Sexta-feira, 27 de Janeiro de 2023

Hoje, celebro o nascimento do génio do Belo, e assinalo a libertação de Auschwitz, onde o génio do Mal mandou cometer os mais hediondos crimes, com os quais criaturas da nossa contemporaneidade nada aprenderam

 

Hoje, 27 de Janeiro de 2023, proponho-me assinalar o que de MELHOR e PIOR encerra a Humanidade, evocando dois austríacos, diferenciados pelo que constitui a natureza do ser humano: um, da natureza do Belo, outro, da natureza do Mal.

 

o Belo e o Monstro.png

                                    O Belo                                e    o                          Monstro

 

Começo pelo MELHOR:

Wolfgang Amadeus Mozart

 

Wolfgang Amadeus Mozart nasceu em 27 de Janeiro de 1756, em Salzburg, na Áustria, e é considerado um dos maiores nomes da música erudita e um dos compositores mais relevantes da história da música clássica. O seu génio musical desabrochou ainda na infância. E na idade adulta compôs verdadeiras obras-primas musicais, de inspiração divina, como a peça que escolhi, e que só uma alma pertencente a um mundo fora do nosso mundo, poderia ter composto: Lacrimosa, do REQUIEM, que Mozart escreveu pouco antes da sua morte.

Mozart morreu em Viena em 05 de Dezembro de 1791, e o mundo perdeu um dos seres capazes do melhor que a Humanidade encerra.

Requiem de Mozart - Lacrimosa - Karl Böhm - Orquestra Sinfónica de Viena

 

 

E enquanto ouvem Lacrimosa, sigam-me pelo corredores da morte do campo de concentração de Auschwitz, criado pelo nazismo de Adolf Hitler, em 1940, e onde mais de um milhão de pessoas perderam a vida. Foi libertado em 27 de Janeiro de 1945.

 

20150109PHT06313-cl.jpg

Prisioneiros aguardam a libertação do campo de concentração de Auschwitz, em 27 de Janeiro de 1945 ©BELGAIMAGE/AFP

 

Isto faz parte do PIOR que a Humanidade também encerra.

 

Adolf Hitler nasceu em 20 de Abril de 1889, em Braunau am Inn, Áustria, e pôs fim à sua miserável vida em 30 de Abril de 1945, no Führerbunker, em Berlim.

 

As imagens do dia da libertação dos prisioneiros de Auschwitz, ainda hoje chocam o mundo, e faz-nos interrogar: «Como é que isto foi possível numa sociedade que se dizia RACIONAL, para se diferenciar dos restantes animais? Só que nenhum dos animais, que essa sociedade dizia serem irracionais, jamais foi ou será capaz de acções tão cruéis, tão desumanas, tão irracionais como as que se perpetraram nos campos de concentração nazis.» 


Auschwitz não foi o único campo onde se retirou a humanidade de homens, mulheres, velhos e crianças que ali foram assassinados, friamente, brutalmente, mas foi o lugar onde se concentrou um genocídio planeado ao pormenor, com todos os mais inacreditáveis requintes de malvadez.

 

Contudo, os monstros, nossos contemporâneos, nada aprenderam com esta lição de HORROR, e estão a repeti-la, quase da mesma forma, por muitos lugares do mundo.

 

A ideologia nazista ainda persiste, nos actos bélicos de criaturas descerebradas, que ceifam vidas em nome de uma crueldade e brutalidade gratuitas, só porque se quer regressar a um tempo de muito má memória, e que não queremos de volta.

 

BASTA de Aushwitzes! BASTA de Holodomores (matança pela fome)! BASTA de GulagsBASTA das desumanidades que estão a ser perpetradas em vários países do mundo. BASTA dos monstruosos Hitlers que pelo mundo grelam, disseminando o PIOR da Humanidade.

 

Acabo esta evocação com uma citação de Eugénio de Andrade, um ser humano que também representa o que de MELHOR encerra a Humanidade, e cujo centenário do nascimento foi celebrado no passado dia 19 de Janeiro:
 
«É possível que só as árvores tenham raízes, mas o poeta sempre se alimentou de utopias. Deixe-me, pois, pensar que o homem ainda tem possibilidades de se tornar humano.»

 

Esta  é também a MINHA utopia.

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:23

link do post | Comentar | Ver comentários (4) | Adicionar aos favoritos
Segunda-feira, 9 de Maio de 2022

Desde o Império Romano, passando pelo falhado “império” de Hitler, até à Praça Vermelha, neste dia 09 de Maio, “Dia da Vitória”, fiz um percurso antigo, em pleno ano de 2022

 

Vi o fantasma dos imperialismos de outrora. Vi os mesmos símbolos alados. Os estandartes. A música poderosa. A mesma demonstração bélica de mentes que nada de mais fascinante sabem fazer do que matar e destruir Povos, para entrarem na História como uns “nadas”, sem glória e sem honra.    

 

É que «os tiranos e assassinos podem parecer invencíveis, mas no final são SEMPRE derrubados» (Mahatma Gandhi).

 

Hoje ouvi o discurso oco de um alienado, de um paranóico, com a mania de perseguição. Ouvi o discurso de alguém que vive numa bolha, completamente alheado da realidade e afastado do mundo LIVRE.

 

Foi triste. Foi macabro. Foi insignificante.

 

Hoje, recuei aos tempos dos imperadores romanos, e aos seus desfiles militares apoteóticos; recuei ao tempo de Adolf Hitler, e das suas paradas militares, para impressionar o mundo.

O que haverá de comum entre os imperadores romanos, Hitler e Putin?

Hoje, vi algo do passado, revestido de um presente ainda tão desumanizado!

 

Já era tempo de deixar esse passado, viver o presente, pacificamente, para poder resgatar-se o futuro, que está pendurado por um fio de aranha sobre um abismo.

 

Valeu-me ver e ouvir a mensagem ao seu Povo, de Volodymyr Zelensky, que não tem medo dos Babadooks, que andam pelo mundo a espalhar o terror. E enchi-me de ESPERANÇA.

(ATENÇÃO! Aqui não cabem ideologias de nehuma espécie, mas apenas FACTOS).

 

Isabel A. Ferreira

 

IMPERIALISMOS.png

 

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 19:00

link do post | Comentar | Ver comentários (4) | Adicionar aos favoritos
Sexta-feira, 30 de Abril de 2021

Quando os ditadores se consideram deuses imortais…

 

Em 30 de Abril de 1945, Adolf Hitler suicida-se no seu bunker.

 

Dedico esta memória aos actuais ditadores, que nos rondam sub-repticiamente, disfaçados de democratas, para que não se esqueçam de que nem são deuses, nem imortais. E deles não rezará a História, se não para os condenar.

 

Faz hoje 76 anos que o ditador Adolf Hitler, Chanceler do Reich (de 1933 a 1945) e Führer ("líder") da Alemanha Nazi de 1934 até 1945, principal instigador da Segunda Guerra Mundial na Europa, e personagem fulcral do Holocausto, se suicidou no seu bunker, e o mundo livrou-se de um dos maiores assassinos da Humanidade (um dos, porque à frente dele estão Stalin, Pol Pot, Mao Tsé-Tung, entre outros).

 

Em 12 de Março de 1938, por ocasião da anexação da Áustria, o "Anschluss", Adolf Hitler regressando de Viena, fez um discurso na estação de comboio de Nordwest, para uma multidão de 20 mil membros dos SA, SS e Juventude Hitleriana, no qual, com a veemência daqueles que se julgam deuses todo-poderosos, esquecendo-se da sua condição desumana, e de que é o FUTURO quem os julgará, disse o seguinte:

«Mostrei, durante a minha vida, que consigo fazer mais do que esses anões que levaram o País à ruína. Daqui a cem anos, o meu nome será visto como o do grande filho deste País!»

 

O que se passa, passados que são ainda 83 anos, sobre este discurso, é que não foram precisos os tais cem anos para que o Mundo o tenha como o grande filho daquilo que nós sabemos, que, cobardemente, se suicidou, por não ter a coragem de enfrentar a justiça dos homens. E os deuses, sendo imortais, que premência terão em se suicidarem?

 

Nenhum ditador, ainda que disfarçado de democrata, permanecerá para além da sua fracassada existência.

 

Isabel A. Ferreira

 

Hitler_salute_in_front_of_lamppost.jpg

Origem da foto: Internet

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 11:48

link do post | Comentar | Ver comentários (2) | Adicionar aos favoritos (1)
Terça-feira, 27 de Janeiro de 2015

É proibido esquecer Auschwitz

 

 

Nunca na história da humanidade se havia premeditado um assassínio em massa, de proporções tão descomunais, tão cruéis, apenas porque se era judeu, ou cigano, ou deficiente, ou homossexual, ou velho, ou criança, simplesmente porque sim…

 

Foi o tempo em que psicopatas detiveram o poder, um poder letal, absoluto, demente…

 

Não, não estávamos no tempo dos homens rudes e inscientes, que faziam da guerra e dos massacres de povos um modo de sobrevivência…

 

AUSCHWITZ 1.jpg

 

Estávamos em pleno século XX, da era dita cristã…

 

Num tempo em que a Europa ainda se refazia da loucura que também foi a Primeira Guerra Mundial, a qual devastou povos e cidades, matando milhões de seres humanos, numa onda gigantesca de simples malfazer (1914-1918).

 

E os que se consideravam “homens” nada aprenderam com essa primeira experiência global da loucura.

 

Ainda mal refeita dessa onda destruidora, a Europa viu-se novamente envolvida pela alucinação de um louco bem-falante que conseguiu alienar milhares de outros loucos num outro conflito militar global que durou de 1939 a 1945.

 

AUSCHWITZ 2.jpg

AUSCHWITZ 3.jpg

 Isto é o que se chama "matar com requintes de malvadez…"

 

Auschwitz foi o “rosto” mais cruel do genocídio gerado por um dos maiores monstros da História do Homem: Adolf Hitler, que, para bem da Humanidade, não deixou descendência, de outro modo, ter-se-iam suicidado, por não aguentarem o peso de um nome tão ignominioso.

 

Auschwitz representa o que de mais primitivo e cruel se esconde na mente dita “humana”.

 

Ali foram cometidos os piores e mais irracionais e requintados crimes contra a humanidade, nos quais, se não existissem filmes e fotografias e testemunhos (ainda) vivos, nenhum ser racional jamais poderia acreditar.

 

Por isso, o mundo nunca poderá esquecer Auschwitz.

 

Por isso, devia ser obrigatório ler todos os livros escritos sobre esta inominável loucura. Devemos isso aos sobreviventes. Aos que pereceram. Aos que foram vítimas da tirania de um louco.

 

Na tarde de um Sábado, a 27 de Janeiro de 1945, faz hoje 70 anos, cerca de 7 mil judeus, que ainda se encontravam neste campo da morte, foram libertados pelos soviéticos que, para mal da humanidade, também criaram campos de concentração, os chamados “gulags”, na Sibéria, onde foram exterminados milhares de homens e mulheres que não alinhavam com a loucura de outro monstro da história: Josef Stalin. E o “gulag” tornou-se um símbolo da repressão da ditadura deste que nada ficou a dever à loucura de Hitler.

 

Enfim…

 

O dia 27 de Janeiro representa o suspiro de alívio para aqueles que conseguiram sobreviver ao inferno de Auschwitz.

 

Para completar este tributo, sugiro que abram estes links e vejam esta Memória do Holocausto:

 

http://pt.slideshare.net/beaefm/memoria-holocausto

http://expresso.sapo.pt/oficio-de-matar=f908141

http://expresso.sapo.pt/ao-lado-do-anjo-da-morte=f908176

  

***

 

Mas também foi num dia 27 de Janeiro, em 1756, que nasceu um dos maiores génios musicais de todos os tempos: Wolfgang Amadeus Mozart.

 

Por isso, sinto-me honrada em ter também nascido no dia 27 de Janeiro. Um dia marcado pelo génio humano e também pela libertação de milhares de seres humanos.

 

E é com a divina música de Mozart que presto a minha homenagem a todos os que, em nome da loucura ou em nome de nada, foram sacrificados em Auschwitz, e aos que sobreviveram para nos contar o incontável, o inacreditável, o que nunca deveria ter acontecido á face da Terra.

 

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 12:07

link do post | Comentar | Adicionar aos favoritos

Mais sobre mim

Pesquisar neste blog

 

Março 2024

Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
14
15
16
17
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31

Posts recentes

Hoje, celebro o nasciment...

Desde o Império Romano, p...

Quando os ditadores se co...

É proibido esquecer Ausch...

Arquivos

Março 2024

Fevereiro 2024

Janeiro 2024

Dezembro 2023

Novembro 2023

Outubro 2023

Setembro 2023

Agosto 2023

Julho 2023

Junho 2023

Maio 2023

Abril 2023

Março 2023

Fevereiro 2023

Janeiro 2023

Dezembro 2022

Novembro 2022

Outubro 2022

Setembro 2022

Agosto 2022

Junho 2022

Maio 2022

Abril 2022

Março 2022

Fevereiro 2022

Janeiro 2022

Dezembro 2021

Novembro 2021

Outubro 2021

Setembro 2021

Agosto 2021

Julho 2021

Junho 2021

Maio 2021

Abril 2021

Março 2021

Fevereiro 2021

Janeiro 2021

Dezembro 2020

Novembro 2020

Outubro 2020

Setembro 2020

Agosto 2020

Julho 2020

Junho 2020

Maio 2020

Abril 2020

Março 2020

Fevereiro 2020

Janeiro 2020

Dezembro 2019

Novembro 2019

Outubro 2019

Setembro 2019

Agosto 2019

Julho 2019

Junho 2019

Maio 2019

Abril 2019

Março 2019

Fevereiro 2019

Janeiro 2019

Dezembro 2018

Novembro 2018

Outubro 2018

Setembro 2018

Agosto 2018

Julho 2018

Junho 2018

Maio 2018

Abril 2018

Março 2018

Fevereiro 2018

Janeiro 2018

Dezembro 2017

Novembro 2017

Outubro 2017

Setembro 2017

Agosto 2017

Julho 2017

Junho 2017

Maio 2017

Abril 2017

Março 2017

Fevereiro 2017

Janeiro 2017

Dezembro 2016

Novembro 2016

Outubro 2016

Setembro 2016

Agosto 2016

Julho 2016

Junho 2016

Maio 2016

Abril 2016

Março 2016

Fevereiro 2016

Janeiro 2016

Dezembro 2015

Novembro 2015

Outubro 2015

Setembro 2015

Agosto 2015

Julho 2015

Junho 2015

Maio 2015

Abril 2015

Março 2015

Fevereiro 2015

Janeiro 2015

Dezembro 2014

Novembro 2014

Outubro 2014

Setembro 2014

Agosto 2014

Julho 2014

Junho 2014

Maio 2014

Abril 2014

Março 2014

Fevereiro 2014

Janeiro 2014

Dezembro 2013

Novembro 2013

Outubro 2013

Setembro 2013

Agosto 2013

Julho 2013

Junho 2013

Maio 2013

Abril 2013

Março 2013

Fevereiro 2013

Janeiro 2013

Dezembro 2012

Novembro 2012

Outubro 2012

Setembro 2012

Agosto 2012

Julho 2012

Junho 2012

Maio 2012

Abril 2012

Março 2012

Fevereiro 2012

Janeiro 2012

Dezembro 2011

Novembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Julho 2011

Junho 2011

Maio 2011

Abril 2011

Março 2011

Fevereiro 2011

Janeiro 2011

Dezembro 2010

Novembro 2010

Outubro 2010

Setembro 2010

Agosto 2010

Julho 2010

Junho 2010

Maio 2010

Abril 2010

Março 2010

Fevereiro 2010

Janeiro 2010

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Agosto 2009

Julho 2009

Junho 2009

Maio 2009

Abril 2009

Março 2009

Fevereiro 2009

Janeiro 2009

Dezembro 2008

Novembro 2008

Outubro 2008

Setembro 2008

Agosto 2008

Julho 2008

Direitos

© Todos os direitos reservados Os textos publicados neste blogue têm © A autora agradece a todos os que os divulgarem que indiquem, por favor, a fonte e os links dos mesmos. Obrigada.
RSS

AO90

Em defesa da Língua Portuguesa, a autora deste Blogue não adopta o Acordo Ortográfico de 1990, nem publica textos acordizados, devido a este ser ilegal e inconstitucional, linguisticamente inconsistente, estruturalmente incongruente, para além de, comprovadamente, ser causa de uma crescente e perniciosa iliteracia em publicações oficiais e privadas, nas escolas, nos órgãos de comunicação social, na população em geral, e por estar a criar uma geração de analfabetos escolarizados e funcionais. Caso os textos a publicar estejam escritos em Português híbrido, «O Lugar da Língua Portuguesa» acciona a correcção automática.

Comentários

Este Blogue aceita comentários de todas as pessoas, e os comentários serão publicados desde que seja claro que a pessoa que comentou interpretou correctamente o conteúdo da publicação. 1) Identifique-se com o seu verdadeiro nome. 2) Seja respeitoso e cordial, ainda que crítico. Argumente e pense com profundidade e seriedade e não como quem "manda bocas". 3) São bem-vindas objecções, correcções factuais, contra-exemplos e discordâncias. Serão eliminados os comentários que contenham linguagem ordinária e insultos, ou de conteúdo racista e xenófobo. Em resumo: comente com educação, atendendo ao conteúdo da publicação, para que o seu comentário seja mantido.

Contacto

isabelferreira@net.sapo.pt