Ou a tauromaquia cai de podre ou por decreto, porque cair, cairá. Em breve estaremos a festejar a abolição deste costume bárbaro, introduzido em Portugal pelos Reis Filipes de Espanha, entre 1580 a 1640: portanto, uma "coisa" antiga, sanguinária, monarquista e troglodita.
Seria da racionalidade não andarmos ainda a discutir o IVA das touradas na Assembleia da República, de um país integrado na União Europeia, em pleno ano de 2020, da era Cristã. Mas, em Portugal, a evolução de certas mentalidades ainda não se processou. Ainda há muito atraso civilizacional e de mentalidade, por aí, mormente no Parlamento português onde tudo se decide.
Contudo, ontem, deu-se mais um passo em frente a caminho da abolição e da evolução: a Assembleia da República aprovou, por maioria, o aumento do IVA das touradas para 23%, com os votos a favor do PS, PAN e BE.
E se isto foi uma vitória (e das boas) para a causa abolicionista, para os tauricidas, foi mais uma derrota, a somar a tantas outras, pois estão a perder terreno em várias frentes.
Prossigamos, então, a nossa senda até à abolição total.
O lobby tauromáquico terá de plantar hortas e pomares, que não dará, com certeza, para os Ferraris, que adquirem e exibem por aí, com os nossos impostos, mas dará, com toda a certeza, para um John Deere Gator HPX, que os ajudará no novo modo de subsistência.
Isabel A. Ferreira
Fonte da imagem:
https://www.facebook.com/Basta.pt/photos/a.472890756075069/2976926542338132/?type=3&theater
VEJAM A COVARDIA DE UM FORCADO A “PROVOCAR” UM TOURO TODO EMBANDARILHADO, OU SEJA, UM TOURO MORIBUNDO…
Tenho de destacar este comentário.
Porque está sublime.
António Pereira Dias, deixou um comentário ao comentário (AINDA O CASO DO NUNO CARVALHO) - NÓS CONTINUAREMOS A LADRAR ENQUANTO HOUVER UM TAURICIDA EM ACÇÃO às 21:38, 2012-12-26. Comentário:
«Este seu "post" só confirma as minhas suspeitas porque, depois de lê-lo, até um leigo percebe o quão desarranjada essa cabeça está.
Você não tem noção dos disparates que diz? Você tem o supremo desplante de fazer juízos de valor a um moribundo?
Não está preocupada com a ignorância em que milita?
Não acredita que o mundo é um pouco maior do que o seu umbigo?
Nunca ouviu falar em Democracia? Nem em regras democráticas?
A Intolerância, o ódio, a irracionalidade, a cobardia, o fundamentalismo radical, a inconsistência de opinião etc, de que gosta de acusar outras pessoas, estão todos, em doses bovinas, bem patentes no que diz.
Quantos bezerrinhos de raça brava já adoptou? Nenhum? Então é cumplice da sua "tortura", num dia destes.
Para começar a ser credível, podia começar por aí. Mas isso daria trabalho, verdade? Cuspir nos outros é muito mais "cool" mas, até esse ponto, você avalia mal.
É que ninguém cospe em quem quer e, bastas vezes, quase sempre, esses fluidos caiem na cara de quem os expele. Quem não quer ouvir, não tem qualquer possibilidade de conversar e quem não tem condições para conversar o melhor é ficar a ..drar sózinho.
Por mim, por não merecer mais e porque sei que jamais compreenderá o que acabo de escrever, é assim que fica; ad eternum.»
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BRAVO, António Pereira Dias!
Fez um retrato fiel de um aficionado. Talvez de si próprio.
Agora diga-me, onde é que eu tenho lugar nesta sua descrição?
Primeiro não entendeu nada do que escrevi. Nem sequer se apercebeu de que o MORIBUNDO de que falei é o TOURO.
Sim, o Touro, que covardemente os forcados atacam, quando ele já está mais morto do que vivo.
Daí para diante, falou do carácter dos aficionados: da vossa intolerância, do vosso ódio, da vossa irracionalidade, da vossa cobardia contra os Touros e Cavalos, do vosso fundamentalismo radical e da inconsistência da vossa opinião sobre a TORTURA, a que chamam “arte” e “cultura”. Da vossa teimosia em manter uma tradição primitiva em nome do sadismo, e vá lá, do LUCRO.
Como eu não sou aficionada (Deus me livre de tal desgraça!) não me revi neste texto, nem sequer num ponto e vírgula.
