Tudo o que se lê no texto, que mais abaixo é reproduzido, é uma verdade que ainda hoje podemos encontrar em determinados "esconderijos" de Portugal, de que ninguém tem ordem para esmiuçar.
Um novo fascismo espreita. Uma nova ditadura impõe-se sorrateiramente. Quem acha que vive numa democracia engana-se. Estão adormecidos. Acordem, porque ditaduras de esquerda e de direita vão dar ao mesmo.
Não se iludam.
Em Democracia, o POVO é quem mais ordena. E no actual regime quem ordena são uns pequenos ditadores com pretensão de chegar a grandes. E o povinho vai dormindo, enquanto a caravana da nova ditadura vai passando, cantando e rindo, levada, levada sim, pela letargia de um povo que ressona de olhos abertos, olhos que apenas olham e nada vêem...
Isabel A. Ferreira
«Tão felizes que nós éramos
Por Clara Ferreira Alves, num texto publicado no Expresso, em 18/03/2017
Anda por aí gente com saudades da velha Portugalidade. Saudades do nacionalismo, da fronteira, da ditadura, da guerra, da PIDE, de Caxias e do Tarrafal, das cheias do Tejo e do Douro, da tuberculose infantil, das mulheres mortas no parto, dos soldados com madrinhas de guerra, da guerra com padrinhos políticos, dos caramelos espanhóis, do telefone e da televisão como privilégio, do serviço militar obrigatório, do queres fiado toma, dos denunciantes e informadores e, claro, dessa relíquia estimada que é um aparelho de segurança.
Eu não ponho flores neste cemitério.
Nesse Portugal toda a gente era pobre com excepção de uma ínfima parte da população, os ricos. No meio havia meia dúzia de burgueses esclarecidos, exilados ou educados no estrangeiro, alguns com apelidos que os protegiam, e havia uma classe indistinta constituída por remediados.
Uma pequena burguesia sem poder aquisitivo nem filiação ideológica a rasar o que hoje chamamos linha de pobreza. Neste filme a preto e branco, pintado de cinzento para dar cor, podia observar-se o mundo português continental a partir de uma rua.
O resto do mundo não existia, estávamos orgulhosamente sós. Numa rua de cidade havia uma mercearia e uma taberna. Às vezes, uma carvoaria ou uma capelista. A mercearia vendia açúcar e farinha fiados. E o bacalhau. Os clientes pagavam os géneros a prestações e quando recebiam o ordenado. Bifes, peixe fino e fruta eram um luxo.
A fruta vinha da província, onde camponeses de pouca terra praticavam uma agricultura de subsistência e matavam um porco uma vez por ano. Batatas, pêras, maçãs, figos na estação, uvas na vindima, ameixas e de vez em quando uns preciosos pêssegos.
As frutas tropicais só existiam nas mercearias de luxo da Baixa. O ananás vinha dos Açores no Natal e era partido em fatias fininhas • para render e encharcado em açúcar e vinho do Porto para render mais.
Como não havia educação alimentar e a maioria do povo era analfabeta ou semianalfabeta, comia-se açúcar por tudo e por nada e, nas aldeias, para sossegar as crianças que choravam, dava-se uma chucha embebida em açúcar e vinho. A criança crescia com uma bola de trapos por brinquedo, e com dentes cariados e meia anã por falta de proteínas e de vitaminas. Tinha grande probabilidade de morrer na infância, de uma doença sem vacina ou de um acidente por ignorância e falta de vigilância, como beber lixívia. As mães contavam os filhos vivos e os mortos era normal. Tive dez e morreram-me cinco.
A altura média do homem lusitano andava pelo metro e sessenta nos dias bons. Havia raquitismo e poliomielite e o povo morria cedo e sem assistência médica. Na aldeia, um João Semana fazia o favor de ver os doentes pobres sem cobrar, por bom coração.
Amortalhado a negro, o povo era bruto e brutal. Os homens embebedavam-se com facilidade e batiam nas mulheres, as mulheres não tinham direitos e vingavam-se com crimes que apareciam nos jornais com o título ‘Mulher Mata Marido com Veneno de Ratos’.
A violação era comum, dentro e fora do casamento, o patrão tinha direito de pernada, e no campo, tão idealizado, pais e tios ou irmãos mais velhos violavam as filhas, sobrinhas e irmãs. Era assim como um direito constitucional. Havia filhos bastardos com pais anónimos e mães abandonadas que se convertiam em putas.
As filhas excedentárias eram mandadas servir nas cidades. Os filhos estudiosos eram mandados para o seminário. Este sistema de escravatura implicava o apartheid.
Os criados nunca dirigiam a palavra aos senhores e viviam pelas traseiras.
O trabalho infantil era quase obrigatório porque não havia escolaridade obrigatória. As mulheres não frequentavam a universidade e eram entregues pelos pais aos novos proprietários, os maridos.
Não podiam ter passaporte nem sair do país sem autorização do homem. A grande viagem do mancebo era para África, nos paquetes da guerra colonial. Aí combatiam por um império desconhecido.
A grande viagem da família remediada ao estrangeiro era a Badajoz, a comprar caramelos e castanholas. A fronteira demorava horas a ser cruzada, era preciso desdobrar um milhão de autorizações, era-se maltratado pelos guardas e o suborno era prática comum.
De vez em quando, um grande carro passava, de um potentado veloz que não parecia sujeitar se à burocracia do regime que instituíra uma teoria da excepção para os seus acólitos. O suborno e a cunha dominavam o mercado laboral, onde não vigorava a concorrência e onde o corporativismo e o capitalismo rentista imperavam. Salazar dispensava favores a quem o servia.
Não havia liberdade de expressão e o lápis da censura aplicava-se a riscar escritores, jornalistas, artistas e afins. Os devaneios políticos eram punidos com perseguição e prisão. Havia presos políticos, exilados e clandestinos. O serviço militar era obrigatório para todos os rapazes e se saíssem de Portugal depois dos quinze anos aqui teriam de voltar para apanhar o barco da soldadesca.
A fé era a única coisa que o povo tinha e se lhe tirassem a religião tinha nada. Deus era a esperança numa vida melhor. Depois da morte, evidentemente.»
Fonte:
Num momento em que a Cultura e a Civilização foi posta em causa por um "poeta" (Manuel Alegre) recordemos este magnífico texto de Duarte Belo, fotógrafo, filho do Poeta Ruy Belo.
E pensar que este magnífico Touro
é transformado nisto, para que os incultos se divirtam:
…por “gente” como esta:
«O problema destas criaturas é que lhes falta mundo, educação, cultura. A única realidade que conhecem é mesmo esta, dos costumes bárbaros, da brejeirice. Muitos, só conhecem, e mal, o mundinho onde vivem ou quanto muito foram a Badajoz comprar caramelos. Não evoluem, porque não podem. Não têm capacidade. Pararam no tempo. São uns pobres de espírito. São empedernidos, fossilizados. A única esperança é que entrem em extinção, brevemente» (Judite Corte-Real)
***
«Os Touros e a Liberdade»
«Numa viagem recente atravessei Portugal de norte a sul. Já em terras alentejanas paro o carro para fotografar animais a pastar. Quando me aproximo da cerca, as vacas e os bois levantam a cabeça e olham-me fixamente. Por breves momentos como que se estabeleceu ali um diálogo entre duas espécies biológicas diferentes. Fiz algumas fotografias. Haveria de recordar, mais tarde, outros encontros com animais, outras imagens, num percurso mental pelo meu arquivo fotográfico.
Não posso negar que tenho dificuldade em compreender que espectáculo é esse em que se amputa a principal arma de defesa de um animal, os seus chifres, e se o empurra para o centro de uma arena, onde, do alto de um cavalo leve, rápido e ágil, é proporcionada ao cavaleiro a posição dominante e segura para espetar bandarilhas no seu dorso. O sangue não tardará a escorrer pelo seu corpo negro, musculado e pujante. O animal, longe dos horizontes vastos em que cresceu, vai revelar um sofrimento crescente.
