Este foi um grande mês para toda a equipa do PACMA, que conseguiu algo histórico: pela primeira vez, o Supremo Tribunal de Justiça de Castilla y León determinou, após denúncia do PACMA, que o Touro poderia sofrer danos e até morrer, como resultado dos ferimentos causados pelos arpões das lanças, para pôr os símbolos que pretendiam usar no Torneio Toro de la Vega, e tomou medidas cautelares que o suspenderam, impedindo assim que o Touro Manjar fosse torturado desta forma, no passado dia 13 de Setembro. Desde 2016, a lei proíbe o abate de animais em público.
O evento converteu-se num encierro convencional no qual o PACMA conseguiu infiltrar-se conforme se mostra neste vídeo:
Que cobardes! Só os cobardes montam um Cavalo e andam a perseguir um Touro indefeso, fora do seu habitat, por diversão! Só trogloditas o fazem. Que vergonha para Espanha! Quando é que o governo trará evolução a Tordesilhas? O Touro sofre e com ele sofre também toda a Humanidade sensível.
Só resta esperar, agora, por uma resolução definitiva para pôr fim a este cruel torneio, nos próximos anos.
O resumo da notícia neste vídeo:
Quem gosta de andar à chuva, é porque adora encharcar-se.
Espero que o Touro e o Cavalo estejam bem.
Para este tipo de gente tolerância ZERO.
Já é tempo de acabar com estas barbaridades, subsidiadas com os impostos dos Portugueses.
António Ribeiro Telles ficou gravemente ferido, depois de o Touro, que ele torturava barbaramente, o ter colhido ao tentar, legitimamente, defender-se…
Fonte da imagem:
Os torturadores de Touros vão para as arenas porque GOSTAM de ver seres vivos a SOFRER.
A notícia diz que o Telles foi colhido com gravidade, durante uma tourada,na terrinha troglodita de Reguengos de Monsaraz, quando cravava um ferro no Touro. Ora se a coisa fosse ao contrário? E se um carrasco qualquer espetasse um ferro no Telles? O que sentiria o Telles?
O problema destas tristes personagens é que não são dotadas do sentimento e da virtude mais nobres do ser humano: a EMPATIA e a COMPAIXÃO.
De acordo com o testemunho de aficionados, o montador de Cavalos e torturador de Touros esteve cerca de cinco minutos inanimado na arena, sem que os restantes carrascos conseguissem afastar o Touro que, ferido e sofrendo de dores atrozes, arremetia numa tentativa de defender-se, atingindo o seu carrasco, como era de seu direito.
Como as coisas não estavam fáceis para o Telles, levaram-no para o Hospital Espírito Santo, em Évora, com acompanhamento do médico da Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) do Hospital de Évora, e tudo isto PAGO com os impostos dos Portugueses, que ABOMINAM estas práticas bárbaras, apoiadas chorudamente pelos governantes trogloditas portugueses.
Não há meio de isto acabar? É que as touradas são uma prática abominável, não só para os Touros e Cavalos, como também para os torturadores que levam cornadas, e NÓS, que abominamos esta prática troglodita, é que temos de pagar os tratamentos.
Isabel A. Ferreira
Fonte da notícia:
Em 23 de Fevereiro de 2012, numa carta aberta a D. Manuel Clemente, na altura, Bispo do Porto, dirigi-lhe um apelo, contando com a clemência (implícita no nome) que todos esperamos de um servidor de Deus, para a Causa da Abolição das Touradas em Portugal.
O meu apelo não foi considerado.
Hoje, repetindo as mesmas palavras da carta de 2012, até porque passados todos estes anos, nada mudou em Portugal, a este respeito, continuando-se a torturar seres vivos, para diversão de sádicos, com a bênção da Igreja Católica Portuguesa, reitero o mesmo apelo, agora que D. Manuel Clemente é Cardeal-Patriarca de Lisboa.
Espero que, desta vez, me ouça e interfira, porque o tempo é outro, e é preciso evoluir, mas, principalmente, é preciso sermos clementes para com todas as criaturas de Deus: as humanas e as não-humanas.
Exmo. Sr. D. Manuel Clemente, Cardeal-Patriaca de Lisboa,
Já, por várias vezes, nos encontrámos em Arouca, em Braga, no último Congresso de Cister, enfim, e pelo que tive oportunidade de observar, fiquei com a impressão de que o Senhor D. Manuel Clemente é um homem inteligente, sensível e zeloso das suas obrigações Cristãs.
Por isso atrevo-me a dirigir-lhe estas linhas, com todo o respeito.
É que sendo eu uma defensora dos Direitos dos Animais, Humanos e Não-Humanos, e estando neste momento envolvida na Causa da Abolição das Touradas em Portugal e no Mundo, não compreendo a posição da Igreja Católica Portuguesa a este respeito, sabendo, como sabemos, que «a Tauromaquia é uma modalidade que assenta em primeira linha na exploração violenta e cruel do touro, sempre, e do cavalo nos programas em que ele é utilizado como veículo do actor tauromáquico e obrigado a tornar-se “cúmplice” da lide, sofrendo ansiedade e esgotamento e arriscando ferimento e morte», segundo a opinião do Dr. Vasco Reis, Médico-Veterinário.
Sabendo, como sabemos, que «a não-violência é a lei da nossa espécie assim como a violência é a lei dos brutos. O espírito jaz dormente no bruto e ele não conhece nenhuma outra lei a não ser a da força física. A dignidade do ser humano requer obediência a outra lei – à força do Espírito!», de acordo com Mahatma Gandhi.
