Segunda-feira, 27 de Maio de 2013

PONTE DE LIMA PREPARA-SE PARA O RITUAL PRÉ-HISTÓRICO DA “VACA DAS CORDAS”, CELEBRANDO DESSE MODO GROSSEIRO E PAGÃO, O SAGRADO DIA DO CORPO DE DEUS, COM A BÊNÇÃO DA IGREJA CATÓLICA

 

Por muito menos, levou-se gente à fogueira, durante o malfadado tempo da Inquisição.

 

Hoje, junta-se o profano ao sagrado, a crueldade a uma falsa devoção, e a Igreja assiste, apoia e aplaude.

 

E o que é a “Vaca das Cordas”?

Simplesmente isto:

 

 

Como comentou Manuel Figueiredo (um homem culto, que correu mundo, comandando navios da Marinha Portuguesa), a propósito do ritual da “Tourada à Corda” na Ilha Terceira, que é algo do género da “Vaca das Cordas”: o que vemos é «um bando de animais bêbados contra um animal sóbrio! A irracionalidade mora na Terceira».

E acrescento eu: a irracionalidade mora também em Ponte de Lima.

 

 ***

 

A Câmara Municipal de Ponte de Lima “deliberou autorizar” a realização da chamada Corrida da Vaca das Cordas (edição 2013, para a sexta-feira, dia 31 de Maio), e teve necessidade de se explicar, tal é a incerteza de estar a fazer a coisa certa.

 

Pois este costume rude, que sempre se realizou na véspera do Dia do Corpo de Deus, leva à vila de Ponte de Lima, muita gente inculta, para (atente-se no motivo aludido pelos autarcas) «VER E FUGIR DA “VACA”» que é algo realmente muito cultural, útil e criativo, e também para prolongar pela noite o convívio da juventude, a que eles (os autarcas) chamam um convívio “salutar”, o que é o mesmo que dizer com muito álcool à mistura.

Aliás não há “festejo” onde meta bois, vacas, bezerros ou touros, em que o álcool não role a jorros.

 

Posto isto, os autarcas limianos, «considerando que a "Vaca das Cordas", é muito mais do que um ritual a mais no ano, e «tendo em conta a opinião geral e unânime de várias instituições que foram ouvidas» (só não disse quais instituições), o executivo municipal aprovou a realização deste festejo insano, para o dia 31 de Maio, permitindo desta forma que a tradição da confecção dos tapetes de flores decorra com a tranquilidade necessária, para a celebração do Corpo de Deus, que ocorrerá no domingo seguinte, a 2 de Junho.

 

Pois celebrar o Corpo de Deus com a estupidez do ritual da “Vaca das Cordas”, é, na opinião dos que RESPEITAM as coisas sagradas, um INSULTO MAIOR a Deus.

 

Mas nem todos, em Ponte de Lima, concordam com esta idiotice, pois a deliberação foi aprovada por maioria.

 

Haverá uma minoria culta. Mas, mais vale poucos do que nenhuns.

 

E fica esta nota final: os que aprovaram esta deliberação consideraram que «esta proposta não altera os sentidos ou a vivência do ritual, porque o que interessa é “CORRER A VACA DAS CORDAS”». Sabem o que isto é?

 

Isto, só em Ponte de Lima, onde a irracionalidade criou raízes.

 

Como se tudo isto já não bastasse para colocar a que se diz a vila mais antiga de Portugal (pois Ponte de Lima parou num tempo já muito antigo e fora de moda), no Livro Negro da Tauromaquia, existe ainda o problema dos ignorantes que teimam em manter vivo este ritual de broncos, e o pior ignorante é aquele que tendo a oportunidade de deixar de ser ignorante, não quer.

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 14:32

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NA ILHA TERCEIRA SERÃO TODOS ASSIM TÃO BRONCOS?

 

O que é a “Tourada à Corda”?

 

 

De acordo com Manuel Figueiredo, (um homem culto, que correu mundo, comandando navios da Marinha Portuguesa), a “Tourada à Corda” na Ilha Terceira, é «um bando de animais bêbados contra um animal sóbrio!» Brilhante definição! E acrescentou: «A irracionalidade mora na Terceira». E ficamos com tudo dito sobre este ritual sem pés nem cabeça, numa ilha primitiva, perdida no tempo.

 

Mas existe na Terceira um indivíduo que dá pelo nome de Luís Soares que sobre o meu texto A PROPÓSITO DO LIXO DA TOURADA À CORDA NA ILHA TERCEIRA insiste em dizer, entre outras coisas, o seguinte:     

 

«Vocês não percebem que se as touradas acabarem, o que nunca irá acontecer, o touro de lide também acaba. Assim como muitos postos de trabalho. Mais desemprego... Menos moeda a circular...

 

Se não é o amor a esta arte, e a admiração pelo touro. Muitos ganaderos já teriam deixado de existir pois os esforços são cada vez maiores.

 

Aqui na ilha a tradição está bem forte... Aliás cada vez mais forte! Cada vez mais "capinhas" nas ruas. E estes cada vez mais jovens. O festival taurino cada vez melhor. Seminários sobre o touro de lide!.. Houve um este mês inclusive!

 

Praça sempre cheia.
Tudo bem que são mais sensíveis... Então não vejam. Só vai à praça quem quer e quem paga».

 

 

***

Que anedota, Luís Soares! Recomendo-lhe que leia o texto inserido neste link.

 

http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/280040.html

 

E ficará tudo dito.

O que vale é que a tauromaquia e as suas cruéis variantes estão com os pés na cova.

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 14:02

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Domingo, 26 de Maio de 2013

«Que tempos são estes em que é necessário defender o óbvio?» (Bertolt Brecht)

 

Defender o óbvio significa que o Poder está podre, e o Povo, cego.  

 

Brecht.png

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 20:42

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Sexta-feira, 24 de Maio de 2013

Batida à Raposa 2013, pelo clube de caçadores da Estela (Póvoa de Varzim)

 

A morte de inofensivos e inocentes seres vivos foi aplaudida por um punhado de gente que vive ainda na Pré-história (abrir link)

https://www.facebook.com/media/set/?set=a.549552911730772.125707.117220188297382&type=3

 

Nesta galeria de fotos é bem visível o ambiente insalubre e carniceiro em que toda esta gente está envolvida, incluindo o actual Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, e médico-cirurgião, Dr. José Macedo Vieira, também ele caçador, que, desconhecendo o sofrimento causado a estes infelizes animais, que tiveram o azar de lhes passar pela frente, apoia esta iniciativa absolutamente ultrapassada, retrógrada e que não tem mais razão de ser nos tempos modernos, e que só desprestigia o município e as suas gentes.

 

 

Esta cena é patética e diz da boçalidade de quem dela faz parte.

 

 

Parecer científico sobre a caça, pelo Dr. Vasco Reis, único Médico-Veterinário que dá a cara pela defesa dos animais

 

«Caçar é assustar, ferir, provocar sofrimento e matar.

 

No entanto, há quem chame desporto a esta actividade, que pode provocar paixão e ser elogiada pelos adeptos. Envolve muitas verbas.

 

Pois, se há gosto no contacto com a natureza e no exercício físico, isso deve acontecer sem a arma a tiracolo ou apontada, aumentando muito a concentração para a desfrutar.

 

Para muita gente, os animais vivos são bem mais belos e interessantes do que mortos e ensanguentados.

 

Pode disparar-se também, mas com máquinas fotográficas ou de filmar e assim conseguirem-se, de modo pacífico, belos troféus em imagens.

 

O tiro ao alvo (mas não aos pombos) é uma boa alternativa para treino da pontaria, para fazer o gosto ao dedo, para proporcionar convívio.

 

Hoje em dia, a caça em Portugal mal se justifica até para servir as pessoas que se alimentam de carne pois, em geral, para se obter o mesmo valor nutritivo é preciso abaterem-se muitos mais animais dentre as espécies cinegéticas do que animais das espécies domesticadas, criadas e com o destino imposto pelo consumo para servirem de alimento.

 

Poupar-se-iam, portanto, muito mais vidas no caso de opção por esta possibilidade. Aliás, o consumo de carne é absolutamente dispensável e nem é dos alimentos mais saudáveis. A experiência dos vegetarianos e dos veganos demonstra isso mesmo, enquanto poupa o sacrifício de animais, protege o ambiente, serve a economia, é eticamente louvável.

 

A caça provoca enorme susto aos animais, sejam eles alvejados ou não. Mesmo se a morte for rápida, trata-se sempre de um impacto violentíssimo.

Se o animal ficar ferido, sem morte rápida, ficará em terrível sofrimento.

 

Espécies cinegéticas estão a ser criadas para serem lançadas perante os canos de caçadores, sofrendo estes animais os mesmos terríveis choques.

 

O sofrimento está presente durante a criação em recintos fechados e apertados.

 

Cartuchos e restos de projécteis espalhados pela natureza são prejudiciais, provocando poluição física e visual.

 

Em parques naturais de Portugal é permitida a caça. Impõe-se, por isso, a pergunta:

 

Mas que parques naturais são estes, que não protegem a sua fauna e a tranquilidade ambiental?

 

A caça contribui para a diminuição ou quase extinção e até mesmo extinção dos animais das espécies designadas por cinegéticas.

 

Acontecem acidentes que vitimam pessoas.

 

Muitos cães de caça estão sujeitos a condições deficientes de tratamento e de manutenção. Alimentação, espaço, protecção contra intempéries, contenção, desparasitação, etc. muitas vezes não permitem uma razoável qualidade de vida para estes animais.

 

 

 

Cão de caça, abandonado à sua pouca sorte, depois de explorado até ao tutano. Mas esperar o quê de caçadores? Piedade? Compreensão? Empatia? Não… Um caçador é fundamentalmente um PREDADOR implacável e cruel…

 

 

…que nem as crianças respeitam…

 

Num acto de profunda crueldade, muitos cães de caça são abandonados, porque não satisfazem o caçador. Outros são abatidos com maior ou menor sofrimento.

 

Em Portugal existem milhares de caçadores, no meio de cerca de 10 milhões de portugueses. Dentre estes últimos, a maior parte não tem simpatia pela actividade, muitos sentem-se por ela incomodados e reprovam-na, mas pouco se manifestam.

 

Legislação relativamente recente reconhece o direito à não caça em terrenos de quem o requerer.

 

A caça incomoda pelo ruído, pela perturbação do ambiente, pelo perigo e, também muito, pela angústia e revolta que provoca a quem está consciente do dizimar e do sofrimento que provoca em animais sencientes, dotados de sistema nervoso comparável ao dos caçadores e não caçadores.»

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 17:54

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A CAÇA DESPORTIVA É UM REFLEXO PRÉ-HISTÓRICO QUE NÃO TEM MAIS RAZÃO DE SER NOS DIAS DE HOJE

 

Mas em Portugal ainda há quem viva na Pré-história e a legislação a este respeito é primitiva e inadequada

 

Costa Rica, porém, já avançou para o século XXI depois de Cristo, sendo o primeiro país da América Latina a proibir a caça desportiva

 

Um grande passo em direcção a um futuro evoluído

 

 

 
publicado por Isabel A. Ferreira às 16:42

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TOURADAS E COISAS PIORES

 

Os aficionados, quando querem defender a sua “dama esfarrapada” (leia-se tourada), abrem a boca com citações de escritores, pintores, poetas, e outros que tais, que também eram (ou são, os que estão vivos) aficionados.

 

Esquecem-se, contudo, de um detalhe bastante importante: o de acrescentarem aos ilustres nomes, os podres das perturbadas vidas deles.

 

Mas é melhor ler o que nos diz António Pina:

 

 

 

MANUEL ANTÓNIO PINA (1943-2012)

 

«A propósito da anterior crónica (sobre as inclinações “culturais” da Câmara de Vinhais, que decidiu iniciar os seus munícipes nos prazeres “exquis” da brutalidade e tortura pública de animais) escreve-me um leitor dizendo, em abono da tourada, que Hemingway e Picasso gostavam do espectáculo. Não só eles, acrescento eu, e de touradas e coisas piores…

 

Escritores e artistas raramente são exemplos morais recomendáveis. Céline, escritor maior (mesmo não sendo a literatura um campeonato) que Hemingway, partilhou com Hitler, além do desprezo pelas mulheres, o gosto pela carnificina de judeus, e Picasso, juntamente com as touradas, teve outra devoção não menos sangrenta, Estaline.

 

A História está cheia de obras sensíveis e generosas, às vezes de grande riqueza moral, realizadas por gente feia, porca, má ou nem por isso. E se o desprezível Dr. Destouches, dito Céline, escreveu a admirável “Viagem ao fim da noite” mas também obras imundas e carregadas de ódio, em outras é difícil encontrar traço do ser humano existente por trás delas (quem dirá que por trás da belíssima Catedral de Brasília está um devoto, também ele, de Estaline?)

 

Não é por Hemingway e Picasso se terem divertido (terem sido capazes disso) com a agonia e morte de um animal que a tourada deixa de ser um espectáculo eticamente condenável. O facto de apreciarem touradas desabona a favor de um e outro, não abona a favor das touradas.»

 

http://basta.pt/touradas-e-coisas-piores/

 

***

Exactamente, António Pina.

 

Por trás de um aficionado estará sempre um mundo de violência na infância, onde a crueldade, a angústia, a infelicidade  os transforma nas criaturas sádicas que virão a ser um dia.

 

Hemingway (que viveu a guerra civil de Espanha) acabou por suicidar-se. Picasso foi um pai cruel e um marido impiedoso (para acrescentar algo mais ao que disse António Pina).

 

Perez-Reverte, escritor espanhol, outro aficionado, foi criado, desde a infância, na violência das touradas, e na juventude foi para a guerra matar jovens que desconhecia e nunca lhe fizeram mal algum. E essa violência gratuita acompanhou-o para o resto da vida.

 

António Lobo Antunes, escritor, aficionado também, andou na guerra que o traumatizou. Matou seres humanos. Tornou-se uma criatura amarga.

 

Para esta gente, a VIDA do outro, não lhes diz nada.

 

Só a deles, conta. São, por natureza, extremamente egoístas.

 

Um Touro? Ah! Sim, um Touro. Ninguém.

 

Não servem de MODELO para a Humanidade.

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 11:50

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«DEZENAS DE CÃES MALTRATADOS NUM CANIL PARTICULAR EM ALJEZUR»

 

Enquanto as autoridades portuguesas permitirem esta barbárie não teremos um povo consciente da própria humanidade, nem um Portugal evoluído

 

 

 

«Situação arrasta-se há meses com o conhecimento das autoridades. Câmara pede às entidades competentes que ponham cobro, com celeridade, à "horrenda situação", que "envergonha".»

 

Maria Soares

 

A denúncia partiu da associação de defesa de animais SOS Algarve Animals: cerca de 20 cães são alvo de maus tratos num canil particular na freguesia de Rogil, em Aljezur, no Algarve.

 

A situação arrasta-se há meses com o conhecimento das autoridades, que em Dezembro visitaram o local. Para esta sexta-feira está marcada nova visita.

 

A descrição feita na página de Facebook da associação, acompanhada de dezenas de fotografias dos animais, é impressionante: os cães, que serão utilizados para caça, estão sempre presos com um metro de corrente, ou em jaulas imundas. Muitos apresentam ferimentos e sinais evidentes de subnutrição.

 

“Há fêmeas a procriarem enquanto presas à corrente curta, junto de outros cães presos da mesma forma, vivendo num chão de cimento imundo”, lê-se no texto da denúncia. A mesma nota refere que, após uma primeira queixa feita há cinco meses, “seis cães foram removidos pelo veterinário municipal com o consentimento do dono, dez cães simplesmente desapareceram”. Restam 20 animais, que são alimentados por vizinhos, uma vez que “o proprietário poucas vezes vai ao local”, uma zona de mato.

 

A situação é do conhecimento do Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (Sepna) da GNR, que em Dezembro do ano passado fez uma acção de fiscalização, depois de ter recebido uma queixa por causa do ruído provocado pelos cães. “O canil tinha irregularidades e foram levantados 28 autos por infracções diversas, que foram encaminhados para as entidades competentes, como a Direcção Geral de Veterinária de Portimão e a Junta de Freguesia de Rogil”, diz ao PÚBLICO o coronel Oliveira, director do Sepna.

 

Porém, olhando para as fotografias tiradas pela associação, “o caso parece mais grave agora”, admite. O Sepna recebeu nova denúncia nesta terça-feira e a delegação de Portimão já tomou conta do caso. Uma vez que não existe um médico veterinário municipal em Aljezur, terá de ser a médica da Direcção-Geral de Veterinária de Portimão a deslocar-se ao local para avaliar as condições em que vivem os animais. A visita está marcada para sexta-feira de manhã, segundo o director do Sepna.

 

O PÚBLICO tentou contactar a Câmara de Aljezur, sem sucesso. Numa nota publicada esta tarde na página do Facebook do município, este faz saber que teve conhecimento do caso através de denúncias feitas por telefone, email e através das redes sociais. A autarquia não tem médico veterinário “por impossibilidade contratual”, o que a impede de agir imediatamente.

 

Garante, no entanto, que já contactou as autoridades para resolver a situação que “infelizmente se confirma e envergonha”. “Aguardamos a celeridade das competentes autoridades e tudo faremos para pôr cobro no imediato à horrenda situação”, lê-se no comunicado.

 

O concelho tem um canil municipal, gerido pela Associação Ecologista e Zoófila de Aljezur, que recebe da câmara mil euros por mês para garantir a alimentação e o bem-estar dos animais.

 

Contactado nesta quinta-feira pelo PÚBLICO, o presidente da Junta de Freguesia de Rogil, Eliezer Candeias, disse que "desconhecia o estado dos animais", do qual teve conhecimento apenas agora através das redes sociais. "A Câmara de Aljezur está ao corrente e estão a ser tomadas medidas", afirmou. Sobre o proprietário, que considera uma pessoa "séria", nunca recebeu qualquer queixa na junta, garantiu.»

 

Notícia corrigida às 9h30 de 23/05: a associação que fez a denúncia inicialmente foi a SOS Algarve Animals. Acrescenta declarações do presidente da Junta de Freguesia de Rogil

 

Fonte:

http://www.publico.pt/local/noticia/dezenas-de-caes-maltratados-num-canil-particular-em-aljezur-1595231

 

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 09:59

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Quinta-feira, 23 de Maio de 2013

«A RECUSA EM TER CONSIDERAÇÃO PELO SOFRIMENTO DE UM ANIMAL SÓ PODE TER ORIGEM EM TRÊS FACTORES: FALTA DE CULTURA, FALTA DE EDUCAÇÃO OU FALTA DE CARÁCTER»

 

Touradas - Cultura de tortura, exploração e sofrimento

 

 

 

 

 

 
 
 

Fonte: Fight Bull

 

Dificilmente se muda a opinião de alguém que concorda com Touradas. Isso é normalmente adquirido pela educação, e a razão pouco costuma conseguir influenciar.

No entanto, ficam expostas algumas respostas aos argumentos mais vulgares de quem se esforça por tentar justificar uma prática sem justificação. Para quem se decidir a pensar.

1- As Touradas são uma tradição antiga e por isso devem ser defendidas e perpetuadas.

As touradas são de facto uma tradição (importada de Espanha). Mas isso por si só não deve justificar que se pratiquem. As tradições normalmente têm origem em tempos antigos, em que as sociedades, mentalidades e modos de vida eram bastante diferentes dos actuais. Com o tempo, o Homem e as suas comunidades tendem a aperfeiçoar e desenvolver a sua forma de viver e pensar. Chama-se a isso evolução. É por essa razão que já não tomamos banho com baldes de água aquecida numa fogueira, é por essa razão que a escravatura, que tanto agradava a algumas pessoas, foi abolida e é também por essa razão que já não acreditamos que basta dançar ou sacrificar um animal para fazer chover.
 As tradições, por muito bonitas que sejam, só fazem sentido quando são compatíveis com as formas de pensar e os conceitos vigentes. Como hoje em dia, o respeito pelo sofrimento dos animais começa a fazer parte da forma de pensar de muita gente, as Touradas deveriam ser postas em causa, ou repensadas, colocando na arena, por exemplo, o Toureiro nu em frente ao Touro (sempre era mais masculino do que com aqueles fatos). E cada um que se desenrascasse. Isso era espectáculo!

2- Se não fossem as Touradas e os seus adeptos, a raça dos Touros Bravos já estava extinta.

Isto é evidentemente falso. Os Pandas e outros animais que correram risco de extinção nunca serviram para as Touradas e continuam a existir. Felizmente existem no nosso país reservas e espaços destinados a que determinadas raças subsistam caso os seus habitats naturais não o permitam. De qualquer forma com certeza de que os aficionados que tanto dizem amar os Touros se esforçariam para que estes sobrevivessem mesmo que não servissem para nada.
Independentemente de tudo isto, o mais importante é deixar claro que perpetuar uma espécie de animais apenas para que estes possam ser usados em espectáculos que se baseiam no seu sofrimento não é um acto nobre nem louvável. E muito menos favorável ao próprio animal. Se é pra isso, que se extingam!

3- Quem não gosta ou não concorda, não veja.

Felizmente na nossa sociedade, as coisas não são assim. Se toda a gente fechasse os olhos às injustiças que se passam à sua volta o mundo seria certamente bastante diferente.
É evidente que quando sabemos que se passa algo com que não concordamos, o remédio não é olhar para outro lado. Isso já muita gente faz em relação a demasiadas coisas.
Este argumento é tão despropositado que torna-se quase ridículo combatê-lo. No entanto pode dizer-se o seguinte:
Quem se insurge contra as touradas não o faz por prazer nem proveito próprio. Esse esforço deve, por isso, ser respeitado por quem consegue assistir ao espectáculo sem a mínima misericórdia e reflexão pelo que lá se passa.

4- Quem é contra as Touradas devia preocupar-se com outras coisas que também são feitas, nomeadamente o abandono de cães.

O Ser Humano tem a capacidade de se preocupar com várias coisas ao mesmo tempo. É uma espécie de dom.
O facto de se ser contra as Touradas não invalida que a pessoa não se preocupe com muitas outras coisas que se fazem a outros animais. Não é por haver uma guerra no Iraque que não nos podemos preocupar com os assaltos ou com a inflação.
Há sempre coisas mais e menos graves, mas temos evidentemente o direito de nos preocupar com todas.
Certamente que quem critica as touradas insurge-se também contra o abandono de cães, lutas organizadas de animais e muitos outros assuntos.

5- Quem diz que é contra as touradas é hipócrita porque muitas vezes maltrata os cães e outros animais.

Esta é uma afirmação que não se baseia em nada (nem em lógica nem em senso comum) a não ser na experiência pessoal que eventualmente alguém terá.
Pessoas e argumentos hipócritas haverá sempre, e não é por isso que se pode generalizar e tomar a parte pelo todo.
Ao contrário daquela afirmação, o razoável é supor que quem é contra as touradas preza os sentimentos dos animais de uma forma profunda e geral. E é normalmente isso que se verifica.

6- O touro praticamente não sofre com o que lhe é feito na arena.

É de facto difícil afirmar o que é que um Touro sente numa tourada. No entanto, os estudos científicos (feitos até agora apontam no sentido de que as agressões sofridas antes e durante as corridas sejam não só dolorosas mas incapacitantes. O touro fica com nervos e músculos rasgados, e a quantidade de sangue que perde continuamente enfraquece-o. Não parece ser sensato pensar que isto pode ser agradável para o Touro, ou mesmo indiferente.
O touro, tal como os outros mamíferos, ao ter sistema nervoso central tem capacidade para sentir dor, ansiedade, medo e sofrimento. E os sinais exteriores que mostra na arena denunciam essas emoções. Não é portanto razoável aceitar a ideia de que os Touros sofrem pouco numa tourada.

7- Os Touros nascem para serem lidados. São animais agressivos por natureza.

Uma coisa é o instinto de sobrevivência e auto-defesa de um animal, outra é o seu temperamento e personalidade. Embora o cortex cerebral de um Touro seja bastante mais básico do que o Humano (o que faz com que a sua personalidade seja igualmente menos complexa), cada animal tem o seu próprio temperamento, fruto, como no Homem, de factores genéticos associados a experiências vividas. O que todos têm em comum dentro da espécie é a sua técnica de defesa, que utilizam sempre que se sentem em perigo. Isto não deve ser confundido com a chamada "natureza" do animal. Com certeza que um Touro saudável deixado em paz no campo não anda a atacar tudo o que se mexe.

8- Se quem gosta, respeita a opinião de quem não gosta, porque é que quem é contra não respeita a opinião contrária?

Toda a gente respeita as opiniões de todos e na realidade a opinião de quem é favorável às touradas também deve ser respeitada.
A sua prática é que não.
É fácil entender isto se pensarmos que Hitler era da opinião de que todos os Judeus deviam ser  exterminados.
Mesmo que alguém tenha o direito a ter opiniões bizarras sobre qualquer assunto a sua colocação em prática não tem que ser respeitada nem tolerada se isso for ilegítimo. Se a prática de Touradas choca contra princípios considerados importantes por quem se lhes opõe, esta não tem que ser admitida.

9- A arte de tourear é tão bonita que seria uma pena perdê-la.

A “arte” de tourear pode de facto ser considerada bonita e ter grande mérito artístico e principalmente técnico. Mas perde toda a legitimidade quando necessita de fazer sofrer física e psicologicamente animais para ser executada. Tal sofrimento não se pode exigir a um animal que não tem nada a ver com o assunto. É injusto, prepotente e cobarde fazê-lo. Esta arte é bonita, mas injusta e cobarde e nenhuma arte pode ter mérito assim. