Será preciso morrerem mais forcados para que os da Moita aprendam que a violência, além de gerar violência, não compensa?
A tauromaquia é a celebração da morte.
Na Moita é assim: violência, crueza, imbecilidade, desumanidade, trevas, álcool, estupidez…
Ultimamente a Lei do Retorno tem funcionado em pleno: os Touros morrem, mas não partem sem deixar mossa.
Desta vez foi um forcado que ficou ferido enquanto torturava um Touro moribundo, na Moita.
Mais um. Antes deste, outro morreu, e dizem que para festejarem a morte deste, vão oferecer-lhe mais violência e crueldade. Mais selvajaria. Talvez mais mortos e feridos. Na Moita celebra-se a morte com violência e crueldade.
Porque nestes festejos selváticos da Moita o que unicamente interessa é encher os bolsos aos empresários tauricidas.
O forcado Salvador Pinto Coelho, que foi pai pela primeira vez dias antes deste “festejo” selvático, foi colhido por um Touro que se defendia corajosamente do seu carrasco (= pessoa que executa castigos corporais (nos Touros), pessoa cruel).
Valente? O forcado? Nãooooooo! O forcado é o maior dos cobardes.
Até quando os empresários tauromáquicos vão enganar estes jovens, com a falácia da “valentia”, quando todos sabemos que um forcado é o maior dos cobardes quando entra na arena para atacar um touro moribundo, enfraquecido, ferido, a sangrar, cravado de bandarilhas, desfeito por dentro e por fora?
O que interessa a estes empresários é que possam continuar a viver à tripa forra, à custa dos nossos impostos e da ignorância do povo. E os forcados que se lixem!
E querem saber mais?
Um dos forcados, que morreram recentemente, era Pedro Primo, que fazia a última pega quando morreu, vivia num quarto alugado em casa de amigos e não tinha ligações à família. Dizem que teve uma infância difícil, trabalhava no campo para um empresário tauromáquico, de nome Inácio Ramos Jr., e andava nos forcados há 10 anos, ou seja, desde a menoridade… Segundo uma senhora, que se me apresentou como sendo mãe deste forcado, Pedro Primo não queria ir para a arena, naquele dia, mas “foi obrigado”.
Quem o obrigou? Quem o atirou para a morte? Esses, os que o obrigaram a atirar-se para a morte, são os que se regozijam com a morte destes infelizes, tanto quanto se regozijam com a morte dos Touros, pois se são eles que os atiçam, dizendo-lhes que são valentes e os lançam para as arenas!!!
E pensar que todas estas tragédias levam o carimbo do governo português!!!!!
Isabel A. Ferreira
A propósito da morte recente de dois forcados ao serviço do lobby tauromáquico, que os força e condena a esta má sorte.
«Se Portugal, tivesse políticos daqueles que olham a política como uma actividade nobre o que quer dizer, governarem pelo bem público o que muitas vezes é verdade, exige coragem e determinação, mortes destas não aconteciam pela simples razão da barbárie de torturar animais, estar erradicada do país. Claro, é preciso coragem e compaixão, Passos Manuel há mais de cem anos, teve-as. Actualmente, pelo contrário, 200.000.00 euros, dinheiro dos contribuintes, vai para alimentar esta prática execrável que um povo evoluído se indignaria com tal facto.
Mas Portugal, não é um país confiável em termos de uma sociedade moderna, evoluída e humana.
País de brandos costumes, estamos conversados, é um conceito do Salazarismo que bem sabemos no que deu. Dá para perguntar, como seria Portugal, numa situação limite?! Os políticos, já que não são sensíveis ao sofrimento dos animais não humanos, ao menos que, pensem sobre estas mortes dos da sua espécie e ajam em conformidade.»
(José Costa)
Um dos forcados, Pedro Primo, que fazia a última pega quando morreu, vivia num quarto alugado em casa de amigos e não tinha ligações à família. Dizem que teve uma infância difícil, trabalhava no campo para um empresário tauromáquico, de nome Inácio Ramos Jr., e andava nos forcados há 10 anos, ou seja, desde a menoridade… Segundo uma senhora, que se me apresentou como mãe deste forcado, Pedro Primo não queria ir para a arena, neste dia, mas “foi obrigado”.
Quem o obrigou? Quem o atirou para a morte? Esses sim, são os que se regozijam com a morte destes infelizes, tanto quanto se regozijam com a morte dos Touros. O que lhes interessa é que possam continuar a viver à tripa forra, à custa dos nossos impostos e da ignorância do povo.
(Isabel A. Ferreira)