E ainda, sabendo, como sabemos, que «(...) se fazem reclames entusiastas de espectáculos, como as touradas de praça onde por simples prazer se martirizam animais e onde os jorros de sangue quente, os urros de raiva e de dor e os estertores de agonia só podem servir para perverter cada vez mais aqueles que se deleitam com o aparato dessa luta bruta e violenta, sem qualquer razão que a justifique», como refere Adriano Botelho (ilustre cidadão da Ilha Terceira – Açores).
Posto isto, Senhor D. Manuel Clemente, pergunto por que motivo a Igreja Católica é CÚMPLICE desta selvajaria (há muitos padres católicos aficionados), e “abençoa” os torturadores de Touros (vulgo toureiros), antes destes irem para arena massacrar um ser vivo, que tem um ADN semelhante ao humano? Um ser que sofre e sente a dor tal como nós a sentimos?
Não serão o Touro e o Cavalo também criaturas de Deus?
Jesus Cristo ensinaria ao homem a prática da violência sobre os seres vivos? Foi para isso que viria ao mundo?
Escrevo-lhe para solicitar a douta interferência do Senhor D. Manuel Clemente, Cardeal-Patriarca de Lisboa, nesta matéria, para que a Igreja Católica Portuguesa tome uma posição pública contra esta barbárie, como é de seu DEVER, até porque se a Igreja interferir, estes massacres acabam por acabar.
Não é de um bom cristão torturar seres vivos para se divertir, mas os torturadores de Touros e Cavalos são cristãos e torturam seres vivos para ganharem dinheiro e divertirem os sádicos.
Penso que o Senhor D. Manuel Clemente, como homem sábio que é, estará de acordo comigo.
Repare-se na cara patética deste “cristão”, na imagem mais acima, que além de torturador é cobarde, e no sofrimento atroz estampado na expressão do Touro, caído no chão, exaurido, dorido, esvaziado da sua dignidade de ser vivo.
São estes ensinamentos que a Igreja pretende que se transmita às crianças?
E a Igreja Católica Portuguesa nada terá a dizer sobre isto?
Isto faz parte de um tempo primitivo e obscuro. Estamos no Século XXI, depois de Cristo. É preciso evoluir, Sr. D. Manuel Clemente.
É preciso colocar Portugal entre os países evoluídos. E a Igreja Católica, tendo a influência que tem no nosso povinho, ainda tão ignorante, tem o DEVER de esclarecer esse povo, e não ser passiva quanto a esta matéria tão cruel, que só desprestigia o Ser Humano.
O senhor D. Manuel Clemente, tal como eu, historiador, saberá que os factos históricos são importantes. A Igreja Católica ficará manchada, para a História, como CÚMPLICE desta barbárie, se não tomar uma posição firme e essencialmente cristã, assim como ficou tristemente enlameada em tantas outras ocasiões, por nada ter feito, como na vergonhosa cumplicidade com as atrocidades cometidas durante a II Guerra Mundial contra os judeus, e nas Santas Cruzadas, e na Santa Inquisição, (apenas para referir os mais conhecidos casos de omissão da Igreja Católica). E é CÚMPLICE quem sabe e nada faz.
Espero que esta minha carta possa servir para acordar a “adormecida” Igreja Católica Portuguesa para esta grave lacuna, do seu apostulado. Os púlpitos são lugares apropriados para passar a mensagem da não-violência contra todos os seres humanos e não-humanos. Não é lugar para se falar de política. É lugar para se falar no que Jesus Cristo nos deixou de mais valioso, o preceito áureo: «não faças aos outros (e nesses outros estão incluídos todos os seres não-humanos) o que não gostas que te façam a ti.» Se todos os homens cumprissem esta simples regra, o mundo seria o lugar ideal para se viver, sem leis, sem governantes, sem polícias, sem armas, sem guerras, sem todos esses horrores, que o animal humano, e apenas o animal humano, inventou.
Porque é preciso acabar de uma vez por todas com esta macabra, patética, sangrenta e sádica prática chamada TOURADA, onde dois magníficos seres vivos (Touro e Cavalo) são barbaramente torturados por psicopatas.
E a Igreja Católica Portuguesa tem o seu quinhão de culpa nisto.
Com os meus melhores cumprimentos,
Isabel A. Ferreira
Fonte:
https://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/87535.html
Como diz a Dra. Sônia T. Felipe "Se ama os cavalos, não os monte", mas na verdade nem sequer precisa de os amar, basta que os respeite, não os montando. Deixando-os livres na Natureza, como é do seu direito.
A este respeito só é ignorante quem quer, porque existe bastante informação.
Um excelente texto de Luís Vicente, que testemunha a tortura constante que os “cavaleiros” cruelmente infligem ao Cavalo, um dos seres mais magníficos e sensíveis do Reino Animal.
«Um textozinho a todos aqueles que dizem amar os Cavalos e que dizem até que os ditos equídeos são animais mui nobres. Para mim, enquanto Biólogo que deambula entre o comportamento animal e a neurologia, esta nova taxonomia dicotómica que distingue animais nobres de animais plebeus é deveras surpreendente. Nem o bom velho Lineu se lembrou de tal. Mas pronto, aqui vai para os que amam os nobres Cavalos e que me fazem cada vez mais pensar que o amor é um lugar deveras estranho (como diria o meu irmão José Augusto).
