«ADEUS - A Academia de toureio do Campo Pequeno foi encerrada "há alguns meses" segundo a imprensa tauromáquica. O mesmo destino tem a "Campo Pequeno TV" que foi uma desilusão em termos de subscrições ainda segundo a própria imprensa tauromáquica.
Duas entidades que já não deviam existir em Portugal, que nunca deviam ter existido e que não fazem falta nenhuma ao país.
Portugal está a mudar e a indústria tauromáquica está rapidamente a ruir para bem do progresso civilizacional dos animais e das crianças vítimas desta violência e barbaridade.»
Fonte:
http://farpasblogue.blogspot.com/2020/02/novos-donos-do-campo-pequeno-acabam-com.html
«Usem a hastag #adeustouradas para marcar este momento histórico de viragem no nosso país.»
Fonte:
https://www.facebook.com/Basta.pt/photos/a.472890756075069/2976042822426504/?type=3&theater&ifg=1
Esta foto refere-se ao VI Encontro de Escolas Taurinas realizado em Fevereiro de 2013, no campo pequeno, com uma assistência de público a abarrotar as bancadas, como podemos verificar.
Origem da foto: http://www.taurodromo.com/galeria/2013-fevereiro/834-fotos-da-final-do-vi-encontro-internacional-de-escolas-taurinas
O QUE NOS DIZ A CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA PORTUGUESA?
Artigo 69.º
Infância
1. As crianças têm direito à protecção da sociedade e do Estado, com vista ao seu desenvolvimento integral, especialmente contra todas as formas de abandono, de discriminação e de opressão e contra o exercício abusivo da autoridade na família e nas demais instituições.
2. O Estado assegura especial protecção às crianças órfãs, abandonadas ou por qualquer forma privadas de um ambiente familiar normal.
3. É proibido, nos termos da lei, o trabalho de menores em idade escolar.
Artigo 70.º
Juventude
1. Os jovens gozam de protecção especial para efectivação dos seus direitos económicos, sociais e culturais, nomeadamente:
a) No ensino, na formação profissional e na cultura;
b) No acesso ao primeiro emprego, no trabalho e na segurança social;
c) No acesso à habitação;
d) Na educação física e no desporto;
e) No aproveitamento dos tempos livres.
2. A política de juventude deverá ter como objectivos prioritários o desenvolvimento da personalidade dos jovens, a criação de condições para a sua efectiva integração na vida activa, o gosto pela criação livre e o sentido de serviço à comunidade.
3. O Estado, em colaboração com as famílias, as escolas, as empresas, as organizações de moradores, as associações e fundações de fins culturais e as colectividades de cultura e recreio, fomenta e apoia as organizações juvenis na prossecução daqueles objectivos, bem como o intercâmbio internacional da juventude.
CAPÍTULO III
Direitos e deveres culturais
Artigo 73.º
Educação, cultura e ciência
1. Todos têm direito à educação e à cultura.
2. O Estado promove a democratização da educação e as demais condições para que a educação, realizada através da escola e de outros meios formativos, contribua para a igualdade de oportunidades, a superação das desigualdades económicas, sociais e culturais, o desenvolvimento da personalidade e do espírito de tolerância, de compreensão mútua, de solidariedade e de responsabilidade, para o progresso social e para a participação democrática na vida colectiva.
3. O Estado promove a democratização da cultura, incentivando e assegurando o acesso de todos os cidadãos à fruição e criação cultural, em colaboração com os órgãos de comunicação social, as associações e fundações de fins culturais, as colectividades de cultura e recreio, as associações de defesa do património cultural, as organizações de moradores e outros agentes culturais.
4. A criação e a investigação científicas, bem como a inovação tecnológica, são incentivadas e apoiadas pelo Estado, por forma a assegurar a respectiva liberdade e autonomia, o reforço da competitividade e a articulação entre as instituições científicas e as empresas.
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Isto é o que diz a legislação, que falha muito em relação às crianças e aos adolescentes, camada da população que não tem DIREITO AO VOTO.
Daí a desimportância que a lei lhes atribui.
Abram este link, e vejam o estado paupérrimo dos bezerros que os adolescentes (que deviam estar num lugar saudável a aprender a preservar a VIDA), estão a torturar sadicamente.
Será a esta EDUCAÇÃO que a legislação portuguesa se refere.
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E DEPOIS QUEIXAM-SE DA SOCIEDADE VIOLENTA QUE TEMOS
«Diogo Peseiro, aluno da Academia de Toureio do Campo Pequeno, triunfou em La Nava de Santiago, na província de Badajoz, cortando duas orelhas e rabo.
Alternou com Alberto Escudero que cortou uma orelha, os novilhos pertenciam a ganadaria de D. Manuel Criado.
Mais um triunfo deste prometedor toureiro e nós temos as fotos!
(origem da foto: http://diariotaurino.blogspot.pt/2013/05/as-fotos-do-exito-de-diogo-peseiro-em.html
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Foi este desenvolvimento da personalidade e do espírito de tolerância, de compreensão mútua, de solidariedade e de responsabilidade, para o progresso social e para a participação democrática na vida colectiva (artigo 73º da Constituição Portuguesa) que deram a este jovem, que ainda não tinha idade para saber discernir o que é ser um verdadeiro HOMEM.
E arrancar orelhas e rabos a um ser vivo será um TRIUNFO?
Ou esta palavra mudou o seu significado com o novo acordo ótógráfico?
Eis o “diestro” José Luís Gonçalves. Categoria: MATADOR, com carteira profissional...
A notícia é absolutamente surrealista, e de grande importância para a sociedade portuguesa.
Ora leia-se:
«Lisboa, 21 maio (Lusa)
Os matadores de toiros portugueses são detentores de uma carteira profissional que lhes confere a categoria de "matador", mas são "obrigados" a emigrar porque em Portugal a legislação não permite a morte dos toiros na arena.
Em declarações à Agência Lusa, o diestro José Luís Gonçalves, que tomou a alternativa de matador de toiros em Badajoz (Espanha), em 1994, lamentou esta situação, considerando todo o processo "caricato".
"É a mesma coisa de nós sermos taxistas, termos a carta de condução e não podermos guiar táxis, só podendo guiar os outros carros", ironizou. O matador de toiros português, que dirige atualmente a Academia de Toureio do Campo Pequeno, em Lisboa, explicou que os matadores têm uma carteira profissional passada pelo governo espanhol e, em Portugal, possuem uma carteira que "confirma tudo", mas que é passada pela Associação Nacional de Toureiros (ANT).»
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Bem, em Portugal matam-se (Touros) legalmente em Barrancos, e ilegalmente em Monsaraz (e talvez noutros lugares, como nas arenas privadas dos ganadeiros, sempre sedentos de sangue e de morte).
E, sim, ser matador com carta profissional, e não poder MATAR, compara-se ao taxista que tem carteira profissional para conduzir um táxi, e só pode conduzir uma bicicleta (digo eu)... Caramba! Isto não se faz a um MATADOR!
Saberá o “diestro” José Luís Gonçalves o que é “MATADOR”? Pois matador é sinónimo de: assassino, homicida, carrasco, algoz... Ainda que seja de Touros. MATA para se DIVERTIR.
Será uma profissão de HOMEM? De HOMEM DIGNO?
Nem em Portugal, nem na China (país onde os direitos dos Animais Humanos e Não-Humanos são barbaramente desrespeitados, quase tanto como no nosso).
Tem uma carteira profissional? E não pode MATAR?
Isso é muito injusto! Dá vontade de chorar.
Tem de emigrar? Coitadinho!
Pois que emigre para um deserto, onde não haja nenhum ser vivo para MATAR.
Boa viagem!
Qualquer dia temos os ladrões, os corruptos, os vigaristas, os carteiristas, todos a pedir Carteira Profissional também. Se um MATADOR (ainda que de Touros) tem direito, porque não hão-de ter estes outros, cujas profissões se igualam, porquanto destroem a vida de animais (não interessa se humanos ou não-humanos).
Isto é de um desplante inconcebível.
Só acontece num País onde a Comunicação Social está ao serviço do lobby dos matadores.
Fonte: