Terça-feira, 7 de Novembro de 2023

A República Portuguesa bateu no fundo, com os principais órgãos de soberania sob suspeita. Hoje, o primeiro-ministro António Costa demitiu-se. Quem será o próximo?

 

António Costa, hoje, demitiu-se, na sequência da abertura de um inquérito, pelo Supremo Tribunal de Justiça, à sua conduta nos negócios do lítio e hidrogénio verde, onde passou a ser arguido o seu ministro das Infraestruturas, João Galamba,  e devo salientar que não esperava que o tivesse feito com uma dignidade, que não combinou com a falta dela, no decurso da sua governação enquanto primeiro-ministro, um exercício político exercido sem Ética.

Penso que é opinião mais ou menos generalizada que os governos de António Costa, principalmente, este último, com maioria, foram os piores que Portugal já teve.

 

Foram muitos anos de uma incompetência, visível em quase todos os sectores da vida pública, com muita corrupção, muita hipocrisia e muita insensatez à mistura.

 

António Costa deixa Portugal mergulhado num caos, na Saúde, na Habitação, no Ensino, na Cultura, no Ambiente, no Trabalho, na Justiça, na Segurança Social e em algo que ninguém quer ou não tem permissão para falar dela: na sua subserviência ao Brasil, com acordos secretos [e aqui entra o ex-ministro dos Negócios DOS Estrangeiros, actual presidente da Assembleia da República que, ao que parece, ainda manda no ministério ocupado actualmente por João Gomes Cravinho, uma vez que as políticas são as mesmas, e até se dá a nacionalidade portuguesa  a quem a pede para fins menos concretos] que estão a permitir uma verdadeira invasão, que já está a ser questionada publicamente, e estão a levar a uma perda da soberania e da identidade portuguesas.

 

 

António Costa.png

 

Mas não só António Costa está sob suspeita de possíveis crimes.

 

Marcelo sob suspeita.png

Os erros apontados nesta imagem são o pão nosso de cada dia, fruto do completo desleixo em que se encontra a Língua Portuguesa, na comunicação social, numa falta de brio profissional gritante.  Um péssimo exemplo para os leitores menos instruídos, que à conta de verem triunfar tantos erros, começam a considerar que é deste modo torto que se escreve.

 

Marcelo Rebelo de Sousa, presidente da República Portuguesa, também está sob suspeita na sequência da reportagem da TVI, que o envolvem no favorecimento do tratamento de umas gémeas, que de um momento para o outro receberam a nacionalidade portuguesa, para poderem usufruir do tratamento milionário em Portugal, no Hospital de Santa Maria.

 

Marcelo Rebelo de Sousa admite que as suspeitas são graves e no limite até podem constituir crime para quem possa ter feito pressão sobre o hospital, mas garante que não tem nada a ver com o assunto.

 

Pois, então há que investigar a fundo esta questão, que é gravíssima, para que quem possa ter feito pressão sobre o hospital, possa ser levado à justiça.


Penso que atravessamos um momento em que Portugal bateu no fundo, e, daqui para a frente, ou se ergue, ou se afunda de vez, no charco lamacento em que se tornou a política portuguesa, exercida sem a mínima Ética, sem a mínima Dignidade.  O governo, até agora, andou a troçar dos Portugueses, andou a fazê-los de parvos.

 

E uma vez que o Ministério Público se dignou a encetar uma investigação de tal envergadura, esperamos que o mesmo Ministério Público investigue igualmente o «O Negócio do Acordo Ortográfico de 1990», que tem muito que contar e é algo que está levar Portugal à perda da sua identidade linguística e soberania. Isto daria para derrubar todos os governos desde Cavaco Silva.

 

Penso que é chegado o momento de mudar TUDO e TODOS na governação do País. O grande problema é encontrar políticos à altura da mudança de que Portugal precisa.

 

Isabel A. Ferreira

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 17:28

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Domingo, 5 de Junho de 2022

Carta Aberta à Ministra Ana Catarina Mendes

 

Ana Catarina Mendes.png

 

Exma. Senhora Ministra,

Li numa notícia intitulada Ministra Ana Catarina Mendes critica "azedume e ressentimento" de Cavaco Silva :

que «a ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares considera que o ex-Presidente da República Cavaco Silva revela "azedume e ressentimento" perante o país e defende que um ataque à interrupção voluntária da gravidez atinge os valores civilizacionais

Desde quando MATAR filhos no ventre materno, um santuário de vida, é um “valor civilizacional”?

 

Os filhos têm de ser desejados. É um facto. Quando desejados, os progenitores fazem tudo para que a fecundação aconteça, e quando acontece, vangloriam-se de que estão à espera de um FILHO, que só é FILHO se é desejado. Se NÃO é desejado, mas o DESEJO sexual fala mais alto, e a fecundação acontece, aqui-d' el-rei que o resultado da fecundação NÃO é um filho, portanto, há que MATAR a "coisa" que apareceu no santuário de vida -  o útero de todas as fêmeas, e os progenitores que se DESEJARAM, mas NÃO desejaram o filho, acham que têm o DIREITO de matar o ser humano INDEFESO, fruto do desejo SEXUAL deles, e que se fosse desejado, seria chamado de FILHO, logo à primeira semana.



Matar os filhos no ventre materno NÃO é um valor civilizacional. É um acto cobarde. É um assassinato, como outro qualquer. E isto nada tem a ver com religiões, as religiões só atrapalham,  mas tão-só com a ÉTICA, com valores morais, valores maternais, valores humanos.


Pense nisso. O caminho não é MATAR o filho indesejado, mas fazer sexo protegido.

 

E é isso que se deve passar às cidadãs, e não a permissão de se MATAR seres vivos indefesos, crianças humanas, dentro do ventre materno, algo que só a fêmea da espécie humana faz.

 

Um cidadão, a propósito de um texto meu, anti-tourada, enviou-me o seguinte comentário:
«Assinei a petição contra o aborto e eutanásia. O PAN é contra as touradas, mas favorece a morte de seres humanos. VAMOS TODOS APOIAR as touradas



Ele pensou que eu fosse militante do PAN, e eu, que sou apartidária, mas não apolítica, portanto,  sou LIVRE, respondi-lhe o seguinte:

«Saiba que NÃO é da inteligência, nem do bom senso, nem do senso comum, justificar uma BARBÁRIE (touradas) com outra BARBÁRIE (matar filhos no ventre materno, ou matar seres humanos em estado terminal de vida, quando existem cuidados paliativos).

 

MATAR ou TORTURAR seres vivos INDEFESOS, seja em que circunstância for, é um acto BÁRBARO, cruel, violento, desumano e INDIGNO de seres que se dizem HUMANOS.

 

Saiba também que o PAN NÃO representa a HUMANIDADE.

Portanto, os apoiantes de touradas tratem de EVOLUIR.

 

E os que são a favor de MATAR os FILHOS dentro do Santuário da VIDA, que é o ÚTERO de qualquer fêmea na Natureza (mas apenas as fêmeas que se dizem da espécie humana é que o fazem), ou MATAR (porque a eutanásia é efectuada por um terceiro, fazendo desse terceiro um assassino) seres humanos, já no fim da vida, como quem DESCARTA algo que já não presta, NÃO estão a praticar um acto HUMANO.

 

A “CULTURA DA MORTE” é algo que não pertence aos Valores HUMANOS. E isto nada tem a ver com religião, mas com a essência de um ser humano evoluído, algo que está a esvair-se pelos canos de esgoto, como se fosse um excremento.

 

Se tem substância cinzenta dentro do seu crânio, pense nisto!»



Gostaria que a Senhora Ministra também pensasse nisto, porque no rol dos Valores Civilizacionais, MATAR seres vivos indefesos, NÃO tem nenhuma alínea.

 

Com os meus cumprimentos,

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:58

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Terça-feira, 19 de Novembro de 2019

«Língua Portuguesa aferrolhada a sete chaves, no Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal»

 

Um desabafo revoltoso de Abílio Mendonça de Carvalho, o qual o é também de milhares de Portugueses, de acordo com o próprio.

 

(Nota: os trechos a negrito são da responsabilidade da autora do Blogue)

 

MNE.png

 

Texto de Abílio Mendonça de Carvalho

 

«Sim, é verdade. A Língua Portuguesa está aferrolhada a sete chaves, cativa das mentiras emanadas do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal. E quem tem as chaves é o ministro socialista, Augusto Santos Silva. E ele, e só ele, diz o que se pode dizer sobe este cativeiro. E ele, e só ele, é o dono da língua.

 

Isto é um facto confirmado.

 

Estou em crer que o MNE, na pessoa de Augusto Santos Silva, principal envolvido e responsável do esquema do AO/90, deve ter um observatório de supervisão de acordistas.

 

Pelo estilo tirano que lhe é peculiar, Augusto SS conseguiu calar o Presidente da República sobre o AO/90, após a visita que este fez a Moçambique. O PR nunca mais falou do assunto, perfilou-se ao lado dele, limitando-se a emitir opiniões extemporâneas sem nexo, o que demonstra, em minha opinião, “estar-se puramente nas tintas”, e o que faz por aí é só protagonismo… e nada mais.

 

Mas Augusto SS conseguiu também calar os partidos políticos, representados no Parlamento, que, obedientemente, aceitam as mentiras emanadas do seu ministério, e não têm sequer ideias próprias. Por toda a parte, toda a gente tem medo de sofrer represálias, de perder os tachos, os privilégios, ou que se lhes instaurem processos disciplinares. Então existe uma nota ministerial chapa cinco, que todos têm de saber de cor e salteado, como bons paus-mandados, e depois papagueá-la, quando são questionados a este respeito.

 

Entretanto, “O Lugar da Língua Portuguesa», da Isabel A. Ferreira, a quem agradeço, uma vez mais, a abertura do blogue, para a publicação deste meu desabafo revoltoso, o qual o é também de milhares de portugueses, publicou algumas denúncias das fraudes e mentiras em que o AO/90 está assentado, e é de estranhar todo este silêncio por parte dos desacordistas, do presidente da República, dos partidos políticos, da própria comunicação social, tão preocupada com as fraudes de tantos vigaristas em tantos lugares-chave da função pública, mas quanto às fraudes do AO/90, andam todos muito calados, numa cumplicidade, deveras notória.

 

Já era (é) tempo de a justiça fazer alguma coisa, a este respeito, mas como estamos em Portugal, já sabemos como ela funciona, ou melhor, como não funciona, e é talvez, baseados nesta premissa, que se anda por aí a fazer de conta que nada foi denunciado, que as mentiras e fraudes não existem, e que a questão do acordo ortográfico é uma não-questão. Inatacável. Um ponto assente.  

 

E como se engana, quem assim cogita.

 

O problema é que o AO/90 não é uma não-questão. O AO/90 é precisamente um problema gravíssimo, que extinguirá a Língua Portuguesa, se não se travar esta onda de ignorância e prepotência dos governantes, iniciada, como se sabe, com Cavaco Silva, que foi levado pela ideia alienígena da uniformização das ortografias portuguesas, pela sua génese, assente na parlapatona e inexacta proposta de Malaca Casteleiro, por Portugal, e de Evanildo Bechara, pelo Brasil, e também pela determinação estapafúrdia em uniformizar o que não é uniformizável no seio   da CPLP, tendo sido estrategicamente excluídos os africanos de língua oficial portuguesa  e os timorenses, que não foram      chamados para esta questão.



 Consequentemente, o AO/90 impôs-se também pela ignorância e prepotência de Santana Lopes e do governo de José Sócrates, e do actual governo, comandado por Augusto Santos Silva, a quem já denominam o
Kaiser e o SS da Língua (o qual anda a fazer o frete a quem bem nós sabemos) pela sua despótica, ilegal e inconstitucional ordem de imposição do AO/90 no Ensino, em Portugal, e em muitos casos, socorrendo-se de vis chantagens: ou aplica o AO/90 ou chumba, ou não se aceitam as teses de mestrado, ou levam com um processo disciplinar, e por aí fora…

 

Os que já passaram por isto deviam denunciar estas prepotências.

 

Supõe-se que os mais prováveis favorecidos deste negócio, que se traduziu no uso ilegal do AO/90 em Portugal, sejam os editores, cujos lucros se ancoram nas negociatas com o Estado português, que é como quem diz, com o Ministério da Educação. Isto é verdade, mas existem outros interesses para além destes: interesses meramente políticos, em que a Língua Portuguesa é a moeda de troca.

 

Daí que se afirme que a Língua Portuguesa está cativa das mentiras emanadas do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal, aquele que manda calar.

 

Porquê calar? Porque esperam que ninguém se atreva a ir mais longe, para não terem de admitir publicamente que mentiram e andaram a engendrar fraudes para impor e manter algo que de outro modo seria impossível, pela mais do que óbvia inviabilidade de unificar oito ortografias portuguesas, com características linguísticas e culturais completamente distintas. Só mesmo através da mentira seria possível impor um “acordo” que, aliás nunca o foi, nunca existiu, e não está em vigor na Ordem Jurídica de nenhum país, que integra esse organismo (que tresanda a resquícios coloniais, e a interesses político-diplomáticos) denominado CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), e, consequentemente, nem sequer na Ordem Jurídica Internacional.

 

Por isso, é urgente combater, em todas as frentes, incluindo, nas escolas, aliás, particularmente nas escolas, a imposição do AO/90, pelo prepotente e ignorante poder político.

 

É que conforme, li algures numa rede social, «é fácil ser valente e autoritário quando se enfrenta quem não pode prejudicar-nos, ou penalizar material, física ou espiritualmente. Mas a Humanidade só evoluiu com aqueles que correram esses riscos reais. Se Sócrates (o filósofo grego, não o ex-governante que nos impingiu coercivamente o AO90), Cristo, Galileu, Darwin, Aristides de Sousa Mendes, Churchill, Stauffenberg, Einstein, Mandela, Xanana Gusmão, Gandhi ou as bravas mulheres do Curdistão Sírio não tivessem optado por vencer o medo, por enfrentar corajosamente os poderes imensos e implacáveis que ousaram desafiar, a civilização humana não teria avançado um milímetro».

 

Precisa-se urgentemente de rebentar com as grades dos calabouços do MNE, onde encerraram a Língua Portuguesa, consumida por um fogo de mentiras, para que ela se liberte e renasça das cinzas.

 

Ao que li neste Blogue, a Iniciativa Legislativa de Cidadãos contra o Acordo Ortográfico (ILC-AO) finalmente foi admitida na Assembleia da República. E este é o momento ideal para rebentar com as referidas grades. Assim haja coragem política por parte da oposição ao governo despótico de António Costa e dos seus autómatos ministros.

 

Espera-se também que, finalmente, o presidente da República Portuguesa dê o ar da sua (des)graça e se imiscua nesta questão, que, mais do que tirar selfies, é de crucial importância para o nosso País, que está em vias de ser colonizado.»

 

Abílio Mendonça de Carvalho

Lamego, 19 de Novembro de 2019

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:45

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Sexta-feira, 12 de Abril de 2019

E ASSIM VAI O INADMISSÍVEL E ARRUINADO ENSINO EM PORTUGAL

 

Ao cuidado de todos os que estão envolvidos no sistema de (des)ensino português, incluindo pais e encarregados de educação.

 

A imagem que aqui reproduzo (tive o cuidado de esconder o nome do Agrupamento, por motivos óbvios) chegou-me via-email, destinada a uma querida aluna, a meu cargo, nestas férias de Páscoa.

 

4º ano de escolaridade.

 

Fotocopiei a mensagem, e dei-a a ler à aluna. Só lhe pedi para ler alto o que a professora escreveu. E aguardei o resultado, esperando que a criança (de 10 anos) tivesse a mesma reacção que eu (porque as crianças não são as estúpidas que os governantes querem que sejam), quando me vi diante deste documento timbrado, do Governo de Portugal, Ministério da Educação e Ciência.

 

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Marquei a vermelho os trechos com os quais a aluna esbarrou e me questionou, com os olhos esbugalhados (e não estou a inventar), e reproduzo fielmente as falas da menina (em sublinhado) que se seguiram.

 

Primeira linha: o trabalho de féria é importe. Hã? Não é assim, pois não?

Não, não é. Então como será?

Imediatamente a menina disse: o trabalho de férias é importante.

Muito bem.

Mas a professora não sabe escrever?

Saberá, mas está baralhada. Continua.

 

Segunda linha: agradeço que percam um pouco do vosso de tempo. O quê? Do vosso DE tempo? É do vosso tempo, não é?

Exactamente.

Mas o que é isto? A professora não sabe escrever?

Estaria distraída.

Sim, sim, ela é muito distraída. Às vezes ela escreve mal no quadro e temos de a corrigir.

Isso acontece. Vá, continua a ler.

 

E fomos parar à sexta sugestão onde se fala de treinar os algoritmos e (…) a subtração (que a aluna leu subtrâção, e muito bem).

 

E mais adiante os números fraccionários (frácionárius), inclusive a (…) subtracção (que a aluna leu subtráção, e muito bem)…

O quê? É subtracção ou subtração?

Não havia como enganar a criança. Jamais o faria.

Expliquei: subtracção (subtráção) é grafia portuguesa, é Português. Subtração (subtrâção) é grafia brasileira, é Brasileiro.

Mas nós somos portugueses!

Pois somos.

Então porque querem que se escreva à brasileira? Isto só me baralha!

 

Como responder a esta pergunta? Com a verdade, evidentemente. Às perguntas das crianças sempre devemos responder com a verdade, para que elas possam desenvolver o espírito crítico que falta aos governantes, a muitos pais e encarregados de educação, e aos próprios professores, que se entregam a esta missão desonrosa de enganar as crianças.

 

E a verdade é que os governantes portugueses, desde Cavaco Silva a Marcelo Rebelo de Sousa, todos eles, primeiros-ministros, ministros e deputados da ex-Nação Portuguesa, e professores e jornalistas servilistas e todos os outros marias-vão-com-as-outras, dotados de coluna vertebral cartilaginosa, trocaram a Língua Portuguesa pela Língua Brasileira, pelos motivos mais vis:  mania de grandeza e dinheiro.

 

A aluna bem sabe o que é a Língua Brasileira, porque tem uma colega brasileira na turma, que fala diferente e diz coisas diferentes das nossas. Não fala Português.

 

Não fala.

 

Esta “carta aos alunos” escrita atabalhoadamente (sem revisão) em mixordês (mistura de português com brasileiro) é inadmissível.

 

Não será a única.

 

Os maiores exemplos da mixórdia ortográfica vêm de cima, da presidência da República, do gabinete do primeiro-ministro, dos restantes ministros, de todos os grupos parlamentares. Dos próprios professores que, nas páginas do Facebook, escrevem as maiores barbaridades, incluindo palavrões.

 

Os manuais escolares são uma autêntica mina de disparates, desde as águias com grandes dentes, às invasões francesas para prender Dom João VI, e cheios de desenhos e desenhinhos, como se as crianças fossem muito estúpidas, não dando qualquer oportunidade à imaginação.

 

O que pretendem os governantes com este tipo de ensino idiota? Formarem os analfabetos funcionais do futuro, para que sejam tão submissos como os analfabetos funcionais da actualidade?

 

E há mais: é proibido dar más notas ou chumbar os alunos, para mostrar ao mundo que o sucesso escolar em Portugal existe. Quando isto não passa de uma grande aldrabice!

 

Alunos que escrevem gatafunhos, que ninguém entende, têm MUITO BOM a Português, ou melhor, a Brasileiro. Intolerável.

 

É inadmissível o que está a passar-se em Portugal no que respeita à Educação, ao Ensino, à Cultura.

 

DEMITA-SE senhor ministro da Educação e Ciência. Permitir uma tal balbúrdia no Ensino é um postura terceiro-mundista.

 

E os pais e encarregados de educação deviam tomar uma atitude drástica e EXIGIR um ensino de qualidade para os seus filhos, como está consignado na Constituição da República Portuguesa.

 

 

Com esta “carta” fiquei tão escandalizada e indignada quanto a aluna, que apesar dos seus dez anos, tem algo que falta aos actuais governantes: inteligência para ver as coisas tal como elas estão, ou seja, MAL. Muito MAL.

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:55

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Sábado, 9 de Março de 2019

SOBRE A VISITA DE MARCELO REBELO DE SOUSA A ANGOLA: «EXIBIÇÃO POBRE E HISTRIÓNICA DE UM “ESTADISTA” MEDÍOCRE» DIZ ORLANDO CASTRO

 

Um texto publicado no Folha 8, jornal Angolano.

Livre, independente, de informação geral e comprometido com a verdade. Folha 8, mais do que um jornal, a liberdade! conforme consta na sua apresentação.

 

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O seu director adjunto, Orlando Castro, assinou o texto, do qual me dispenso de fazer comentários.

 

Apenas direi que se trata de um texto correCtamente escrito, num Português escorreito, algo que já não existe em Portugal, e que nos conta o que os órgãos de comunicação social portugueses não contaram, mostrando apenas os “banhos de multidão” do “Ti Celito” (como é chamado em Angola), que valem o que valem. (I.A.F.)

 

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O chefe de Estado português elogiou o “projecto de paz, de democracia, de regeneração financeira, de desenvolvimento económico, de combate à corrupção” protagonizado pelo Presidente de Angola, João Lourenço. Se o MPLA dizia que José Eduardo dos Santos era o “escolhido de Deus”, Marcelo Rebelo de Sousa diz que João Lourenço é o próprio… “Deus”.

 

Por Orlando Castro

 

Numa intervenção durante um jantar oficial oferecido por João Lourenço, no Palácio Presidencial, em Luanda, Marcelo Rebelo de Sousa saudou-o como “o vulto cimeiro de um novo tempo angolano”. Não se terá lembrado de o propor para um Prémio Nobel, mas até ao fim da visita dita de Estado ainda está a tempo.

 

“Vossa excelência protagoniza-o com um projecto de paz, de democracia, de regeneração financeira, de desenvolvimento económico, de combate à corrupção, de afirmação regional e mundial. Nós, portugueses, seguimos com empenho essa aposta de modernização, de transparência, de abertura, de inovação, de acrescida ambição”, afirmou Marcelo, bem ao estilo dos sipaios coloniais, mas com uma substancial diferença. Estes eram obrigados a bajular, o presidente português não é obrigado a isso. Ou será que é?

 

Segundo o Presidente português, João Lourenço protagoniza “um novo tempo angolano, na lúcida, consistente e corajosa determinação de aproveitar do passado o que se mantém vivo, mas, sobretudo, entender o que importa renovar para tornar o futuro mais possível, mais ambicioso e mais feliz para todos os angolanos”.

 

Bem dizia Eça de Queiroz, provavelmente antecipando a pequenez intelectual de um tal Marcelo que haveria de ser presidente de Portugal, que “os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão”.