«Mamíferos gregários ungulados, em particular perissodáctilos de um dedo e artiodáctilos de dois dedos, por razões adaptativas, em geral não exteriorizam dor nem sofrimento, pelo menos de forma perceptível para animais de outras espécies, em particular os seus predadores. É uma estratégia evolutiva e de sobrevivência. Por outro lado, tratando-se de um animal gregário que vive em grupos com uma organização social baseada em hierarquias de dominância, mostrar debilidades pode pôr em causa a sua posição no grupo e, consequentemente, fazer diminuir o seu sucesso reprodutor. Não exteriorizar sofrimento é não mostrar fraqueza e mostrar ou não fraqueza pode ser a diferença entre a vida e a morte.
Mas a contenção na exteriorização dos sinais de sofrimento não significa que os cavalos não sintam dor. Os cavalos sentem dor. Aliás, como veremos, muita dor camuflada.
Sabemos que sentem e, muito provavelmente, de forma mais aguda do que nós, humanos.
A epiderme do cavalo é significativamente mais fina do que a nossa, ou seja, a camada de células entre o meio externo e os receptores de dor é menos espessa, estando os receptores de dor, portanto, mais expostos. No cavalo os receptores de dor estão protegidos por uma camada de epiderme de 0,05 mm de espessura, enquanto que nos humanos essa camada tem 0,08 mm. Ainda por cima a densidade de receptores dérmicos de dor no cavalo é superior à dos seres humanos.
O chicote ou as esporas devem, logicamente, causar dores mais atrozes do que em nós.
Quem se serve destes animais e tem um conhecimento empírico, não científico, está redondamente enganado quanto à insensibilidade à dor dos cavalos. É que uma coisa é sentir, mas outra completamente diferente é exibir. Avaliar a sensibilidade de um animal na forma como ele exterioriza a dor é, do ponto de vista científico, um absurdo. As minhocas também não gritam, nem os caracóis quando são mergulhados em água a ferver.
É muito bonito dominar outro ser vivo, seja da nossa espécie, seja de outra. Fazê-lo obedecer. Obedecer é memória e o cavalo tem memória como qualquer ser vivo. É a memória de uma dor que seria bem maior caso não obedecesse.
Fazer com que obedeça. Controlar. Quando queres controlar alguém, como fazes? Certo. Descobre o “ponto fraco”. O “ponto fraco” mais fácil de manipular é a dor. Chicotes, esporas e embocaduras conjugam-se no filme de terror da vida dos cavalos.
O simples facto de ser montado deve causar sofrimento. Após um período de doze a quinze minutos de transporte de um adulto humano médio começa a haver comprometimento da microcirculação da musculatura dorsal e a partir de vinte e cinco minutos começam a surgir isquémias e a ocorrer pequenas lesões do tecido muscular com consequente dor.
Particularmente significativa deverá ser a dor causada pelas embocaduras. Embocaduras são aquelas peças metálicas que se colocam dentro da boca do cavalo para o “controlar”. Embocaduras há-as de vários tipos e de vários materiais. Bridão, bridão-freio e freio são as mais comuns. O bridão pode ser de borracha cujo uso é aconselhado por alguns “peritos” nas primeiras fases de adestramento e que, dizem estes “sábios”, preparam o animal para mais facilmente tolerar as embocaduras metálicas. O bridão, o bridão-freio e o freio são usualmente de ferro ou de aço inoxidável.
No que respeita aos efeitos, a diferença fundamental entre o bridão e o freio está na multiplicação da força do cavaleiro ao manipular as rédeas. O freio promove a multiplicação da força com que as rédeas são manipuladas, por efeito de alavanca.
O bridão actua, não só mas fundamentalmente nas comissuras labiais enquanto que o freio actua no diastema (espaço mandibular sem dentes). O primeiro tende a levantar a cabeça e o pescoço e o segundo a baixar a cabeça e a induzir a flexão da nuca.
Defendem os “amantes dos cavalos” que o bridão é uma embocadura mais suave do que o freio. Falar em profundidade destas embocaduras todas seria uma longa conversa e faria perder a paciência aos leitores menos interessados em pormenores técnicos. De qualquer forma, basta uma busca na net para encontrar descrições muito pormenorizadas dos diferentes tipos de embocadura e da sua utilização.
O que escrevo a seguir aplica-se totalmente às embocaduras ditas suaves, os bridões, os quais podem ainda ser leves ou pesados. Ficar-me-ei pelos leves e, tudo o que eu pudesse vir a dizer de todos os outros seria bem mais aterrador.
Tenho ouvido aos que dizem que “amam” os cavalos que a “arte de bem cavalgar toda a sela”, como escreveu el-rei D. Duarte, passa por nunca exercer força na boca do cavalo, nunca puxar, nunca magoar o cavalo. Portanto, depreendo que para estes “apaixonados” o bridão não passa de um adorno dentro da boca do cavalo, o que me leva a interrogar-me, então, neste caso, para que raio serve o bridão? Expliquem-me.
O bridão é uma peça dupla articulada e a articulação fica dentro da boca sobre a língua do cavalo. Actua exercendo pressão directa na boca do cavalo. Cada um dos dois extremos que ficam fora da boca possui uma argola onde se prendem, tanto as rédeas como a cabeçada.
Quando o cavaleiro exerce pressão nas rédeas, o bridão exerce pressão na língua, nas comissuras labiais, nos dentes, na gengiva, no palato e nas barras maxilares inferiores do cavalo.
