Na palavra pré-1945, chronographo, que pós-1945 se grafa cronógrafo (pessoa que escreve crónicas) o que mudou? Mudou apenas a grafia, com a supressão do H (que não fez falta alguma) a substituição do PH pelo F (som e letra existente no alafabeto português) e a acentuação da sílaba tónica, sem, contudo, modificar a pronúncia e o significado da palavra.
Na palavra coacção (acção ou resultado de coagir) que os brasileiros e agora os portugueses seguidistas, ou seja, aqueles que seguem ou são defensores incondicionais de uma ideia ou teoria, sem nunca se questionarem ou fazerem juízos de valor, escrevem “coação”, o que mudou?
Mudou tudo: a grafia, a pronúncia e o significado.
Grafia: eliminou-se o Cê que, embora não se pronuncie, tem uma função diacrítica, ou seja, tem a função de um sinal gráfico (acentos, til, cedilha).
Pronúncia: neste caso o Cê, que não se pronuncia, tem a função de um acento agudo, e abre o A “cuáção”. Ora, se lhe retiramos o Cê, a palavra “coação” passa a ler-se “cuâção”, se quisermos ser gramaticalmente honestos.
Significado: logo, a supressão do Cê leva-nos para a palavra coação (cuâção) que significa acção ou resultado de coar, de filtrar um líquido ou um qualquer preparado, um qualquer produto obtido de uma manipulação química ou farmacêutica, ou mesmo uma filtragem linguística.
Exemplo: «Malaca Casteleiro, andou a fazer uma coação à Língua Portuguesa, e impingiu aos Portugueses o resultado dessa coação, ou seja, palavras coadas, numa grafia despida de sentido real e de estética (porque as palavras não são apenas som, são também imagem), deixando no coador as consoantes, que até podem não ser pronunciadas, mas não são mudas, porque falam da Morfologia das Palavras, ou seja, da parte da Gramática que trata da forma e dos processos de formação das palavras.»
E esta coação, este acto de coar as palavras do léxico português, é algo que me intriga no Malaca Casteleiro. E das duas uma: ou ele, apesar de se dizer linguista, não é linguista (teria tirado o curso à Relvas?), ou andou mel a pingar no charco…
Isabel A. Ferreira
O mês de Maio, o mês das Rosas e do renascer da Natureza, em Portugal, mancha-se com um comportamento imbecil, praticado por quem se diz “estudante do ensino superior” e demonstra instintos dos mais básicos, agravados por uma ignorância atascada, que envergonha os verdadeiros estudantes e a Universidade de Coimbra - a ÚNICA NO MUNDO que apoia a tortura de jovens e inocentes bovinos, que sofrem a dor física e psicológica tal como nós.
Em nenhuma Universidade Europeia e do mundo, os estudantes, que têm o privilégio de entrar para o Ensino Superior, o qual, em princípio, serve para formar intelectualmente os que hão-de fazer EVOLUIR os países, se vêem estas iniciativas, que apenas dizem da inferioridade intelectual dos que nelas participam.
É a nódoa negra do Ensino Superior em Portugal, que em nada dignifica o país, e a classe estudantil.
E o que fazem os Reitores e os Dux Veteranorum, expoentes máximos da Academia, para travarem esta onda de estupidez universitária?
APOIAM ESTA ESTUPIDEZ.
E quem apoia a estupidez como se designará?
E eis o que temos no mês de Maio, o mês das Rosas e do renascer da Natureza:
Um bando de ignorantes, já bem bebidos (o que é outra demonstração da inferioridade intelectual desses interventores), vai para uma arena, onde garraios, ou seja, touros de 2 e 3 anos, são cobardemente torturados psicológica e fisicamente, num jogo parvo, cruel e inútil, para o qual não estão preparados: puxam-lhes o rabo, obrigam-nos a andar à roda, molestando-os sem dó nem piedade. Parvamente.
Por vezes chegam a provocar-lhes a morte, como já aconteceu na arena da Póvoa de Varzim, (a cidade mais carniceira do Norte do País).
Ainda que a “garraiada” seja uma variante “light” da tourada, os tormentos pelos quais passam os pequenos bovinos, ainda inexperientes, provocam-lhes fracturas várias, lesões internas, e ataques de ansiedade, bastante nocivos ao bem-estar deles.
Tudo isto é de uma cobardia e de uma falta de inteligência atroz.
Os “estudantes” que participam nesta estupidez académica deviam ser expulsos do Ensino Superior por não reunirem as faculdades mentais saudáveis requeridas para poderem frequentar tal Ensino, tais como espírito crítico, lucidez, consciência e posições esclarecidas, condizentes com o desenvolvimento científico e a evolução das mentalidades, para uma formação superior e capaz de fazer EVOLUIR um país.
É por estas e por outras que temos o País que temos: um pequeno paraíso terrestre cheio de gente inculta nos lugares-chave da governação.
Concluindo: se as garraiadas ainda persistem por ignorância dos “estudantes” que as incluem nos seus programas “académicos”, aqui deixamos este registo, para que saiam dessa ignorância e possam EVOLUIR.
Se persistirem na ignorância, melhor será desistirem de querer ser “doutores” porque simplesmente nunca passarão de parvos.
Nota marginal:
E para os que criticam a minha linguagem, aqui deixo uma nota marginal: eu não estou a dissertar sobre POESIA.
Estou a discorrer sobre GARRAIADAS, uma prática parva, cruel e inútil, por isso, as palavras têm de ser adequadas às circunstâncias.
Isabel A. Ferreira
Tanta informação à disposição e ainda andam com isto?
Ainda não aprenderam que as garraiadas são uma actividade cruel e medievalesca?
Coimbra dos Estudantes, dirijo-me a vós como estudante de Coimbra (não digo ex, porque quem foi estudante na Universidade de Coimbra jamais o deixará de ser), para vos dizer do vosso atraso mental (***) e civilizacional.
A verdadeira IDENTIDADE de uma Universidade não está num costume medievalesco, troglodita, parolo, bronco, grosseiro, assente na mais monumental ignorância e estupidez.
As garraiadas não são actividades dignas de estudantes universitários, mas de broncos.
A verdadeira IDENTIDADE de uma Universidade está no Saber e na Cultura Culta que a classe estudantil possa irradiar.
Ponham os olhos na Universidade do Porto, que já foi troglodita, mas recuperou a sua verdadeira Identidade e, acima de tudo, a sua DIGNIDADE.
Só esta coisa de referendar a tortura de jovens bovinos, para divertir um grupelho de idiotas, que desconhece o valor da Vida, da Dignidade, da Identidade, da Cultura Culta já demonstra um atraso mental considerável.
Mas ainda vão a tempo de evoluir.
Mostrem ser HOMENS e não uns cobardolas, que atormentam um ser vivo ainda bebé e indefeso, retirado do seu habitat natural, apenas para que um bando de alcoolizados se masturbem, mostrando toda a sua invirilidade e mentalidade medievalesca.
(***) Um atrasado mental é aquele que não evoluiu mentalmente, e nada tem a ver com “deficiente mental”, que é muito mais evoluído do que o atrasado mental.
Isabel A. Ferreira