 

Vejamos, por exemplo, o que disse Guerra Junqueiro, num retrato preciso e assertivo de Marcelo Rebelo de Sousa e de grande parte dos seus cidadãos: “Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas; um povo em catalepsia ambulante, não se lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai; um povo, enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom, e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que um lampejo misterioso da alma nacional, reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta.

 

Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta até à medula, não discriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha, sem carácter, havendo homens que, honrados na vida íntima, descambam na vida pública em pantomineiros e sevandijas, capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira à falsificação, da violência ao roubo, donde provém que na política portuguesa sucedam, entre a indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverosímeis no Limoeiro.

 

Um poder legislativo, esfregão de cozinha do executivo; este criado de quarto do moderador; e este, finalmente, tornado absoluto pela abdicação unânime do País.

 

A justiça ao arbítrio da Política, torcendo-lhe a vara ao ponto de fazer dela saca-rolhas.

 

Dois partidos sem ideias, sem planos, sem convicções, incapazes, vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos, iguais um ao outro como duas metades do mesmo zero, e não se malgando e fundindo, apesar disso, pela razão que alguém deu no parlamento, de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar”.

 

Continuemos, para memória futura, com o brilhantismo bacoco de Marcelo. Diz ele que, da parte de Portugal, Angola conta com “o empenho de centenas de milhares que querem contribuir para a riqueza e a justiça social” com o seu trabalho, bem como “das empresas, a começar nas mais modestas, no investimento e no reforço do tecido socioeconómico angolano” e também com “o empenho das instituições públicas portuguesas, do Estado às autarquias locais”.

 

“Podem contar connosco na vossa missão renovadora e recriadora. Portugal estará sempre e cada vez mais ao lado de Angola”, acrescentou Marcelo Rebelo de Sousa, fazendo aqui e mais uma vez o exercício de passar aos angolanos um atestado de menoridade e matumbez.

 

Portugal, por sua vez, conta com a “incansável solidariedade” de Angola. “Contamos com os vossos trabalhadores, as vossas empresas, as vossas instituições públicas, a vossa convergência nos domínios bilateral e multilateral. Temos a certeza de que Angola estará sempre e cada vez mais ao lado de Portugal”, prosseguiu Marcelo no seu laudatório e hipócrita exercício de servilismo.

 

De acordo com o Presidente português, este “novo momento na vida de Angola” coincide com “um novo ciclo” nas relações bilaterais. “E nada nem ninguém nos separará, porque os nossos povos já estabeleceram o seu e o nosso caminho”, considerou Marcelo, sentindo o umbigo aos saltos, alimentado pela esperança de que os portugueses não acordem e os angolanos nunca lhe cobrem a cobardia.

 

“Porque estamos mesmo juntos, na parceria estratégica, na cooperação económica, financeira, educativa, científica, cultural, social e política. Porque no essencial vemos o mundo e a nossa pertença global e regional do mesmo modo, a pensar na paz, nos direitos humanos, na democracia, no direito internacional, no desenvolvimento sustentável, na correcção das desigualdades”, argumentou aquele que, em matéria de bajulação, bateu todos os recordes anteriores, desde Álvaro Cunhal a Rosa Coutinho, passando por Vasco Gonçalves, José Sócrates, António Costa, Cavaco Silva, Passos Coelho e tantos outros.

 

No final da sua intervenção, de cerca de sete minutos (que entrará para o “Guinness World Records” por ser o que mais bajulação fez em tão curto espaço de tempo), Marcelo Rebelo de Sousa disse que “a história faz-se e refaz-se todos os dias e nuns dias mais do que noutros”, acrescentando: “Estes que vivemos são desses dias”.

 

Fonte:

https://jornalf8.net/2019/exibicao-pobre-e-histrionica-de-um-estadista-mediocre/?fbclid=IwAR0JzcQCENIRctbFxJx9I4puLDzlCgQsWUr8MmmETwznfsTnMlFRiHW4uFE

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:39

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Domingo, 29 de Julho de 2018

Mais um parecer jurídico que aponta a inconstitucionalidade do AO90

 

Este texto vai ao cuidado de Sua Excelência, o Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, actual Presidente da República Portuguesa, que jurou defender a Constituição da República Portuguesa e os interesses de Portugal  e de todos os Portugueses, e não está a cumprir essa jura.

 

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Esta frase foi proferida no âmbito de uma entrevista à Agência Lusa, em Outubro de 2017, e ao que parece, Marcelo Rebelo de Sousa não reconhece a mais ninguém o direito de saber Direito Constitucional. Só ele sabe.

 

Fará isto parte do seu acentuado e notório narcisismo?

 

São vários os juristas que já apontaram publicamente a inconstitucionalidade do AO90, entre eles Sebastião Póvoas, vice-presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Ivo Miguel Barroso, docente universitário e jurista, o Embaixador Carlos Fernandes, que o defendeu num livro intitulado «O Acordo Ortográfico de 1990 Não Está em Vigor – Prepotência do Governo de José Sócrates e do Presidente Cavaco Silva» (e poderemos agora acrescentar também aprepotência do presidente Marcelo Rebelo de Sousa?), e Carlos Borges, também jurista, a quem pedi um parecer, do qual aqui publico hoje um excerto.

 

Todos são unânimes em afirmar que o dito AO90 é inconstitucional, não estando em vigor em nenhum país lusófono, e que a Constituição da República Portuguesa está a ser violada.

 

Em Portugal o acordo ortográfico de 1990 foi ilegalmente imposto a partir de 1 de Janeiro de 2012, através da Resolução do Conselho de Ministros n.º 8/2011, no sistema educativo e na função pública, e depois foi-se sub-repticiamente infiltrando nos meios de comunicação social, subservientes ao Poder, o que foi gerando um descomunal logro, e os menos informados acham que “agora escreve-se diferente” (é o que ouço).

 

Porém, segundo Carlos Borges, a Resolução do Conselho de Ministros n.º 8/2011 é inconstitucional:

 

1 - Por não respeitar a natureza, o alcance e o âmbito estabelecidos no artigo 199.º/g) da Constituição (inconstitucionalidade formal);

 

2 - Por, enquanto acto de natureza regulamentar, a competência subjectiva e objectiva para a sua emissão não ter sido definida, ou prevista, pela Lei n.º 47/2006, de 28 de Agosto, nem a Resolução poder sequer tratar-se de alteração ao Decreto-Lei n.º 261/2007, de 17 de Julho – que veio justamente regulamentar aquela Lei, já que, jurídico-constitucionalmente, uma Resolução do Governo com carácter administrativo não pode alterar ou dar forma inovadora à Regulamentação prevista por aquele Decreto-Lei (que assumiu a forma de Decreto Regulamentar, nos termos e para efeitos do artigo 112.º/7 da CRP) –, em contravenção ao artigo 112.º/8 da CRP (inconstitucionalidade formal);

 

3 - Por violação do artigo 164.º/i) da Lei Fundamental, já que não cabe ao Governo criar materialidade normativa inovadora no âmbito das Bases do Sistema de Ensino, a propósito do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, já que a Língua Portuguesa é instrumento basilar no acesso à educação e à igualdade de oportunidades, a serem promovidos pelo Sistema de Ensino – e contra isto não se alegue o artigo 47.º/1-a) e e) da Lei n.º 46/86 de 14 de Outubro [Lei de Bases do Sistema Educativo], na versão outorgada pela Lei n.º 85/2009, de 27 de Agosto, já que a matéria aqui em causa foi imediata e directamente objecto de Reserva aposta à Ratificação de Convenção Internacional aprovada pelo Parlamento, que não permitiu (nem expressa, nem tacitamente) ao Governo (a coberto de competência administrativa, pela citada Resolução) a determinação temporal da produção dos efeitos da entrada em vigor do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa no Sistema de Ensino (inconstitucionalidade orgânica, pois);

 