Aprofundemos então o efeito dessas coisas metálicas dentro da boca do cavalo e que, segundo tenho ouvido argumentar, em nada perturbam o bem-estar do cavalito que já é obrigado a suportar um peso-morto de 60, 70, 80, 90 ou 100 kg às costas, sem que para isso tenha sido consultado.
Logo à partida, imagino que seja bastante desconfortável respirar pela boca com a garganta seca. É que o bridão pressiona a língua, o que impede o cavalo de engolir normalmente a saliva e que faz com que as partículas aspiradas vão direitinhas para os pulmões sem qualquer processo de filtragem. É que a saliva também tem esse papel.
A boca de qualquer animal é uma região extremamente sensível e possui uma grande quantidade de ramificações nervosas. Pensem na vossa, não é preciso ir mais longe. Os bridões impactam nessas ramificações nervosas. O resultado é uma dor intensa que se propaga a todo o rosto e pescoço do animal, o que é facilmente comprovado por imagiologia térmica. Aliás, seria muito estranho se não houvesse dor, desconforto e lesões.
Estudos mostram que um forte puxão no bridão gera um impacto de 300 kg/cm² na boca do cavalo, enquanto que uma pressão suave gera um impacto de 50 a 150 kg/cm². Esta pressão leve nas rédeas já deve ser suficiente para gerar impacto significativo e consequente dor ao animal.
O bridão actua no diastema, como referi, o espaço sem dentes do maxilar. Ora é no diastema que se localiza o troço mais sensível do nervo trigémeo. O ferro pressiona e impacta exactamente nesse ponto, causando dor aguda. Essa pressão repetida no osso hipersensibiliza os nervos faciais. Desenvolve-se a chamada neuralgia trigeminal. É em consequência dessa dor que se torna crónica que o cavalo faz movimentos repetitivos com a cabeça.
É frequente observar uma baba branca e espessa na boca dos cavalos submetidos ao uso destes instrumentos de tortura, desculpem, de controlo. Conjugam-se três factores que determinam a produção dessa baba. A toxicidade do metal do bridão, a dificuldade em engolir saliva que leva a um ressecamento da garganta, e lesões nas glândulas salivares pela pressão do bridão na língua. A conjugação destes factores altera a composição química da saliva o que, ainda por cima, pode estar na origem de gastrites e outras lesões gástricas.
A articulação do bridão, normalmente entre a língua e o palato, exerce um atrito permanente sobre este último, causando inflamação “de contacto” e ulcerações recorrentes muito dolorosas. Acontece frequentemente, para combater estas dores, os cavalos colocarem a língua entre a articulação do bridão e o palato, causando úlceras na face inferior da língua, o que também é extremamente doloroso.
E desenganem-se os que julgam que eu escrevi muito. Apenas levantei a ponta do iceberg. Se querem saber mais, procurem, por exemplo, os trabalhos do meu colega Robert Cook. Tem vários online bem elucidativos.
Espero que o que aqui deixo seja já suficiente para compreenderem que há outras formas de amar os cavalos.
Como diz a minha amiga Isabel, “Quem ama os Cavalos não os monta!"
Luís Vicente
Fonte:
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10156236191473837&set=a.10150637539043837&type=3&theater
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Para complementar o que o meu amigo Luís Vicente escreveu, deixo aos leitores mais dois textos que se completam.
Porque, na realidade, quem verdadeiramente ama os Cavalos jamais os monta, porque se os monta, pode ter a certeza absoluta de que está a torturá-los barbaramente.
https://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/em-louvor-dos-cavalos-738102
«SE AMAM OS CAVALOS NÃO OS MONTEM»
https://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/se-amam-os-cavalos-nao-os-montem-493785
Eles não têm a noção do ridículo. Não é que tenhamos alguma coisa contra os parvos, até porquê parvos sempre os teremos entre nós, enquanto o mundo não chegar a uma etapa de evolução mais elevada.
Mas somos absolutamente contra a mania dos políticos quererem fazer de nós parvos.
O Município de Azambuja pretende “elevar” a selvajaria que vemos neste vídeo, a património imaterial, obviamente, só se for a património imaterial da mais colossal estupidez, que é uma praga urbana que se desenvolve a partir da classe política e se alastra descontroladamente por todo o País, abrangendo a população menos esclarecida.
Depois ficam muito ofendidos se dizemos que o indivíduo que ficou gravemente ferido, quando tentava puxar o rabo ao Touro, estava mesmo a pedi-las...
E como é que o município de Azambuja justifica a candidatura desta selvajaria?
Justifica-a de um modo inacreditável, apresentando um argumento socialista: a ancestralidade taurina, como se a ancestralidade de uma prática bárbara pudesse pertencer à categoria de argumento válido.
Mas o mais espantoso foi o que o vereador do pelouro da cultura (será mais a pender para a coltura) da Câmara Municipal de Azambuja, António José Matos, do muito monarquista PS (algo deveras inconcebível num partido que se diz socialista) disse em declarações à Lusa: «Foi feito um levantamento intenso e percebeu-se que já vem de há muito a nossa génese no que diz respeito à tauromaquia, no que diz respeito ao adorar o touro, à diversão com o touro, à divindade do touro. Há uma trilogia touro, cavalo e campino que representam muito daquilo que somos».
