Sexta-feira, 25 de Janeiro de 2013

A “Bestiária“ da RTP

por Filomena Marta

 

A Rádio Televisão Portuguesa, por enquanto a televisão estatal e, portanto, de todos nós e paga por todos nós, dedicou carinhosamente tempo de antena, com direito a reportagem e tudo, à sua Montaria.

 

Não é que a RTP não nos tenha já habituado a estas coisas (infelizmente copiada por algumas televisões privadas), brindando-nos amiúde com belos espectáculos de tortura de touros, as também carinhosamente chamadas Touradas.

 

A estas chamam-lhe “espectáculo” e “arte” e “cultura”, à outra chamam-lhe “desporto”.

 

Olhem que belo “desporto”:

 

 

Uma anterior montaria da RTP

 

No meu velhinho dicionário, “desporto” significa “qualquer exercício que tem por fim o desenvolvimento físico; divertimento; desenfado; recreio”. Numa versão mais recente, a Texto Editora refere: “prática de exercícios próprios para desenvolver o vigor e a agilidade; processo de aperfeiçoamento físico e de educação do espírito; divertimento; recreação; folga; distracção”.

 

Ora como os senhores caçadores não andam propriamente a correr atrás dos pobres e incautos bichos, antes se resguardam à tocaia atirando à traição, nada aponta para o desenvolvimento do vigor e agilidade. De educação do espírito nem vale a pena falar. Resta-nos o “divertimento”, o que pode apontar para alguma preocupação quanto ao estado mental de umas criaturas que se juntam em tribo, comem um porco que compraram num supermercado, bebem uns copos, dizem umas bujardas e ficam muito contentes porque deram uns tiros contra uns quantos pobres seres vivos, que nenhum mal lhes fizeram e se limitavam a viver a sua vidinha. Depois, ficam ainda mais contentes quando colocam em fila os cadáveres de veados e javalis. Ah… mas é gente bondosa e caridosa! Porque os bichos assassinados são doados a instituições de caridade.

 

Pode ser só o meu mau-feitio, concedo, mas não consigo perceber como alguém se consegue “divertir” a matar outro ser vivo.

 

Pior ainda, não se trata de uma tribo pré-histórica que se junta antes do Inverno para caçar alimento, do qual a sua vida depende. Não se trata de um equilíbrio de forças mais ou menos adequado, porque não estamos a falar de perseguições com lanças e fundas.

 

Falamos de uns quantos burgessos de carabina ao ombro, escondidos atrás das árvores e a atirar contra animais que nem hipóteses têm de fugir, por serem alvejados à distância e à traição.

 

Eles bem podem chamar-lhe “montaria”, mas “bestiaria” é muito mais adequado, sem desprimor nem ofensa para as bestas propriamente ditas. É que, neste caso, a besta é o Homem.

 

O que me chateia um bocadito é o facto de eu (e todos nós) ter de pagar o ordenado ao “pessoal da RTP” para depois se andarem a “divertir” a matar uns bichos e, não contentes com isso, ainda me esfregarem o facto nas trombas numa bela peça de telejornal.»

 

in http://animasentiens.com/index.php?option=com_content&view=article&id=163%3Aa-bestiaria-da-rtp&catid=34%3Acronicas&Itemid=37&lang=pt

 

***

 

Excelente, Filomena Marta. Faço minhas todas as suas palavras. (Isabel A. Ferreira)

 

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 10:56

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Comentários:
De Vânia a 25 de Janeiro de 2013 às 13:24
Digo-lhe uma coisa, Isabel, não me importava nada de não ter a RTP na minha lista de canais!Por que é que sou obrigada a pagar um canal que não presta qualquer tipo de serviço público? É uma aberração o tipo (falta) de serviço que prestam.
De Isabel A. Ferreira a 25 de Janeiro de 2013 às 14:17
A RTP até pode estar na lista dos nossos canais, Vânia, porque depende de nós ver ou não ver.

O pior mesmo é OBRIGAR-NOS a pagar o tal "serviço público", que é uma aberração.

O que eu queria mesmo era que NÃO me obrigassem a pagar uma coisa que não vejo, e ainda por cima PÉSSIMA.
De Vânia a 25 de Janeiro de 2013 às 17:47
Pois, aí está! Se eu não vejo, por que é sou obrigada a pagar?É triste não ter liberdade de escolha.
De Isabel A. Ferreira a 25 de Janeiro de 2013 às 18:22
Poisa, é que somos FORÇADOS a pagar uma PORCARIA que não queremos, Vânia.
De Rafael a 25 de Janeiro de 2013 às 13:55
Boa tarde,

Antes demais a senhora que escreve este artigo de opinião, revela um completo desconhecimento do que é um processo de montaria e pelas palavras, desconhecimento do que é a caça em geral. A caça faz parte da nossa história, da nossa cultura e da nossa identidade. Resume-se a mais, aliás, muito mais do que burgessos (gostava de responder a letra mas recuso-me a baixar ao nivel da senhora autora) com uma carabina ao ombro e á classificação de desporto, classificação essa que me custa aceitar enquanto caçador.
Como diz, penso que hoje em dia muito pouca gente, no nosso pais claro, mata para comer. Como eu próprio, nao mato para comer mas como o que mato. E se para muita gente e mais facil ir a um talho e comprar carne, podendo escolher se quer vaca, porco ou aves, sem ter de enfrentar o processo para obter aquela carne (muito mais facil, menos impressionante e hipòcrita nâo é??) ja eu tambem tenho o direito de comer uma especie bravia que em condiçoes ideiais nasceu, viveu e em ultima instancia morreu livre. Será que com os produtos cárneos de compra é assim??
E depois claro, existe um apelo, algo interior, que nos impulsiona a sair para o campo, geralmente bem cedo, para caçar. E acredite senhora autora, que caçador que se prese, tambem sai muitas vezes para caçar sem espingarda, para tratar de comedouros, bebedouros e fazer «obra» e prole da caça procedendo á tão famigerada conservação, que em muitos locais, senão fossem os caçadores, já teria levado ao desaparecimento de algumas especies dos bonitos recantos do nosso país.
Ainda a convido, para sair da selva de betão, e vir passar um dia ao campo e tentar sentir algumas das coisas que lhe conto de um ponto de vista mais informado, pode ser que venha a compreender algumas coisas que a vida ainda nao lhe proporcionou. Acredite, eu faço o mesmo sempre que posso e faz de mim uma pessoa muito melhor.

Rafael M. Ribeiro, amante da natureza, estudante de medicina Veterinária e CAÇADOR!!!!
De Isabel A. Ferreira a 25 de Janeiro de 2013 às 16:16
A resposta a este comentário está no seguinte link:

http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/222448.html
De Rafael M. RIbeiro a 26 de Janeiro de 2013 às 01:07
Boa noite,
Vou (dando me ao trabalho) responder aos pontos que tambem a mim me colocou, sendo que estou um bocado em choque com a incoerencia e maneira de pensar explanada na resposta que me dirigiu, assim como a confiança que tomou da minha parte sem que eu alguma vez lha tenha dado.

Em primeiro lugar o conhecimento profundo que que refere permite me inferir sobre o nivel de conhecimento de duas pessoas nesta matéria. Da autora e o seu.

Em segundo lugar, a estratégia recorrente de juntar tauromaquia e tourada no mesmo pouso já começa a ficar cansada, e embora a campo possam andar de mãos dadas, são ramos evolutivos completamente diferentes pelo que, deixaremos para outras calendas o assunto tauromaquia porque daí a baixo eu nao caio.

Terceiro as ideias pré concebidas (o preconceito) é uma coisa feia, e a maneira como fala de caça literalmente, ou seja, do acto venatório é de quem nunca viu mas sim... imagina que seja assim. E sabe isto é muito vago para quem esta a expor uma opinião num espaço pùblico que pode ser lido por pessoas menos informadas e que tomem a sua «verdade» como a verdade.

Quarto, SIM, HISTÓRIA, CULTURA E IDENTIDADE. não se limite apenas ao seu pequeno meio e tente compreender o que é a cultura ibérica e essencialmente portuguesa. Portugal á bem pouco tempo atràs, rumou as cidades no litoral, mas antes as vivencias eram bem diferentes nos meios rurais, que pessoas como a senhora aparentam desconhecer e pelos vistos se recusam a conhecer sedeados em falsos ecologismos.

Sexto, Não, infelizmente nao como o que quero, como muita coisa que nao quero. sabe o que por exemplo? carne de vaca de animais que viveram dentro de parques de engorda, muitas vezes em condições desadequados e aos quais lhes foi tirada a vida sem , metaforica mas as vezes literalmente lhes tenha sido possivel ver a luz do sol. Conheço muuuuuuuuuuuitos... sabe que isto de ser estudante de veterinária e ser «de fora» tem muito que se lhe diga, faz nos ver muiiita coisa.

Sétimo, da minha vida sei eu. conheço médicos veterinários caçadores. Muitos. aliás se calhar a maioria das pessoas não faz a ideia da quantidade de MV que caçam. E digo-lhe conheço Grandes médicos veterinários que são grandes caçadores e grandes homens.

(Um VERDADEIRO MÉDICO VETERINÁRIO não é CAÇADOR. São duas coisas absolutamente INCOMPATÍVEIS.
É como ser MÉDICO OBSTETRA: ou bem que deixa nascer as crianças, ou bem que as mata logo à nascença.))

Por ultimo, sim dei o nome e o nome verdadeiro e nao me ia esconder em anonimato por uma unica razão, porque não tenho razão para me esconder. Sei os meus valores, sei o fundamento e a REALIDADE da actividade que pratico, que é aliás legislada, regulamentada e taxada, ou seja, perfeitamente licita e MORAL.

Leia, informe-se, vá ao campo, veja com os seus olhos, senão tiver quem o faça por si, contacte me que tenho todo o gosto em lhe mostrar algumas coisas e contribuir para que possa abrir um pouco a mente, conhcer um pouco mais a realidade e ter pelo menos um ponto de vista informado. E ISTO É A SÉRIO E NÃO CONVERSA FIADA. O tolo é tolo até aviso ter, depois é tolo quem quer.

Rafael M. Ribeiro

cumprimentos






De Isabel A. Ferreira a 28 de Janeiro de 2013 às 10:29
Vou dar-me ao trabalho de lhe responder, Rafael M. Ribeiro.

Ser estudante de veterinária e/ou veterinário é uma coisa.

Ser MÉDICO VETERINÁRIO é outra coisa. E este não é pela MORTE, MAS SIM PELA VIDA. Só em casos extremos, de grande sofrimento para o animal, ele alivia-lhe a dor, com uma injecção letal.

Tantas palavras, para nenhum conteúdo.
Tantas palavras, para nenhuns argumentos convincentes. Você não os tem, e NUNCA os terá.

Tudo o que disse, espremido dá ZERO.
Pobre animal que cair nas mãos de um veterinário.

O PRAZER DE MATAR Rafael M. Ribeiro, não é compatível com o SER HUMANO.

Apenas o animal humano predador é portador desse sentimento cavernícola.

E não sou eu que o digo. Antes de mim, mentes muito mais iluminadas e brilhantes já o disseram.

Só que uma boa parte da população planetária ainda não evoluiu.

Lamentamos muito.
De Anónimo a 25 de Janeiro de 2013 às 14:35
É de lamentar que certas pessoas que não comem um bom bife , uma costeleta de vitela ou de porco, que comem um frango , que comem peixe sejam contra as montarias os javalis fazem muitos estragos para quem nao saibam para se matar 10/15 ou 20 fogem 2 ou 3 vezes mais e no local que é realizada a montaria só é realizada uma vez por ano . As pessoas que se julgam defensores dos animais deviam olhar para o lado pois há muitos seres humanos a passar mais cuidados e necessidades e essas pessoas nem holhão para o lado . Vamos a participar nas montarias que é para comer boa carne e passar bons momentos com os amigosPARABENS RTP
De D. R. a 25 de Janeiro de 2013 às 22:11
Só por isto está mais que comprovado que se trata de gente ignorante e burgessa... HOLHAM??? pelo amor de Deus... vão aprender a escrever, antes de se envergonharem em público.. HAJA paciência, e pelo menos verifiquem a ortografia, já que na escola não aprenderam nada, deve ter sido o tempo dispendido a praticar "desporto"
De Isabel A. Ferreira a 28 de Janeiro de 2013 às 10:11
Pois ou CAÇAM ou VÃO À ESCOLA.