4 - Por ferir a estatuição do 165.º/g) da Constituição, porquanto a Resolução n.º 8/2011 do Conselho de Ministros veio criar materialidade inovadora a respeito da tutela da Língua Portuguesa, enquanto elemento chave do património cultural português – tal como é expressamente asseverado no artigo 2.º/2 da Lei n.º 107/2001 de 8 de Setembro (Lei de Bases do Património Cultural) –, sem que para tal tenha existido autorização da própria Lei de Bases para o efeito, ou sequer a aprovação posterior do Parlamento (nos termos dos artigos 162.º/c) e d) e 165.º/1 in fine) de Lei de autorização legislativa que permitisse ao Governo legislar sobre a matéria, cumpridas as formalidades constitucionais exigidas para o efeito (e que o Executivo, sub-repticiamente, ignorou por completo, ao criar normas jurídicas com carácter geral e vinculativo a coberto dum acto jurídico de natureza administrativa): inconstitucionalidade orgânica e inconstitucionalidade formal, portanto;

 

5 - Por manifesto desrespeito pelo artigo 9.º/e) e f) da Constituição da República Portuguesa, na medida em que um acto jurídico sem possuir natureza legal válida e adequada, veio introduzir significativas e profundas alterações na Língua Portuguesa, sem que as mesmas alterações possuíssem uma razoabilidade materialmente justificável: criando, com efeito, situações turbulentas ao nível do sistema de Ensino e, mais grave ainda, destruindo o “ADN” matricial da Língua Portuguesa sem fundamento mais que não fossem as lógicas económica e geopolítica: as quais não são, nos termos constitucionais causa ou razão para autorizar qualquer “revolução cultural” na Língua Portuguesa, porquanto a promoção da “difusão internacional da língua portuguesa” (artigo 9.º/f) in fine da CRP) não pode ser lograda sem que se deixe de “[p]roteger e valorizar o património cultural do povo português” (artigo 9.º/e ab initio da CRP), através, no caso concreto, do “assegurar o ensino [correcto – dizemos e entendemos nós, à luz da normatividade legal e constitucional existentes!] e a valorização permanente (…) da língua portuguesa” (artigo 9.º/f) da CRP), que não é, nem nunca pode vir a ser, “moeda de troca” nas relações internacionais do Estado Português (inconstitucionalidade material);

 

6 - Por violação da norma constante do artigo 78.º/2-c) da Constituição, na medida em que, por todos os argumentos supra aduzidos, o Governo não procedeu à “salvaguarda e [à] valorização do património cultural” – maxime, da Língua Portuguesa –, antes promovendo a sua mutilação e incoerente reformulação das regras orientadoras da grafia e ortografia (inconstitucionalidade material).

 

***

Bem, posto isto, entenderá Sua Excelência, o presidente da República Portuguesa, que todos os juristas, que até agora se pronunciaram sobre esta matéria, nada sabem de Direito Constitucional?

 

É que eu não sei, não sei mesmo nada de Direito, e portanto, não me meto por estes caminhos jurídicos. Mas sei de Língua Portuguesa e de grafia portuguesa, e também sei da Variante Brasileira da Língua Poprtuguesa (que é o mesmo que dialecto, mas, ao que parece, há quem não goste desta palavrinha) e de grafia brasileira, que aprendi no Brasil, quando entrei para a Escola Primária, e posso garantir que o AO90 mais não é do que a (90%) cópia da grafia brasileira, exceptuando uns poucos cês e pês, que o Brasil manteve e Portugal, muito ignorantemente, decidiu suprimir, criando uns horrorosos monstrinhos ortográficos, como exceto, receção, infetado, infeção... Escrevo perfeitamente nas duas versões. Para o Brasil, apenas a hifenização e a acentuação mudou, para pior, obviamente, de outro modo, os Brasileiros nada tinham para mudar, ao adoptar o AO90.

 

Isto eu sei. E trocar a grafia portuguesa, europeia e íntegra, pela grafia brasileira mutilada, trocar a grafia de uma Língua, pela grafia de uma Variante de si própria, não me parece coisa constitucional, coisa inteligente, coisa normal…

 

Senhor Presidente da República, tenho conhecimento de que vários portugueses lhe têm escrito cartas privadas, eu incluída, a pedir uma explicação OFICIAL para esta inconstitucional, ilegal, inútil e inacreditávelvenda” da Língua Portuguesa ao Brasil, e o senhor, que se diz “presidente de todos os portuguesescala-se. Não responde. Ainda não respondeu a nenhum de nós. Porquê?

 

Ou aqui há “gato”, e não há presidente de todos os Portugueses, ou aqui há algo que brevemente poderá ser oficialmente desmascarado como a maior fraude de todos os tempos.

 

Isabel A. Ferreira

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:09

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Quarta-feira, 30 de Dezembro de 2015

EXORTAÇÃO AOS DESASSISADOS, AOS DESENCOSTADOS E A TODOS OS OUTROS

 

«Em face dos séculos de História que nos sustêm e dos séculos de futuro que nela contemplamos, a Língua Portuguesa segue dentro de momentos».

 

(Um excelente artigo para se reflectir sobre o símbolo maior da Portugalidade: a Língua Portuguesa)

 

891470[1].pngPor Madalena Homem Cardoso*

 

«Cominciate col fare ciò che è necessario, poi ciò che è possibile. E all'improvviso vi scoprirete a fare l'impossibile.”

(frase atribuída a São Francisco de Assis)

 

Neste período entre eleições legislativas e presidenciais, os paradoxos e fragilidades institucionais do regime têm vindo a ficar cada vez mais expostos.

 

Ventos recessivos e austeritários arrancaram o manto andrajoso do discurso politiqueiro – esse que, longe de envolver e enredar, já só embate e se desgasta no muro do alheamento – para desnudar a impotência colectiva. Essa impotência parece-me relesmente bovina, de um lado e do outro da questão.

 

Nesta triste história da Terceira República, desfilamos cordata e bovinamente. Todos. Esta nossa insanidade autofágica, e a teimosia no mais-do-mesmo ou a indolência de prosseguir assim.

 

 

Os cidadãos, desinformados e acríticos, vêm aceitando a canga que o Estado lhes imponha e, mais, conformam-se a oferecer filhos e netos no altar de quaisquer sacrifícios, necessários ou suicidários. Grassa a irresponsabilidade militante. O gás metano que emana do medo, da subserviência das reses que assim guiadas se encaminham com as suas crias para o matadouro, é irrespirável.

 

Nos palcos do poder político, reproduz-se, por nichos, idêntico modelo. Todavia o medo que move estoutras manadas, nos redis dos aparelhos partidários, órgãos de soberania e cargos públicos, é o da perda do poder que detenham, por muito ou pouco que seja. Agindo corporativamente e movidos por interesses, são complacentes com a perda de valores associada. Esta complacência, tal como a dos cidadãos em geral, vê-se ao espelho vergada por uma força difusa e transcendente, à qual se acomoda, porém, em bom rigor, trata-se da mera complacência das pessoas consigo mesmas em modo desistente, da opção consciente pelo seguidismo acéfalo. Apenas parecem capazes de vingar os seres subterrâneos, necrófagos, anaeróbios, e isso espelha-se, quer na reabilitação mediática do ex-preso 44, quer na convicção das "favas contadas" para o tudólogo do comentário televisivo que há anos faz do marketing pessoal e da criação de factos políticos a sua pré-campanha presidencial. Nada de bom e sadio floresce sob a atmosfera tóxica do gás metano libertado pelo temor vacum.

 

Somos todos co-responsáveis pelo que se vê hoje em Portugal. Os cidadãos são políticos ou, se não o são, estão em falta, deveriam sê-lo; os políticos são, forçosamente, cidadãos, com maior ou menor défice de cidadania, tal como todos os outros. Assim, tudo quanto fuja ao paradigma dos cidadãos e dos políticos do meu País me faz brindar aos rumos consistentes e às vozes que ousam desafinar dos coros de mugidos ordeiros, atrapalhando-os na via para nenhures.

 

Há males sistémicos a apontar, sim, e o terreno desta pseudo-democracia está minado, pois, mas o que prevalece é o estado demissionário dos cidadãos divorciados da Política e da vida colectiva naquilo em que podem alterá-las individualmente, e o estado demissionário dos actores políticos ao contornarem os valores basilares que deveriam servir.

 

Em vez de nos desresponsabilizarmos dizendo-nos submetidos a prepotências, verifiquemo-nos submissos nas condutas pessoais que levam à impotência colectiva. O sistema abusa porque pode, a permissividade o permite; o Estado somos todos nós. São precisos dois, desgovernados e desgovernantes, para rodopiar nesta valsa perigosa à beira da nossa falência enquanto Nação.

 

Isto é verificável com particular acuidade nas questões directamente relacionadas com a soberania nacional.

 

Na fase que antecedeu o Governo Costa, as parangonas referiram Francisco Assis nas suas movimentações em contra-corrente. Saúdo nele uma dissonância que, remetendo para certos valores perenes e para uma lógica não imediata, me apraz registar, e não só agora.

 

Esta sua visibilidade recente relembrou-me um artigo seu neste jornal, em 2012: “Primeiro-ministro ou apresentador do boletim meteorológico?”.

 

Abre com uma tirada brilhante: “Contrariamente ao que pensava Ortega y Gasset, há homens que são apenas a sua própria circunstância.” Claro que o visado, ao tempo, era Passos Coelho, mas esta frase assentaria agora em António Costa como uma luva.

 

Adiante, nesse artigo, Assis cita A Sibila e observa: “Como tudo seria diferente se a nossa classe política ainda lesse Agustina...” Permito-me corrigir: como tudo seria diferente se a nossa classe política algum dia tivesse lido alguma coisa de jeito...! E quem diz "tivesse lido", diz "houvesse pensado" (alguma coisa de jeito).

 

Mais à frente, afirma: “O problema de muitos políticos é a confusão entre o instante e a eternidade, ignorando grosseiramente o efeito corrosivo do tempo. Vendo no acaso um sinal do destino, ignoram que tudo o que é momentâneo está condenado a caducidade rápida.” Permito-me corrigir: não se trata de ignorar, na realidade não querem saber.

 

No final, em post-scriptum, o autor deixa uma nota: “Por razões contrárias à minha vontade, mas não alheias à minha responsabilidade, o texto da semana passada seguiu as regras do novo acordo ortográfico. Tratou-se de um lapso, que não voltará a repetir-se.”

 

Ora eis uma questão de soberania, além de matéria identitária, e alguém que não se refugia em subterfúgios ou meias-palavras.

 

Neste âmbito, foi também elucidativa a sua resposta a uma intervenção puramente situacionista sobre o dito "acordo", numa edição do programa televisivo Prova dos Nove (09/02/2012, TVI-24). Dissera Pedro Santana Lopes (dei-me ao trabalho de transcrevê-lo ipsis verbis, queiram os leitores perdoar os erros de Português reproduzidos): “Eu, em relação ao acordo ortográfico [AO], gostava de, primeiro, fazer uma declaração de interesses. Fui eu que negociei, num Governo Cavaco Silva, em nome do Estado Português, e assinei o AO. Para aqueles que odeiam o AO e não se lembram, aqui fica o reminder. Assinei, e já na altura foi muito polémico, e é um processo que demorou anos por causa da ratificação dos outros Estados. Quando foi a assinatura, em Outubro de '90, no Palácio da Ajuda, até à última da hora não sabíamos se vinha o representante brasileiro. Acabou por vir o Ministro da Educação, julgo que se chamava Chiarelli. Eu depois visitei o Brasil oficialmente, e vi a grande hostilidade do Brasil em relação ao AO. Fui ao Congresso Brasileiro fazer uma intervenção, à Academia Brasileira de Letras, e os intelectuais brasileiros tinham uma posição: queriam que, no século XXI, se falasse o "Brasileiro". Nesse Governo, Cavaco Silva, quando me convidou para Ministro da Cultura, atribuiu-me essa missão como a principal. Havia duas, como curiosidade (quanto ao Vasco Graça Moura): negociar e assinar o AO, e ter o Centro Cultural de Belém [CCB] pronto a tempo da primeira Presidência portuguesa [da então CEE]. Isto a propósito da decisão de Vasco Graça Moura, nomeado pelo Governo. Eu devo dizer que não concordo. Respeito, tenho muita consideração por ele, temos uma relação cordial; agora... Foi dito que o Governo não foi previamente avisado daquilo que Vasco Graça Moura decidiu quando chegou ao CCB, e eu penso que o Governo devia ter sido avisado. Há uma posição oficial do Estado Português sobre isto, que une estadistas ou governantes de várias ideologias: Mário Soares, Cavaco Silva... Quando assinámos o acordo ortográfico, era Mário Soares o Presidente da República, que o promulgou, o defendeu entusiasticamente. António Guterres, José Sócrates, Durão Barroso, também no meu Governo, com o Presidente Sampaio em São Tomé e o Ministro António Monteiro... Isto, portanto, atravessa vários quadrantes ideológicos. Há quem não concorde...” Verba volant, scripta manent, fica registado.

 

Perante esta descrição cabal de um pacto de regime, Francisco Assis replicou: “Eu vou dizer uma coisa aqui que até é a primeira vez que o digo. Por vezes mudamos, na vida, de opinião… Evoluímos, de acordo com o nosso ponto de vista, das nossas posições. Eu comecei por ser sensível aos argumentos que o Pedro Santana Lopes agora acabou de invocar em relação às vantagens de um AO. Mas tenho hoje as maiores reservas sobre este AO em concreto que, do meu ponto de vista, significa de facto um empobrecimento da Língua Portuguesa. E, portanto, tenho uma visão hoje muito negativa acerca do AO. Em relação à atitude do Vasco Graça Moura, também vou dizer uma coisa um pouco diferente: eu tenho sempre alguma dificuldade em ter antipatia por actos de rebelião promovidos por verdadeiros homens de Cultura.” (sic)

 

Como dizia um genuíno filósofo, só sei que nada sei. Nada sabendo, creio num resgate da Pátria, reerguida como estandarte mental e espiritual. Essa é uma condição de sobrevivência.

 

Enquanto tal não sucede, só o sentido de humor pode assegurar sanidade mental aos menos bovinos... O PS saberá o que quer para si, para o País, para Assis? Rima, deixo rimar... O PS parece gravemente desassisado, incapaz de um pensamento post-socrático.

 

Agora a sério, remeto aqui sobretudo para a exortação que o próprio Assis fez. Mas, convocando todos os portugueses, interpelo mais quem tem de tomar decisões mais complicadas. Esta é uma exortação que os não exorta, de facto, só lhes mostra que um político pode não ser sectário e imediatista, pode pautar-se pela solidez e pela constância de referenciais não negociáveis.

 

Rir-me-ei perante frase análoga à que citei, mas em reacção – bem eufemística! – à inevitável retirada do monstro estupidográfico das escolas e da administração pública, cuja suposta "legalidade" ou "obrigatoriedade" radica apenas numa Resolução do Conselho de Ministros (a n.º 8/2011) assinada pelo melhor amigo de Carlos Santos Silva, após um obscuro tratado internacional ter sido congeminado à revelia dos direitos culturais e linguísticos (direitos humanos consagrados internacionalmente!) dos povos assim tão mal representados: “Tratou-se de um lapso, que não voltará a repetir-se.”

 

Em face dos séculos de História que nos sustêm e dos séculos de futuro que nela contemplamos, a Língua Portuguesa segue dentro de momentos.

*Médica, escritora e activista cívica

Fonte:

https://www.publico.pt/politica/noticia/exortacao-aos-desassisados-aos-desencostados-e-a-todos-os-outros-1718548?page=-1

 

 ***

 

LER MAIS ARTIGOS DA AUTORA SOBRE ESTE TEMA AQUI:

https://www.facebook.com/notes/444213558935496/

https://www.facebook.com/notes/444213558935496/

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:18

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Quarta-feira, 25 de Novembro de 2015

O aficionado João Soares para ministro da Cultura ou da INCULTURA?

 

 

Os pró-touradas já começaram a esfregar as mãos de contentes e a espalhar uma alegria ainda contida, mas…

 

Aficionado João Soares.jpeg

O famoso artista plástico Pedro Cabrita Reis com João Soares e Fernanda Silva, (Mulher do nosso companheiro Emílio) na segunda fila (contra-barreira). Em baixo, Elísio Summavielle e Carlos Alberto Moniz e suas respectivas Mulheres. Fonte desta foto e outras mais de ditos “famosos “ amantes da tortura de seres vivos:

http://farpasblogue.blogspot.pt/2014/05/famosos-no-campo-pequeno-ii.html-

***

 Recebi, há pouco, de um desconhecido, via correio electrónico, a seguinte mensagem:

 

«João Soares (foto), que enquanto presidente da Câmara de Lisboa sempre manifestou o seu apoio e apreço para tauromaquia, será o ministro da Cultura no novo governo presidido por António Costa, que esta manhã foi indigitado pelo presidente da República, Prof. Cavaco Silva. Uma notícia que pode traduzir alguma esperança para os aficionados da Festa Brava. Pelo menos, anti-taurino não é».

 

***

Esta é uma nota publicada, hoje, no Farpas Blogue, aqui:

http://farpasblogue.blogspot.pt/2015/11/joao-soares-e-ministro-da-cultura-e-nao.html

 

Pois é! Acontece que João Soares É anti-taurino (é contra os Touros, odeia Touros), porque é pró-tourada.

 

À mensagem do desconhecido respondi assim:

 

Isto significa apenas que Portugal continua na senda do retrocesso. E tanto faz governo de esquerda como de direita.

 

Mas João Soares se se atrever a colocar as manguinhas de fora poderá ter a travá-lo o Bloco de Esquerda, os Verdes e o PAN, e talvez (talvez) o PCP.

 

Estaremos atentos.

 

E tudo, tudo o que João Soares pretender fazer pela selvajaria tauromáquica terá repercussões nacionais, europeias e até mundiais.

 

E um país com um ministro da cultura INCULTO só terá INSUCESSO.

 

E ele sabe disso. E o seu paizinho Mário Soares também sabe.

 

Estão, esperemos para ver. Estaremos ATENTOS!

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 17:57

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Quinta-feira, 8 de Outubro de 2015

Segunda Carta Aberta ao professor Marcelo Rebelo de Sousa

 

A primeira carta está neste link, para quem pretender recordá-la, e escrevia-a a propósito da notória afición deste candidato à presidência da República Portuguesa (e não obtive resposta).

http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/carta-aberta-ao-senhor-doutor-marcelo-510489

 

Marcelo com tauricidas.jpeg

«Marcelo Rebelo de Sousa foi aos toiros no fimdesemana passado no Sobral Monte Agraço». (Fonte da foto e da legenda prótoiro)

 

Exmo. Sr. Professor Marcelo Rebelo de Sousa,

 

Nestes últimos tempos, enviei a V. Excelência uma quantidade considerável de textos, que aqui vou escrevendo sobre a selvajaria tauromáquica que, infelizmente, ainda existe no meu País.

 

E V. Excelência nunca se dignou a responder-me.

 

Até já lhe escrevi uma Carta Aberta, e nada. Nem uma palavra.

 

Um destes dias porém, precisamente há 22 horas (é o que consta no e-mail) enviei ao Senhor Professor, e com a minha mais veemente indignação (aliás como sempre faço) um texto intitulado «Marcelo Rebelo de Sousa no Sobral apoiando a Tauromaquia», aliás um título que encontrei numa publicação tauromáquica, na Internet.

 

***

Isabel A. Ferreira

16:40 (Há 22 horas)

  

Para: perguntasamarc.

 

Com a minha mais veemente indignação,

 

«Marcelo Rebelo de Sousa no Sobral apoiando a tauromaquia» 

http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/marcelo-rebelo-de-sousa-no-sobral-585357

 

Isabel A. Ferreira

 

***

Qual não foi o meu espanto, quando hoje, ao consultar o meu correio electrónico, me deparei com esta resposta que, devo confessar-lhe, me deixou estupefacta, por dois motivos: primeiro, porque não esperava que me respondesse, uma vez que nunca me respondeu aos outros meus “recados”; segundo, pelo conteúdo extraordinário da resposta.

Perguntas a Marcelo

03:34 (Há 11 horas)

  

para mim

 

Como ainda escrevi em prefácio a livro, nunca fui aficionado. Nem percebo nada de Festa Brava.

 

Estive nas Festas de Sobral de Montagraço, e fui ao final de uma novilhada, a convite municipal, onde assisti a pega.

 

A pega, como é sabido, não envolve nenhum sofrimento para o novilho, antes risco para os pegadores.

 

Com os cordiais cumprimentos,

 

MRS

 

PS- Nem sequer sou como Picasso, Dali ou Manuel Alegre, verdadeiros aficionados.

 

***

Francamente, Senhor Professor…!

 

Isto já fará parte da campanha política como candidato a presidente da República?

 

Desmentir algo que é público e tão claro como as águas que jorram de uma nascente?

 

Diz Vossa Excelência que esteve a ver uma pega, e como é sabido, não envolve nenhum sofrimento para o NOVILHO, antes risco para os pegadores?

 

Como é sabido? Como é sabido, é que a tal pega é o acto mais cobarde de uma tourada. Os cobardes “pegadoresatacam, atiram-se para cima de um Touro já moribundo, estraçalhado por dentro e por fora, mais morto do que vivo, de cornos embolados, a sangrar e com bandarilhas espetadas no corpo, e ainda tem o desplante de dizer que o Touro não sofre?

 

O senhor professor saberá o que é um TOURO?

 

Não sabe. Não sabe nada de Biologia, de Zoologia, de Antropologia, de Senciência Animal, de Humanidade, de Ética, e pior do que isso, nem sequer está interessado em saber, e esta é a mais repulsiva das ignorâncias (porque existem vários tipos de ignorância, como deve saber).

 

E ainda por cima vem falar-me de um NOVILHO?

 

Um jovem bovino, que é lançado a uma arena, sem saber porquê e é torturado para que sádicos se divirtam?

 

E os “pegadores” é que correm risco? Risco de quê? De um TOURO reunir as suas derradeiras forças e legitimamente defender a própria vida, que já está no fim, e estropiar um cobarde ou mandá-lo desta para melhor, que está ali por sua livre vontade?

 

Francamente, professor, se não sabe o que é um ANIMAL, não se conhece a si próprio.

 

E referir Picasso, Dali ou Manuel Alegre, neste contexto, foi de uma infelicidade monumental, sabe porquê?

 

Porque a crueldade de Picasso é por demasiado conhecida; a loucura de Dali, idem; e todos sabemos que, apesar de Manuel Alegre ter escrito, «Cão como Nós», tal como todos os que se deleitam com o sofrimento de seres vivos, desconhece que animais como nós são os cães dele, mas também toda a fauna existente no Planeta, e que essa fauna merece todo o respeito daqueles que são SERES HUMANOS, porque a VIDA é só uma.

 

E quer saber o que nós pensamos dos caçadores? São uns grandes cobardes, que matam seres indefesos, surpreendidos no seu habitat, com armas apontadas para eles, sem eles saberem. Isto é a maior das cobardias.

 

Picasso, Dali ou Manuel Alegre não servem de exemplo para exemplo de Seres Humanos verticais.

 

Sabia que os maiores assassinos do mundo estão no rol dos chefes de Estado, dos governantes, dos imperadores, dos chefes militares, dos líderes políticos, e também pintaram quadros e escreveram livros? Não encontra nessa lista (que hei-de publicar) nenhum agricultor, ou sapateiro, ou empregado de mesa.

 

E agora, para que não tente desmentir o indesmentível, aqui deixo as provas da afición de V. Excelência.

 

Grupo de forcados de Santarém comemora 100 anos de actos cobardes contra bovinos indefesos 

 

E o professor Marcelo Rebelo de Sousa foi um dos “ilustres” nomes que fizeram parte da “comissão de (des)honra” dos forcados.

 

Alguém, não sendo aficionado de selvajaria tauromáquica, jamais aceitaria tão indigno convite.

 

Pode recordar este assunto neste link (enviei-lho na altura):

http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/grupo-de-forcados-de-santarem-comemora-546874

 

***

E mais:

 

«Prof. Marcelo Rebelo de Sousa o fala-barato»

 

«Em declarações ao jornal “O Mirante”, à margem de uma tertúlia que teve lugar em Virtudes, concelho da Azambuja, o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa falou do seu gosto pela tauromaquia afirmando e citamos:

 

«Já assisti diversas vezes a faenas sensacionais que terminaram com a morte do toiro, sobretudo em Espanha, e não me lembro de ter ficado indignado com o facto. Em Portugal há quase uma tradição contra isso desde o tempo do Marquês de Marialva”.

 

Marcelo.jpeg

 

Afirmou também, que considera incompreensível, o facto de haver pessoas e movimentos que se opõem à realização de touradas em Portugal e que não se vê como um homem das cavernas ou um troglodita, como por vezes são classificados os aficionados pelos activistas anti-touradas e deu como exemplos, Pablo Picasso que “era um amante de toiros e tinha uma visão de esquerda”, e Manuel Alegre que além de ser político e poeta “é caçador e gosta de touradas”.

 

Muito elucidativo professor, não pelo facto de ser aficionado porque tal é do conhecimento geral, mas sim pelos exemplos que citou. Pouco importa que Manuel Alegre seja poeta, o que importa é que é um indivíduo execrável, tal como são todos os aficionados e caçadores e quanto a Picasso esse era um devasso, cruel e mulherengo.

 

E é este um dos prováveis candidatos à presidência da epública, um homem vaidoso, que por adorar ouvir a sua própria voz fala pelos cotovelos enreda-se em politiquices e que caso fosse eleito não aportaria nada de bom a este país.

 

Esta geração de caducos que continuam na política e que têm desgraçado o país, tem que ser afastada de uma vez por todas, caso contrário não passamos da cepa torta.

 

Prótouro

Pelos touros em liberdade»

 

Fonte:

https://protouro.wordpress.com/2015/02/13/prof-marcelo-rebelo-de-sousa-o-fala-barato/

 

***

E ainda mais:

 

«Marcelo Rebelo de Sousa envergonha os Portugueses»

 

«Marcelo Rebelo de Sousa ainda não se posicionou como candidato à Presidência da República no entanto, anda num frenesim por todo o país como se estivesse em campanha eleitoral, e no dia 19 assistiu a uma tourada em Sobral de Monte Agraço onde foi brindado pelos abusadores de bovinos de Coruche.

 

Marcelo com forcados - Coruche.jpeg

 Na foto, recebendo o brinde dos Forcados de Coruche. Foto Armando Alves

 

Não há dúvida que este país está entregue a gajos de má pinta que a todo o custo tentam chegar ao poder, tipos que embora doutorados, só provam que ao apoiar barbaridades tais como touradas mais não são que gentalha inculta e desprezível.

 

Prótouro

Pelos touros em liberdade»

 

Fonte:

https://protouro.wordpress.com/2015/09/21/marcelo-rebelo-de-sousa-envergonha-os-portugueses/

 

***

E mais aqui:

O Aficionado e cristalino Marcelo [Rebelo de Sousa] "diestro das arenas", candidato a presidente da República Portuguesa?  

 

Um texto que transcrevi do Jornal «O Mirante” que se encontra neste link ( e que também lho enviei, e não obtive resposta):

 

http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/o-aficionado-e-cristalino-marcelo-511355

 

***

E mais imagens que não deixam dúvidas:

 

Marcelo com aficionados.jpeg

 O Prof. Marcelo Rebelo de Sousa honrou a Tauromaquia assistindo no sábado, na trincheira, ao festival taurino no Sobral de Monte Agraço. Na foto, com o empresário e antigo forcado José Luis Gomes (ex-cabo dos Amadores de Lisboa) e o actualmente apoderado Maurício do Vale, antigo comentador da RTP (Foto e legenda Farpas Blogue)

Marcelo com forcado.jpeg

Marcelo com toureiro.jpeg

Origem das fotos Farpas Blogue, com esta legenda: «Marcelo Rebelo de Sousa honrou a Tauromaquia com a sua presença no festival deste sábado no Sobral de Monte Agraço»

 

***

Depois do que aqui ficou registado, o professor Marcelo Rebelo de Sousa ainda terá a coragem de vir a público desmentir que é aficionado de selvajaria tauromáquica?

 

E ser aficionado de selvajaria tauromáquica é uma vergonhosa maneira de estar no mundo, inadequada a um candidato a presidente da República.

 

Para envergonhar Portugal já nos bastou Jorge Sampaio, que decretou os Touros de morte em Barrancos (e este nome ficará para sempre ligado a essa ignomínia); e o também professor Cavaco Silva, que anda por aí a condecorar a cobardia dos forcados, com medalhas de mérito.

 

Não queira V. Excelência entrar para o rol dos desilustres.

Não queira V. Excelência fazer de mim uma idiota.

 

Com muita indignação,

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:19

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Terça-feira, 14 de Julho de 2015

AO CUIDADO DO PROFESSOR CAVACO SILVA

 

A propósito da vergonhosa condecoração dos forcados de Santarém, que a única acção cívica que praticaram na vida foi massacrar touros já moribundos, recebi este elucidativo comentário, no meu mural do Facebook (acompanhado da foto aqui reproduzida) e que diz perfeitamente da “espécie” de indivíduos que vão ser agraciados com a Medalha de Mérito, pelo Presidente da República Portuguesa.

 

Ver o Link:

http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/forcados-de-santarem-agraciados-com-a-559270

 


Eis o comentário: 

 

      • João Pereira querias ser tu agraciada com esses textos d merda que escreves?? vai-te mas é enterrar num monte de merda

 

Gosto · Responder · 9 h

 

***

Não ficará tudo dito acerca da miséria moral, cultural e social do mundo tauromáquico?

 

JOÃO PEREIRA.jpg

João Pereira 

 

Senhor Professor Cavaco Silva, este é o protótipo dos indivíduos que Vossa Excelência vai condecorar.

E este tipo de CIVISMO que a República Portuguesa pretende premiar?

 

Vossa Excelência ainda não se apercebeu de que o mundo da tauromaquia é um mundo de violência e crueldade cometida contra seres vivos, única e simplesmente para encher os bolsos, com  dinheiros públicos, a uma minoria inculta?

 

Vossa Excelência ainda não se apercebeu de que o mundo da tauromaquia é o mundo da falta de Cultura, de Educação e de Humanismo?

 

Na realidade tudo isto é bastante chocante, e envergonha Portugal.

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 10:03

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