Por Manuel Alves
Carta aberta ao Sr. Provedor de Justiça
Artigo 25º da Constituição da República Portuguesa:
«1. A integridade moral e física das pessoas é inviolável.»
Artigo 5º da Declaração Universal dos Direitos do Homem:
«Ninguém será submetido a tortura nem a tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes»
As touradas são espectáculos, cuja única substância é a violência e a tortura contra um animal que está encurralado na arena, e sobre o dorso ensanguentado do qual, são espetados pelo toureiro, ferros atrás de ferros, até à sua exaustão psicofísica e até à sua morte!
As transmissões televisivas das touradas propiciam assim imagens as quais, por si só, são susceptíveis de influírem de modo negativo na formação da personalidade das crianças ou de adolescentes, e, constituem por isso um incentivo à violência, incentivo esse que atinge nomeadamente as crianças e os jovens.
No contexto actual da nossa sociedade, em que nas nossas escolas, se verificam crescentemente acções criminosas de "Bullying", nas quais um grupo agride selvaticamente um colega desprotegido, e, em que, nas nossas universidades se sucedem "praxes académicas" violentas, das quais já têm resultado mortes de alguns jovens universitários, a transmissão televisiva das touradas é mais um factor de estímulo e de insensibilidade à prática dessas acções de violência.
Ao assistirem à transmissão televisiva das touradas, as crianças, são ofendidas na sua integridade moral e física, já que, por um lado lhes é dito pelos adultos, que "os animais são nossos amigos", e, por outro lado, assistem incrédulos e atormentados ao espectáculo propiciado também por adultos, os quais maltratam cruelmente (ao mesmo tempo que são aplaudidos) os seus amigos animais:
- o cavalo, o qual sofre um enorme stress ao ser obrigado a aproximar-se do touro, acontecendo por vezes que falecem com ataques cardíacos, (como aconteceu recentemente na Ilha Terceira dos Açores);
- o touro que é cruel e sanguinariamente torturado até à sua exaustão e morte!
Devemos proteger as crianças, e os jovens desse incentivo à violência e à crueldade, para mera diversão de meia dúzia de seres humanos aficionados ao espectáculo da tortura e ao derramamento cruel de sangue do animal touro.
Por isso exigimos de forma imediata, e no respeito pela integridade moral e física das crianças e dos adolescentes, que seja interditada por V. Exas., a transmissão televisiva dos espectáculos cruéis e sangrentos, que o são em substância e de facto, as touradas.
***
Por Cândido Coelho
TOURADAS
História de crueldade em que todos os argumentos para tentar justificar a continuação deste espectáculo bárbaro, baseado numa falsa tradição, nunca serão convincentes.
Desde a pré-história até aos dias de hoje, homem e touro partilham um espaço onde deveriam coabitar de uma forma saudável e respeitosa. O touro foi símbolo mitológico na Grécia antiga, e actor principal, em espectáculos repletos de tortura e sofrimento, os quais perduram ainda nos dias de hoje nuns quantos países do mundo, onde a dita evolução social e mental mais parece pertencer aqueles tempos retrógrados.
A Península Ibérica, durante a Idade Média, foi palco de batalhas que careciam de milhares de homens. Exigia-se portanto, treino intensivo a homens e cavalos, cujas funções careciam de destreza, técnica e coragem. Essa filosofia foi aproveitada naquela época pelos toureiros, baseando-se na luta entre o homem e o touro, e sempre com o objectivo principal, o de matar o touro sem que o toureiro ficasse ferido nessa cruel lide.
O touro encarnava na perfeição um suposto inimigo, que de forma enérgica e espontânea, dava luta a toureiros e peões que auxiliavam a lide do cavaleiro. Entretanto, o que começou como um mero exercício defensivo e preparativo para batalhas corpo a corpo, foi-se encarnando no que se entende por "sortes" (cada um dos actos que o toureiro executa na lide de um touro com o intuito de o matar).
Imposta esta arte de matar na ordem, cada uma das sortes foi transformada, de simples e rudimentar até à progressiva perfeição das formas com que esta crueldade era levada a cabo.
A lide deixou de se basear na preparação do touro para a morte e foi dando passos para que a crueldade fosse feita com outra classe, á medida que se ia aplicando mais estética em cada um dos seus actos, até convertê-los em criações pré-concebidas, sem nunca renunciar á sua mais primitiva e última razão: o domínio e a morte do touro a pé ou a cavalo.
Defender as touradas como tradição cultural e matar um animal aos poucos como prova de valentia ou diversão requer uma boa dose de cinismo. No entanto, acreditar que a sociedade actual precisa desse tipo de entretenimento é sinal de atraso, digno de quem ainda vive na Idade Média.
Touradas.
(História de crueldade em que todos os argumentos para tentar justificar a continuação deste espectáculo bárbaro, baseado numa falsa tradição, nunca serão convincentes).
Desde a pré-história até aos dias de hoje, homem e touro partilham um espaço onde deveriam coabitar de uma forma saudável e respeitosa.
O touro foi símbolo mitológico na Grécia antiga, e actor principal, em espectáculos repletos de tortura e sofrimento, os quais perduram ainda nos dias de hoje nuns quantos países do mundo, onde a dita evolução social e mental mais parece pertencer aqueles tempos retrógrados.
A península ibérica durante a Idade Média, foi palco de batalhas que careciam de milhares de homens. Exigia-se portanto, treino intensivo a homens e cavalos, cujas funções careciam de destreza, técnica e coragem.
Essa filosofia foi aproveitada naquela época pelos toureiros, baseando-se na luta entre o homem e o touro, e sempre com o objectivo principal, o de matar o touro sem que o toureiro ficasse ferido nessa cruel lide.
O touro encarnava na perfeição um suposto inimigo, que de forma enérgica e espontânea, dava luta a toureiros e peões que auxiliavam a lide do cavaleiro. Entretanto, o que começou como um mero exercício defensivo e preparativo para batalhas corpo a corpo, foi-se encarnando no que se entende por "sortes" (cada um dos actos que o toureiro executa na lide de um touro com o intuito de o matar).
Imposta esta arte de matar na ordem, cada uma das sortes foi transformada, de simples e rudimentar até à progressiva perfeição das formas com que esta crueldade era levada a cabo. A lide deixou de se basear na preparação do touro para a morte e foi dando passos para que a crueldade fosse feita com outra classe, á medida que se ia aplicando mais estética em cada um dos seus actos, até convertê-los em criações pré-concebidas, sem nunca renunciar á sua mais primitiva e última razão: o domínio e a morte do touro a pé ou a cavalo.
Defender as touradas como tradição cultural e matar um animal aos poucos como prova de valentia ou diversão requer uma boa dose de cinismo.
No entanto, acreditar que a sociedade actual precisa desse tipo de entretenimento é sinal de atraso, digno de quem ainda vive na Idade Média.
Fonte:
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E repare-se: os países que iniciaram este ritual taurino, hoje, nenhum deles o mantém.
Apenas povos atrasados, como os portugueses, espanhóis, franceses, venezuelanos, mexicanos, peruanos e colombianos e estão ainda agarrados a algo que foi ultrapassado pela evolução.
Estes ferros, espetados nas costas de um homem, doem tanto como espetados no lombo de um Touro. Comprovadamente.
Testemunho de Estela Lourenço, a quem agradeço a permissão para publicar estas palavras
«Eu fui testemunha do sofrimento atroz que provocam aos touros, dentro, e pior ainda, depois das touradas. Sobrinha de um toureiro e matador de touros, virei-lhe as costas quando atingi a idade de compreender que afinal os touros sentem dores e muito, no dia em que desmaiei ao ver o que fizeram a um touro depois da corrida, quando lhe tiravam os ferros e ouvir os berros agonizantes do animal...
Estive décadas que nem pelo telefone falava com o meu tio, que durante anos me tentara convencer de que os touros não sentiam dores.
Foi marcante Isabel, eu estive 3 dias cheia de febre e com o médico á cabeceira da cama. Estava sempre a ouvir os berros de agonia do pobre animal, naquela altura não havia psicólogos, ou se havia, estavam incógnitos, mas bem que precisei de um, porque arrastei até aos dias de hoje os berros do animal na minha mente.
Não conto o que vi fazer, porque é mau demais, eu que por várias vezes tinha "brincado" com touros nas lezírias. Eles quando estão em manada, deitados, são pachorrentos, o pior é quando algum se tresmalha, porque o instinto do animal não é matar ou ferir, é defender-se de tudo o que mexe e que ele considera uma ameaça, especialmente quando, desde bezerros, começam a ser picados pelas varas com "agulhões" em ferro.
Repare que quando os toureiros passam com as capas pela frente dos touros, eles não vão marrar nos toureiros, só quando estes se descuidam e passam a capa por detrás do corpo, o touro, marra no "objecto" em movimento, e por vezes apanha o corpo do toureiro. Os touros não vêm a cores, só a preto e branco, a cor vermelha é para disfarçar o sangue que lá fica agarrado. Os touros marram no que move á frente dos olhos, não para atacar, mas para se defenderem.
Os chifres, que a Natureza lhes colocou na cabeça, são para defesa.
Posso descrever com detalhes a barbaridade que vi com os meus olhos, e mais, vi tirarem ferros espetados não no "cachaço" como na gíria é conhecido, mas o verdadeiro nome é "pojadouro", que estavam "enterrados" no meio do lombo.
Eu ouvi o meu tio dizer, quando estava em grandes almoçaradas com outros toureiros, que em Espanha chegou a cortar orelhas e rabos e o animal ainda não tinha morrido, estava meio morto-meio vivo, quando eu gritei: malvado! ele tentou acalmar-me dizendo que os touros não sentiam dores, que tinham nascido para aquele fim e que por isso, não sofriam...»
***
Ocorre-me fazer quatro observações:
Primeira: o efeito nocivo destes rituais macabros nas crianças.
Segunda: o sofrimento real dos Touros. Se não sofressem, a Estela Lourenço nunca teria ouvido os berros agonizantes do animal, quando lhe retiravam, a sangue frio, os ferros enterrados no lombo, e que a perseguem até aos dias de hoje.
Terceira: uma criança pode “brincar” com os touros nas lezírias, sem que nada de mal lhe aconteça…
Quarta: E é isto que a igreja católica abençoa; e é isto que o governo português apoia com as suas leis pacóvias.
***
(Este texto assinado pela "Engrácia" foi publicado no âmbito de uma estratégia para desmascarar a prótoiro que, utilizando o nome da Ganadaria Palha, entregou-me pistas preciosas para chegar ao mundo imundo da tauromaquia)
Outro testemunho atroz:
«Que vergonha, e o pior é que é verdade.
Vinda de uma família que criou toiros até uma década atrás, posso atestar pela veracidade de tudo isto. Infelizmente na minha família quando iam os toureiros treinar os cavalos novos com os bebés, usavam detergente para lhes meter nos olhos para que a visão ficasse turva. Normalmente usavam detergente da loiça do tipo Sonasol pois criava uma pelicula como se fosse uma bola de sabão que turvava a vista ao pobre animal.
Tem sido uma luta mas felizmente vou perdendo o medo de falar. Já não me podem fazer mal e está na altura de todos saberem quem eles são realmente.
Os anos de violência a que estive sujeita num casamento preso no tempo e no que chamavam de "tradição" deixaram marcas. Agora que já passou tanto tempo estou livre para poder falar. O mundo da afición é um mundo de violência que se estende também a casa e famílias.
Tudo o que disse é verdade.
Eu fui casada durante 27 anos com um filho bastardo de uma família de ganadeiros. Era ele que tratava da ganadaria e teve sempre problemas com o álcool. Fui agredida anos a fio e a agressão não era só física. A pior era a psicológica constantemente deitando-me abaixo e rebaixando-me junto de tudo e todos. Levei muita pancada, Isabel. Muita.
Mas acompanhei sempre a vida no campo e a ganadaria embora nunca tivesse gostado de touradas. Mas sempre que queria falar o medo era sempre maior. Aguentei por causa do meu filho…
Uma das coisas que para além do que lhe contei eles faziam era antes dos treinos colocar dentes de alho no recto dos animais. Um dia antes, o que faz com que os animais fiquem num estado febril e debilitados quando saem à arena. (Maria Engrácia Facas)
***
Quando pensamos que já conhecemos todas as torturas por que passam os desventurados Touros, e quem acompanha os tauricidas, aparecem mais e mais...
Que mundo mais macabro, este, da tauromaquia!
Que monstros andam neste mundo!
Isabel A. Ferreira
«Lindo, não é?»
Isto é o que os da prótoiro tiveram a lata de colocar no Facebook, como que a troçar deste belo ser.
Lindo não é? Pois é.
Depois cortam-lhes as cordas vocais, para não relincharem a dor deles, durante a “corrida”; e depois metem-lhes uns arreios serrilhados, para os obrigar a fazer o que querem deles; e depois usam umas esporas que lhes rasgam o ventre e o fazem sangrar.
São lindos, são.
Mas são também barbaramente torturados nas arenas.
E este belo touro?
«Un toro que parece de oro».
Também lá está na página da prótouro.
Parece de ouro, o Touro, e vale ouro.
E o que fazem depois com ele?
Querem ver?
ENFORCAMENTO LENTO DE TOUROS DEPOIS DA LIDE NA ARENA
Nas touradas, quando um bovino ainda está vivo mas sem o grau de autonomia corporal desejado, ata-se-lhe uma corda e puxa-se a corda!
Num extremo o animal e no outro, longe dos olhares do público, quase sempre um tractor! Ao arrasto para fora da arena, segue-se, após longa agonia, a morte!
Vídeos – Arrasto de touros vivos em espectáculos tauromáquicos:
Portugal
México
(Não deve ser visto por pessoas sensíveis)
ESse Touro preferiu a morte imediata, do que ser torturado e morrer lentamente.
Fonte
***
GRANDES HIPÓCRITAS
GRANDES CÍNICOS
GRANDES SÁDICOS!