A pobreza mental é tão castradora e tão maléfica como as leis irracionais que permitem a iniquidade da tauromaquia.
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III Fórum Mundial da Cultura Taurina mais 60 mil euros para a tortura
A Tertúlia Tauromáquica Terceirense vai organizar, de 24 a 26 de Janeiro, um fórum mundial sobre a “cultura” taurina, que visa aumentar a visibilidade da tauromaquia da Ilha Terceira no estrangeiro.
Ou seja, visa SUJAR O NOME da Ilha Terceira, ainda mais do que já está.
O evento, organizado pela terceira vez na ilha, vai juntar cerca de 250 participantes, sendo que 120 chegam do estrangeiro, segundo o presidente da Tertúlia Tauromáquica Terceirense, Arlindo Teles.
Este “chegam do estrangeiro” não significa que sejam estrangeiros cultos a deslocarem-se à Ilha para ouvir falar de tortura de bovinos, mas terceirenses espalhados por alguns países, e se algum estrangeiro vier será oriundo de países terceiro-mundistas onde esta prática primitiva ainda se mantém.
"Temos fortes convicções, temos um projecto elaborado nesse sentido, inclusive, de que a tauromaquia, além da sua importância social na Terceira, também pode ser um dos melhores meios de promoção da nossa terra e, objectivamente, um nicho turístico importantíssimo", salientou, numa conferência de imprensa, em Angra do Heroísmo.
A importância deste “evento” aqui referida, é apenas para uns tantos aficionados, que devem muitos milhares de Euros à Cultura Culta, e só vêem €€€€€€€€€€€€€ à frente do nariz, o que é de muita pobreza e demasiado desprestigiante para a Ilha Terceira, algo que passa ao lado do Governo dos Açores.
Segundo Arlindo Teles, a tauromaquia terceirense já ganhou "prestígio" a nível nacional "há muito", mas nos últimos anos o trabalho de várias entidades na ilha tem contribuído para a visibilidade no exterior, o que vai tendo reflexos, por exemplo, "na capacidade de contratar artistas".
Aqui houve de certeza um erro gráfico, quis-se dizer DESPRESTÍGIO para a Ilha, porque é isso que acontece quando nos países evoluídos se fala na Ilha Terceira: “Ah! Aquela onde existe o costume de torturarem bovinos mansos!» Pois… essa mesmo! Dizemos nós. «Que horror!» Dizem eles.
"Um destino turístico não se promove em pouco tempo, é um trabalho continuado, que leva muito tempo a cimentar", frisou.
Por aqui se vê que a Ilha Terceira não é um destino turístico de qualidade. Por que haveria de ser? Nenhum turista culto, a não ser por engano, visitará a Ilha para ver horrores. Promover a tortura é um desperdício de tempo e de dinheiros públicos.
Nesse sentido, o presidente da Tertúlia Tauromáquica Terceirense destacou a "importância enorme" do Fórum Mundial da Cultura Taurina, pelo contributo que dá para a promoção da ilha no exterior.
Pois esta “importância enorme”, nos tempos que correm, será uma machadada numa prática que já está morta, só os da tertúlia não sabem. E só fica mal a quem realiza um evento de tão baixo nível.
Para além de várias conferências e mesas redondas, ao longo de três dias, com figuras de relevo da tauromaquia nacional e mundial, como os matadores El Fundi e Cristina Sánchez, o filósofo Francis Wolff, o catedrático Alejandro Pizarroso e o jornalista Miguel Sousa Tavares, o evento inclui um programa social, que visa "promover a Terceira e a região" entre os participantes que chegam de fora.
Atente-se na “categoria” dos participantes: matadores, um filósofo do caos, que não diz uma com uma; um catedrático que não evoluiu, e claro o Miguel…
Este ano, o orçamento da organização do evento ronda os 90 mil euros, o que representa uma quebra em relação à anterior edição, devido a uma redução da comparticipação do Governo Regional de 75 para 60 mil euros.
Segundo Arlindo Teles, o preço médio das inscrições, que estão abertas até quarta-feira, também sofreu alterações, devido à crise.
"Os preços são significativamente mais baratos do que na última edição, precisamente para promover maior adesão", frisou.
Este ano, o Fórum Mundial da Cultura Taurina vai debater-se sobre os valores da tauromaquia e, segundo Arlindo Teles, vai "procurar fazer sobressair todos os valores que a tauromaquia tem e que normalmente não estão presentes na mera observação do espectáculo taurino".
Com 50 a 60 oradores convidados do estrangeiro, o evento atrai sobretudo os aficionados da ilha Terceira, mas a organização conta ainda com cerca de meia centena de inscrições de aficionados estrangeiros.
Resumindo, dinheiros públicos vão ser esbanjados, numa iniciativa que não traz qualquer benefício à Ilha Terceira, pelo contrário, só a desprestigia, e enche os bolsos e o ego de uns poucos aficionados, que têm na tortura de bovinos o objectivo de uma vida.
Como alguém já disse, a abolição da tauromaquia vai chegar um pouco mais tarde à Ilha Terceira (bem como a Ponte de Lima, Barrancos ou Vila Franca de Xira) porque a EVOLUÇÃO está ainda a muitas milhas da costa.
Mas vem a caminho.
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Links que assinalam a POBREZA NOS AÇORES:
http://www.acorianooriental.pt/artigo/a-pobreza-2
http://economiadestaque.blogspot.pt/2012/08/pobreza-nos-acores-acima-da-media.html