Optam por andar aos tiros atrás de animais inocentes, quando podiam estar a ler um bom livro para apredederem a ler e a escrever, para serem mas não!

Optam pela carnificina.
De Isabel A. Ferreira a 28 de Janeiro de 2013 às 10:04
A resposta a este comentário esstá no seguinte link:

http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/222448.html
De Isabel A. Ferreira a 28 de Janeiro de 2013 às 10:05
A resposta a este comentário está no seguinte link:

http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/222448.html
De Isabel A. Ferreira a 28 de Janeiro de 2013 às 10:06
A resposta a este comentário está no seguinte link:

http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/222448.html
De Ricardo Sousa a 25 de Janeiro de 2013 às 15:34
A ausência de de cultura e diversidade de experiências, de facto condiciona a que para sabermos o significado de algum termo, tenhamos que recorrer ao Dicionário, apenas uma de tantas fatalidades decorrentes da ignorância, que usualmente, redunda na intolerância, e na arrogância por uma superior qualidade moral inexistente.
Limitativozinho entendimento que o dito proporciona, e se aplicado à Caça, apenas “educação do espírito” se adequa, já que de facto não se trata de desporto, e por conseguinte nenhum dos significados constantes do Diccionário lhe será aplicável, qualquer Caçador sabe disso, com a diferença de que, sabe igualmente conviver com opiniões divergentes, de forma cordial e consistente, fundamentada, e através tanto da experimentação como da conclusão pelo debate, apenas uma, das tantas lições de vida que nos ensina o “ser Caçador”.
De resto, antes de Caçador, é cidadão, de pleno direito, e cumprindo com obrigações que qualquer outro que não o seja, não tem que cumprir, na práctica de uma actividade LEGAL E REGULAMENTADA, se bem que não é a isso que alude o texto deste comentário, mas que lhe confere em plena igualdade a condição de “patrão da RTP”, e portanto com tantos deveres como direitos de nela ver quaisquer programas da sua preferência como assistem a qualquer outro cidadão.
É bem elucidativa a forma completamente básica, boçal e primária, com que se desenvolve o texto, a partir do tal limitadíssimo entendimento resultante do Diccionário, o que, é desencorajador de qualquer tipo de explanação mais elaborada, pela antecipada, total incompatibilidade de nível de esclarecimento, e que, fatalmente consistiria apenas numa perda de tempo e disposição.
Compreensível, a frustração e a revolta pela falha de uma intenção como a da causa animalista, de acabar com as Touradas, ou com a Caça, e a tão reduzida adesão das pessoas a dita causa, demonstra bem a credibilidade que lhes merece, até pela qualidade dos respectivos actores, reduzindo-a à condição de marginal, já que se limita a atormentar as mentes ao colocar-lhes problemas, até porque, as soluções que preconiza vulgarmente são problemas maiores todavia que os iniciais, numa “bola de neve” destrutiva, e apenas isso.
Creio que são problemas mais de ordem patológica, resultantes de solidão, ou de frustração, os que redundam nesta postura, que propriamente o incondicional amor pelos animais, até porque isso mesmo, revela bem um elevado grau de incompatibilidade com o seu semelhante Humano, bem ilustrados na atribuição aos animais irracionais da condição de pessoa não-humana… a própria forma rebuscada do termo ilustra-o, e nem no dicionário vem.
De Isabel A. Ferreira a 25 de Janeiro de 2013 às 16:18
A resposta a este comentário está no seguinte link:

http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/222448.html
De Isabel A. Ferreira a 28 de Janeiro de 2013 às 10:07
A resposta a este comentário está no seguinte link:

http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/222448.html
De s a 25 de Janeiro de 2013 às 17:12
Estes animais nasceram, viveram no seu meio em condições naturais, morreram condignamente no seu habitate, não passaram pelo stress de andar de camião em camião a caminho de um qualquer matadouro e vão ser consumidos. Quanto a sermos criminosos, não vejo os pseudo ecologistas e amigos dos animais a fazerem nada por eles, semeadas, pontos água, melhorias dos seu habitate, sensos das populações, condições sanitárias etc, coisas que os "criminosos" fazem durante o ano, enquanto que os pseudo ecologista nem sabem do que se trata, apenas se limitam a fazer manifes no terreiro do Páço em busca de protagonismo e mediatismo assentes em ideologias e dados adquiridos , muitas vezes errados, por ser "cool", e tanto eu como tantos outros seremos talvez mais amigos dos animais que muitos dos ecologistas, e daqueles que compram o cãozinho por ser bonito e quando começa a dar trabalho abandonam....quanto a não ser tão brutal, informe-se das condições das explorações agricolas em grande escala, aviários e outras, veja como vivem os animais confinados a gaiolas, em que nem é possivel mecherem-se, são alimentados por máquinas a força, caso dos patos (produção paté figado), de forma a aumentarem o figado para porporções descomunais com vista a maior produção, etc, isto sim é brutal... "os vossos direitos acabam no momento que começam os meus..." . Eu vivo o campo, sinto o campo e respeito o campo em todos os seus momentos, não sofro do estigma das cidades apesar de viver no Porto
De Isabel A. Ferreira a 25 de Janeiro de 2013 às 18:21
A resposta a este comentário encontra-se no seguinte link:

http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/222448.html
De FRANCISCO CHARNECA a 25 de Janeiro de 2013 às 17:48
A morte de uma galinha, de um frango ou de uma vaca para o churrasco é tanto morte como a de um javali! A diferença é que este viveu em liberdade enquanto a galinha nasceu num campo de concentração e condenada à pena de morte, tal como a vaca ou o porco das salsichas ou do hamburguer dos fundamentalistas ambientais.
Enquanto o homem nascer com dentes caninos será, por NATUREZA, um animal carnívoro, a par do consumo concomitante de vegetais. Portanto a caça é algo que pertence à ECOLOGIA do Homem!
Eu não terceirizo a morte do que como para manter a "consciência" "limpa", nem elejo de uma forma nazi os "judeus" da zoologia que são criados em campos de concentração para ser mortos, e os "arianos" que têm direito à vida! Nem me provaram ainda que as plantas tenham menos direito a viver que os animais só porque não andam!
Ou seja - sou um carnívoro como os anti-caça, mas com uma atitude mais honesta, porque não me escondo da morte dos animais atrás do matadouro, fechando os olhos só porque me chega numa embalagem num supermercado!
Se me provar que uma alface tem menos direito a viver que um javali, eu deixo de caçar! Não se esqueça que para você viver muitos seres têm de morrer. Cada vez que você se coça milhares de pequenos seres da sua pele morrem! Será que são legítimas essas mortes? Porque teria menos direito a viver um ácaro da sua pele que uma galinha, uma perdiz ou um javali?
Sabe - eu sou estudante de ecologia! Não há nenhuma incompatibilidade entre a caça e a ecologia. Fundamentalismo ambientalista conservacionista, só admito a quem não coma nem vegetais - porque também são seres vivos - e com uma agravante - nem podem fugir...
geralmente não gostamos do que não compreendemos e não conhecemos. Embora a opinião pública formate o urbano contra a caça e contra qualquer tipo de tradição (objectivo político estabelecido na década de 50-60 pelos filósofos marxistas do marxismo Cultural), os caçadores tem um grande respeito pelos animais. Maior que os ditos conservacionistas. Digo-lho porque conheço os dois lados da barricada. Se você quer ver um caçador mal disposto vá a um quadro de caça e mostre desrespeito pelos animais mortos!
Sei que é complicado entender. Mas todos os ambientalistas que acompanharam uma jornada de caça mudaram de opinião a respeito desta e dos caçadores. A última vez que isso aconteceu foi em França, onde houve esse contacto que fez ver aos ambientalistas que são os caçadores os maiores conservadores de natureza que existem. Quer um exemplo - se não fossem os caçadores a alimentar (artificialmente) perdizes e coelhos os nossos campos, as populações de rapinas estariam em risco ou muitas até desaparecido, pois sem coelhos e perdizes de que se alimentariam? E sabe porquê - porque as medidas agro-AMBIENTAIS da política Agrícola Comum fizeram reduzir o espaço agrícola e portanto há menos alimentação no campo para a caça!
Sentir repulsa por matar um animal é normal, especialmente nas mulheres, até porque têm o compromisso atávico de gerar vida. Não espere nem deseje mudar, se isso não lhe for necessário, ou se não sentir esse apelo natural.
Você sente-se mais evoluída que eu porque eu caço e você não. Parabéns ... como diz o nosso povo "presunção e água benta cada um toma a que quer".
Só gostava que nos entendesse a nós caçadores como seres cuja ecologia se cumpre na total dimensão de seres omnívoros.
Há pessoas para quem a caça é feita apenas pelo prazer de matar? Há com certeza! São seres mentalmente desestruturados que por enquanto ainda se ficam pela caça. Alguns escolheram crianças de escolas... mas nenhum é na realidade um caçador; porque a caça era algo que pertencia à natureza humana como uma forma de DAR VIDA aos próprios homens que dela dependiam para sobreviver.
Ou seja - o destruidores (caçadores) estão a proteger aquilo que os protectores (Ambientalistas) estão a destruir com as suas boas intenções.
Respeito! Respeito por quem tem direito à sua natureza, para que eu possa também ter respeito para aqueles que a não querem exercer!
De Luis Maia a 25 de Janeiro de 2013 às 19:24
Sou um troglodita da idade da pedra, um covarde, um assassino, um ignóbil um ser sem escrupulos, mas sou um feliz caçador e sinto uma enorme paixão pelo campo sou feliz e .... você é feliz se sim então continue a chamar nomes aos caçadores que eu não me importo desde que lhe traga felicidade. Ha e ja agora eu compreendo a seu estado de espirito estamos em fase de lua cheia é normal lol.
De Isabel A. Ferreira a 28 de Janeiro de 2013 às 09:47
Luís Maia, é você que o diz: «sou um troglodita da idade da pedra, um covarde, um assassino, um ignóbil um ser sem escrupulos, mas sou um feliz caçador e sinto uma enorme paixão pelo campo sou feliz…»

