humanos, são coisas que andam a poluir o planeta e a gastar oxigénio e água preciosos. São pedófilos (pior do que isso, são monstros que violam bebés!), são assassinos em série, são escória sem humanidade ou sentimentos. Qualquer cão, mesmo o mais sarnento, vale mais do que essas criaturas deformadas. O animal mais amado, então, não tem sequer comparação.

 

Mas nem é preciso ir tão longe. O animal mais amado vale tantas vezes mais do que o vulgar vizinho malformado e sem carácter.

 

E então? Vamos mudar de ideias, Sr. Presidente Marcelo Rebelo de Sousa?!

 

Vai o pequeno Asa dar-lhe asas para outros voos de consciência?

 

(1)

http://animasentiens.com/duplamente-triste

http://animasentiens.com/tragedia-bebe-cao-beja

http://animasentiens.com/desilusao

http://animasentiens.com/humanos-asquerosos  

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:48

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Domingo, 13 de Janeiro de 2013

Direito de resposta a opinião de Daniel Oliveira: «O cão que matou a criança e as comparações grotescas»

 

Um texto de Filomena Marta, que subscrevo inteiramente.

 

 

A tragédia do bebé e do cão de Beja

 

por Filomena Marta

 

«Os ânimos têm estado ao rubro, entre os que além da tragédia humana querem ver a tragédia do animal, e entre os que advogam a superioridade inquestionável e inabalável do Ser Humano sobre todas as criaturas que povoam a Terra.

 

Daniel Oliveira foi até autor de uma frase que me arrepia: “Resumo assim: a vida do humano mais asqueroso vale mais do que a vida do animal doméstico de que mais gostamos.” Ler mais:

http://expresso.sapo.pt/o-cao-que-matou-a-crianca-e-as-comparacoes-grotescas=f778636#ixzz2HfQ7UnkK

 

 

Para mim, "o mais asqueroso ser humano" é precisamente isso e não merece o ar que respira. Qualquer cão ou gato vale mais do que o ser humano mais asqueroso. Não é apenas e só por ser “Ser Humano” que o seu valor se altera. Esta tragédia, infelizmente, não tem retorno, porque uma criança morreu. Mas ao contrário de um Ser Humano, este animal não matou por crueldade, por maldade, por terrorismo. Um trágico desfecho pela soma de negligências, contra a criança e contra o animal.

 

 

 

Até pode muito bem ser que em breve se saiba a verdade sobre o assunto, que o cão tenha realmente ferido mortalmente a criança... sem ignorar a dor dos pais e a tragédia da morte da criança, sem esquecer a negligência de deixar um bebé entrar num quarto escuro onde está um cão a dormir, caindo o bebé em cima do cão, já que nos conseguimos pôr no lugar dos humanos, que tal conseguirmo-nos pôr também no lugar do cão: estamos a dormir num quarto escuro e caem-nos em cima... não se trata de desculparmos ou não desculparmos, não se trata de defendermos ou não defendermos, trata-se de usarmos o raciocínio (que pessoas que acham o ser humano superior a todos os outros animais têm a obrigação de usar!).

 

 

 

A tragédia é só uma, com duas realidades: actos de negligência levaram à morte de uma criança.

Isto é incontornável: a morte da criança.

Também é incontornável a inocência do animal.

 

 

Comentei um comentário no Facebook, sem saber que estava a comentar uma pessoa que eu conhecia. Essa pessoa dizia algo como “pena do cão é a última coisa que tenho”, e confesso que o meu comentário, não sendo ofensivo, não foi agradável. Pouco depois o meu telefone tocava… dizia-me, então, a minha conhecida, que conhecia o médico que tinha atendido a criança que morreu e que o cão tinha atacado a criança, e pedia-me que retirasse o meu comentário de resposta ao dela.

Algumas considerações sobre esta informação.

 

 

Compreendo o radicalismo desta minha conhecida, a morte de uma criança impressiona qualquer um. Compreendo-o, também, porque as posições de maior fanatismo tenho-as encontrado em comentários de pessoas que desejam a morte do cão, tout court.

Nesta sequência, dizia a minha conhecida que estes cães tinham de ser todos abatidos.

 

 

Nesta sequência, sinto-me obrigada a dizer que todos os seres humanos “mais asquerosos” também têm de ser todos abatidos. Os violadores de crianças, muitas delas apenas bebés, os violadores em grupo, os assassinos em série, os seres “asquerosos” que torturam até à morte animais indefesos (como os que se entretêm a fazer os nojentos “crush vídeos”, onde pequenos animais são esmagados pelos pés de mulheres doentias para deleite de pervertidos sexuais). Infelizmente, há muitas perversões entre os seres ditos humanos, nomeadamente as perversões morais.

 

 

Volto a repetir que assistimos a uma tragédia e que a morte de uma criança é muito triste.

Mas é também triste a violência e o assassinato cometido todos os dias contra animais indefesos, e de que ninguém fala, ninguém quer saber, ninguém condena.

 

 

Um animal sem historial de agressividade se ataca fá-lo por medo, por protecção ou por defesa. Não o faz por maldade. Não o faz premeditadamente. Qualquer caniche que seja assustado pelo próprio dono se pode voltar para morder, geralmente detendo-se quando se apercebe que se trata do dono.

 

 

Infelizmente, os danos que podem advir de um ataque por defesa de um cão de grande porte e grande força mandibular são obviamente graves e muito diferentes da mordidela de um Chihuahua. Mas convido todos aqueles que acham que os cães são maus porque nascem maus a ler opiniões de grandes especialistas em comportamento canino, como o veterinário Ian Dunbar.

Só há uma espécie que é má porque nasce má: o Homem. E mesmo esse teve como defensor o Padre Américo, que dizia que “não há rapazes maus”, a sociedade é que os torna maus.

 

Paz a esta criança que, vítima de negligência, encontrou a morte.

Paz a todos os inocentes que são violentados e mortos, sejam humanos ou não-humanos.

 

 

Fotos

São muitos milhares de imagens de crueldade extrema, que acontece todos os dias, todas as horas, em todo o mundo… perante o silêncio, a cegueira e a indiferença dos Seres Humanos justos.

E para que “o mal impere, basta que os bons nada digam”.

 ***

NOTA: Este artigo é acompanhado de importantes fotografias, que seguem em anexo. Para poder aceder às legendas destas fotografias, por favor aceda a www.animasentiens.org -- crónica "A tragédia do bebé e do cão de Beja".

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 14:51

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Sexta-feira, 6 de Julho de 2012

«A TOURADA E O BOM SENSO» - DUAS PALAVRAS QUE SÃO COMO A ÁGUA E O AZEITE, NÃO CONSEGUEM UNIR-SE...

 

 

O QUE É O CASO DOS DEPUTADOS DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA PORTUGUESA

 

 

Vou aqui transcrever um texto do Daniel Oliveira, que muito me decepcionou (os sublinhados são meus).

 

Não podemos pretender BOM SENSO quando a TORTURA DE UM SER VIVO PARA DIVERSÃO está em causa.

 

Isto é algo que CUSTA A ENTRAR APENAS NOS CÉREBROS QUE NÃO EVOLUÍRAM.

 

A TORTURA jamais PODE ESTAR NA BERLINDA e ser conotada com CULTURA ou com IDENTIDADE. JAMAIS.

 

Os autarcas, normalmente senhores doutores e engenheiros, deveriam ser os primeiros a dar o exemplo de BOM SENSO. E são os PIORES.

 

A única solução inteligente para esta questão é a ABOLIÇÃO TOTAL DE ESPECTÁCULOS QUE SACRIFIQUEM ANIMAIS NÃO HUMANOS. Faz parte da MORAL e da ÉTICA HUMANAS.

 

Sacrificam-se Touros e Cavalos em nome de um deus menor, chamado DINHEIRO, a única mola mestra que move este ritual sanguinário, que os nossos governantes promovem.

