*Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Protecção das Crianças e Jovens.
O filho mais novo de João Moura acabou de fazer 15 anos, mas já anda a actuar em touradas em Portugal, ao que tudo indica, com autorização de uma Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ).
Tomás Moura está anunciado para mais uma tourada, no domingo.
Quem for sensível e preocupar-se com situação das crianças, filhas de aficionados e torturadores de Touros, por favor, deixe uma mensagem/comentário a este propósito no Facebook ou no Site da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Protecção das Crianças e Jovens.
Facebook: https://www.facebook.com/CNPDPCJ/
Site: https://www.cnpdpcj.gov.pt/contactos
Dirijo-me aos responsáveis pela Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Protecção das Crianças e Jovens, para perguntar porquê uma criança, de apenas 15 anos, anda a participar na prática bárbara que é a tortura de Touros tendo-se estreado em Reguengos de Monsaraz ao que tudo indica, com autorização de uma CPCJ, quando a ONU já instou, por TRÊS vezes, Portugal a afastar as crianças da tauromaquia, e esta criança está anunciada para mais uma tourada. Já por várias vezes me dirigi à CPCJ a denunciar estas situações inaceitáveis num País que se diz europeu e civilizado, e sempre a CPCJ fez ouvidos de mercador a estas situações gravíssimas, pondo em risco as crianças, fisicamente e mentalmente, mas são capazes de retirar os filhos a Pais, que não tendo como os sustentar, institucionalizam-nos, em vez de lhes darem condições para os sustentar. E isto só acontece num país ainda com um pé no terceiro-mundo. Por isso, venho novamente solicitar que a CPCJ cumpra as suas funções, protegendo esta criança dos que querem fazer dela um monstrinho, atirando-a a uma arena para maltratar um ser vivo. Façam alguma coisa a este respeito, não só pelas vítimas não-humanas, mas também pela criança a quem está a ser ensinado que pode humilhar e agredir cobardemente os seres mais vulneráveis, como se isso fosse arte ou cultura.
Isabel A. Ferreira
ESTE português ENVERGONHA-NOS 😭
Tortura bovinos em touradas em Portugal, tortura e mata bovinos em touradas noutros países, nomeadamente em Espanha. Pratica com bezerras, conforme documenta esta foto. Uma Vergonha!
[Foto: Treino na passada terça-feira numa propriedade de Armando João Moura. Publicada no blogue tauromáquico Farpas]
Fonte:
***
Bezerrada à corda nos Açores
Se a estupidez matasse esta gente estaria toda morta, incluindo as desventuradas crianças que têm o azar de nascer nestes antros. E não há autoridade alguma neste País, com um atraso civilizacional bem patente nestas imagens, que retirem estas crianças destes antros de crueldade e violência. Elas Nascem e crescem para serem os monstros do futuro. Que pouca sorte a delas!
Uma cria com poucos dias de vida é usada para divertimento de crianças e adultos. 😠
Diz Não, Assina a Petição:
http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT89816
Fonte:
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Uma imagem que diz tudo da desumanização de certos animais (mal) ditos humanos.
Esta criança nunca será criança. E como adulto será mais um monstro a espalhar crueldade e violência pelo mundo.
Isto é normal? Não é.
Isto é humano? Não é.
Por onde andará a Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Protecção das Crianças e Jovens?
Que governo será este que permite tamanha violação dos Direitos das Crianças e dos Direitos dos Animais?
Enquanto isto acontecer, Portugal é um país com um pé no terceiro-mundo.
Imagem tenebrosa. Assustadora! Surrealista! Violenta! Cruel! Inconcebível!
"É natural", dizem os aficionados.
"É bonito ver que que o miúdo leva jeito para tourear"...
Como poderá ser natural levar uma criança a assistir a actos que infligem crueldade?
Ouvir uma criança de 3 ou 4 anos dizer que não é bom porque não tem sangue é, no mínimo, assustador!
E saber que há "escolas" para crianças "aprenderem" a torturar animais... bebés é arrepiante!
Bem perto de nós, em Vila Franca de Xira, há uma dessas "escolas" e tem até o apoio da Câmara Municipal.
É doentio promover esta barbaridade! Insensibilizar crianças pode ser considerado maus-tratos. Como podem estes pequenos seres discernir entre o certo e o errado se é para eles natural espetar farpas nas costas de animais bebés?!
"Se todo animal inspira ternura, o que houve, então, com os homens?" (Guimarães Rosa)
Fonte:
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10218740290252166&set=a.2938584117461&type=3&theater&ifg=1
Que VERGONHA senhores governantes e deputados da Nação, afectos a estas práticas bárbaras e lesivas da saúde mental das crianças! Que VERGONHA!
Isabel A. Ferreira
Uma imagem que diz tudo da desumanização de certos animais (mal) ditos humanos.
Esta criança nunca será criança. E como adulto será mais um monstro a espalhar crueldade e violência pelo mundo.
Isto é normal? Não é.
Isto é humano? Não é.
Por onde andará a Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Protecção das Crianças e Jovens?
Que governo será este que permite tamanha violação dos Direitos das Crianças e dos Direitos dos Animais?
Enquanto isto acontecer, Portugal é um país com um pé no terceiro-mundo.
Imagem tenebrosa. Assustadora! Surrealista! Violenta! Cruel! Inconcebível!
"É natural", dizem os aficionados.
"É bonito ver que que o miúdo leva jeito para tourear"...
Como poderá ser natural levar uma criança a assistir a actos que infligem crueldade?
Ouvir uma criança de 3 ou 4 anos dizer que não é bom porque não tem sangue é, no mínimo, assustador!
E saber que há "escolas" para crianças "aprenderem" a torturar animais... bebés é arrepiante!
Bem perto de nós, em Vila Franca de Xira, há uma dessas "escolas" e tem até o apoio da Câmara Municipal.
É doentio promover esta barbaridade! Insensibilizar crianças pode ser considerado maus-tratos. Como podem estes pequenos seres discernir entre o certo e o errado se é para eles natural espetar farpas nas costas de animais bebés?!
"Se todo animal inspira ternura, o que houve, então, com os homens?" (Guimarães Rosa)
Fonte:
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10218740290252166&set=a.2938584117461&type=3&theater&ifg=1
Demita-se senhora directora.
Não tem competência para exercer um cargo cuja função é o DEVER de proteger as crianças.
Isto é coisa de um país terceiro-mundista, na sua essência. Um país que tem uma ou outra coisa de primeiro-mundo, mas a essência, aquela que é extravasada desde São Bento e Belém, é viscosa e repugnante.
Portugal não merece isto. E muitos menos as desprotegidas crianças de Monsaraz.
Este Touro foi morto ILEGALMENTE em Monsaraz, à frente de crianças.
Origem da imagem: http://www.theportugalnews.com/news/bull-killed-illegally-in-monsaraz/6517
Rosário Farmhouse, presidente da INÚTIL Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e ProteCção das Crianças e Jovens (CNPDPCJ) respondeu, de um modo inacreditável, inaceitável e condenável, à solicitação que lhe foi feita, inclusa neste link:
https://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/a-abominavel-festa-em-honra-do-senhor-826195
Nota prévia:
A resposta veio grafada à brasileira, e como estamos em Portugal, e como esta grafia é ilegal no nosso País, e eu não pactuo com ilegalidades e inconstitucionalidades, marco-lhe os erros ortográficos a vermelho, como é da praxe escolar marcar. O que está em itálico, é da autoria da senhora Farmhouse. O que está a negrito é o que me apraz comentar acerca desta inconcebível resposta.
***
«Agradecemos o seu email sobre a denúncia da realização de atividades tauromáquicas, com menores, no âmbito das festas de Nosso Senhor Jesus dos Passos, em Monsaraz. Nesta sequência solicitou a esta Comissão Nacional que procedesse às diligências necessárias que levem ao cancelamento do espetáculo referido.
Contactada a organização das festas supra mencionadas e o Exmo. Senhor Vereador da Cultura, da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz, Dr. Jorge Nunes, somos a informar o seguinte:
Em Monsaraz não há vereador da CULTURA. Poderá haver um vereador da “COLTURA”, que caracteriza um povo que não evoluiu.
- Em face das questões colocadas, não temos dúvidas sobre a pertinência das mesmas e merecem, sempre, desta Comissão, a maior importância;
- Os encerros têm semelhanças com as largadas de touros, novilhadas e touradas à vara larga praticadas em Portugal;
Tudo práticas medievalescas, grosseiras, violentas, e desadequadas aos tempos modernos.
- Neste caso em concreto, não há o envolvimento de animais. É utilizada uma tourinha, que simula o touro ou novilho, conforme imagem infra apresentada e, também, conforme o cartaz mostra.
Não haver o envolvimento de um animal vivo, não muda o facto de se estar a incentivar as crianças a actos violentos, que não conduzem a uma educação para a harmonia entre os seres, e que tornarão essas crianças violentas e deformadas mentalmente, tal como o são os adultos que as incentivam à barbárie.
- Quanto à intervenção das crianças, o espetáculo pretende demonstrar o que os adultos fazem para que estas tenham a oportunidade de conhecer de perto o mundo da arte tauromáquica em que a simulação é a estratégia de motivação.
Quanto o que pretende este deplorável “espeCtáculo” é dar um péssimo exemplo da brutalidade, da boçalidade, da crueldade que os adultos deformados mentalmente exercem sobre um ser vivo, o que não vai, de todo, contribuir para o desenvolvimento normal e saudável das crianças. E chamar “arte” à selvajaria tauromáquica é distorcer o verdadeiro conceito de ARTE, que só a ignorância confunde. E a motivação é a mais cruel que se possa imaginar.
No caso em apreço não vemos que o superior interesse da criança esteja em risco.
Esta frase resume a total incompetência da senhora Farmhouse: se não consegue discernir o que é o superior interesse da criança então não está no cargo certo. DEMITA-SE, se faz favor, porque o superior interesse das crianças não passa apenas pela violência física, mas também pela violência psicológica, que é o caso.
Acreditamos que a comunidade de Monsaraz, representada pela organização das festas, pelo poder local e por cada um dos cidadãos, congregará esforços, recursos, perspetivas sociocomunitárias em prol das suas crianças e jovens.
Aqui a única perspeCtiva é atirar as crianças para uma selvajaria, que as transformará em adultos embrutecidos.
Assim, agradecemos as vossas preocupações que também são as nossas e tudo fazemos para o cabal cumprimento da Lei e estamos conscientes do seu articulado: A Comissão Nacional, nos termos do seu artº 13º, tem por missão contribuir para a planificação da intervenção do Estado e para a coordenação, acompanhamento e avaliação da ação dos organismos públicos e da comunidade na promoção dos direitos e proteção das crianças e jovens.
Pois não tem nada que agradecer as nossas preocupações, que não são as preocupações do Estado português, que se está nas tintas para os direitos e proteCção dessas crianças. Temos de ir mais longe, se quisermos proteger as crianças que tiveram a desventura de nascer num antro tauromáquico, onde predomina a psicopatia e o sadismo.
A senhora Farmhouse LEU BEM o que escrevemos? Se leu, devemos concluir então que a senhora não está ao serviço das crianças, mas do lobby tauromáquico que, estrategicamente, coloca aficionados no lugares-chave da governação.
Apresentamos os nossos melhores cumprimentos e estamos ao dispor para qualquer esclarecimento adicional.
Cumprimentos,
Rosário Farmhouse
Presidente
Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens»
E andamos nós a pagar (à força) o salário a alguém que devia estar ao serviço dos Portugueses, e que seria imediatamente despedida, caso vivêssemos em DEMO KRACIA
A minha indignação é infinita.
Isabel A. Ferreira
Ao cuidado de Tiago Brandão Rodrigues, ministro da Educação, e Rosário Farmhouse, presidente da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Protecção de Crianças e Jovens
O que aqui vou pôr em causa é o que está em causa no programa da SIC SuperNanny, o qual Rosário Farmhouse contestou. Pois bem, as crianças expostas numa e noutra circunstância, são portuguesas. Mas, ao que parece, umas são mais portuguesas do que outras.
Atentem bem nesta imagem:
Esta é uma imagem que diz do atraso civilizacional que ainda existe em Alcácer do Sal, cidade portuguesa, do Distrito de Setúbal, onde crianças dos 6 aos 10 anos são expostas a uma aula de crueldade e violência. Mas isto não interessa aos governantes. Quem são estas crianças, para merecerem um tratamento igual às que foram expostas no SuperNanny? Não são nada, não é verdade, senhores governantes?
Lá estou aqui outra vez, a repetir-me, mas quando os governantes têm dificuldade para entender o óbvio, não há outra alternativa senão repetirmo-nos até à exaustão.
A história que tenho para contar é de pasmar, porque em Portugal, continua a haver crianças com sorte e crianças sem sorte com o aval das autoridades portuguesas.
A história é a seguinte: a Oficina da Criança da Câmara Municipal de Alcácer do Sal, com o apoio da responsável “educadora” (educadora?) Isabel Correia, convidou João Pedro Silva, o bandarilheiro, aquela figura macabra das touradas, o qual espeta bandarilhas no dorso de indefesos Touros e os esburaca ao ponto de os fazer sangrar sangue (e não sumo de tomate), para dar a conhecer a crianças, com idades compreendidas entre os 6 e os 10 anos a “arte” de torturar um ser vivo indefeso, inocente e inofensivo, tal como aquelas crianças, indefesas, inocentes e inofensivas, à mercê de predadores.
A macabra personagem do bandarilheiro mostrou às crianças as parafernálias com que, eles, torturadores de Touros, os torturam numa arena, como se isto fosse uma aula de artes plásticas.
Esta “educadora” (?), Isabel Correia, terá a noção do que é ser Educadora? Os progenitores destas crianças terão a noção do que é ser Pais? O autarca-mor de Alcácer do Sal terá a noção do que é ser Autarca?
Senhor Ministro da Educação, senhora presidente da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Protecção de Crianças e Jovens, o direito destas crianças foi vilmente violado, com o aval do autarca e de V. Exas., que nada fazem para extirpar este cancro da sociedade portuguesa, nomeadamente, das escolas, e libertar as crianças desta exposição à crueldade e à violência, uma agressão à integridade moral delas.
Estamos fartos de alertar para isto. Para isto e para a existência de antros tauromáquicos, a que chamam “escolas de toureio” onde crianças de tenra idade e adolescentes são iniciados na “arte” da violência crueldade.
Depois admiram-se que haja tanto bullying e violência doméstica por aí…
Isabel A. Ferreira
Fonte da imagem e da notícia:
https://protouro.wordpress.com/2018/01/18/a-vampiragem-tauromaquica-continua-a-doutrinar-criancas/
(Ao cuidado do Dr. Armando Leandro) Presidente da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Protecção das Crianças e Jovens)
A Basta (Plataforma Nacional para a Abolição das Touradas) denuncia “esperas de gado bravo” e “tourada” com centenas de crianças de escolas e jardins de infância da ilha Terceira a assistir a esta violência gratuita sobre seres vivos, nas bancadas da praça de touros.
A Plataforma Basta e todos os portugueses, no rol dos quais me incluo, que repudiam esta violação clara dos Direitos das Crianças, exigem o cumprimento da lei e a punição dos responsáveis.
A Câmara Municipal de Angra do Heroísmo gasta 100.000 euros provenientes do erário público, nas “festas” sanjoaninas, em subsídios para a organização desta selvajaria, prática cruel que implica maus tratos a animais sencientes e indefesos, e uma violência oferecida gratuitamente às crianças, que merecem crescer mentalmente saudáveis.
“Espera de gado infantil” em 2016. Imagem: Youtube – Foto Gabriel TV
A Plataforma Basta refere ainda que o exemplo das Sanjoaninas nos Açores é bem elucidativo da insustentabilidade desta actividade tauromáquica, que só consegue sobreviver graças aos subsídios e apoios financeiros do erário público, dependendo do dinheiro dos contribuintes portugueses para suportar a criação de touros, a organização destas actividades, a sua promoção, a compra de bilhetes, as despesas das associações de grupos de forcados, tertúlias, etc.
Como se tudo isto fizesse parte do espólio cultural de um povo civilizado!!!
Mais informa a Plataforma Basta que mesmo com os apoios públicos (que rondam no total os 16 milhões de euros, por ano, de acordo com a estimativa realizada pela Basta) as touradas perderam 53% do seu público em Portugal desde o ano de 2010, segundo as estatísticas oficiais da Inspecção-Geral das Actividades Culturais.
Este ano, durante as Sanjoaninas, estão previstos dois eventos tauromáquicos dirigidos especialmente às crianças: a “tourada das crianças e idosos” e a “espera de gado infantil”.
De acordo com a Plataforma Basta, ambas as situações motivaram a apresentação de denúncias junto das instituições de protecção das crianças nos Açores, com conhecimento da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Protecção das Crianças e Jovens, uma vez que os eventos em causa violam a legislação em vigor e a Convenção dos Direitos da Criança, facto que já levou o Comité dos Direitos da Criança das Nações Unidas a instar o nosso país a adoptar medidas de sensibilização e protecção das crianças para as afastar da “violência da tauromaquia”.
Segundo a Plataforma Basta, a “tourada das crianças” promovida em anos anteriores, decorre com a presença nas bancadas de centenas de crianças de escolas e jardins de infância da ilha Terceira, sendo as mesmas expostas a imagens de grande violência e a acidentes graves, que causam impacto e mau estar em algumas das crianças mais pequenas, conforme já foi reportado à Basta por alguns encarregados de educação.
No caso da “espera de gado infantil” as crianças são colocadas perante animais de raça brava, nas ruas da cidade, em situações de grande risco e susceptíveis de provocar acidentes graves. No ano de 2016, durante este evento, há o registo de colhidas violentas que vitimaram adultos e crianças (ver vídeo anexo).
Isto não configurará um crime de lesa-infância?
«Não é aceitável, de forma alguma, que as crianças açorianas sejam expostas a imagens desta violência nem colocadas em situações que colocam em risco a sua saúde e integridade física, violando a lei e sem que ninguém se responsabilize por elas. Mais grave é o facto destes eventos serem promovidos com o apoio das instituições regionais que têm por obrigação garantir o bem-estar e o superior interesse das crianças», sublinha a Basta.
É oportuno salientar que a participação de crianças e jovens em “espectáculos” tauromáquicos constitui uma contra-ordenação muito grave imputável à entidade promotora da actividade, no âmbito da lei 105/2009 de 14 de Setembro (nº 2 do artigo 2º).
Fonte:
http://basta.pt/criancas_e_subsidios_promovem_touradas_nos_acores/
***
Dr. Armando Leandro, podemos perguntar para que servirá a Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Protecção das Crianças e Jovens? Ou as crianças açorianas não são portuguesas e merecedoras de todo o nosso carinho, atenção e protecção?
A propósito de um texto que publiquei, e que pode ser recordado aqui
http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/a-tourada-e-cultura-a-cultura-da-696884
no qual Hélder Milheiro, que preside à federação portuguesa de tauromaquia, diz que numa escola de toureio «o que se aprende é a coreografia (afinal sempre há uma coreografia para as bailarinas de collants cor-de-rosa). Treina-se com a tourinha (uma espécie de carrinho de mão que faz as vezes do animal) e nem se vê nada parecido com um toiro até aos 14 anos, que é quando se começa a treinar com bezerros. E há sempre enorme preocupação com a segurança: para alguém com menos de 18 anos entrar num espectáculo é preciso a validação da Comissão de Protecção de Menores; os pesos do animal e do toureiro são fiscalizados, está tudo regulado ao pormenor», Carlos Borges, um jurista meu amigo, referiu o seguinte:
«Acho muita graça dizerem que pedem o "visto prévio" da CPCJ (Comissão de Protecção de Crianças e Jovens) para as criancinhas actuarem em tais pseudo-espectáculos... Pois então das duas, uma: ou a CPCJ é duplamente motivo de censura (porque dá assentimento a práticas que, no mínimo, fariam qualquer pai ou mãe ficar sem os seus filhos, por exposição gratuita ao risco de vida, o que nos termos do Código Penal é crime; e porque perde o seus preciosíssimos tempo e recursos a avaliar práticas que logo deveriam ser comunicadas ao MP e Tribunais - isto se estivéssemos num País decente...), ou o dito cujo inventou semelhante desculpa para camuflar um comportamento mais que condenável!...
Em todo o caso, descartada a estupidez dos intervenientes, impunha-se um esclarecimento público da respectiva Comissão sobre o assunto...».
Devo referir que várias vezes denunciei à CPCJ casos flagrantes de violação dos direitos das crianças, no que diz respeito à exposição de crianças de tenra idade a estas práticas violentas e cruéis, e numa dessas vezes até fui parar a tribunal, como arguida num processo.
Os outros é que levam as crianças para as arenas e ensinam-lhes a “arte suprema” de torturar bezerrinhos, e eu, que denuncio tal crime, é que sou levada a tribunal.
Isto só acontece num país que ainda brinca à justiçazinha.
A análise que este meu amigo jurista fez está correctíssima. Na verdade, e uma vergonha que a CPCJ dê (como dá) pareceres favoráveis a este crime de exposição de crianças em espectáculos violentos, como são as touradas, permitindo que menores assistam à tortura de touros, ainda que ao colo das progenitoras, que se fossem MÃES não as levariam para um tal lugar; e também dão permissão para que aprendam a torturar bezerros, pois se não permitissem as escolas estariam encerradas. E não estão.
A CPCJ terá dois pesos e duas medidas? aliás como quase todas as "autoridades" portuguesas?
É que em Portugal todas as crianças são iguais, mas umas são mais iguais do que outras, e os filhos dos aficionados de selvajaria tauromáquica estão fora dessa "igualdade". É como os Touros e os Cavalos, que nas leis portuguesas não são considerados animais, por isso, podem ser torturados barbaramente até à morte.
E as crianças, filhas dos aficionados, também não são consideradas crianças, em Portugal. Se fossem seriam protegidas.
Sabemos que a ONU alertou Portugal para os riscos das escolas de toureio para crianças, e considerou que as crianças em touradas são «uma das piores formas de trabalho infantil», e o Comité dos Direitos das Crianças das Nações Unidas, com vista à eventual proibição da participação de crianças em touradas, até já recomendou a Portugal que «adoptasse as medidas legislativas e administrativas necessárias com o objectivo de proteger todas as crianças que participam em treinos e actuações de tauromaquia, assim como na qualidade de espectadores». E, entre outras observações, acrescentou: «O Comité, insta também o Estado Português para que adopte medidas de sensibilização sobre a violência física e mental, associada à tauromaquia e ao seu impacto nas crianças».
Mas tudo isto deveria ser tão-só recomendado pelo bom senso, pela racionalidade e pela sensibilidade (se os houvesse) dos progenitores, em primeiro lugar, e dos políticos e dos organismos que têm a seu cargo a função de defender as crianças dos predadores (incluindo dos próprios progenitores), em segundo lugar.
Mas neste mundinho da crueldade e violência tauromáquicas quem manda é o um rei chamado Vil Metal, ao qual todos prestam muiiiita vassalagem.
No portal da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Protecção das Crianças e Jovens, podemos ler o seguinte:
Conceito de criança
O artigo 1.º da Convenção sobre os Direitos da Criança define criança como todo o ser humano até à idade de 18 anos, salvo se atingir a maioridade mais cedo, de acordo com a legislação de cada país.
Esta noção coincide com a lei portuguesa, já que considera ser menor quem não tiver completado 18 anos de idade (artigo 122.º do Código Civil).
Ao atingir a maioridade o jovem adquire plena capacidade de exercício de direitos e fica habilitado a reger a sua vida e a dispor dos seus bens (artigo 130.º do Código Civil).
Depois temos o Conceito de Risco/Perigo
Entre outros (que para aqui não interessam) estão:
- Sofrer maus tratos físicos ou psíquicos;
- Ser obrigada a actividades ou trabalhos excessivos /inadequados à sua idade, dignidade e situação pessoal ou prejudiciais à sua formação ou desenvolvimento;
- Estar sujeita, de forma directa ou indirecta, a comportamentos que afectam gravemente a sua saúde, segurança, formação, educação ou desenvolvimento sem que os pais, o representante legal ou quem tenha a guarda de facto se lhe oponham de modo adequado a remover essa situação.
Isto é o que se lê nesse portal, mas não é o que se pratica, pois os filhos dos aficionados até aos 18 anos, são obrigados a frequentar escolas de toureio, e a aprender a “arte” de torturar bezerros, e são também obrigados a ir às arenas, assistir à tortura.
Dizem os adultos: «A nós, não nos fez mal nenhum.»
Mal sabem eles que esse mal é a insensibilidade com que hoje assistem à tortura de um animal, e a aplaudem com muiiiiito prazer. Numa palavra: esse mal chama-se SADISMO, que faz parte de uma psicopatologia grave, e ataca desde o analfabeto, até aos mais letrados professores catedráticos, presidentes, ministros, juízes, doutores, deputados, etc…
Sabemos que em Portugal existem doze escolas de toureio subsidiadas com dinheiros públicos, onde crianças, dos 3 aos 18 anos recebem aulas teóricas e práticas com gado vivo, pondo em risco a sua integridade física e mental, e, deste modo, aprendem a tourear, ou seja, a torturar bezerros, nalguns casos também a matar touros, e como em Portugal não é permitido matar touros, excepto nas primitivas localidades de Barrancos (legalmente) e de Monsaraz (ilegalmente), as crianças portuguesas vão matá-los para Espanha, e há quem diga que em PRIVADO, em Portugal, também se mata muitos touros, para divertir os sádicos.
Concluindo:
A ONU (que bem poderia recomendar a abolição desta prática selvática, porque também perturba mentalmente os adultos que a praticam, aplaudem e apoiam) recomendou que Portugal poupe as crianças desta selvajaria.
Porém, em Portugal, os nossos políticos não sabem interpretar as recomendações da ONU, e nem sequer os psicólogos, nem os pedopsiquiatras saem a público para defender estas pobres crianças, destes maus tratos psicológicos e deste abandono às “feras” a que estão votadas.
Já vi retirarem crianças a pais com problemas económicos. E em vez de resolverem os problemas económicos dos pais, retiram-lhes as crianças... para mostrarem serviço?
No que respeita à selvajaria tauromáquica, as crianças vivem com progenitores portadores de graves deformações mentais, os quais as obrigam a aprender a crueldade, violando deste modo um dos mais sagrados direitos das crianças: o de viverem uma vida mentalmente e fisicamente saudável.
Contudo, estas crianças, “aficionadas à força”, estão abandonadas a um destino cruel, sem que ninguém lhes valha.
Por isso aqui deixo um repto público à CPCJ: porquê estas crianças são menos crianças do que todas as outras?
Isabel A. Ferreira