Pois senhor vereador, não duvidamos que tivessem feito um levantamento intenso, e que tivessem chegado à conclusão de que a vossa génese selvática tem uma certa ancianidade, que remonta aos finais do século XVI, quando o Rei Filipe II de Espanha, I de Portugal, introduziu este costume bárbaro monárquico no nosso País. Quanto ao resto: adorar o Touro (o que dizer se não adorassem!) divertirem-se com o sofrimento atroz do Touro, divindade ao Touro (e adora-se uma divindade atacando-a barbaramente), e trilogia de Touro, Cavalo e carrasco (de Touro e Cavalo), na verdade, isto diz muito do monumental atraso civilizacional, não só de Azambuja, como de todos os municípios alentejanos que, unicamente por interesses económicos e absolutamente nada culturais mantêm esta prática selvática.
Mas o autarca foi ainda mais longe na sua estultícia, como se todos fôssemos muito estúpidos. Disse ele que uma das particularidades do município, relativamente a outros com ligações taurinas, é que os seus habitantes "mesmo que não sejam dos mais aficionados às corridas de touros são em relação à figura do touro".
Então não são? Eles gostam tanto, mas tanto, dos Touros, que se divertem a torturá-los com toda a brutalidade dos que não têm um pingo de bom senso e sensibilidade civilizacionais.
E o vereador da coltura de Azambuja disse mais: «Ninguém no actual executivo municipal é anti-touradas, o que também facilita a elaboração do processo de candidatura», que será submetido à Direcção-Geral do Património Cultural.
No executivo camarário de Azambuja não existe senso comum? Nem civilidade? Nem bom senso? Logo, o município de Azambuja diz que vai avançar sozinho nesta candidatura (pasmemo-nos) reivindicando particularidades e uma ancestralidade taurina, e que não sendo um concelho taurino de agora, mas de há muito tempo, está na génese dos azambujenses divertirem-se a torturar Touros, em pleno século XXI d.C.
Isto só de mentes socialistas desalumiadas!
Bem podem candidatar-se ao que quiserem, inclusive, ao Prémio Nobel da Estupidez, bem podem até elevar a selvajaria que se vê no vídeo a património, porque essa elevação valerá zero aos olhos do mundo civilizado, contribuirá para o empobrecimento cultural do nosso País, e deixará muito mal na fotografia o Partido Socialista, o governo português e o ancestral povo de Azambuja, os quais não acompanharam o evoluir dos tempos!
Isabel A. Ferreira
Fonte:
O mundo tauromáquico assenta em três grandes pilares:
Mentira, Ignorância e Estupidez.
Durante séculos mentiu-se, ignorou-se o óbvio e praticaram-se (e continuam apraticar-se) os mais estúpidos actos, em nome deste divertimento de brutos:
Hoje, não podem dizer que não há informação. Ela existe às carradas, mas ainda assim, as mentes atrasadas recusam-se a informar-se e a acatar o desenvolvimento científico, que coloca os Touros e os Cavalos no rol dos seres mais sencientes do Planeta.
E como a ignorância é muita, e a vontade de evoluir é nula, os adeptos desta prática selvática mentem para si próprios, porque recusam a realidade e a evolução.
Por isso espalham por aí estas grandes mentiras em que a tauromaquia assenta. Mas para as grandes mentiras, existem as grandes verdades.
A maioria dos Portugueses gosta de touradas
– Mentira
A esmagadora maioria dos Portugueses abomina as touradas
- Verdade
Cada vez mais Portugueses vão assistir a touradas
– Mentira
Cada vez mais Portugueses se afastam das touradas
- Verdade
Os tauricidas dizem que amam o Touro
– Mentira
Os tauricidas amam torturar o Touro
- Verdade
A tauromaquia não é financiada com dinheiros públicos
– Mentira
A tauromaquia é financiada com os impostos dos Portugueses
- Verdade
A tauromaquia subsidia-se a si própria
– Mentira
A tauromaquia sem o financiamento do Estado Português desaparecia
- Verdade
O touro vive como um rei durante quatro anos
– Mentira
Durante quatro anos o Touro sofre as maiores sevícias, para se tornar “bravo” para a lide
- Verdade
O Touro nasceu para ser toureado
– Mentira
O Touro é um bovino, herbívoro e manso, que nasceu para viver tranquilamente a pastar nos prados
- Verdade
O Touro gosta de ser toureado
– Mentira
O Touro, como animal que é, não gosta de ser toureado, e a prova disso é quando, na arena, ele manda um carrasco, desta para melhor, em legítima defesa
- Verdade
O touro não é torturado, física e psicologicamente antes de uma corrida
– Mentira
O Touro é torturado barbaramente, física e psicologicamente, antes da corrida
- Verdade
O Touro não é torturado nas corridas de touros
– Mentira
O Touro é torturado barbaramente, antes, durante e depois da lide
- Verdade
O touro não sente dor
– Mentira
O Touro, sendo um animal mamífero, possuidor de um sistema nervoso central sente dor tal como os homens
- Verdade
O Touro não sofre
– Mentira
O Touro, ser senciente, tem emoções e sofre tal como os homens sensíveis
- Verdade
E todas estas verdades estão comprovadas cientificamente, e que não estivessem, basta ser-se humano para não fazer aos outros o que não gostaríamos que nos fizessem a nós.
Não é esta a regra de ouro dos cristãos?
E não é a actividade tauromáquica apoiada pela igreja católica? Então onde fica a compaixão cristã, a regra de ouro, a piedade pelo sofrimento de um animal que tem um ADN semelhante ao do Homem?