As touradas são a exibição pública de um confronto entre duas espécies em que há uma que sai sempre derrotada. A aparente manifestação de bravura dos toureiros é o símbolo arcaico de sociedades desiguais em que um macho dominante simbolizava a defesa contra os inimigos da comunidade, fossem eles de tribos rivais ou as próprias intempéries vindas do céu ou os abalos da terra.
O mundo mudou. Terá passado o tempo em que as touradas eram elogiadas em páginas de bela literatura. Hoje há enormes problemas ambientais com a que a humanidade se defronta. É o aquecimento global ou a extinção acelerada de numerosas espécies. Está em risco um equilíbrio planetário do qual dependemos para a nossa própria sobrevivência. Poderá parecer que as touradas nenhuma relação têm com os problemas ambientais com que nos deparamos na actualidade, mas têm tudo em comum. É a continuidade de uma atitude arrogante perante a Natureza. Assumamos a nossa condição animal. Será quando nos soubermos reintegrar, regressar, em certa medida, à Natureza, respeitar as outras espécies que connosco partilham esta casa comum, a Terra, que daremos um passo em frente num processo civilizacional que não tem regresso.
Há muitas coisas que estão mal na nossa sociedade, há tradições profundamente nefastas que urge ultrapassar. Uma tomada de consciência sobre aquilo que realmente podemos ser como espécie biológica, no contexto desta contemporaneidade, poderá conduzir-nos a uma sociedade mais livre, justa e igualitária.
Talvez apenas o conhecimento nos transporte a estados clarividentes de consciência de tempo, de espaço, de vida. O conhecimento do mundo baseado nessa fascinante narrativa que a ciência nos tem vindo a desvendar, tão sabiamente acompanhada pelas leituras da arte, da poesia, das intuições disruptivas, é uma estrada fascinante. Olhemos longe o horizonte. Projectemos viagens que não signifiquem a anulação, a destruição do outro, seja ele humano ou não. Já nos podemos libertar dessa cruel e bárbara dimensão que ao longo de milénios fez de nós a mais poderosa máquina de sobrevivência e destruição. A extinção das touradas será bom sinal para uma humanidade mais livre, para um mundo melhor.
Duarte Belo»
(AVISO: este texto foi corrigido para a grafia portuguesa, via corrector automático, visto a aplicação do AO90 ser ilegal em Portugal).
João Silva, mais conhecido por “El Juanito”, é um miúdo a quem roubaram a infância. A quem arrancaram a inocência do ser criança.
Aos quatro anos foi lançado ao mundo da selvajaria tauromáquica e transformado num tauricida, vulgo torturador e matador de touros para diversão, com o aval do governo português e da CPCJ.
João Silva ainda é menor de idade.
E só podia ser de Monforte.
Fonte da imagem
http://farpasblogue.blogspot.pt/2015/02/a-colhida-de-el-juanito-em-mourao.html
Uma colhida sem consequências graves, em Mourão, um destes dias. Já não é a primeira. No ano passado, no dia 30 de Março, “El Juanito” foi colhido na praça de touros de Villanueva del Fresno (Badajoz). Um dia, as coisas poderão correr mal.
E de quem é a culpa?
Primeiramente, dos progenitores, que o lançaram a este mundo de violência e crueldade, aos quatro anos de idade?
Depois de uma lei bastarda, que permite esta violência e crueldade.
A seguir, do governo português, que apoia esta violência e crueldade.
Também da igreja católica, que abençoa esta violência e crueldade.
E da comissão de protecção de crianças e jovens, que nada faz para travar esta violência e crueldade contra menores.
Segundo foi noticiado, a colhida de "El Juanito" (o ainda menor de idade, dito diestro de Monforte), no acto macabro que, no dia 1 de Fevereiro de 2015, abriu oficialmente a temporada nacional da selvajaria tauromáquica, em Mourão, foram «momentos dramáticos»…
Sim… momentos de grande drama que o governo português proporciona, sem o mínimo respeito pela vida humana e não-humana, e pelo bem-estar dos seres humanos e não- humanos.
Se um dia “El Juanito” sai de uma colhida estropiado ou morto, quem aplaudirá?
Naturalmente os que promovem estes degradantes “espectáculos” de violência e crueldade que não dignificam o ser humano, nem a cultura de um povo.
As vítimas desta falta de humanidade são os Touros, em primeiro lugar, pois são barbaramente torturados para entreter sádicos pacóvios; depois, as pessoas sensíveis que são vergastadas psicologicamente com esta degradação moral, cultural e social, que lhes esmaga a alma; e por último, os que se lançam (ou, neste caso, são lançados) a uma arena para torturar seres vivos, e de lá saem feridos, estropiados ou mortos.
Digam-me: isto é do foro da racionalidade?
Isabel A. Ferreira
Logo no dia de Camões, o nosso Poeta maior?
Então direi como disse Maria João Barradas: «Eu pensava que aquilo que de melhor vocês tinham em Santa Eulália eram as referências históricas, nomeadamente os monumentos pré-históricos (e não as tradições pré-históricas), havendo vestígios do Paleolítico, Eneolítico, Bronze, Romanos e Visigodos na freguesia. Quanto àquilo que são enquanto aldeões, gostarem de touradas não abona muito em vosso favor. Embrutece-vos».
Em Santa Eulália o melhor que o povo de lá tem é a parvoíce das touradas? Coitadinho do povinho, nunca saiu da caverna, e acha que a estupidez é cultura da culta.
O presidente da junta de freguesia de Santa Eulália, o socialista Cláudio Carapuça, enfim, uma autoridade menor, mas ainda assim uma autoridade, tem o despudor de dizer precisamente que a tortura de bovinos é a coisa melhor que eles têm lá na terrinha para promover. Pois!
Para culminar espera uma grande afluência de público, tanto mais porque (diz ele) trata-se de uma causa nobre, que tem como fim apoiar a Associação Humanitária de Santa Eulália.
Torturar bovinos é uma causa nobre… desde quando? Onde?
Tenha vergonha, Cláudio Carapuça!
Evolua!
E já sabemos no que dá a caridadezinha tauromáquica: em NADA. Nem se quer para as despesas da montagem do evento sanguinário dá.
E é muito bem feito, para aprenderem a ser gente civilizada, educada e culta, e recusar ofertas parvas de indivíduos cobardes que fazer negócio com a tortura de seres vivos indefesos.
Fiquei pasmada com a falta de educação e cultura que vi plasmada na página do Facebook desta Junta, acerca deste evento sanguinário, quando Cláudio Carapuça escreveu:
«Infelizmente ainda há seres humanos que se comportam como alguns animais, pois não sabem o que é viver em harmonia, dado que não respeitam o território de cada um! Sempre defendi que para fazer valer o meu ponto de vista e a minha opinião não é necessário ACHINCALHAR nem desvalorizar a opinião dos outros. Ainda assim, é algo que acontece frequentemente, e por isso permitam-me também que partilhe convosco o meu gosto pelos animais, especialmente por VACAS! Tenho especial prazer em observar atentamente a postura das VACAS quando pastam nas searas alheias, sempre a morderem com a sua postura altiva e vaidosa, mas que ao primeiro assobio abalam cheias de medo, elas e os boizinhos mansos. Por último gostava ainda de dizer que dispenso as aulas do bom português, até porque a minha região caminha para uma eurocidade europeia de referência e dispenso a intelectualidade dos quequinhos da linha litoral.»
Realmente esta é uma linguagem adequada a um autarca do PS, ainda por cima aficionado.
Cláudio Carapuça, engana-se. Os seres humanos que se comportam como animais comportam-se muito bem, como animais que são.
E nesta história de tortura de bovinos, não há opiniões, nem pontos de vista, há atitudes imbecis, condenáveis pelo mundo civilizado.
Os bovinos não são brinquedos. Querem brincar às marradas e às farpadas marrem-se e farpem-se uns aos outros, numa arena, mas deixem os bovinos em PAZ.
Faça alguma coisa ÚTIL pela evolução de Santa Eulália, uma terrinha com um atraso civilizacional acentuado. Basta ter uma arena em funcionamento.
Mas não é só.
Segundo Maria João Barradas, filha de um natural de Santa Eulália, e que conhece melhor do que ninguém a terra, diz que «a região não está a caminhar para nenhuma eurocidade de referência, pois isto não passa de propaganda socialista enganosa, e os socialistas já são conhecidos por distribuírem aquilo que não têm»
E diz mais, Maria João Barradas: «A Eurocidade, de que este arrogante tanto fala, não passa de um protocolo assinado em 16 de Setembro de 2013 entre Elvas e Badajoz com o objectivo de atrair mais emprego e investimento para a cidade de Elvas. É um protocolo, nada mais. Esta gente (socialistas) aproveita-se da ignorância de muita gente.»
Relativamente a Santa Eulália, refere a mesma fonte, «que nem sequer uma farmácia tem, a desertificação é total. A população, constituída na sua maioria por idosos (60 %, tem de ir a Elvas buscar os medicamentos».
E Maria João Barradas diz ainda: «Preocupe-se mas é em resolver os problemas da sua região, Sr. Cláudio Carapuça!!! O que é que tem feito para os resolver? O Sr. Cláudio Carapuça em vez de perder tempo com bate-bocas no Facebook deveria arranjar transporte público para os velhinhos irem à farmácia, a Elvas, comprar medicamentos, em vez de irem de táxi e pagarem 45 euros. Eu sei que são reembolsados depois, mesmo assim para quem tem 300 euros de pensão, ficar sem 45 euros é obra. É uma vergonha que não haja uma farmácia numa das mais evoluídas freguesias de Elvas. Se esta é a mais evoluída, eu nem quero imaginar como é que serão as outras. Sr. Carapuça, em vez de perder tempo no Facebook, trabalhe, que é para isso que eu pago impostos em Elvas, que pelo que vejo estão a ser muito mal aproveitados!!! E digo-lhe mais, quem ocupa a posição que o senhor ocupa nem devia ter certa linguagem. O senhor só está a envergonhar o seu partido e os outros Presidentes de Junta de Freguesia de Elvas. Eu só posso elogiar a educação do Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Santa Eulália que já me chamou vaca, ignorante e estúpida.»
***
Eis um testemunho rico em pormenores, que diz do carácter e da educação (ou falta dela) do senhor Carapuça, que a única coisa boa que tem em Santa Eulália para promover é a boçalidade da tourada.
Então o melhor que tem fazer é ANULAR esta iniciativa grosseira e primitiva, coisa para broncos se divertirem, e organizar assim uma espécie de Rock in Santa Eulália, para ter na terrinha milhares de pessoas a divertirem-se com DIGNIDADE.
Ou então... demita-se. Não faz falta nenhuma em Santa Eulália.
E atenção! Há que boicotar o café Delta, dos Nabeiros, que apoia esta iniciativa sanguinária.
Fonte:
Esta foto refere-se ao VI Encontro de Escolas Taurinas realizado em Fevereiro de 2013, no campo pequeno, com uma assistência de público a abarrotar as bancadas, como podemos verificar.
Origem da foto: http://www.taurodromo.com/galeria/2013-fevereiro/834-fotos-da-final-do-vi-encontro-internacional-de-escolas-taurinas
O QUE NOS DIZ A CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA PORTUGUESA?
Artigo 69.º
Infância
1. As crianças têm direito à protecção da sociedade e do Estado, com vista ao seu desenvolvimento integral, especialmente contra todas as formas de abandono, de discriminação e de opressão e contra o exercício abusivo da autoridade na família e nas demais instituições.
2. O Estado assegura especial protecção às crianças órfãs, abandonadas ou por qualquer forma privadas de um ambiente familiar normal.
3. É proibido, nos termos da lei, o trabalho de menores em idade escolar.
Artigo 70.º
Juventude
1. Os jovens gozam de protecção especial para efectivação dos seus direitos económicos, sociais e culturais, nomeadamente:
a) No ensino, na formação profissional e na cultura;
b) No acesso ao primeiro emprego, no trabalho e na segurança social;
c) No acesso à habitação;
d) Na educação física e no desporto;
e) No aproveitamento dos tempos livres.
2. A política de juventude deverá ter como objectivos prioritários o desenvolvimento da personalidade dos jovens, a criação de condições para a sua efectiva integração na vida activa, o gosto pela criação livre e o sentido de serviço à comunidade.
3. O Estado, em colaboração com as famílias, as escolas, as empresas, as organizações de moradores, as associações e fundações de fins culturais e as colectividades de cultura e recreio, fomenta e apoia as organizações juvenis na prossecução daqueles objectivos, bem como o intercâmbio internacional da juventude.
CAPÍTULO III
Direitos e deveres culturais
Artigo 73.º
Educação, cultura e ciência
1. Todos têm direito à educação e à cultura.
2. O Estado promove a democratização da educação e as demais condições para que a educação, realizada através da escola e de outros meios formativos, contribua para a igualdade de oportunidades, a superação das desigualdades económicas, sociais e culturais, o desenvolvimento da personalidade e do espírito de tolerância, de compreensão mútua, de solidariedade e de responsabilidade, para o progresso social e para a participação democrática na vida colectiva.
3. O Estado promove a democratização da cultura, incentivando e assegurando o acesso de todos os cidadãos à fruição e criação cultural, em colaboração com os órgãos de comunicação social, as associações e fundações de fins culturais, as colectividades de cultura e recreio, as associações de defesa do património cultural, as organizações de moradores e outros agentes culturais.
4. A criação e a investigação científicas, bem como a inovação tecnológica, são incentivadas e apoiadas pelo Estado, por forma a assegurar a respectiva liberdade e autonomia, o reforço da competitividade e a articulação entre as instituições científicas e as empresas.
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Isto é o que diz a legislação, que falha muito em relação às crianças e aos adolescentes, camada da população que não tem DIREITO AO VOTO.
Daí a desimportância que a lei lhes atribui.
Abram este link, e vejam o estado paupérrimo dos bezerros que os adolescentes (que deviam estar num lugar saudável a aprender a preservar a VIDA), estão a torturar sadicamente.
Será a esta EDUCAÇÃO que a legislação portuguesa se refere.
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E DEPOIS QUEIXAM-SE DA SOCIEDADE VIOLENTA QUE TEMOS
«Diogo Peseiro, aluno da Academia de Toureio do Campo Pequeno, triunfou em La Nava de Santiago, na província de Badajoz, cortando duas orelhas e rabo.
Alternou com Alberto Escudero que cortou uma orelha, os novilhos pertenciam a ganadaria de D. Manuel Criado.
Mais um triunfo deste prometedor toureiro e nós temos as fotos!
(origem da foto: http://diariotaurino.blogspot.pt/2013/05/as-fotos-do-exito-de-diogo-peseiro-em.html
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Foi este desenvolvimento da personalidade e do espírito de tolerância, de compreensão mútua, de solidariedade e de responsabilidade, para o progresso social e para a participação democrática na vida colectiva (artigo 73º da Constituição Portuguesa) que deram a este jovem, que ainda não tinha idade para saber discernir o que é ser um verdadeiro HOMEM.
E arrancar orelhas e rabos a um ser vivo será um TRIUNFO?
Ou esta palavra mudou o seu significado com o novo acordo ótógráfico?