 

Daniel Oliveira, não há debate possível, nem soluções equilibradas quando se trata da VIDA, um valor absoluto, comum a todos os ANIMAIS HUMANOS E NÃO HUMANOS.

 

Ou se é pela VIDA ou se é pela MORTE.

 

A MORIBUNDEZ não existe.

 

Fique com os meus pêsames.

 

***

 

«A TOURADA E O BOM SENSO»

 

Por DANIEL OLIVEIRA

 

Não vou aqui, mais uma vez, discutir o que penso da tourada, do que ela significa para as culturas raianas e do sul do País e que têm na relação com o touro um elemento fundamental da sua identidade. O debate fica quase sempre demasiado quente e irracional para ser produtivo.

 

O Bloco do Esquerda (pela mão de Catarina Martins, uma das deputadas que mais respeito pelo excelente trabalho que tem feito na área da cultura) e os "Verdes" propuseram a proibição da transmissão de tourada na RTP e o fim dos apoios públicos - de autarquias incluídas, imagino eu - aos espetáculos tauromáquicos. Discordo. E a minha discordância é independente do que penso sobre a tourada que, como já escrevi mais do que uma vez, é diferente da posição destes dois partidos. A minha discordância tem a ver com a forma como penso que devem ser dirigidos os serviços do Estado.

 

Primeiro: não penso que a programação da RTP deva ser determinada, avulso, pelo Parlamento. Cabe ao poder político definir objetivos genéricos para o que deve ser o serviço público de televisão e criar novas regras para a nomeação do conselho de administração da rádio e televisão do Estado. Como, aliás, o Bloco de Esquerda tem defendido. Ir enxertando na lei da televisão esta e aquela proibição (ou ir alargando proibições que já existem), esta e aquela recomendação, é um mau princípio legislativo que vai contra as posições que o próprio Bloco de Esquerda tem defendido para a autonomia da RTP face ao poder político.

 

Segundo: deve o poder local manter uma relação próxima com as suas populações. É impensável que as câmaras municipais de Barrancos ou de Vila Franca de Xira, só para pegar em dois exemplos, não se envolvam nas principais festas locais. Qualquer lei que assim o determinasse seria naturalmente contornada por estas autarquias. Porque a uma lei não bastam as suas intenções. É preciso que seja minimamente aceitável para a maioria da população a que se aplica.


Quem, por forte convicção, quer acabar com a tourada - demanda que não acompanho, mas aceito como legítima - tem de seguir um caminho mais difícil, mas mais seguro: o do confronto cultural. Qualquer lei que a proíba, diretamente ou através de outro tipo de constrangimentos - de divulgação ou financiamento -, está condenada ao fracasso enquanto para partes significativas da população de algumas regiões do País a tourada faça parte da sua identidade cultural.

 

A França, ao que sei, encontrou uma solução inteligente: tem legislação específica para o sul do país, onde a tourada está fortemente enraizada. Parece-me um compromisso aceitável.

 

Escrito isto, acho lamentável que o debate sobre este assunto acabe quase sempre, como acabou numa recente audição pública promovida pelo Bloco de Esquerda (por comportamento desrespeitoso dos defensores da tourada), em insultos. Nem a tourada pode, como já vi num inenarrável anúncio de um movimento de defesa dos animais, ser comparada a maus-tratos a mulheres praticados em alguns países, nem as propostas do Bloco de Esquerda e dos "Verdes" são "fascistas", como disse uma associação de aficionados. Com um debate um pouco mais sereno sobre este assunto poderiam ser encontradas soluções equilibradas. Ainda não parece ter chegado esse momento.

 

Nota final: o único argumento que nunca aceito é o de que "há outros assuntos mais importantes". A natureza deu aos humanos a capacidade de se preocuparem e resolverem vários os problemas ao mesmo tempo. A crise não suspende toda a realidade que exista para além dela.


 http://expresso.sapo.pt/a-tourada-e-o-bom-senso=f737392#ixzz1zqcBekmT

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:17

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