Boas notícias!
Foi assim em 2014. Diminui a 'afición', aumenta a vontade de evolução.
Fonte:
«Um extraordinário “retrato” do Gato, um ser mágico, magnífico, sedutor, misterioso, um ser quase divino, quase humano…»
Quem não se relaciona bem com o próprio inconsciente não gosta do Gato. Ele aparece, então, como ameaça, porque representa essa relação precária do homem com o (próprio) mistério.
O Gato não se relaciona com a aparência do homem. Ele vê além, por dentro e pelo avesso. Relaciona-se com a essência. Se o gesto de carinho é medroso ou substitui inaceitáveis (mas existentes) impulsos secretos de agressão, o Gato sabe. E defende-se do afago.
A relação dele é com o que está oculto, guardado, e nem nós queremos, sabemos ou podemos ver. Por isso, quando surge nele um acto de entrega, de subida no colo ou manifestação de afecto, é algo muito verdadeiro, que não pode ser desdenhado. É um gesto de confiança que honra quem o recebe, pois significa um julgamento.
O homem não sabe ver o Gato, mas o Gato sabe ver o homem. Se há desarmonia real ou latente, o gato sente. Se há solidão, ele sabe e atenua como pode, ele que enfrenta a própria solidão de maneira muito mais valente do que nós. Nada diz, não reclama. Afasta-se.
Quem não o sabe "ler" pensa que "ele" não está ali. Presente ou ausente, ele ensina e manifesta algo. Perto ou longe, olhando ou fingindo não ver, ele comunica códigos que nem sempre (ou quase nunca) sabemos traduzir.
O Gato vê mais e vê dentro e além de nós. Relaciona-se com fluídos, auras, fantasmas amigos e opressores. O Gato é médium, bruxo, alquimista e parapsicólogo. É uma oportunidade de meditação permanente ao nosso lado, a ensinar paciência, atenção, silêncio e mistério.
O Gato é um monge silencioso, meditativo e sábio, a devolver-nos as perguntas medrosas esperando que encontremos o caminho na sua busca, em vez de o querer preparado, já conhecido e trilhado.
O Gato sempre responde com uma nova questão, remetendo-nos à pesquisa permanente do real, à busca incessante, à certeza de que cada segundo contém a possibilidade de criatividade e de novas inter-relações, infinitas, entre as coisas.
O Gato é uma lição diária de afecto verdadeiro e fiel. As suas manifestações são íntimas e profundas. Exigem recolhimento, entrega, atenção. Os desatentos não agradam aos Gatos. Os conflituosos irritam-nos. Tudo o que precise de promoção ou explicação quer afirmação. Vive do verdadeiro e não se ilude com aparências.
Ninguém em toda a Natureza aprendeu a bastar-se (até na higiene) a si mesmo como o Gato! Lição de sono e de musculação, o Gato ensina-nos todas as posições de respiração ioga. Ensina a dormir com entrega total e diluição recuperante no Cosmos. Ensina a espreguiçar-se com a massagem mais completa em todos os músculos, preparando-os para a acção imediata. Se os preparadores físicos aprendessem o aquecimento do Gato, os jogadores reservas não levariam tanto tempo (quase 15 minutos) aquecendo-se para entrar em campo.
O Gato sai do sono para o máximo de acção, tensão e elasticidade num segundo. Conhece o desempenho preciso e milimétrico de cada parte do seu corpo, a qual ama e preserva como a um templo. Lição de saúde sexual e sensualidade. Lição de envolvimento amoroso com dedicação integral de vários dias. Lição de organização familiar e de definição de espaço próprio e território pessoal. Lição de anatomia, equilíbrio, desempenho muscular. Lição de salto. Lição de silêncio. Lição de descanso. Lição de introversão. Lição de contacto com o mistério, com o escuro, com a sombra. Lição de religiosidade sem ícones. Lição de alimentação e requinte. Lição de bom gosto e senso de oportunidade. Lição de vida, enfim, a mais completa, diária, silenciosa, educada, sem cobranças, sem veemências, sem exigências.
