Quinta-feira, 12 de Agosto de 2021

É da irracionalidade homenagear alguém que passou a vida a torturar Touros, e foi processado por maus-tratos aos seus Cães - A perplexidade do PAN é a minha perplexidade e a de todos os Portugueses dotados de Consciência Ética

 

Isto só acontece num País, onde o Futuro já aconteceu, mas os que o governam ainda não se aperceberam disso. 

 

«Uma sociedade civilizada é aquela que avança atendendo à consciência ética dos cidadãos». Pepi Vegas (activista da causa da Abolição das Touradas em Espanha).

 

No próximo dia 26 de Agosto a selvajaria tauromáquica regressa ao campo pequeno, onde se pretende homenagear o torturador de Touros João Moura, que carrega às costas, também a acusação de ter deixado morrer à fome os seus Cães, encontrando-se ainda em curso o processo-crime, que lhe foi instaurado, por maus tratos a animais!

 

João Moura.jpg

 

No cartaz encontramos ainda o nome do seu filho, João Moura Jr., que também ficou conhecido pelas imagens que mostravam os seus cães a atacar um touro, refere Inês de Sousa Real, porta voz do PAN, no seu Instagram.

 

Isto não é coisa de gente, e muito menos digno de homenagens.

 

De acordo ainda com a porta-voz do PAN, esta prática abjecta, foi abolida na Inglaterra em 1835, e é conhecida como “bull-bating”, que consiste em atiçar cães para despedaçar bovinos vivos, algo proibido também em Portugal pela Lei n.º 92/05, de 12 de Setembro, de Protecção aos Animais.


Sabemos que estas leis existem, mas não são para ser cumpridas, ainda mais se nessas práticas estiver envolvida gente apoiada e protegida pelos trogloditas de serviço no Parlamento Português.

 

Inês de Sousa Real afirma que «Lisboa não pode continuar a ter touradas em pleno coração da cidade. E homenagens indignas como esta. Recordo que o terreno pertence à Câmara Municipal e a Praça propriedade da Casa Pia, que se encontra sob a tutela do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social».


Ainda segundo a porta voz do PAN, está nas mãos do Estado e do Poder local acabar com esta prática anacrónica, naquela que é a capital de um País europeu, e não permitir a quem explora o espaço que nele se realize touradas ou menos ainda, que se homenageei alguém que está a ser processado pelo crime de maus-tratos animais.

 

«O bem-estar animal é hoje um valor incontornável das sociedades modernas e do nosso ordenamento jurídico. E a violência não faz parte dos valores da cidade de Lisboa e menos ainda do nosso país» concluiu Inês de Sousa Real.

 

E os trogloditas de serviço lá querem saber disto para alguma coisa? Não saem bem na fotografia, sabem que ficarão para a História como os maus da fita, e o que lhes importa isso? Nada, porque lhes falta dignidade.

 

Isabel A. Ferreira

 

 Fonte:  https://twitter.com/lnes_Sousa_Real/status/1425418837625917445

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:25

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Sexta-feira, 29 de Janeiro de 2021

«Por um Campo Pequeno sem touradas, sem violência e sem sangue»

 

Porque nós não desistimos, o PAN solicitou, através da Assembleia da República, a cópia do contrato de concessão assinado entre a Casa Pia e o empresário Álvaro Covões para saber quais as condições para continuarem a ser promovidas touradas no Campo Pequeno!



Relembramos que em 2019 conseguimos que o Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, desobrigasse a Casa Pia de realizar touradas no Campo Pequeno e que a esmagadora maioria da população de Lisboa não tem qualquer interesse na tauromaquia e não concorda com a promoção de touradas naquele equipamento (cerca de 70% dos lisboetas, de acordo com sondagem da Universidade Católica em 2018).


O nosso desígnio é mais do que transparente e sem rodeios: terminar com esta prática anacrónica, bárbara e violenta!  Podes consultar a pergunta em
 https://bit.ly/38RQxp4


#CampoPequenosemtouradas #Rumoàabolição #Lisboasemtouradas 

 

TOURADAS.jpg

Fonte:  https://www.facebook.com/pan.lisboa/photos/a.335086443205559/3586323604748477/

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 17:18

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Quarta-feira, 13 de Março de 2019

«PAN LISBOA PEDE FIM DAS TOURADAS NO CAMPO PEQUENO»

 

«Por iniciativa do Grupo Municipal do PAN debateu-se ontem na Assembleia Municipal de Lisboa o futuro da Praça de Touros do Campo Pequeno. O PAN alertou mais uma vez para os contornos pouco claros que envolvem a gestão do terreno e do edifício do Campo Pequeno, bem como para as questões relacionadas com o sofrimento animal.»

 

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Inês de Sousa Real, deputada municipal do PAN, por Lisboa, durante a sua intervenção…

 

De acordo com o Comunicado do PAN à imprensa «apesar de alguma controvérsia que marcou o debate, Fernando Medina assumiu que está disposto a desobrigar a Casa Pia da realização de corridas de touros na Praça do Campo Pequeno.»

 

Esta é uma grande conquista do PAN, que já em Julho do ano passado tinha apresentado uma Recomendação que foi reprovada pela Assembleia Municipal e que pedia precisamente que a Câmara Municipal de Lisboa, à luz dos imperativos éticos do nosso tempo, esclarecesse a Casa Pia, I.P. e a sociedade no seu geral que não há qualquer imposição por parte da edilidade para que ali decorram obrigatoriamente touradas, devendo as mesmas serem abolidas dos usos afectos aquele espaço.

 

A Deputada Municipal Inês de Sousa Real acredita ser "possível a Casa Pia prosseguir com a sua actividade realizando outros eventos e espectáculos sem sofrimento animal".

 

O terreno do Campo Pequeno foi cedido pela Câmara Municipal de Lisboa (CML) à Casa Pia para a realização de espectáculos tauromáquicos, espectáculos gimnodesportivos e “fogos de vistas”, mas também para outro tipo de espectáculos com a condição de o terreno voltar para a posse da CML caso a finalidade do terreno fosse outra ou caso o terreno fosse cedido pela Casa Pia a outra entidade, o que aconteceu já por duas vezes.