Vivemos tempos bárbaros, governados por bárbaros, em pleno retrocesso…
Em suma, uma vergonha!
Isabel A. Ferreira
Tema inspirado no texto do Mário Amorim:
São apenas oito, os países que ainda mantém esta prática medievalesca. Entre eles, encontra-se Portugal, que à conta disso, carrega o estigma de um atraso civilizacional terceiro-mundista.
E em pleno século XXI da era cristã, estarmos aqui a falar da tauromaquia no mundo é algo indigno para a Humanidade.
Mas enquanto esta praga não for extinguida, temos de continuar a combatê-la até que o último Touro e o último Cavalo sejam libertados das mãos dos seus carrascos.
Comecemos pela recente recomendação da ONU
Recentemente, um comité sobre os Direitos das Crianças da ONU recomendou a Espanha (e apenas a Espanha, por que não também a Portugal ou à França, para referir apenas os três países da muito civilizada Europa que teimam em manter um pé na Idade Média?) a proibição da participação de crianças nas touradas, apontando nas suas conclusões que considera preocupantes os “efeitos dos danos” nas crianças nelas envolvidas.
Isto será uma manobra de diversão? A gota de água que não esvaziará o “copo tauromáquico”, porque a ONU esqueceu-se de que os “efeitos dos danos” também se fazem sentir nos adultos tornando-os insensíveis, sádicos e a anos luz da civilização.
Gehad Madi, membro do Comité, disse a este propósito, esta coisa espantosa: «O organismo, em geral, não é contra a tauromaquia na Espanha, já que é um evento histórico e cultural, mas usar crianças como toureiros é um exercício violento”.
Como disse, senhor Gehah Madi? A tortura de Touros e Cavalos é um evento histórico assim do género de um desfile onde se recria a corte de Isabel, a Católica, de Espanha? Ou um evento cultural, assim como o lançamento de um livro, ou um concerto de música clássica, ou uma peça de teatro?
Isto é inacreditável. O senhor Gehadi Madi não deve fazer a mínima ideia do que é uma tourada, para lhe chamar o que chamou.
E a ONU, para fazer esta triste figura, mais valia estar CALADA.
***
Lixo tauromáquico regressa à Ásia…
… através de um projecto turístico (?) desenvolvido pelo montador português Marco José, em Guizhou, na China, (pasmemo-nos) destinado a mostrar a multiculturalidade de vários países, entre eles o nosso pobre país, tão mal representado por aí...
E como Portugal nada tem para exportar da sua Cultura Culta, exporta o lixo tauromáquico, com o aval do governo português.
Bem, isto nem sequer é para levar a sério, nem vai vingar, porque a China está a civilizar-se e as organismos animalistas estão atentas.
Um "tuguinha" (porque ser português é outra coisa) que precisa de sair da Europa e ir para os confins do mundo, carregando o lixo tauromáquico às costas, significa apenas uma coisa: a selvajaria tauromáquica está com os dias contados. Até porque isto não é uma tradição, e muito menos portuguesa. Isto é um costume bárbaro espanhol que os reis Filipes, de má memória, introduziram em Portugal para os atrasados mentais da época se divertirem. E foi ficando em Portugal, porque a raça dos parvos ainda não se extinguiu.
Mas já está em vias de extinção...
Isto é uma vergonha para Portugal.
Desejo ao montador português que tenha o maior fracasso para a sua empreitada, porque isto não é maneira de prestigiar Portugal nem a sua Cultura.
Isabel A. Ferreira
«O que acontece quando colocamos um touro e um cavalo juntos, sem bandarilhas nem toureiros? Ambos brincam sem maldade como se pode ver neste maravilhoso vídeo.
As touradas são uma farsa, plena de crueldade com os animais, onde se promove um combate desigual e a crueldade com touros e com os cavalos. Hoje assinala-se o Dia Mundial do Animal. É o dia deles também e um momento para reflectir. Vejam e partilhem. As touradas são uma farsa, plena de crueldade com os animais, onde se promove um combate desigual e a crueldade com touros e com os cavalos.
Hoje assinala-se o Dia Mundial do Animal. É o dia deles também é um momento para reflectir.
Vejam e partilhem.»
(Plataforma Basta de Touradas)
(LUTA BRUTA é algo que não existe no vídeo... mas os homens gostam de brutalizar tudo à medida do mundo deles)...
Um estudo que realizei em 2012, assente numa troca de palavras com tauricidas, quando, certa vez, decidi tomar-lhes o pulso, nas páginas deles, no Facebook, não estava ainda bloqueada. Depois disto, bloquearam-me, mas o estudo ficou feito. E o resultado é o que aqui apresento.
Infelizmente está actualíssimo, o que significa que Portugal não evoluiu absolutamente nada, nesta matéria de crueldade, violência, estupidez e ignorância, que dá pelo nome de tauromaquia.
Cena do filme «Matador», de Almodovar
Por vezes deambulo pelas páginas dos tauricidas, no Facebook, para lhes “tomar o pulso”.
Quando me permitem, provoco-os, porque “a alma não tem segredo que a conduta não revele”, e é precisamente nessa revelação que podemos conferir o carácter dos tauricidas e dos aficionados.
É que é extremamente importante conhecer a mente deles, para avaliarmos da legitimidade que dizem ter para cometer o tauricídio, e aquilatarmos da permissividade e cumplicidade dos estéreis intelectos das autoridades deste nosso País.
Quase sempre sou bloqueada nessas páginas, talvez pelo modo nu e cru como digo as coisas que os outros também dizem sob uma capa dourada e bem cozinhadas. Ou apenas porque o que digo é dito por uma mulher. E os machistas torcionários odeiam que as mulheres os afrontem.
Ser bloqueada não é coisa que me incomode, nem pouco mais ou menos.
Contudo, desta vez, talvez por ser a página de um evento («Eu vou defender a festa», da "prótoiro"), e não poder bloquear-se ninguém (não sei se é possível, o facto é que não fui bloqueada), consegui ficar ali a “picá-los”, utilizando as palavras como “bandarilhas” (a palavra é a arma com que vou para as “guerras” que travo com os homens predadores do nosso Planeta, e não são só com tauricidas, e nem só com os portugueses).
E obtive resultados magníficos, precisamente os que esperava ter.
Entretanto já havia esgrimido com os torcionários limianos, devido à minha intervenção contra a “Vaca das Cordas” (um ritual também primitivo e irracional que me chocou) os quais me atulharam de matéria-prima, para este “estudo de carácter” a que me propus.
As conclusões a que cheguei resumem-se à frase que deu título a este texto, saída da boca de um forcado (mais do que uma vez) que tem o maior orgulho de o ser, como se pegar um Touro já exaurido, moribundo, mas ainda com um forte instinto de defesa, fosse a maior proeza e a suprema honra do mundo.
Descobri que «vinho, Touros e mulheres» (por esta ordem, segundo o tal forcado) é o lema dos tauricidas, forcados e aficionados, e de todos os que gostam de divertir-se à custa da tortura de Touros, seja em que modalidade for (há muitas variantes do arcaico ritual taurino), tendo sido utilizado várias vezes, por vários indivíduos.
Primeiro é-lhes servido o vinho, pois sem ele não teriam “coragem” de ir para uma arena enfrentar um Touro, ainda que já meio depauperado, pela tortura preliminar a que é sujeito, nos bastidores. O que chamam a “bravura” do Touro na arena é simplesmente o instinto de defesa comum a TODOS os animais, humanos e não-humanos. Podemos comparar o que se passa numa arena entre um Touro e um tauricida, com o que se passava nos circos romanos entre os homens e os leões esfomeados, ou entre dois gladiadores, onde o instinto de sobrevivência dos intervenientes humanos e não-humanos era o que fazia a diferença entre viver e morrer.
Já com o vinho a correr-lhes nas veias, mais do que o sangue, lá vão eles para a arena, de fatinho justo, a marcar-lhes a formas do corpo, e collants cor-de-rosinha, demonstrar toda a selvajaria de que são capazes, mascarando aquelas caras com expressões diabólicas e grosseiras (existem várias fotos que o demonstram), ao mesmo tempo que desvendam o verdadeiro sentido do que os leva ali: a busca da “virilidade” que não têm.
Depois de torturarem o Touro e o Cavalo (quando o tauricídio o requer) com requintes de malvadez, deixando os animais num estado absolutamente deplorável, em extrema agonia, o que lhes acende a chama da tal “virilidade” que buscam desesperadamente, os tauricidas deixam a arena, com ares de heróis bonifrates, a bambolearem-se, tal como aqueles “machos” dos filmes mexicanos de má qualidade.
Saem da arena, com florzinhas nas mãos, e vão para os braços das mulheres, porque só depois do vinho e de descarregarem sobre o Touro toda a imbecilidade que lhes corrói as entranhas, conseguem o que normalmente não lhes é acessível...
Pobres mulheres, aquelas que são casadas! É a única ocasião em que podem ser mulheres...
(Atenção! Isto não sou eu que digo. São elas).
As outras, bem... lá sabem...
Posto isto, consegui chegar a muitas outras conclusões, bem patentes nos comentários que se seguiram às “bandarilhadas” que lhes mandei, na tal página do Facebook, e noutras onde consegui infiltrar-me, sem que eles se dessem conta de que estavam a ser “toureados”.
Neste estudo, está incluída para cima de uma centena e meia de pessoas de ambos os sexos, ligadas ao tauricídio (portuguesas e espanholas), com quem tive oportunidade de esgrimir ao longo destes dois últimos anos.
Afinal, qual o perfil de um tauricida e dos aficionados, na sua generalidade?
Todos têm algo em comum: pouca ou nenhuma instrução. Mesmo aqueles que se dizem “licenciados”, não demonstram qualquer tipo de saber. O que sabem é resumidamente isto: «tourada é tradição, é cultura, é arte, é um símbolo nacional, tal como o Fado, a Bandeira Portuguesa ou o Hino Nacional, e que se se é português, é-se aficionado, e que a tourada não pode acabar, porque o Touro extinguir-se-á com ela, e quem não gosta, não vá; e que têm direito à liberdade...» enfim, uma lengalenga aprendida em criança e que os seguiu até à fase adulta, sem terem questionado o que quer fosse, porue lhes falta a massa crítica.
Da Cultura Culta estão a anos-luz de distância.
Não têm noção alguma do que é a civilidade, a lucidez, o bom senso, e o QI deles é do nível mais baixo.
Possuem uma “coltura” tosca, pobre em pensamentos, palavras e obras. Vivem num mundo redondinho, fechadinho, que não vai além do quintalinho ou das quintas muradas, onde passam os dias. Os horizontes não estão ao alcance deles.