O Gato é uma oportunidade de interiorização e sabedoria, posta pelo mistério à disposição do homem. O Gato é um animal que tem muito quartzo na glândula pineal, é portanto um transmutador de energia e um animal útil para cura, pois capta a energia ruim do ambiente e transforma em energia boa – normalmente onde o Gato se deita com frequência, significa que não tem boa energia – caso o animal comece a deitar-se em alguma parte de nosso corpo de forma insistente, é sinal de que aquele órgão ou membro está doente ou prestes a adoecer, pois o Gato já percebeu a má energia no referido órgão e então ele escolhe deitar-se nessa parte do corpo para limpar essa energia que ali existe.
Observe-se que do mesmo jeito que o Gato se deita em determinado lugar, ele sai de repente, poi ele sente que já limpou a energia do local e não precisa mais dele. O amor do Gato pelo dono é de desapego, pois enquanto precisa ele está por perto, quando não, ele afasta-se.
No Egipto dos faraós, o Gato era adorado na figura da deusa Bastet, representada comumente com corpo de mulher e cabeça de gata. Esta bela deusa era o símbolo da luz, do calor e da energia. Era também o símbolo da Lua, e acreditava-se que tinha o poder de fertilizar a terra e os homens, curar doenças e conduzir as almas dos mortos. Nesta época, os gatos eram considerados guardiões do outro mundo, e eram comuns em muitos amuletos.
"O gato imortal existe, em algum mundo intermediário entre a vida e a morte, observando e esperando, passivo até ao momento em que o espírito humano se torna livre. Então, e somente então, ele irá liderar a alma até ao seu repouso final."
(Fonte: The Mythology of Cats, Gerald & Loretta Hausman)
Uipa Sp
Irresponsável a pretensão de alguns deputados de legalizar a sorte de varas nos Açores
Para o Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia nos Açores (MCATA) constitui uma surpreendente irresponsabilidade política a pretensão de alguns deputados da ilha Terceira ao pretenderem trazer, uma vez mais, para o debate parlamentar regional a legalização da sorte de varas (dissimulada ou não na actualização do regulamento tauromáquico), que consiste numa sangrenta prática de tortura animal proibida em todo o território português e já rejeitada nos Açores.
Num momento de graves constrangimentos económicos para a ilha Terceira, como consequência dos despedimentos da base das Lajes, que vêm somar-se aos já suficientemente graves efeitos do empobrecimento generalizado da sociedade portuguesa dos últimos anos, parece que para estes deputados a prioridade resume-se na legalização de uma nova forma de torturar os animais, apenas para satisfação de ideias retrógradas duma pequena minoria de terceirenses que envergonha o conjunto dos cidadãos açorianos.
É surpreendente também que num momento de grave crise económica para a Terceira, estes deputados nada tenham a propor para além da promoção duma actividade esbanjadora de dinheiros públicos como são as touradas. O governo regional e autarquias esbanjam cada ano nesta prática perto de 580 mil euros de dinheiros públicos, que saem do bolso de todos os contribuintes açorianos, através de apoios e subsídios directos ou indirectos à tauromaquia.
Assim, num momento em que se pede para a ilha Terceira a solidariedade de todos os açorianos e de todas as ilhas, todas elas com os seus próprios problemas sociais e económicos, e em que o governo regional pretende canalizar importantes quantidades de dinheiro para a revitalização económica da Terceira, a atitude dos mencionados deputados só pode ser considerada leviana na medida em que a introdução da sorte de varas, uma prática anacrónica rejeitada pela maioria dos açorianos e condenada em quase todo o mundo, para além de incrementar o esbanjamento de dinheiros públicos só poderá contribuir para a má imagem da região junto dos potenciais visitantes.
Num momento que em Portugal já é considerado delito, condenado penalmente, torturar animais (infelizmente com uma absurda excepção para os touros), num momento em que a prática da tauromaquia é abolida em todo o mundo civilizado, estes deputados da Terceira, em pleno século XXI, só pensam legalizar uma prática que leva a um maior derramamento de sangue e que eleva a tortura infligida a uns animais inocentes. Levados pela sua irresponsabilidade, o seu único interesse parece ser denegrir a imagem dos Açores como destino turístico e envergonhar e denegrir todos os açorianos como seres civilizados.
A região não é pertença de um pequeno grupo de interessados economicamente nesta prática, e por isso, é um assunto que diz respeito a todos açorianos que insistem em não querer os Açores salpicados de sangue.
Comunicado do
Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia nos Açores (MCATA)
29/01/2015
Fonte:
http://iniciativa-de-cidadaos.blogspot.pt/2015/01/comunicado-mcata-irresponsavel.html
Nos Açores em vez de discutirem EVOLUÇÃO discutem o modo mais baixo de atirarem o nome do arquipélago para o lixo.
Como disseram?
Um grupo de deputados (?) no parlamento açoriano está a tentar fazer aprovar pela terceira vez uma lei que legalize uma prática primitiva e selvagem denominada sorte de varas ou corrida picada, nos Açores?
Saberão o que é a sorte de varas, esses, que se dizem “deputados”, os quais, se o fossem, deveriam zelar pelo bom nome dos Açores e o que fazem é atirá-lo à lama?
Se não sabem aqui deixo a informação. E se depois disto ainda insistirem nesta anormalidade… melhor será demitirem-se, porque não têm capacidade de cumprirem a missão para a qual foram eleitos.
« (Informação do médico veterinário José Enrique Zaldivar Laguia , clínico e presidente da AVATMA. Tradução do médico veterinário Vasco Reis).
Durante a tourada, e durante um período de aproximadamente 15 minutos, o touro é submetido à sorte de varas.
Assim que ele entra na arena é atraído através de uma série de passes com a capa e é submetido à sorte de varas - o "acto” da lança.
Nesta parte, o picador (lanceiro) utiliza a ponta da lança, “puya”, garrocha, que é um instrumento pontiagudo com cerca de 9 centímetros de comprimento, dividido em duas secções: uma ponta em forma de cone de cerca 3 centímetros e uma outra de aço em forma de corda de cerca de 6 centímetros de comprimento. Este instrumento destina-se a ferir certos músculos e ligamentos do cachaço, parte superior do pescoço do touro. O objectivo deste acto é facilitar o trabalho do toureiro pois, uma vez que estas estruturas anatómicas foram feridas, o touro não vai ser capaz de levantar a cabeça.
“Infelizmente” não é só isso que acontece. É sabido que 90 % das estocadas com a lança são feitas muito mais para trás, onde as vértebras estão muito menos protegidos. Além disso, como resultado de golpes ilegais (proibidos) dos picadores, tais como “furar” (torcendo a lança no pescoço do touro como um saca-rolhas) ou o "entra e sai" (aprofundar e aflorar a lança várias vezes sem a retirar, de modo a que uma lança tem o mesmo efeito como tendo sido utilizada várias vezes, o que impede o touro de fugir quando sente a dor), as feridas são muitas vezes terríveis.
A hemorragia causada por estes métodos faz com que a perda de sangue possa ser de até 18% , enquanto a (entre aspas irónicas) quantidade "desejável" é de 10% . Devido a esses movimentos, uma lança pode produzir feridas com mais de 20 cm de profundidade, e entrar no corpo em até cinco sentidos diferentes, ferindo muitas estruturas, inclusive, quebrando estruturas ósseas.
Os taurófilos (taurinos) argumentam, que o uso da “puya” serve para "aliviar" o touro da sua bravura e excitação na lide. No entanto, o que acontece com a tortura da “puya” não é um descongestionamento simples, porque o touro assim perde até 10 litros de sangue, visto que ao se aprofundar e aflorar sucessivamente a “puya”, se chega a provocar uma ferida muito profunda. Outra estatística é, que apenas 4,7% do cravar da “puya” conseguiu cortar os músculos do pescoço e deixar o resto da anatomia local intacta.
O que geralmente se corta com má pontaria da “puya”, são músculos dos membros anteriores e do tronco. Por isso tropeçam e caem touros.
Dados: o touro tem cerca de 36 litros de sangue. Com a sorte de varas o animal perde cerca de um terço do sangue, sua força vital.
São manobras ilegais do picador (o cravar e tirar, a acção de saca-rolhas e a de perfuração), que fazem a puya penetrar mais do que esses 7,6-8,9 cm, sendo que em 70% dos casos, as lanças são cravadas por detrás do andiron e da cruz, e aí sendo menos protegidas pelos grandes músculos do pescoço, podem atingir e ferir estruturas ósseas.»
Fonte:
http://terralivreacores.blogspot.pt/2013/11/o-que-e-sorte-de-varas.html
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«Por constituir um notório atentado à integridade física dos animais e uma atitude que indica um retrocesso civilizacional nestas paragens, não nos parecendo reunir o consenso de todos os açorianos, repudiamos esta postura dos senhores deputados e apelamos a todos que juntem as suas vozes à nossa».