 

Durante o Debate, o PAN esclareceu que a Casa Pia, cedeu os direitos do terreno à empresa Tauromáquica Lisbonense, e mais tarde à Sociedade de Renovação Urbana do Campo Pequeno (SRUCP, S.A.), sociedade, ENTRETANTO, já dissolvida e em liquidação, com uma dívida que ascende aos 90 milhões de euros, mas que estranhamente continua a exercer actividade e a organizar corridas de touros.

 

Tudo isto demonstra um claro incumprimento das condições de cedência impostas pela CML aquando da constituição do direito de superfície, aspecto para o qual o PAN tem vindo a alertar a Assembleia Municipal e a Câmara Municipal e voltou a alertar neste debate.

 

O PAN referiu ainda que a Praça de Touros do Campo Pequeno beneficia de uma isenção do Imposto Municipal sobre os Imóveis no valor de nove milhões de euros, a que ao somar a isenção dos espaços comerciais existentes na Praça, este valor ascende aos 12 milhões de euros por ano. Legalmente quem tem direito a beneficiar de tal isenção é a Casa Pia por ser entidade pública e não uma sociedade lucrativa que indirectamente beneficia assim desta isenção.

 

A Deputada Municipal do PAN durante o debate deixou o desafio a Fernando Medina: “A realização de espectáculos que promovam o sofrimento animal não pode ter a chancela de duas entidades públicas como a Câmara Municipal e a Casa Pia de Lisboa, pelo que pedimos a esta Assembleia, mas sobretudo à Câmara Municipal na pessoa do seu Presidente que acompanhem o PAN e que envidem esforços para que este espaço, em pleno coração de Lisboa, deixe de acolher touradas.”

***

Sobre o Partido Pessoas-Animais-Natureza – PAN, uma alternativa aos já esgotados PS, PSD, PCP e CDS/PP que apoiam esta prática cavernícola:

 

O PAN – Pessoas-Animais-Natureza é um partido político português inscrito junto do Tribunal Constitucional (TC) desde 13 de Janeiro de 2011. É uma iniciativa de transformação da consciência da sociedade portuguesa que trabalha para erradicar todas as formas de discriminação humana, o especismo e o antropocentrismo. Defende uma transição económica, social e cultural baseada na ecologia profunda, na sustentabilidade de todos os ecossistemas e no respeito pelo valor intrínseco de todas as formas de vida. Nas suas primeiras eleições legislativas, em 2011, o PAN obteve um total de 57.995 votos (1,04%). Desde então, tem participado em todos os actos eleitorais realizados em Portugal e já elegeu 1 deputado para a Assembleia da República (Outubro 2015, 75.140 votos), 2 deputados para a Assembleia Municipal de Lisboa – Miguel Santos e Inês de Sousa Real (Outubro 2017), tendo também vários outros representantes a nível local.

 

Nas últimas eleições legislativas foi o partido que mais cresceu.

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:25

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Terça-feira, 12 de Março de 2019

A PEDIDO DO PAN, A ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA DEBATE, HOJE, O FIM DAS TOURADAS NO “campo pequeno”…

 

… porque é necessário esclarecer as posições da Câmara Municipal de Lisboa (dona do terreno), da Casa Pia (dona do edifício) e do BCP (dono da entidade que explora a praça - a Sociedade de Renovação Urbana do Campo Pequeno).

VER EM DIRECTO:

 

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A Assembleia Municipal de Lisboa terá de olhar para o futuro do “campo pequeno”, num debate promovido pelo PAN, que invoca o fim das touradas na capital portuguesa.


Inês de Sousa Real, deputada municipal do PAN, referiu que, nesta fase, o partido quer ouvir os diferentes grupos municipais, e o presidente da Câmara Municipal de Lisboa sobre o futuro deste edifício, que é a nódoa negra da cidade de Lisboa.


A deputada do PAN salienta que «tendo em conta que a praça pertence à Casa Pia, através de um direito de cedência de superfície, feito pela Câmara Municipal sob a condição de não o transmitirem a terceiros e de ali realizarem corridas de touros e outras actividades, entendemos que estas duas entidades, sendo públicas e com missões muito específicas, devem promover esforços no sentido de reconverter a actividade que ali é prosseguida, e obviamente, através de iniciativas que não promovam o sofrimento animal».

Inês de Sousa Real realça ainda o facto de «a Casa Pia ter por missão proteger crianças e jovens e não realizar touradas, uma vez que não faz sentido, à luz da ética actual, ter a chancela destas duas entidades [Câmara e Casa Pia] na actividade que ali é prosseguida».

 

A deputada lembra ainda que o edifício, por pertencer a uma entidade pública, está isento do pagamento do imposto municipal sobre imóveis (IMI) no valor de nove milhões de euros ano, cujo beneficiário é a entidade que explora a praça, a Sociedade de Renovação Urbana do Campo Pequeno. Esta isenção, de acordo com a deputada, é vista pelo grupo municipal do PAN como uma "injustiça face a outros operadores económicos que trabalham quer na cidade, quer noutros municípios". Importando também debater o facto de a sociedade que explora a praça estar em processo de liquidação, após insolvência. A entidade, detida pelo BCP, deve vários milhões de euros — e cerca de 400 mil euros ao Estado.

 

Salienta ainda a deputada do PAN que «há neste processo questões opacas que têm de ser esclarecidas, questões como a prossecução da exploração do espaço através de uma entidade que está em processo de dissolução e liquidação, ou o facto de o banco, sendo o titular das quotas da sociedade, não promover a realização de outro tipo de actividades que não passe pelo sofrimento animal (…) Não estamos a dizer que queremos que a praça volte à Câmara Municipal, queremos que estas entidades promovam outros espectáculos que não corridas de touros".

 

Diz ainda a deputada municipal do PAN que «tendo uma dívida de 90 milhões de euros, certamente seria muito mais lucrativo prosseguir outras actividades do que as corridas de touros, que é uma actividade em declínio, com a qual os lisboetas não concordam» e cita uma sondagem da Universidade Católica que mostra que 89% dos lisboetas nunca assistiu a uma tourada no Campo Pequeno desde que a praça foi reinaugurada em 2006.

 

O mesmo estudo, de Maio de 2018, revela que 75% dos lisboetas é contra a utilização de dinheiros públicos para financiar ou apoiar touradas — e apenas 2% estão contra o uso do espaço para outros eventos que não touradas.


A esperança do PAN é a de que «os valores humanistas se sobreponham aos valores económicos e ao interesse da actividade tauromáquica, e que Fernando Medina acompanhe o repto do PAN, no sentido de se comprometer a que Lisboa venha a tornar-se numa cidade livre de touradas

 

Inês de Sousa Real afirma ainda que: «Temos noção da esfera de influência que Lisboa tem sobre o restante país. Acreditamos que nalgumas regiões do país em que possa estar mais enraizada a “cultura” tauromáquica possa ser um processo mais difícil, mais lento, mais moroso; mas não nos podemos esquecer de que por algum lado temos de começar a dar este exemplo. Viana do Castelo já se assumiu livre de touradas, Póvoa de Varzim também», o que a leva a acreditar no peso que o fim da tourada na capital pode ter na mesma luta no resto do território.


"Não faz qualquer sentido que Lisboa, que é uma cidade que se tem declarado amiga dos animais, que deu passos importantes, como ao criar a figura do provedor dos animais, que não existiam em mais lado nenhum do país; proibindo o abate de animais de companhia já em 2013, quando ainda não era uma obrigação ao nível de todo o país — acreditamos que também Lisboa tem de dar este passo em relação a outras actividades", realçou a deputada do PAN, lembrando ainda a proibição de circos com animais em espaços públicos.


«Queremos que efectivamente acabem as touradas em pleno coração de Lisboa», conclui Inês de Sousa Real.

 

Fonte de onde foi retirada a notícia:
https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/lisboa-assembleia-municipal-discute-o-fim-das-touradas-na-cidade-com-a-reconversao-do-campo-pequeno


***
Todos nós esperamos que efectivamente as touradas acabem não só em pleno coração de Lisboa, como em Portugal, para que este deixe de constar no rol dos países que ainda vive com um pé fincado na Idade Média.


Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:05

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Sábado, 3 de Fevereiro de 2018

Chocolates com cheiro a bosta na arena de tortura do “campo pequeno” (Lisboa)

 

 

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Espero que a venda de chocolates tenha o mesmo insucesso que teve este festival de “bailarinas triunfadoras”, que, reza a crónica, foi um autêntico fiasco. É que o campo pequeno não é um lugar de civilização…

 

Sim, sei que este título não é politicamente correcto, mas o que se faz na arena de tortura de bovinos do campo pequeno também não é nem politicamente, nem humanamente, nem moralmente, nem socialmente correcto e faz-se, ou não fosse aquela arena propriedade da Casa Pia (de má memória) e estar sob a alçada do Estado português…

 

Bem… isto para dizer que acabei de ver nas notícias da SIC, que ali, naquele campo, onde se torturam bovinos, e o cheiro a bosta, a urina, a suor, a álcool e a sadismo está impregnado, por mais lixivia que lhe atirem para cima, estão a vender chocolates…

 

Bolas! Nem dados, muito menos comprados!

 

Quem se desloca àquele antro tauromáquico tem de saber que está a contribuir para a tortura de seres sencientes e indefesos… em plena cidade de Lisboa, que dizem ser uma espécie de capital europeia…

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 14:57

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Quarta-feira, 31 de Janeiro de 2018

IGREJA CATÓLICA E ESTADO PORTUGUÊS IMPEDEM E A EVOLUÇÃO DE PORTUGAL

 

Já sabíamos, mas nunca é demais recordar… porque esta vergonha, esta nódoa negra, esta praga chamada tauromaquia já poderia estar extinta, se assim o quisessem os que se dizem representantes de Deus na Terra, e os que deveriam ser representantes do Povo Português, mas são apenas os representantes deles mesmos…

Muito terão estes representantes de prestar contas por esta ignomínia, uns a Deus, outros, à História…

 

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No principal site da máfia tauricida, Touradas, lê-se:

 

"A responsabilidade social da tauromaquia tem muitos séculos, estando ligada às grandes causas sociais desde a sua origem. Por exemplo, a maioria das praças de toiros em Portugal são propriedade de Misericórdias ou IPSS, a quem foram doadas as praças (...)"

 

Responsabilidade social da tauromaquia”? Tauromaquia ligada às grandes causas sociais?????

 

Isto é algo que raia a demência.

 

Isto faz-me lembrar aquelas pessoas que cometem todos os pecados que há para cometer, e depois vão a correr muito confessar-se aos padres, pedem perdão, rezam um pai-nosso, duas ave-marias, assistem à missa, tomam a hóstia e, deste modo, aliviam a culpa. E saem da igreja prontinhos para tornarem a cometer todos os pecados, e regressarem novamente à igreja, confessarem-se, rezarem pais-nossos e ave-marias, assistirem à missa e comungarem… per omnia saecula saeculorum… E assim vão vivendo na ilusão de que podem pecar à vontade, e isto basta para entrarem no Reino do Céu.

 

Nada sabem de Deus, nem do Reino do Céu.

 

Vejamos então o que se passa:

Cinco das oito maiores Praças de Tortura do País são geridas por cinco Misericórdias, sendo que na Praça de Coruche se acrescenta a Irmandade de Nossa Senhora do Castelo e o Lar de São José. O campo pequeno é detido pela Casa Pia (Estado Português), a Praça de Setúbal pela sua Câmara Municipal, e a Praça da Moita por uma associação tauromáquica. Assim sendo, sete entidades religiosas + duas entidades públicas + uma entidade associativa.

