HOJE EM TORDESILHAS TROCOU-SE O “TORO DE LA VEGA” PELO “TORO DE LA PEÑA”
Para festejar Nossa Senhora da Penha…
A crueldade é como uma segunda pele. Quem nasce com ela, morrerá com ela, a menos que seja despelado em vida.
Em Tordesilhas, infelizmente, os que nasceram perversos, ainda não foram despelados...
Pelado – o Touro (na imagem) que esta manhã, em Tordesilhas, foi perseguido pelas ruas, durante hora e meia, por uma multidão de doidos, ficou exausto e foi abatido por um dardo sedante e permanece encerrado numa gaiola, até que seja conduzido ao matadouro.
Por uma iniciativa da CapitalAnimal e o Hogar Pro Vengan foi proposto ao alcaide de Tordesilhas que em vez de se matar o touro, que este seja enviado para um santuário.
Assinem a petição, por favor:
Mensagem de Aïda Gascón Bosch Directora en España | AnimaNaturalis Internacional www.AnimaNaturalis.org
«Tordesilhas converteu-se numa dessas palavras carregadas de violência, agressão e crueldade. Ao escutá-la, vemos os rostos alienados de aficionados transportando longas lanças e ideias curtas.
Encontramos o olhar dos Touros Rompesuelas, Volante e Afligido.
Temos estado do lado da compaixão contra a ignorância, do amor contra as “tradições” mais desprezíveis.
Temos lutado juntos nesta batalha de Tordesilhas.
Desde os que enchemos autocarros, para mostrar que somos milhares, aos que povoam as redes sociais, aos que pressionam os políticos e aqueles que põem em causa a sua integridade física.
Ganhamos esta batalha. Já não se perfuram os Touros com lanças… mas somos testemunhas do que hoje sofreu o Touro Pelado.
Damo-nos conta de que a violência ainda não terminou.
Tordesilhas continua a ser a capital do ódio contra os animais.
Ganhámos a batalha de Tordesilhas, mas a luta pelo bem-estar animal não está terminada.
Ainda temos centenas de largadas de touros, touros embolados, Medinacelli, encierros (confinamentos), San Isidro, corridas de touros, Pamplona, bezerradas, todos ao mar, amarrados, e um extenso etc.
A AnimaNaturalis festeja cada êxito, mas antes que os copos repousem na mesa, já estamos a pensar no passo seguinte… na batalha seguinte.
Ajuda-nos a ganhar mais batalhas. Sê parte da nossa luta contra tantos abusos. Assina a nossa campanha contra as corridas de touros em Pamplona, para pôr fim aos correbous (os touros de fogo), para abolir a tauromaquia nas Ilhas Baleares, para continuar o nosso trabalho dia e noite, para que possamos mudar o mundo para os animais.
Caminhemos unidos até à vitória seguinte!»
Aïda Gascón Bosch Directora en España | AnimaNaturalis Internacional www.AnimaNaturalis.org
A propósito deste artigo publicado no Jornal Público
https://www.publico.pt/temas/jornal/ser-forcado-e-ser-forcado-27040004
a louvar a actuação dos forcados nas touradas, o Médico-Veterinário Dr. Vasco Reis *** (atenção que não é um veterinário com diploma tirado aos fins-de-semana!) escreveu este texto que diz tudo da cobardia extrema, destes que são os maiores carrascos dos Touros
Urge derrubar os falsos mitos
Oito matulões atacam um ser senciente e indefeso, esgotado, ferido, sangrado por arpões espetados por “cavaleiros”; oito matulões atacam um Touro moribundo. Será isto valentia ou uma descomunal cobardia? Isto é quase como bater num morto.
«Excelências do PÚBLICO!,
Acrescento que a intervenção dos forcados deve ser completamente desaprovada por se tratar de maltrato animal/ violência exercida sobre bovinos inocentes, os quais como "preparação" para a pega, acabaram de ser ludibriados, esgotados, feridos, sangrados por arpões espetados por cavaleiros tauromáquicos, subjugando e obrigando as suas montadas a transportá-los para os ataques contra o touro, com a finalidade de o enfraquecer extremamente, facilitando assim a pega.