E quer saber mais, agradeço-lhe o “retrato”, pois acrescentou muitos pontos à Causa Abolicionista, e ainda me fez rir (que não é para qualquer um…).
Foto tirada nas traseiras do Campo Pequeno (Lisboa): imagem onde está estampado o enorme sofrimento do Touro, causado pelas “ervas daninhas”, com forma humana, que infectam as sociedades civilizadas.
Vou ver se consigo ser politicamente correcta, perante as alucinações de um torcionário, publicadas na Revista CAIS (178), de Novembro de 2012, e redigidas por um indivíduo da prótoiro (federação portuguesa das associações taurinas), de nome José do Carmo Reis (JCR) – que além de ODIAR TOUROS E CAVALOS, é caçador desportivo e ADORA MATAR ANIMAIS e exibi-los mortos publicamente – num texto que pretende defender o indefensável, caindo no ridículo dos inscientes.
Ora esse cidadão tenta sublimar e legitimar o que nós estamos a ver na imagem que ilustra este texto, como se essa fosse a missão maior e mais nobre do ser humano, isto é, TORTURAR seres vivos, por interesses económicos e sádicos.
Diz esse cidadão que «ser aficionado e defender a tauromaquia supera, hoje em dia, o exercício de apontar as razões culturais, tradicionais, identitárias, sociais, económicas e ecológicas que legitimam a Festa Brava».
Quem tem capacidade de discernir, basta olhar para o sofrimento estampado no semblante daquele Touro, para ficar elucidado quanto às razões que o ficcionista quer legitimar.
Depois o dito articulista diz que «quem a ela (à festa brava) se opõe (agora repararem na poética da cegueira), fá-lo vislumbrando o amanhecer de uma nova ética que suportará a tão almejada e moderna moral. O deslumbre do inócuo “não fazer aos outros aquilo que não gostaríamos que nos fizessem a nós”, está no caso do relacionamento do Homem com os restantes animais, além da quimera».
O JCR citou o preceito máximo de Jesus Cristo (“não fazer aos outros…”), já utilizado por grandes revolucionários mais antigos, e que bastava ser seguido por todos os seres humanos, para que a Humanidade pudesse até dispensar as mal engendradas leis dos homens.
Mas o JCR, não sabe, porque a Igreja Católica também não sabe, embora ande enrodilhada lá pelas arenas, o significado e a profundidade desta mensagem.
Este é o efeito negativo da interpretação errada que a Igreja Católica faz da mensagem de Cristo, e a transmite aos falsos devotos que se benzem e pedem a protecção de Deus antes de ir TORTURAR Touros e Cavalos para uma arena.
Mas querem saber o que pensa o JCR a propósito deste preceito?
Diz que ROÇA AS MARGENS DA IRRACIONALIDADE e é uma ABSURDA ILUSÃO, porque «embate na inevitabilidade das constantes e impiedosas regras que a própria natureza impõe a todos.»
A mente deste aficionado é tão retorcida que confunde a MÃE NATUREZA e as suas regras implacáveis, mas sábias, com a natureza ignorante e cruel do homem predador, que se acha dono e senhor de todas as criaturas, inclusive das humanas, e inevitável a aniquilação delas pela bestialidade que lhe ocupa a mente.
A seguir o JCR diz uma coisa espantosa: «Sobrepondo-se à fantástica e pueril visão do mundo natural segundo Walt Disney, estão as filmagens da National Geographic Society, revelando a vida selvagem e relembrando o acordo, embora arrebatado que temos com a natureza. E esta verdade, nem o mais piedoso dos anti-taurinos poderá fugir.»
O JCR confunde a VIDA SELVAGEM com as suas regras cósmicas, primorosamente elaboradas, com a execrável SELVAJARIA praticada pelos tauricidas sobre Touros e Cavalos. Isto é de uma IGNORÂNCIA atroz.
Depois divaga com uma verborreia desviante, que não interessa nem ao papa nem ao bispo, e que nada acrescenta de útil à causa que pretende defender, isto é: a da TORTURA de Touros e Cavalos.
Mistura terrorismo, veganismo, vegetarianismo, abortos, gatos vadios, braços armados, cancro na mama… bem aquelas coisas que eles dizem para fugirem à principal questão, que é a doença psicopata denominada “tauromaquia”.
E termina o JCR com algo, no mínimo, irracional. Diz ele:
«No fundo, e contrariamente ao que apregoam os movimentos anti-taurinos, ser aficionado no século XXI não deriva de nenhuma estagnação evolutiva, desvio comportamental, falta de ética, nem está directamente relacionado com uma falha moral. É, acima de tudo, não pactuar com a visão extremista que uma franja da sociedade pretende impor aos restantes membros. É rejeitar radicalismos, fanatismos estéreis, uniformizações e negar o abraço da globalização. É defender a nossa cultura, identidade e liberdade, mas no processo, assegurar ao Homem a sua dignidade. Sempre! »
Ora resumindo, o JCR quis dizer apenas isto: «ser aficionado no século XXI, é como ter sido aficionado no século XXI ANTES DE CRISTO, isto é, ser aficionado é sentir o prazer mórbido em TORTURAR ou VER TORTURAR Touros e Cavalos, assegurando ao homem a sua indignidade. Sempre!»
Porque a tauromaquia não passa de um desvio comportamental grave.
Obrigada, JCR. Prestou um bom contributo à Causa Abolicionista.
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Na mesma revista CAIS (178) Paulo Borges, Presidente do PAN (Partido pelos Animais e pela Natureza), apresentou uma visão racional e lúcida em relação a este tema, num texto que publicarei noutro espaço, pois neste ficaria CONSPURCADO.
Apenas adiantarei um tópico:
« (…) A ABOLIÇÃO DA TAUROMAQUIA, QUE LENTA MAS FIRMEMENTE SE DESENHA NO HORIZONTE DA CIVILIZAÇÃO, APENAS EXIGE O FIM DA PRESENÇA DOS ANIMAIS, TOUROS E CAVALOS, NO ESPECTÁCULO, E NÃO O DO PRÓPRIO ESPECTÁCULO».
Isto não é algo brilhante?
Um exemplo típico da pobreza e da ignorância de que fala Ricardo é Barrancos, onde a Cultura Culta ainda não chegou. Veja-se como se mata um Touro em Barrancos, à luz de uma lei corrompida e pobre, promulgada pelo ex-presidente da República Jorge Sampaio, a quem se deve a NÃO EVOLUÇÃO de uma terrinha pequena, cheia de gente pequena, que ficou no passado...
Ricardo, deixou um comentário ao post «POR QUE É QUE HÁ GENTE AFICIONADA E SE MANTEM FIEL À TRADIÇÃO?» às 21:21, 2012-10-16.
Analisemos o comentário de Ricardo, que diz umas tantas verdades acerca do submundo da tauromaquia, que brevemente e felizmente desaparecerá da face da Terra
«Eu acredito piamente que um aficionado pode um dia renegar à sua causa mas alguém que seja contra a tourada dificilmente poderá um dia vir a apreciar tal espetáculo.
Pelas redes sociais abundam casos de aficionados "convertidos", pessoas que um dia tiveram um pequeno momento de introspeção e aperceberam-se do quão errada esta prática é.
Criar um aficionado é muito mais difícil do que parece. Ninguém cresce até à idade adulta e um dia, sem mais nem menos, vê uma tourada e gosta.
É preciso executar uma cuidadosa lavagem cerebral e de preferência desde muito cedo. É preciso também manter o sujeito em permanente contacto com a atividade - é por isso imperativo que toda a atividade mental seja subjugada quanto antes.
Provas? Basta ver que a tauromaquia é mais pronunciada nas zonas mais empobrecidas e com menores índices de qualificação de Portugal.
É coincidência que a primeira coisa que alguém faz para se tornar forcado ou toureiro seja abandonar o sistema de ensino?
A tauromaquia anda de mãos dadas com a ignorância e este texto explora exatamente isso.
Felizmente a nossa sociedade está a mudar. Graças às novas tecnologias, a cultura (boa ou má) está hoje cada vez mais acessível, especialmente aos mais novos.
Noutros tempos, as pessoas abraçavam a "aficcion" pois simplesmente não conheciam alternativas.
Cercados por uma cultura intransigente, as pessoas eventualmente cediam à pressão e enterravam o resto do senso comum juntamente com o respeito pela vida. Hoje é muito mais difícil conseguir convencer uma criança que maltratar touros e cavalos não só é "normal" como expectável. Felizmente.»
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Obrigada, Ricardo, pelo seu contributo à Causa Abolicionista.
Faço minhas, as suas palavras.