Quinta-feira, 20 de Maio de 2021

«Como nos manipulam: os métodos da História anti-portuguesa»

 

Portugalidade.jpg

 

Por Hugo Dantas 


«História querer-se-ia a investigação rigorosa da acção colectiva da Humanidade, ou das muitas humanidades que a compõem, completada com o prudente e desapaixonado juízo que discerne as causas próximas e remotas do devir histórico. Porém, é mais frequente, o que nos tenta a concluir que é natural, que se escreva a história a favor ou contra certas concepções, partidos ou ideologias. Os que escrevem a história anti-Portuguesa pretendem reduzir a intervenção do nosso povo no curso geral das coisas a um empreendimento terrorista, enfatizando este e aquele acto de violência, induzindo apressadamente a partir de certa infâmia, recortando do volumoso e riquíssimo manancial de quase seis séculos de actuação ultramarina dos Portugueses somente o trânsito negreiro no Atlântico, procurando apresentá-lo como a herança definitiva legada à posteridade humana da Expansão e do Império.



A história anti-Portuguesa redige-se, algumas vezes, com recurso à pura e simples mentira. Na grande maioria destes casos, o leitor ou o ouvinte consciencioso poderá desalojar um livro de historiografia séria da sua estante, ou da prateleira de qualquer biblioteca pública nas proximidades, e prevenir-se contra a fraude. Porém, a história anti-Portuguesa é quase sempre produzida por métodos mais subtis. Em breve, mas significativo ensaio, “Catholic Truth in History”, Hilaire Belloc descreveu os modos pelos quais na Inglaterra protestante se forjavam tratados e manuais anti-Católicos. Os métodos da historiografia anti-Católica que Belloc examina são aplicáveis a qualquer pessoa ou colectividade cuja história, e identidade, se queira deformar para qualquer propósito, e também se encontram na historiografia anti-Portuguesa, o que qualquer escrutinador será capaz de detectar, uma vez apercebida a natureza de tais procedimentos.



A história anti-Portuguesa começa a gerar-se na selecção dos materiais. Qualquer narrativa impõe uma selecção dos factos a mencionar. As crónicas dos feitos humanos oferecem-nos um oceano de sucessos, personalidades e contextos, entre o qual é necessário peneirar o que se julga dever ficar registado. Assim, a selecção do material pode fazer-se de modo a que a verdade seja obnubilada, ainda que cada facto que se apresente seja verdadeiro. A história anti-Portuguesa selecciona somente entre os anais da Expansão e do Império aquilo que oferece um retrato escabroso do nosso empreendimento colectivo.



O tom do narrador é sempre elemento não desprezível de qualquer obra de historiografia. O tom anti-Português empregará a ironia para com os nossos maiores feitos, usará das palavras mais fortes e emocionais para descrever os abusos verificados, introduzirá expressões de insinuadora ambiguidade em parágrafos onde competiria imperar o rigor descritivo.



Por fim, a proporção escolhida entre as diversas partes da narrativa concorre para completar um retrato mentiroso na historiografia anti-Portuguesa. Dois historiadores podem seleccionar o mesmo conjunto de factos a tratar nas suas obras. Mas a dimensão e a ênfase que conferem a cada um dos factos, a ordem em que estes são postos na narrativa, impressionam de forma diversa, mais favorável ou prejudicial, o leitor. O que historia contra Portugal não hesitará em desamarrar a pena, que navega à bolina do seu ódio, para relatar, com pormenores grotescos, o que de infame existir para ser publicado sobre o nosso passado imperial.



A história da expansão ultramarina de Portugal, como um todo e nas suas partes, tem sido objecto destes múltiplos métodos de ocultar e deformar a verdade histórica. Mais recentemente, aproveitando o ímpeto projectado desde o estrangeiro, a historiografia anti-Portuguesa tem-se empenhado em reduzir a história da Expansão e do Império ao tráfico negreiro, aos abusos praticados sobre os nativos americanos e africanos, às razias e à guerra. Ainda que quaisquer alegações relacionadas com estes eventos, em si mesmas, sejam verdadeiras, e em muitos casos não o são, a exposição que com eles se constrói da história de Portugal é falsa. Excluídos ficam os decisivos contributos de Portugal para o progresso da Humanidade: a vitória sobre a distância, a fundação de um verdadeiro mercado mundial, a difusão de tecnologia, a revolução alimentar… Em suma, o pioneirismo na globalização, a tomada da posse da Terra pela Humanidade, dos quais todos, hoje, em maior ou menor grau, gozamos os frutos, desconhecidos dos antigos durante milénios.



No próximo texto de história anti-Portuguesa que encontrar, o estimado leitor poderá, olhando à selecção, ao tom, à proporção usadas, apontar exactamente onde é que está a mentira.

Hugo Dantas 

 

in  Nova Portugalidade

Fonte:

https://www.facebook.com/novaportugalidade/photos/a.1719853741606319/2869566186635063/

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:55

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Sexta-feira, 20 de Dezembro de 2013

SENHORES GOVERNANTES, POR FAVOR, VALORIZEM O VOSSO PAÍS, EM VEZ DA VOSSA CARTEIRA!

(Recebido via e-mail)

 

ISTO É PORTUGAL

 

Portugal é um dos países mais ricos da União Europeia..., e não dos mais pobres!

 

Sabiam?

(Origem da foto: http://viajar-online.blogspot.pt/2012/11/o-que-descobrir-no-norte-de-portugal.html#.Uo98mpip2mw)

 

Portugal é um dos poucos países no mundo que pode fechar as suas fronteiras, pois a natureza dá-lhe uma grande riqueza que contém tudo o que é necessário para que a sua povoação possa viver feliz e em paz!...

 

A maior parte dos portugueses desconhece que o seu “pobre” país possui:

 

- A maior Zona Económica Exclusiva da UE, que é tão grande como todo o continente europeu.

 

- 80% de solo arável, mas está quase em completo abandono...

 

- Invejável rede hidrográfica a nível mundial.

 

- Grandes reservas de água doce, em aquíferos subterrâneos, quase inesgotáveis.

 

- As maiores reservas de ferro da UE, de excelente qualidade.

 

- As maiores reservas de cobre da Europa (segundas do mundo).

 

- As maiores reservas de tungsténio (volfrâmio) da Europa.

 

- As maiores reservas de lítio da Europa.

 

- As maiores reservas de terras raras.

 

- As segundas maiores reservas de urânio da Europa.

 

- Grandes reservas mineiras de ouro, prata e platina.

 

- Grandes reservas de carvão mineral de excelente qualidade.

 

- E as incomensuráveis riquezas que as águas do Atlântico escondem.

 

- Uma das maiores reservas de petróleo da Europa, que já vão ser exploradas na costa do Algarve, por companhias alemães e espanhola. Vão pagar a Portugal apenas 20 cêntimos por barril, enquanto ele já passou há muito tempo os 100 dólares por barril.

 

- Reservas de gás natural e de xisto, que dá para Portugal pelo menos para 100 anos sem precisar de ninguém.

 

E isto é apenas a ponta do iceberg que circula pela Internet…

 

Portugal é possivelmente o país mais rico da UE, na sua dimensão, e é levado à ruína pelos seus governantes.

 

Senhores Governantes, por favor valorizem o vosso país, em vez da vossa carteira!

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 11:01

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