Não é uma vergonha?
Amanhã, dia 28 de Outubro, o Parlamento Europeu votará uma proposta de alteração que, se passar, impedirá a utilização de fundos europeus para financiar touradas de morte. É apenas um pequeno passo, mas é importante que seja dado.
Todos nós, que lutamos por um mundo livre de crueldade e violência gratuitas contra animais indefesos, apenas para divertir uns poucos sádicos, acreditamos ser inaceitável e imoral a existência de falsos “agricultores” a receber subsídios para criação de bovinos destinados a touradas.
Daí ser premente acabar com os subsídios europeus para que ganadeiros continuem a encher os bolsos com o dinheiro dos europeus que trabalham honestamente.
Além disso o Convénio Europeu sobre a protecção dos animais nas ganadarias é muito claro:
Os animais não devem sofrer dor, lesões, medo ou ansiedade.
Os ganadeiros, que se dedicam à criação de bovinos para touradas, não cumprem estes requisitos, mas também não há autoridade nenhuma que os faça cumprir.
A Comissão Europeia, como responsável pelo cumprimento dos Tratados devem fazer com que o mencionado no referido Convénio seja cumprido.
Por isso, senhores deputados europeus, amanhã, serão chamados a votar em várias propostas relativas ao orçamento geral da União Europeia para 2016.
Uma das propostas é a Alteração 22, apresentada pelo deputado estónio, Indrek Tarand (Verdes/ALE), que pretende impedir que subsídios europeus sejam destinados ao financiamento de touradas de morte, já que estas violam a Convenção Europeia sobre a Protecção dos Animais nas Explorações de Criação.
É totalmente inaceitável que fundos públicos sejam utilizados para financiar, directa ou indirectamente, uma actividade que explora o sofrimento animal para entretenimento, e que não tem mais razão de ser em pleno século XXI da era cristã, considerando tudo o que já sabemos sobre a senciência animal e a sua capacidade de sentir dor e tristeza, de sofrer, de chorar, de ter medo…
Por essa razão, é da racionalidade que os senhores deputados europeus votem a favor da Alteração 22, reflectindo o pensamento dos cidadãos evoluídos de todo o mundo, que manifestamente rejeitam esta actividade cruel, sangrenta e desumana, e sobretudo repelem o seu financiamento público.
Esta tendência da União Europeia para financiar a selvajaria tauromáquica esbarra nos lobbies dos empresários da tortura envolvidos e na falta de vontade política para alterar cânones retrógrados que deixam de servir interesses nacionais, para promoverem receitas extraordinárias para ganadeiros sem escrúpulos.