Fonte:
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10205045571932536&set=gm.1439257626364698&type=1&theater
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O meu repúdio é total e absoluto.
E estes são os adjectivos que isto merece:
Primitivismo, imbecilidade, ignorância, crueldade, idiotismo, violência, tortura e um descomunal atraso civilizacional.
Isto só prova que os humanóides ainda não se extinguiram da face da Terra.
Nunca na história da humanidade se havia premeditado um assassínio em massa, de proporções tão descomunais, tão cruéis, apenas porque se era judeu, ou cigano, ou deficiente, ou homossexual, ou velho, ou criança, simplesmente porque sim…
Foi o tempo em que psicopatas detiveram o poder, um poder letal, absoluto, demente…
Não, não estávamos no tempo dos homens rudes e inscientes, que faziam da guerra e dos massacres de povos um modo de sobrevivência…
Estávamos em pleno século XX, da era dita cristã…
Num tempo em que a Europa ainda se refazia da loucura que também foi a Primeira Guerra Mundial, a qual devastou povos e cidades, matando milhões de seres humanos, numa onda gigantesca de simples malfazer (1914-1918).
E os que se consideravam “homens” nada aprenderam com essa primeira experiência global da loucura.
Ainda mal refeita dessa onda destruidora, a Europa viu-se novamente envolvida pela alucinação de um louco bem-falante que conseguiu alienar milhares de outros loucos num outro conflito militar global que durou de 1939 a 1945.
Isto é o que se chama "matar com requintes de malvadez…"
Auschwitz foi o “rosto” mais cruel do genocídio gerado por um dos maiores monstros da História do Homem: Adolf Hitler, que, para bem da Humanidade, não deixou descendência, de outro modo, ter-se-iam suicidado, por não aguentarem o peso de um nome tão ignominioso.
Auschwitz representa o que de mais primitivo e cruel se esconde na mente dita “humana”.
Ali foram cometidos os piores e mais irracionais e requintados crimes contra a humanidade, nos quais, se não existissem filmes e fotografias e testemunhos (ainda) vivos, nenhum ser racional jamais poderia acreditar.
Por isso, o mundo nunca poderá esquecer Auschwitz.
Por isso, devia ser obrigatório ler todos os livros escritos sobre esta inominável loucura. Devemos isso aos sobreviventes. Aos que pereceram. Aos que foram vítimas da tirania de um louco.
Na tarde de um Sábado, a 27 de Janeiro de 1945, faz hoje 70 anos, cerca de 7 mil judeus, que ainda se encontravam neste campo da morte, foram libertados pelos soviéticos que, para mal da humanidade, também criaram campos de concentração, os chamados “gulags”, na Sibéria, onde foram exterminados milhares de homens e mulheres que não alinhavam com a loucura de outro monstro da história: Josef Stalin. E o “gulag” tornou-se um símbolo da repressão da ditadura deste que nada ficou a dever à loucura de Hitler.
Enfim…
O dia 27 de Janeiro representa o suspiro de alívio para aqueles que conseguiram sobreviver ao inferno de Auschwitz.
Para completar este tributo, sugiro que abram estes links e vejam esta Memória do Holocausto:
http://pt.slideshare.net/beaefm/memoria-holocausto
http://expresso.sapo.pt/oficio-de-matar=f908141
http://expresso.sapo.pt/ao-lado-do-anjo-da-morte=f908176
***
Mas também foi num dia 27 de Janeiro, em 1756, que nasceu um dos maiores génios musicais de todos os tempos: Wolfgang Amadeus Mozart.
Por isso, sinto-me honrada em ter também nascido no dia 27 de Janeiro. Um dia marcado pelo génio humano e também pela libertação de milhares de seres humanos.
E é com a divina música de Mozart que presto a minha homenagem a todos os que, em nome da loucura ou em nome de nada, foram sacrificados em Auschwitz, e aos que sobreviveram para nos contar o incontável, o inacreditável, o que nunca deveria ter acontecido á face da Terra.
INACREDITÁVEL!
Senhores deputados, senhores governantes, senhores responsáveis (?) pela educação e desenvolvimento físico e mental saudável de menores de idade, se o que se segue vier a concretizar-se, o Estado português poderá ser responsabilizado pelo maior retrocesso do século XXI, quando os países civilizados avançam para a construção de um futuro sem violência para as crianças.