A mentalidade é extremamente rude e enlatada. Cristalizada. Naquelas cabeças não entrará mais nada. Nasceram e cresceram a ouvir que «tourada é tradição, é cultura, é arte, é um símbolo, ta ta ta, ta tat ta, ta ta ta...» e vão morrer com essas ideias impingidas logo à nascença.
Não sabem que o Touro é um animal como eles, porque eles também não sabem que são animais. Pensam que são outra coisa. O quê? Não conseguiram explicar.
Sabem também que o Touro nasceu para ser linchado com “honra”, numa arena, porque, dizem eles, é disso que ele (o Touro) gosta. Uma conclusão bem patente nas expressões dolorosas que qualquer pessoa lúcida pode ver na fisionomia dos desventurados animais, no fim da lide, à excepção dos tauricidas, que nem sequer conseguem distinguir um Touro vivo de um Touro moribundo ou morto.
Não conseguem fazer um raciocínio lógico, a partir do mais simples tema.
Não sabem argumentar, nem sequer conseguem alcançar o significado de determinadas palavras.
Misturam alhos com bugalhos, e andam ali às escuras e às voltinhas, sem darem com a saída.
Não são capazes de seguir um discurso que tenha mais do que meia dúzia de vocábulos.
Justificam o injustificável, com insultos, muitos deles dos mais ordinários e violentos que existem, o que não admira, pois condizem perfeitamente com a própria “coltura” deles.
Enfim, demonstram uma incultura crassa, que diz da pobreza do sistema político português que, desde o tempo da ditadura salazarista e do pós-25 de Abril, também combato.
Não interessa aos governantes portugueses um povo culto, instruído, educado. Um povo que saiba raciocinar e que tenha massa crítica. Um povo que saiba separar o trigo do joio (é por isso que temos os governantes que temos).
Um povo culto é, naturalmente, insubmisso. O que não convém aos governantes.
Um povo submisso não lhes faz frente. É mansinho. Diz que sim a tudo. E é disso que os governantes gostam.
Por isso, o nosso sistema de ensino é a pobreza que se vê. Não se ensina para pensar, mas para dizer Ámen.
Por isso, a ignorância e o vil metal são as palavras-chave de toda esta hipocrisia que anda ao redor do tauricídio, uma “tradição” degradante, envolta em rituais primitivos, cruéis e sanguinários, que colocam Portugal entre os países menos civilizados do mundo.
Lidar com esta gente não foi fácil, mas mais difícil é fazer com que os governantes portugueses (quase todos senhores doutores e engenheiros) e a Igreja Católica portuguesa (que abençoa os tauricidas) consigam fazer um raciocínio lógico e acabem, de uma vez por todas, com algo que está alicerçado na ignorância e (pasmemo-nos!) no vinho...
Isabel A. Ferreira
Um texto do médico veterinário Dr. Vasco Reis
Para ler e reflectir… e depois disto só quem for completamente acéfalo é que continuará a dizer que os Touros e os Cavalos não sofrem…
Aqui estão os embriões de um Cavalo, de um Bovino (Touro) e de um Ser Humano. Quem conseguir dizer que embrião pertence a qual espécie... saberá muito mais do que imagina… Mas se não souberem, perguntem e responderei. E depois pasmem-se...
«Touro, Cavalo, Homem»
Por Dr. Vasco Reis - (médico-veterinário)
Nas três espécies:
O desenvolvimento embrionário é idêntico nas primeiras fases e pouco diverge nas fases seguintes, além de aspectos morfológicos e de alguns órgãos não essenciais.
Pode verificar-se que o esquema anatómico (aparelhos e sistemas) é comum; fisiologia e neurologia são idênticas.
A semelhança de sistema nervoso (centros nervosos, nervos) é flagrante.
A partir de encéfalos (central onde se processa o sentir, o pensar, o compreender, o decidir, o reagir) com estruturas correspondentes nas 3 espécies, é de se esperar que senciência/sentidos, emoções, consciência, sentimentos, estados de disposição, reacções sejam muito semelhantes nas três.
Os vários comportamentos confirmam isso mesmo, implicando semelhanças de necessidades (ar, alimento, água, movimento, espaço, liberdade); de sentidos; de consciência do que se passa à volta; de inteligência; de sentimentos; de emoções; de humores; de reacções a agressão, dor, ferimento, susto, prisão, cio; de confiança e desconfiança; de amizade; de sentido de guarda e de protecção; de ligação sentimental maternal, filial, paternal, fraternal, de grupo; de gosto por carícia, por desafio, por provocação, por brincadeira, etc.
Agressão a um touro ou a um cavalo - seres sencientes - é causadora de sofrimento, não muito diverso do que sofreria um ser humano em circunstâncias análogas.
Sofrimento físico (dor) é fundamental para compelir o ser a defender-se, a afastar-se do agente causador e a procurar segurança e alívio. A dor é assim fundamental e imprescindível para a defesa e a sobrevivência do ser e da espécie.
Não é reacção que se ponha de lado com mais ou menos excitação ou com mais ou menos hormonas (ao contrário do que Illera pretende na sua pseudociência).
As plantas são seres desprovidos de sistema nervoso e, portanto, não podem sentir dor, não têm consciência, não podem reagir rapidamente, não podem fugir. Não sofrem!
Vasco Reis, médico veterinário
Aljezur, 13 de Janeiro de 2014.
Fonte:
https://www.facebook.com/vmmreis/posts/1206826349407743?notif_t=notify_me¬if_id=1484337081059237