Este touro pegado pelos forcados, tinha sido recentemente arrancado ao campo, violentamente empurrado e impulsionado por aguilhão eléctrico, metido e apertado em espaços exíguos, transportado em pânico, claustrofobia, luta, suportando maus tratos, privações, corte da extremidade dos cornos (de tal maneira stressante e doloroso, que alguns morrem durante essa intervenção), confinado suportando durante horas, altas temperaturas sob o sol do Verão, o que o desidrata, aflige e enfraquece.
Depois da lide e da pega, o touro é imobilizado com cordas à volta dos cornos, para que as bandarilhas lhe sejam arrancadas violentamente com ajuda de cortes sem qualquer anestesia.
A seguir são impelidos com aguilhão eléctrico, ao que reagem com os berros que se escutam ao longo deste cruel espectáculo.
Até que o abate violento o liberte do esgotamento, da intoxicação metabólica, da desidratação, do sofrimento físico e anímico, das dores e da febre, ainda terá de suportar durante uns dias alguns maus tratos, transportes, contenção.
Por estas e por outras, considero vergonhosa para o PÚBLICO a apresentação da condição de forcado como algo de admirável.
O artigo desperta, certamente, comentários falaciosos e disparatados sobre o diminuto ou ausente sofrimento de touros e cavalos, mais ou menos baseados em estudos pseudo científicos, mas que servem para " branquear" a tortura.
Das duas, uma: ou se trata de ignorância, ou de mentira consciente.
Considero que, através deste artigo, o "Público" prestou um mau serviço à informação e marcou muitos pontos negativos.
Com os melhores cumprimentos
Vasco Reis, Aljezur»
Texto publicado em 9/9/2016, aqui:
https://www.facebook.com/vmmreis?fref=ts
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(***) O Dr. Vasco Reis estudou Medicina Veterinária em Tierärztliche Hochschule Hannover e na Escola Superior de Medicina Veterinária de Lisboa
Como Médico Veterinário trabalhou na Suiça, Alemanha e Poretugal
Como Médico Veterinário, que se preza de o ser, o Dr. Vasco Reis é Pelo direito à Vida de Todos os Animais.
Assunção Cristas não quis o nome do partido associado à corrida de touros da Juventude Popular, mas direcção apoia a sua realização.
Texto de Maria Da Conceição Valdágua
«Volto a partilhar e a pedir a todos os cidadãos com sentido cívico e capazes de sentimentos de compaixão pelo sofrimento dos outros ("outros" sem distinção de espécie, porque o sofrimento é igual, independentemente da vítima que o sente) que divulguem a notícia infra, para que todos saibam que o CDS/PP, além de apoiar as touradas (o que já é condenável), ele mesmo participa aberta e directamente nelas realizando-as, manifestando, desse modo, a falta de ética (que não é aplicável apenas aos humanos) e o seu enorme atraso cultural.
É importantíssimo termos consciência de que não se trata apenas da posição de alguns deputados do CDS/PP a favor das touradas, porque isso também se verifica noutros partidos. Do que se trata é da posição do CDS/PP como um todo ao realizar a tourada como uma "festa" do partido. Isso, felizmente, nenhum outro partido teve o desplante de fazer.
Dirijo-me hoje, muito especialmente, aos cidadãos de Lisboa, porque a dirigente do CDS/PP, Assunção Cristas, anunciou ontem a sua candidatura à Câmara Municipal de Lisboa. Se esta Câmara cair nas mãos do CDS/PP isso significará, seguramente, um forte aumento das políticas contra o bem-estar animal, mormente das touradas, que eles mesmos promovem e realizam, e um grande retrocesso relativamente a tudo o que nos últimos anos se conseguiu em favor dos animais.»
Vamos enviar esta mensagem para a senhora deputada?
http://www.parlamento.pt/DeputadoGP/Paginas/EmailDeputado.aspx?BID=4057
Maria Da Conceição Valdágua
Fonte: