Nunca nos enganaram a esse respeito, porque sempre aqui dissemos que o Touro dito "bravo" nunca existiu na Natureza.
O que existe é um bovino manso que, torturado por carrascos cobardes, desde a nascença, quando é atirado para as arenas, enfurece-se e arremete para se defender, seguindo um instinto comum a todos os animais existentes à face da Terra, incluindo o animal humano.
A tauromaquia é uma falácia: quem a pratica são uns cobardes, quem a aplaude são uns sádicos, e quem a apoia são uns ignorantes.
Origem da foto: http://local.pt/portugal/alentejo/coloquio-sobre-o-toiro-de-lide-e-o-espetaculo/
A Associação de Solidariedade Cultura e Recreio Gentes do Cartaxo organizou um colóquio sob o título «O Toiro de Lide e o Espectáculo - Os mistérios da bravura», e o que se disse neste colóquio, por indivíduos ligados a esta actividade degradante, não surpreendeu quem, há muito tempo, sabe o que é um Touro e o que é a tauromaquia.
Os aficionados viveram até agora no tempo dos mitos, das crendices, das intrigas rocambolescas, e obviamente que «um animal por melhor que seja nunca agrada a todos os intervenientes de uma tourada», como foi dito.
E também se disse que «a influência da genética na bravura de um toiro de lide é pouco significativa». Pois é.
O “veterinário” Vasco Brito Paes chegou mesmo a defender que «a genética representa apenas um terço do que o toiro é», e garantiu que “há uma grande componente na produção de um toiro que não depende do ganadeiro nem de muitos estudos e investigações que possam ser feitos. É difícil saber qual é a vaca que irá dar os melhores toiros. A melhor vaca nem sempre dá o toiro mais bravo, isso é o mais difícil de uma ganadaria.
Os grandes toiros são normalmente filhos de vacas regulares e não de vacas de bandeira”, afirmou esse “veterinário”.
Por sua vez, o montador tauromáquico, João Telles, representante das ganadarias David Ribeiro Telles e Vale Sorraia confessou «que ao longo da sua carreira foram poucos os toiros bravos que lidou».
Pudera! Que touros bravos poderia lidar, se eles são “fabricados” e na maioria das vezes “mal fabricados”, nas ganadarias, à custa de muita tortura?
Por sua vez, João Folque, que marcou presença em representação da Ganadaria Palha, disse esta coisa espantosa: «O toiro é um animal enigmático mas à medida que o vou observando encontro mais paralelismos ao comportamento do homem. A manifestação da bravura é um acto de coragem, tal como no homem. A mansidão é um acto de cobardia, tal como no homem. Penso que o toiro investe para se defender e não para atacar».
A mansidão é um acto de cobardia, tal como no homem? Mas isto é de uma ignorância atroz.
A mansidão, tanto no animal como no homem, é um atributo natural, de grandeza elevada, a abeirar o divino. Jesus Cristo era um ser de uma mansidão extrema.
E quando se referiu a bravura, quis dizer violência, que não é de todo um acto de coragem, mas um acto de grande cobardia. Trocou tudo. Quando se vai falar num colóquio tem de se saber o mínimo sobre o que se vai dizer.
Quanto ao paralelismo de Touro e homem, que referiu, existe sim, não só nos comportamentos, mas também no sofrimento, na dor, nas emoções. Um Touro será “humano” na sua condição de ser vivo.
Apenas quando disse: «penso que o toiro investe para se defender e não para atacar» pensou bem. Um Touro, tal como um ser humano, se é atacado tem o instinto natural de se defender.
Para demonstrar o que é a natureza dos animais, vou contar-vos a minha própria experiência: quando tinha uns 15 anos, fui atacada pelo terror do colégio masculino lá da minha terra, um matulão, que dava tareias aos rapazes e às meninas para “mostrar a sua valentia”.
Quando chegou a minha vez de apanhar, eu, que tenho um instinto animal apuradíssimo, dei-lhe uma tareia monstra que o coloquei debaixo de uma mesa a pedir para eu parar.
Depois disto, nunca mais este cobarde se meteu a valentão com meninas e muito menos com alguém da sua estatura física.
Lidar um bovino manso, bastamente torturado nos bastidores, é também de uma imensurável cobardia. E naturalmente, o instinto apurado do Touro, leva-o a defender-se, e muitas vezes muito bem, mutilando os seus carrascos.
O ganadeiro Jorge Carvalho também querendo dar o ar da sua graça, disse algo mirabolante: «um toiro bravo de verdade é o que no campo não se incomoda quando nos aproximamos dele e que nas corridas tem mobilidade, nobreza e humilha. Na sua opinião, se não houvesse intervenção do homem na selecção o que se teria era um toiro bravio».
Ora bravio e bravo têm o mesmíssimo significado.
Além disso confirma que há uma intervenção do homem predador no fabrico do bovino manso, que eles querem transformar em “Touro bravo”.
Depois temos a hipocrisia ao mais alto grau, que demonstra uma certa distorção mental destes falsos adoradores de Touros.
Pois não é que Jorge Carvalho diz esta coisa que seria anedota, se não fosse trágica: «A maior parte das praças não tem condições para receber os toiros. Não gosto de ver, por exemplo, a gritaria que muita gente faz em cima dos curros, as varadas desnecessárias que são dadas».
Bem… penso que a gritaria não se vê, ouve-se, mas com certeza o Jorge Carvalho gosta de ouvir a gritaria dos cobardes forcados, que investem com fúria e ódio, quando o animal já está mais morto do que vivo. Não gostará?
E temos ainda mais esta: «entre os aspectos que mais deixam os ganadeiros consternados estão a distância a que os bandarilheiros “cortam” (atentem no termo) os toiros ao entrarem na praça e também o processo de embolamento que muitas vezes causa lesões na coluna do animal» e mesmo assim, lá vai o animal para a arena, já em bastante sofrimento, ser lidado por cobardes.
E a isto chamam “paixão pelos animais”, quando se diz: «A paixão pelos animais gerou unanimidade entre os oradores relativamente à falta de condições das praças».
Quanta hipocrisia! Quanta estupidez!
E agora atentem neste absurdo: «Aficionado e habituado a acompanhar os toiros em todo o processo, desde o seu nascimento até ao embarcamento, o veterinário Vasco Brito Paes considera essencial que um toiro quando entra em praça esteja pleno de faculdades para mostrar a bravura ou mansidão que tem, sendo fundamental não lhe provocar stress adicional, sobretudo no dia do embarque e não fazendo manobras que lhe possam causar lesões.»
Um veterinário aficionado? Não! Isto não é um veterinário. Tem outro nome, que aqui não digo. Se estivéssemos num país com leis a sério, este que se diz veterinário seria expulso da Ordem dos Médicos-Veterinários de Portugal, a qual, vergonhosamente, também é cúmplice deste biocídio, contrariando o Código Deontológico dos Médicos-Veterinários.
Quando um Bovino entra na arena já vai massacrado quase ao limite. E o que faz dentro da arena é simplesmente reunir as forças, que ainda lhe restam, para defender-se dos seus cobardes carrascos.
E agora apreciem mais esta:
«João Andrade, da Ganadaria Prudêncio Silva, diz que se não fosse a paixão pelos animais já não existiriam ganadeiros, porque com os preços praticados actualmente a actividade não dá lucro.»
Não dá pouco lucro aos ganadeiros que se fartam de receber subsídios chorudos, enquanto o povo passa fome, porque para haver dinheiro para os ganadeiros, tem de ser cortar nos salários e nas reformas do povo.
Isto é monstruoso.
E finalizamos com esta, não menos incrível:
João Folque, da Ganadaria Palha, defende que a “condição número um para se ser ganadeiro é ter-se uma paixão louca pelo animal”.
Veja-se nesta imagem a paixão louca que os ganadeiros têm pelo animal… É uma loucura, sim, doentia, mórbida, patológica, que merece internamento psiquiátrico.
Resumindo: tudo isto só abona em favor do fim da tauromaquia, que está tão podre, tão podre que, sem a menor dúvida, cairá a qualquer momento...
Fonte: http://semanal.omirante.pt/index.asp?idEdicao=642&id=98687&idSeccao=11248&Action=noticia
Ora vejam:
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Luis Soares disse sobre VEJAM PARA QUE SERVEM OS DINHEIROS PÚBLICOS PARA ALÉM DE APOIAREM TOURADAS… na Quarta-feira, 3 de Abril de 2013 às 13:26:
«E que tal perderem um pouco de tempo a lerem sobre o touro de lide e as suas orimaisE que tal perderem um pouco de tempo a lerem sobre o touro de lide e as suas origens?
Se não é um animal bravo, porque é que nao foi usado para o trabalho no campo??? No entanto foi usado em guerras, para expulsar os espanhóis. Querem defender o touro. Que o façam...
Mas nao lhe tirem virtudes e qualidades que o faz ser um animal nobre! E bravo!
Com os melhores cumprimentos,
Luís Soares»
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Luís Soares, nós, os que defendemos os direitos de TODOS os animais, sabemos o que é um TOURO DE LIDE e qual a sua origem, uma origem fabricada, pois touros de lide ou touros bravos NÃO EXISTEM NA NATUREZA.
O Luís Soares NÃO SABE, porque o seu pai já não sabia, o seu avô, também não sabia, o seu bisavô, também não, o seu tetravô também não… E por aí adiante.
O Luís Soares nasceu e cresceu num ambiente onde lhe foram transmitidas informações ERRADAS sobre touros e touradas e tauromaquia, e viveu-as como se fossem certezas, e esse é o seu MAIOR problema.
Então se o Touro é um animal NOBRE, porquê torturá-lo até à morte? Isto faz algum sentido?
Obviamente, não admira que venha dizer o que disse.
Mas veja o primeiro vídeo. Já fica com alguma noção.
Não sei se sabe castelhano. Mas tente perceber o que o Zoólogo Jordi Casamitjana diz sobre o Touro de lide, neste excelente vídeo.
E esta é que é a VERDADE SOBRE O TOURO DE LIDE.
Mais nenhuma.
O que lhe transmitiram está ERRADO.
Aproveite esta oportunidade para aprender de uma vez por todas que um touro é um BOVINO MANSO, como outro qualquer.
O que o faz BRAVO, ou seja, ENRAIVECIDO, é a tortura que sofre desde a nascença, e a caminho da praça.
Quando o pobre bovino entra na arena, já está completamente despedaçado psicologicamente e fisicamente.
Mas veja este vídeo, e tente compreender e APRENDER.
A linguagem é bastante acessível.
Mas se não conseguir entender, diga-me. Tentarei traduzi-lo, em exclusivo, para o Luís Soares.
A verdade sobre o touro de lide, por Jordi Casamitjana (Zoólogo)