Estas imagens dispensam comentários
Origem da foto: http://pelostourosvivos.blogspot.pt/?view=sidebar)
Senhores governantes,
Ouvi dizer que a Assembleia da República Portuguesa está prestes a cometer a iniquidade de incluir menores de 16 anos numa lei em que lhes é permitido torturar bovinos para não só se divertirem a eles próprios, como para divertirem os que os geraram e mais uns poucos incultos e sádicos que ainda andam por aí a espalhar a sua podridão de espírito…
É verdade?
Ouvi dizer que os deputados da Assembleia da República Portuguesa vão permitir que crianças sejam “educadas” para a violência, para a crueldade, para a perversidade de considerarem os bovinos umas “coisas” que podem ser torturadas e dilaceradas cruelmente, sem dó nem piedade, fazendo delas os futuros monstros da sociedade.
É verdade?
Ouvi dizer também que os deputados da Assembleia da República Portuguesa andaram a ouvir em audiência, e a propósito de uma proposta de lei de um tal de acesso à “profissão” de “artista” tauromáquico, uns incultos que foram unânimes em dizer que o que chamam “profissão” de “artistas” tauromáquicos, ou seja, os carrascos tauromáquicos não devem ter limites de idade.
É verdade?
Se é verdade, e tendo em conta o que também ouvi dizer acerca de uns algozes portugueses, torturadores e matadores de seres vivos indefesos, inocentes e inofensivos, os quais começaram a sê-lo aos 7 anos de idade, estamos perante um caso gravíssimo de negligência dos progenitores, que a tão desprezível vida lançaram os filhos, e de irresponsabilidade e ignorância dos governantes que o permitiram.
Em vez de os deputados da Assembleia da República Portuguesa andarem a dar ouvidos a gente inculta, primitiva e ignorante, leiam, por favor, o que diz o psicólogo Vítor Rodrigues acerca desta violência cometida contra crianças, a quem esmagam a inocência e aniquilam o direito à infância, para as transformarem em monstros.
«Da Violência nas Touradas à Educação Violenta: uma perspectiva psicológica».
Abram o link e leiam, por favor:
http://vitorrodriguespsicologo.weebly.com/uploads/3/5/9/1/3591670/touradas-psi.pdf
Com a minha mais veemente indignação e estupefacção, por em pleno século XXI, ainda andarem a discutir algo com contornos bastante nefastos para as crianças, e que devia estar banido da legislação portuguesa, há muito.
Isabel A. Ferreira
Um vídeo que mostra as reacções de meninos ao serem incentivados a bater numa menina.
Numa campanha anti-violência contra a mulher, um jornalista italiano pede a meninos, dos seis aos onze anos, que encontra na rua, para darem uma bofetada a uma menina desconhecida, que lhes é apresentada pelo próprio jornalista. E a resposta foi unânime: “Não”!
Os motivos variaram, mas são surpreendentes.
É que ser HOMEM é isto mesmo.
Isabl A. Ferreira
O que as universidades ensinarão aos jovens? A serem cobardes? Um comportamento para ser verdadeiramente ético (convém não esquecer que vivemos em sociedade…) terá de responder a estas três perguntas: 1- Quero fazer isto? 2- Devo fazer isto? 3- Posso fazer isto?
Vejamos o que diz Isabel Godinho, uma jovem portuguesa (com a lucidez que falta aos governantes portugueses) a propósito da afirmação de um tauricida, que a confrontou com o “estilo de vida” dos que torturam e matam bovinos para diversão.
«O que chamam “tradição” e querem defender a todo o custo, consiste na tortura e morte de animais sencientes, para divertir uma minoria perversa.
É impossível compreender que tipo de mentes se entretêm a ver animais vivos a serem torturados.
Pergunta-se: e se fosse um maluco, pela rua fora, a espetar um cão? E se fosse um psicopata que gostasse de espetar pessoas até à morte, com uma lança? Não iríamos querer que a polícia os encontrasse e prendesse? Ou será que iria aparecer alguém a dizer que o estilo de vida do psicopata era matar pessoas e que, por isso, ninguém podia interferir? Parece sensato? Pois a mim não...
Estar ou ser contra touradas não é apenas não gostar e querer estragar a vidinha dos que gostam, é perceber que torturar um animal é contra princípios de respeito, não maus-tratos e protecção e querer defender esses princípios porque são comuns a todos e não apenas “à vida dos outros”».
***
Um outro aspecto.
Coloquei a um defensor convicto dos direitos dos animais esta questão:
«Arsénio, será que a liberdade de... e o direito de... vão no mesmo sentido? Ou serão conceitos diferentes?»
O cidadão Arsénio Pires, também com a lucidez que falta aos governantes portugueses respondeu-me:
«Isabel,penso que você toca no grande problema: o que é Ética?
Penso que ter liberdade para fazer uma coisa não pode querer dizer que eu tenho o direito de a fazer. Ex: Posso ter liberdade para fazer uma coisa que vai contra a autêntica liberdade de alguém. Logo, não tenho o direito de executar essa coisa (acção, palavra, atitude, gesto, etc.). Aqui, a minha liberdade tem um limite.
Em meu entender, um comportamento para ser verdadeiramente ético (convém não esquecer que vivemos em sociedade…) terá que responder a estas três perguntas:
1- Quero fazer isto?
2- Devo fazer isto?
3- Posso fazer isto?
Disse Kant: Devemos agir de tal forma que a nossa ação possa ser transformada em lei universal de comportamento.
Isabel, haveria muito a dizer sobre o Homem verdadeiramente livre!»
***
Exactamente., Arsénio
Mas para isso seria preciso que o povo fosse culto e que os governantes fossem cultos também e tivessem lido, pelo menos, a Fundamentação da Metafísica dos Costumes e a Crítica da Razão Prática, para compreenderem o que querem, ou devem ou podem fazer. Para quem não sabe, Immanuel Kant foi o último grande filósofo dos princípios da era moderna.
O que é um homem verdadeiramente livre?
Eis o busílis da questão.
O homem verdadeiramente livre será aquele que, apenas porque gosta, porque lhe dá prazer, porque lhe convém, porque até ganha dinheiro com isso, e em nome de uma coisa a que chama “tradição” sai por aí a torturar e a matar e a estropiar seres vivos (sejam humanos ou não humanos) com a crueldade própria dos esvaziados de uma alma humana?
Ou será aquele que com lucidez conhece os limites da sua liberdade?
Fórmulas da lei moral em Kant:
«Age apenas segundo uma máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei universal».
«Age como se os princípios da tua acção devessem ser erigidos pela tua vontade em lei universal da natureza».
«Age de tal modo que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na do outro, sempre como um fim e nunca como um meio.»
«O reino dos fins une os seres racionais, sob uma legislação comum. A pessoa tem um valor e uma dignidade sem preço.
«O dever é uma necessidade interna de realizar uma determinada acção apenas por respeito à lei moral (lei prática). O dever liberta o homem das determinações a que está submetido, substitui a necessidade natural. O dever impõe ao homem a limitação dos seus desejos e obriga-o a respeitar as leis morais da razão.»
Bertrand Russel um dos mais influentes matemáticos, filósofos e lógicos que viveram no século XX, respeitado por inúmeras pessoas como uma espécie de profeta da vida racional e da criatividade, resume assim o pensamento de Kant:
"A moral só existe quando o homem actua segundo o dever. Não basta que o acto seja tal como o dever pode prescrever. O negociante honesto por interesse ou o homem bondoso por impulso não são virtuosos. A essência da moralidade deriva do conceito de lei; porque embora tudo na natureza actue segundo leis, só um ser racional pode actuar segundo a ideia de lei, isto é, por vontade. A ideia de um princípio objectivo, que impele a vontade, chama-se uma ordem da razão e a fórmula é o imperativo".
in, «História da Filosofia».
Como diz Arsénio Pires: «Haveria muito a dizer sobre o Homem verdadeiramente livre!»
Na verdade, o que faz falta é a Cultura Culta.
O que faz falta é ler os grandes filósofos da humanidade.
O que faz falta é um sistema de ensino que conduza os jovens à plenitude da sua própria essência humana.
O que faz falta é educar o povo para uma cidadania responsável.
O que faz falta são governantes cultos que possam transmitir Cultura Culta e não se verguem à “cultura” e á identidade “cultural” dos broncos e lhes dêem primazia sobre a cultura dos verdadeiros homens livres.
Devia ser OBRIGATÓRIO um Certificado de Lucidez e Cultura Culta para os candidatos a governantes.
Fonte para as citações de Kant, cuja leitura recomendo aos senhores governantes e não só...
http://afilosofia.no.sapo.pt/12KantIntrod.htm