Reflictamos neste curto, mas precioso texto de Maria Helena Capeto
Origem do texto: Internet
O texto da Maria Helena Capeto é um comentário a um excelente texto publicado no Facebook, por Maria João Gaspar Oliveira, intitulado «CETA – a lei do mais forte…» ou seja, um tratado de livre comércio entre o Canadá e a UE, que é uma grave ameaça à soberania e democracia nacionais, e que recomendo lerem neste link:
«Maria João Gaspar Oliveira, tem toda a razão no comentário e críticas que faz. Tem toda a razão no seu apelo. No entanto, tenho a dizer, uma vez mais, que os povos têm o que merecem, nomeadamente o povo português que é aquele a quem este post é dirigido particularmente.
Quem enche as ruas aos milhares por causa do futebol, quem enche os centros comerciais nos dias do "sem iva" ou "promoção especial", quem enche as praças para assistir aos concertos de uma qualquer pop star e não se rala com mais nada, merece o que tem. Por isso continuo a dizer: p'ra baixo que ainda mexe. Os governantes são a imagem dos povos que representam. Os governantes só tomam as decisões que os povos permitem que tomem. Tão culpados são os governantes como os povos por tudo o que se passa no mundo, para o bem e para o mal.
Eu faço a minha parte não consumindo o que não me parece consumível. Faço a minha parte fazendo o que está ao meu alcance para um mundo melhor. Faço o que está ao meu alcance para abanar consciências. Mas se querem continuar a permanecer homo parvus, cada vez mais parvus, como muito bem os apelida a amiga Isabel A. Ferreira, força! Pode ser que entrem em extinção e se acabe o inferno na Terra. A minha especial preocupação são os animais das outras espécies que não têm culpa nenhuma da imbecilidade e boçalidade humanas e sofrem as consequências.
Se o humano continua a ser ignorante é porque quer, não por que isso lhe seja imposto. O conhecimento está, hoje em dia, ao alcance de todos. Não é difícil perceber que se me dói picar-me numa agulha, certamente dói igualmente aos outros. Menos televisão e mais leitura e procura de informação certamente traria outros resultados. Mas cada um faz as suas próprias escolhas, convém é não se esquecer que, queira ou não, terá que viver com elas.»
Maria Helena Capeto