 

Agora entendem por que a igreja católica portuguesa e o estado português não ouvem os apelos da Racionalidade, e continuam a patrocinar a barbárie, como se a barbárie fosse algo intrínseco à verdadeira Igreja Católica ou ao verdadeiro Estado Português!

 

Enquanto a igreja e o estado não tomarem consciência da própria maleficência, e estes antros de tortura não forem demolidos ou transformados em centros de Cultura Culta, Portugal continuará na senda do maior e vergonhoso atraso civilizacional.

 

Isabel A. Ferreira

Fonte:

https://www.facebook.com/umactivismopordia/photos/a.1822478214678340.1073741828.1822468628012632/1994556587470501/?type=3&theater&ifg=1

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:00

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Terça-feira, 9 de Abril de 2013

Desenterrando o mundo imundo da tauromaquia (Parte III)

 

É preciso acabar com esta cumplicidade de crimes contra a Infância (pedofilia) e contra a Natureza (biocídio)

 

Por que se “abafou” este caso?

 

 

 

 

Casa Pia chega à RTP

 

Autor:             Felícia Cabrita

Data:              06.09.2003

 

Publicação:  Jornal  EXPRESSO

 

A REDE de pedofilia da Casa Pia teve, durante décadas, um núcleo activo na RTP. Realizadores, operadores de câmara, locutores e outros profissionais constituíam este núcleo, mantendo contactos sexuais com menores da Casa Pia.

 

Uma testemunha ouvida pelo EXPRESSO, ex-aluno da Casa Pia e depois funcionário da RTP, diz que encontrou na estação casapianos que o tinham violado nesta instituição, criando-se deste modo laços de dependência.

 

Aquele núcleo também se dedicava à produção de filmes pornográficos usando os recursos técnicos da RTP. Estas filmagens, que nos anos 70 ganharam características quase industriais, eram feitas por quatro operadores de câmara e dois realizadores, e tinham lugar sobretudo aos fins-de-semana em casas particulares em Cascais, Sintra, Oeiras, Azeitão e Lisboa (no Campo Pequeno, Amoreiras e Bairro Azul).

 

Com o início das gravações em vídeo, desenvolveu-se fora da RTP uma empresa para reprodução de cassetes para venda no estrangeiro.

 

Um antigo aluno da Casa Pia, filmado em cenas de sexo no princípio dos anos 80, diz que se cruzava com os operadores dos filmes pornográficos ao vê-los em touradas à antiga portuguesa transmitidas pela RTP, onde alguns casapianos serviam de figurantes trajados como pajens.

 

Elementos do núcleo pedófilo da RTP estariam relacionados com frequentadores do Parque Eduardo VII, em Lisboa, hoje com relevo na política, advocacia e jornalismo, referidos com alcunhas como «Andorinha», «Diabinho» e «Coxinha».

 

RTP usada na pedofilia
 
Uma nova investigação do EXPRESSO indica que a RTP serviu de base, desde os anos 60, a um grupo ligado à rede de pedofilia, que usava os seus meios para fazer filmes e orgias com jovens da Casa Pia.  

 

A RTP alojou ao longo de várias décadas um vasto grupo de elementos pedófilos activos, entre realizadores, operadores de câmara, engenheiros, técnicos de manutenção, supervisores de emissão, locutores e outros quadros - apurou o EXPRESSO junto de diversas fontes envolvidas na rede de tráfico sexual com menores da Casa Pia de Lisboa.

 

O referido núcleo pedófilo teve as suas raízes na própria origem da RTP, que contou desde a fundação, em 1957, com vários quadros oriundos da Casa Pia, os quais, ao subirem a lugares de responsabilidade dentro da empresa, tinham a capacidade de recrutar como funcionários outros casapianos.

 

O fenómeno teria a ver com a própria cultura tradicional da Casa Pia, onde, por um lado, sempre funcionou a solidariedade entre alunos e ex-alunos (sobretudo do sexo masculino) e o sentido de protecção recíproca e, por outro, a imposição ritual de práticas sexuais da parte dos mais velhos sobre os mais novos. Um dos ex-casapianos que, nos anos 60, foram recrutados para a RTP e fizeram parte da rede interna de praticantes de sexo com menores explicou esta semana ao EXPRESSO que a violação de caloiros pelos alunos mais velhos era regular no interior da instituição: «A todos aconteceu alguma coisa. Podia não ser uma violação, mas houve sempre qualquer tipo de prática ou contacto sexual, mas ninguém que passou pela Casa Pia nessa época pode dizer que desconhece tal situação».

 

«Não havia hipótese»

A mesma fonte, hoje com mais de 50 anos, aluno da Casa Pia na década de 60 e depois funcionário da RTP, confirma ter sido também vítima desse circuito: «Tive o azar de passar pelas mãos dos mais velhos, de 15, 16 ou 17 anos. Eles eram os chefes de camarata, cada um com um grupo de miúdos que tinham que lhes obedecer.

 

Davam o parecer para termos saídas e, por isso, tínhamos a preocupação de lhes agradar. Diziam: 'Cala-te! Depois não sais no fim-de-semana'. Ou: 'À noite ficas aqui'. Era uma espécie de coroa de glória, quando um chefe tinha conseguido dar a volta a todos os miúdos. No dia seguinte, éramos alvo de chacota, pois já não éramos puros, já tínhamos ido ao castigo.

 

Depois de termos sido possuídos pelos chefes, tínhamos de ir das camaratas para os balneários e aí era o grande regabofe com os mais velhos. Julgo que depois do 25 de Abril as coisas terão melhorado e isto já não será a cem por cento. Mas antes não havia hipótese».

 

A testemunha relata que foi encontrar na RTP casapianos mais velhos que o tinham violado na instituição (alguns a estudar para acabar os cursos, enquanto trabalhavam em lugares técnicos), assim se reforçando os laços de dependência mútua do núcleo pedófilo da estação. Além do continuado recurso a alunos da Casa Pia para práticas sexuais e de encontros para festas em vivendas e apartamentos particulares, a fonte salienta, na prática de alguns elementos desse grupo, a produção de filmes pornográficos com crianças, aproveitando-se não só dos conhecimentos profissionais adquiridos na RTP como dos próprios recursos técnicos da empresa.

 

Para as respectivas filmagens - que se terão intensificado nos anos 70, a ponto de ganharem características quase industriais - seria importante o contributo de um núcleo de quatro operadores de câmara da RTP. De forma a poderem garantir a recolha de imagens, que se processavam sobretudo aos fins-de-semana em casas particulares, esses operadores chegavam a trocar com outros os seus turnos de serviço. Também pelo menos dois realizadores terão participado nessas produções «paralelas», tendo a mesma testemunha relatado que um deles, conhecido pela direcção de programas teatrais e operáticos, a chegou a convidar para participar como actor nos filmes pornográficos.

 

Embora a produção de filmes - de acordo com o referido depoente, que abandonou os quadros da RTP há já alguns anos, embora se mantenha ligado ao sector audiovisual -, se tenha iniciado ainda antes do 25 de Abril, as condições de liberdade instauradas pela revolução terão facilitado a sua intensificação.

 

Com a adopção das gravações em vídeo, em vez da filmagem em película, ter-se-á desenvolvido, já fora da RTP, uma empresa para reprodução de cassetes de filmes pedófilos para venda no estrangeiro, com instalações iniciais no bairro de Telheiras, mudando-se depois para as Olaias. Relata ainda o ex-funcionário da RTP: «Ao visitar em serviço esta empresa em Telheiras, vi muitos filmes a serem copiados, vi miúdos e miúdas com sete e oito anos a fazerem sexo com adultos. Eram sempre planos aproximados para não se reconhecer o local. Ali faziam-se por dia cerca de mil cópias».

 

Tendo em conta o valor de um filme destes no mercado clandestino europeu (na Holanda, por exemplo, um DVD de pornografia infantil vende-se hoje por 15 mil euros), terá começado a circular dinheiro com abundância. Os operadores da RTP passaram a exibir um estilo de vida acima dos seus níveis salariais, enquanto o dono da empresa de Telheiras, um ex-electricista que ainda hoje se encontra ligado a negócios de cassetes de vídeo, terá na altura chegado a exibir-se num Ferrari. Mas até as próprias crianças ganhavam muito dinheiro: um ex-aluno da Casa Pia contou que, em finais dos anos 70, recebia, por cada fim-de-semana em que actuava em filmes pedófilos, a quantia de 60 mil escudos (300 euros).

 

O grupo do Parque

 

Nos vários testemunhos recolhidos pelo EXPRESSO, são mencionadas casas em Cascais, Sintra, Oeiras, Azeitão, Alcochete e Lisboa (no Campo Pequeno, nas Amoreiras e no Bairro Azul) como locais de rodagem de filmes pornográficos com menores.

 

Hélder (nome fictício), hoje com quase 40 anos, relata que aos nove anos, em 1975, foi abordado num jardim por um homem que elogiou os seus cabelos louros e se propôs filmá-lo no interior de uma casa do Bairro Azul, a troco de mil escudos. A criança, oriunda de uma família pobre, participaria assim no primeiro de vários filmes, tendo nessa sessão sido acompanhado por mais dois meninos da sua idade e por uma mulher adulta. Por outro lado, um ex-casapiano, agora com 37 anos, refere um palacete em Sintra, guardado por vários cães, onde foi filmado em formato super-8 por um indivíduo inglês, dono de uma agência de viagens ainda existente. A mesma casa é mencionada por outra fonte que também participou em filmes pedófilos.

 

Um outro antigo aluno da Casa Pia, que foi filmado em cenas de sexo no período de transição para os anos 80, afirma que se cruzava com os operadores dos filmes pornográficos ao vê-los trabalhar para a RTP na transmissão de touradas à antiga portuguesa realizadas no Campo Pequeno, onde alguns casapianos serviam de figurantes (como pagens).

 

E o ex-funcionário da RTP entrevistado esta semana pelo EXPRESSO afirma que um dos quatro operadores da empresa que faziam filmes com crianças possuía uma prótese numa perna, resultante de um acidente ocorrido numa pista de carros eléctricos que explorara na Feira Popular. Esse indivíduo reformou-se há alguns anos da RTP, tendo, nos últimos meses, deixado de aparecer nos almoços de confraternização que os antigos técnicos da empresa organizam semanalmente.

 

Este grupo que operava a partir da RTP terá tido cruzamentos com um conjunto de consumidores de sexo com menores que na segunda metade da década de 70 confraternizavam regularmente no alto do Parque Eduardo VII, em Lisboa, conhecido local de recrutamento de jovens prostitutos.

 

De acordo com o ex-quadro da RTP, do grupo do Parque fariam parte figuras que hoje têm papel de relevo na política, na advocacia, na gestão de empresas públicas e no jornalismo. Um deles, mais tarde um conhecido advogado em Loulé e amigo do embaixador Jorge Ritto (arguido no processo da Casa Pia), chegaria a instalar nesta cidade um irmão de Hélder, então com 11 anos, para manter com ele práticas sexuais. O contacto ter-lhe-ia sido fornecido pelo próprio Hélder, o qual, segundo relatou ao EXPRESSO, levara o irmão para o Algarve depois de ele próprio ter sido instalado aos 12 anos na região por um médico pedófilo do Hospital de S. José, quando este abriu uma série de clínicas no distrito de Faro.

 

«Andorinha», «Diabinho» e «Coxinha»

 

Nas sessões de sexo com casapianos realizadas nos anos 80 em vários locais da Grande Lisboa teriam participado, segundo os depoimentos recolhidos pelo EXPRESSO, figuras que viriam a ter destaque na política portuguesa e nos principais partidos. Há abundantes referências a nomes que viriam a ter cargos de responsabilidade tanto no PSD e no PS, assim como a nível autárquico e até governamental.

 

Algumas dessas figuras eram tratadas pelas crianças através de pseudónimos, como o «Andorinha», o «Diabinho» e o «Coxinha». São também referenciadas casa em Lisboa (uma na Rua Castilho e um edifício na Infante Santo, baptizado de «Treme-treme»).

 

O grupo casapiano da RTP ter-se-á mantido coeso até muito tarde, tendo alguns dos seus elementos conseguido colocação depois noutros serviços e projectos do Estado.

 

Fontes:

http://processocarloscruz.com/popup.php?link=RTP

http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Interior.aspx?content_id=763506

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 10:25

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Quinta-feira, 4 de Abril de 2013

Desenterrando o mundo imundo da tauromaquia (Parte II)

 

É isto o que o governo português e a igreja católica portuguesa apoiam e aplaudem – O que foi feito desde 2003, para acabar com estes crimes?

 

 

Os pajens utilizados na corrida à portuguesa – meninos que perderam toda a sua inocência a partir do momento que os atiraram para arena do campo pequeno…

 

«Pedofilia preocupa Tauromaquia

 

NAS BARBAS DA POLÍCIA JUDICIÁRIA
 
Era a empresa "António da Paula Lopes e Herdeiros Ltd" quem trajava e ensaiava os menores da Casa Pia que participavam como figurantes – pajens – nas touradas de gala à antiga portuguesa.

Correio da Manhã - 19 Setembro 2003
 

Por: Jorge Araújo
 
De acordo com vários testemunhos, as corridas eram meros pretextos já que no final da festa brava muitas destas crianças eram vítimas de abusos sexuais. Pedro Namora confirma que o Campo Pequeno era palco de recrutamento de menores para práticas pedófilas. "Alguns ex-alunos da Casa Pia disseram-me que logo após as touradas eram distribuídos por diversas casas onde faziam sexo ao mesmo tempo que eram filmados", afirmou Namora ao CM no início desta investigação jornalística. Ao que tudo indica estas cenas eram filmadas com material e técnicos ligados à RTP.

Pedro Namora diz ainda que todos os dias têm surgido "em catadupa" novas pistas relativas às ligações entre os menores da Casa Pia e o mundo da tauromaquia. Depreende-se, das suas palavras que a procissão ainda só vai no adro. Em entrevista concedida, domingo passado, ao Jornal Nacional da TVI, aquele que é um dos principais denunciadores deste escândalo de pedofilia acrescenta, referindo-se a um antigo homem forte da RTP: “Ainda hoje estive numa superfície comercial com ex-alunos que me diziam, olha que fulano de tal quando mudavam as roupas dos pagens também se tentava aproveitar".

DUQUE CONFIRMA

Luís Duque, durante anos vice-presidente da "Campo Pequeno S.A." – a responsável pela gestão da praça de Touros de Lisboa – confirmou ao CM que " a empresa Paula Lopes era quem ensaiava os meninos da Casa Pia que participavam nas touradas à antiga portuguesa". A mesma informação foi também confirmada por Maurício do Vale, antigo responsável pelo sector tauromáquico na RTP. Mas tanto um como outro juram desconhecer qualquer tipo de actividades pedófilas. " Nunca ouvi um rumor sequer sobre este assunto" frisa o antigo dirigente sportinguista, Luís Duque, que no entanto se recusa a colocar as mãos no fogo. Maurício do Vale afina pelo mesmo diapasão.
Mas tanto um como o outro afirmaram ao CM que a presença de crianças da Casa Pia nas touradas à antiga portuguesa lhes parecia algo de perfeitamente normal. Por uma razão muito simples. "A Casa Pia é a proprietária da praça de touros do Campo Pequeno". Fonte da Casa Pia disse ao CM que a presença destes menores nas touradas inseria-se no "âmbito de um acordo entre a Casa Pia e a empresa concessionária".

GRANJA ESPANTADO

Adelino Granja um ex-casapiano que participou como pagem em pelo menos cinco corridas à portuguesa disse ao CM que na passada terça-feira ficou "espantado" quando ao sair da PJ reparou que a Paula Lopes e Herdeiros Ltd ainda continuava em actividade. "Por acaso tive interesse em saber se a casa em que eu em 1980 me tinha deslocado para alugar vestimentas à antiga portuguesa ainda estava aberta ou não. Qual não foi o meu espanto, estava mesmo aberta". Granja entrou no interior do estabelecimento e viu uma cara que lhe era conhecida: “Era a pessoa que nos dava as roupas quando lá íamos experimentar". Durante o diálogo com este velho conhecido Granja perguntou por "um senhor baixinho, de cabelo russo, que tomava conta das roupas no Campo Pequeno”. A resposta não se fez esperar. “Era o Manuel Andrade Lopes. Morreu há cerca de cinco anos” afirmou o empregado.


De acordo com Adelino Granja, o seu interlocutor mostrava-se “bastante abatido” com as alegadas ligações da sua empresa ao escândalo da pedofilia. “Ele disse-me que estavam a denegrir a imagem da empresa”. Um rude golpe para uma casa especializada em “guarda-roupa e adereços” com créditos firmados no meio teatral português.

 

BÊ-Á-BÁ DE UM PAJEM

TRANSPORTE
Os menores da Casa Pia que participavam nas corridas à antiga portuguesa eram transportados para a praça de touros do Campo Pequeno nas carrinhas da própria instituição.

REMUNERAÇÕES
Os casapianos que faziam de pagens - figurantes - recebiam entre cem a duzentos escudos por cada participação. O trabalho não durava mais de vinte minutos.

TRABALHO
Normalmente o pagem dava uma ou duas voltas à praça antes do início da corrida. Os miúdos, entre os 15 e 16 anos, iam sempre à volta de uma carruagem puxada por cavalos.

CRÓNICA DE UM CONTACTO IMPOSSÍVEL

O CM tentou repetidamente contactar o gerente da firma “António da Paula Lopes e Herdeiros Ltd”. Sem sucesso. A primeira tentativa deu-se na quarta-feira da semana passada. “O gerente está de férias. Só volta na segunda-feira, dia 15” disse um dos empregados. Mesmo assim o jornalista deixou as suas referências e pediu para ser contactado.
Na Segunda-Feira indicada, nova tentativa. Sem sucesso. “O gerente só volta, quarta ou quinta-feira” afirmou o mesmo empregado. Dito isto acrescentou: “Mas pode dizer-me qual é o assunto porque eu também sou da família”.

A conversa decorreu num pequeno escritório nas traseiras da loja. O jornalista explicou o teor da investigação. O empregado – que sempre recusou identificar-se – não parece ter gostado muito do que ouviu: “Isso só o patrão é que pode responder.” O CM tentou nos últimos dois dias chegar à fala com o gerente da “Paula Lopes”. Sem sucesso. Desta vez a empresa tinha as portas encerradas. E ninguém respondia ao telefone.

CURSO DE TOUREIO NA CASA PIA ALIMENTA POLÉMICA

O antigo bandarilheiro e matador de touros, Mário Coelho, foi um do principais impulsionadores do curso de toureiros no interior da Casa Pia. No início dos anos 90, Mário Coelho, um dos co-fundadores da Associação Tauromáquica Nacional (ATN), entretanto extinta, tinha no Provedor Adjunto, Victor Manuel Videira Barreto o seu principal aliado no seio da instituição.

A ATN chegou a celebrar um protocolo com a Casa Pia com vista a ministrar aulas de toureio aos "gansos" – assim são conhecidos os alunos daquela instituição – mas o projecto praticamente não saiu do papel. Ainda chegou a haver umas aulas práticas, uma ou outra palestra, mas oficialmente o curso não chegou a funcionar. "Porque o projecto não tinha contornos bem definidos mas também por falta de verbas", disse ao CM fonte da Casa Pia. Mesmo assim as negociações estenderam-se durante cerca de dois anos.

A edição de ontem do "Farpas" escreve que é ao antigo matador Mário Coelho que o "Expresso" se refere no artigo que estabelece as alegadas ligações perigosas entre o mundo da tauromaquia e o escândalo da pedofilia na Casa Pia." Embora não cite o nome de Mário Coelho, a jornalista dá todas as pistas que levam ao antigo matador" escreve o semanário taurino. A investigação do ‘Expresso’ concluía que " a ligação da rede da Casa Pia ao mundo da tauromaquia (...) era garantida por um toureiro de Vila Franca de Xira que chegou a convencer a anterior Provedoria a abrir um curso de toureio no interior da instituição". Mas o jornal vai mais longe: "Toureiro aliciava sob a promessa de uma carreira brilhante, porque o próprio conheceria muitos actores de Hollywood interessados pela festa brava".

Esta investigação do ‘Expresso’ está a abalar o universo tauromáquico nacional. E as reacções não se fizeram esperar. “Se havia recrutamento de miúdos no Campo Pequeno (...) isso nada tinha a ver connosco. Acontecia no cenário das corridas da corridas de gala como podia acontecer noutro local qualquer (...)”, refere o director do “Farpas”, Miguel Alvarenga.

O CM tentou insistentemente contactar Mário Coelho. Sem sucesso. Em declarações recentes a “O Crime” o toureiro diz estar “convencido a duzentos por cento que a nível taurino não havia absolutamente nada, porque é uma raça de gente que de maneira alguma poderia estar envolvida numa coisa destas”. Já quanto aos pedófilos propõe uma solução radical. “Eu capava-os”.»

 

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/atualidade/nas-barbas-da-policia-judiciaria

 

 

***

O Mário Coelho diz que capava os pedófilos, e nós muito gostaríamos de capar todos os que são cúmplices destas práticas imundas que recheiam o mundo imundo da tauromaquia, utilizando crianças tão inocentes como os touros e cavalos que servem de pretexto para um divertimento de bêbados, sádicos e psicopatas.

 

Tudo, na tauromaquia é do que há de mais baixo na escala das baixezas perpetradas pelo cascalho humano.

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:39

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Terça-feira, 2 de Abril de 2013

Desenterrando o mundo imundo da tauromaquia (Parte I)

 

Isto já tem  barbas brancas, mas não está nem resolvido, nem esquecido. Escândalos abafados porquê?

(Os sublinhados são meus)

 

 

 

«MÁRIO COELHO: NO TOUREIO NÃO HÁ HOMOSSEXUALIDADE»

 

Entrevista

 

Mário Coelho, matador de toiros, assegura que na tauromaquia não há pedofilia. Diz mesmo que os toureiros são de uma raça diferente, não se metem em “rebaldarias” e que só frequentam quatro locais: praças de toiros, o campo, hotéis e igrejas.

 

22 Setembro 2003 - Correio da Manhã

 

Nacional/Actualidade

 

Por Octávio Lopes

 

Correio da Manhã – O que se passou exactamente com o curso de tauromaquia que quis fazer na Casa Pia?

Mário Coelho – Em, 1993/94, eu e outras pessoas – Maurício do Vale, Joaquim Tapada, Paulo Nuguez e Salvador Costa, entre outros – sob a égide da Associação Nacional de Tauromaquia, pretendíamos fazer na Casa Pia a escola do toureio em Portugal. Apresentámos um projecto global, dado que também queríamos formar técnicos ligados às artes tauromáquicas. São 18 a 20 profissões que, praticamente, estão esquecidas no nosso país, como, por exemplo, pintores, músicos, bordadores, alfaiates, correeiros e sapateiros.

– Com quem falou na Casa Pia sobre esse curso?

– Com o provedor de então, Luís Rebelo, com quem assinámos um protocolo. Também tivemos diálogos com outros membros da direcção, como Videira Barreto.

 

– O que falhou para esse curso não ter avançado?

– Após assinatura do protocolo tive a oportunidade de dar 19 horas de aulas práticas. A dada altura os apoios que necessitávamos falharam.

– Quantos alunos aderiram ao curso de tauromaquia?

– Chegámos a ter 47 alunos para um único professor, que era eu. Não recebia nada e algumas vezes tive de pedir a ajuda do meu filho, que apenas tinha 14 anos. Além disso, nem sequer tinha apoio, no tocante aos horários dos alunos. Aconteceu algumas vezes que ia à Casa Pia e não tinha alunos. Perante estas condições, decidi abandonar. E senti uma certa mágoa, porque alguns dos alunos tinham verdadeiro potencial artístico.

– Sabia que os alunos da Casa Pia que participavam como figurantes nas touradas à antiga portuguesa, no Campo Pequeno, iam depois para casa de algumas pessoas que abusavam deles sexualmente e que os filmavam, como referiu Pedro Namora?

– Não sabia absolutamente nada. Nunca assisti na minha vida a uma corrida à antiga portuguesa. Sou matador de toiros e nada tenho a ver com a arte equestre. Nem sei se no período em que estive na Casa Pia se realizou uma corrida à antiga portuguesa. Sabia que a Casa Pia recebia um certo número de bilhetes por cada corrida. Não só para os alunos, mas também para os funcionários.

– Quando leu o que Pedro Namora disse, referindo-se a relatos de antigos casapianos...

–... quem não deve não teme. Nunca pensei que essas declarações pudessem aproximar-se de mim. Ainda hoje penso que isto é um sonho. Refiro-me ao facto de o meu nome estar nos jornais como professor da Casa Pia. Só lá dei algumas aulas, sem ganhar um tostão.

– Quando passou pela Casa Pia alguém lhe mencionou os alegados abusos sexuais que os alunos sofriam?

– Não sabia absolutamente de nada, quando dei as 19 aulas, algumas em Maria Pia e outras em Belém. Enfim, frequentei muito pouco a Casa Pia.

–...

– Deixe-me dizer que na festa brava não há homossexualidade, vícios, droga ou ‘mariconeo’. Esta é uma festa de homens. Na história do toureio não há um único caso de maricas. Não há vícios. Não há pedofilia. Isso é impossível nos toureiros. E a mim, não há nada que me possam apontar. Se houvesse, eu ia a uma televisão e capava-me a mim próprio. Mais: se pudesse e mandasse capava todos os pedófilos.

– Conhece alguma das pessoas envolvidas no escândalo de pedofilia da Casa Pia?

– Nenhuma. Apenas as figuras públicas, mas nunca falei pessoalmente com nenhuma delas. E até sei que Carlos Cruz queria ser toureiro, mas eu nunca falei com ele.

– Como é que aparece então envolvido neste caso?

– Não sou acusado de nada. Dizem que o Mário Coelho esteve na Casa Pia, dizem que o Mário Coelho levou miúdos a passar nas férias. Isto é tudo falso. Nunca falei como nenhum aluno fora das instalações da Casa Pia. Apenas indiquei um à escola de Vila Franca de Xira. Sei que ele foi lá duas vezes e que depois desistiu.

– Levou alguns ao Campo Pequeno?

– Fiz aí uma ou duas aulas práticas e levei alguns alunos ao campo, para ver como reagiam frente a bezerras. Levava-os no meu próprio carro, sempre com a devida autorização da Casa Pia.

«AJUDEI JOVENS DE TODO O MUNDO»

 

- Diz-se que foi um dos toureiros que mais jovens ajudou...

- É verdade, quando decidi ser toureiro não éramos mal recebidos nas propriedades. Um dia, após andar 40 quilómetros para nada, tomei uma decisão: se conseguisse ser toureiro, iria ajudar todos os que o quisessem ser. E assim fiz, com jovens que vinham de toda a parte do mundo.

- Lembra-se de alguns?

- Rui Bento Vasques, Eduardo Oliveira, Pedrito de Portugal, Mário Coelho Júnior, Adolfo Rojas (Venezuelano), Pepe Luis Nuñez (venezuelano), Oscar San Roman (mexicano), Pepe Luis Giron (venezuela), Henrique Medina (mexicano). Foi com a minha ajuda que todos eles se fizeram matadores de touros. Recordo ainda os bandarilheiros Pedro Santos, João José, Rui Plácido e José António.

- Quando toureou no Campo Pequeno, alguma vez se apercebeu de alguma coisa relacionada com a pedofilia?

- Nunca. Absolutamente nada. Nunca vi o Carlos Silvino. Nem sabia que existia. Nada. Os toureiros estão fora disto. Somos de uma raça diferente. Só frequentamos quatro locais: as praças de toiros, o campo, os hotéis e as igrejas. Fugimos das rebaldarias.


PERFIL

Nome - Mário Coelho Luís
Idade - 67 anos (25/03/1936)
Naturalidade - Vila Franca de Xira
Estado civil - Divorciado (um filho)
Percurso como toureiro - Amador (1950), bandarilheiro (1955), matador de toiros (1966, alternativa, em Badajoz).

 

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/atualidade/mario-coelho-no-toureio-nao-ha-homossexualidade

 

***

 

Atenção! Maricas não tem o mesmo significado de homossexual.

 

Um maricas é um fraco, um covarde, um efeminado, um medroso.

 

Um homossexual é uma pessoa que sente atracção por pessoas do mesmo sexo e não sente atracção alguma por pessoas do sexo oposto.

 

Obviamente que os toureiros são maricas, ou de outro modo não necessitariam de torturar e matar um Touro, para provar a sua “virilidade”.

 

Isto não é uma atitude de HOMEM. Os HOMENS não precisam de torturar um animal para se sentirem viris.

 

Quanto aos toureiros serem de uma raça diferente, lá isso são - raça cobarde; e frequentarem igrejas, lá isso frequentam - beatos falsos. Mas tal, jamais lhes dará passaporte para o paraíso.

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:04

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