Ou seja, é uma criatura que NÃO EVOLUIU.

Adiante.

Eu não “chamo nomes” aos caçadores, apenas limito-me a dizer o que eles são. Já desde o século XVII que outros, mais iluminados do que eu, o disseram. Portanto, qual a novidade?

Pois, estou a ver... Compreende o meu estado de espírito?

Ora vejamos: eu não sou nem a sua mulher, nem a sua mãe, nem as suas filhas, nem as suas avós, nem as suas amantes… CERTO?

NUNCA meça o estado de espírito de uma mulher que não conhece, pelo estado de espírito das mulheres da sua vida. Entendeu? É um ERRO CRASSO.
De Nuno a 25 de Janeiro de 2013 às 21:12
Amiga, para si,duas palavras: urbano-depressiva!
Domingo vou apanhar uns tordos para o petisco, que a comida de supermercado tem "castrol"!
Passe bem e continue a divertir-nos com os seus pensamentos...
De Isabel A. Ferreira a 28 de Janeiro de 2013 às 10:03
Nuno:
Primeiro, não lhe dei a confiança para me chamar “amiga”. Para se ser meu amigo é preciso seguir a ética, a moral, e ser evoluído. Tenho muitos amigos analfabetos.

Digo a si, o que já disse a um outro caçador: se a sua mulher, a sua mãe, as suas filhas, as suas avós e as suas amantes, são urbano-depressivas, não meça as restantes mulheres por elas. Pode dar-se mal.

Pois coma os tordos. Um dia será comido por vermes. Já estará morto, mas isso que interessa?
Será comido como comeu.

E continuem a divertir-se com o que chamam os “meus pensamentos”, que não passam da constatação de factos, que os iluminados de séculos passados já observaram.

Outra coisa, tem a opção de EVOLUIR. Se não quer, isso diz tudo do seu carácter de caçador: ficou parado no tempo.

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Em defesa da Língua Portuguesa, a autora deste Blogue não adopta o Acordo Ortográfico de 1990, nem publica textos acordizados, devido a este ser ilegal e inconstitucional, linguisticamente inconsistente, estruturalmente incongruente, para além de, comprovadamente, ser causa de uma crescente e perniciosa iliteracia em publicações oficiais e privadas, nas escolas, nos órgãos de comunicação social, na população em geral, e por estar a criar uma geração de analfabetos escolarizados e funcionais. Caso os textos a publicar estejam escritos em Português híbrido, «O Lugar da Língua Portuguesa» acciona a correcção automática.

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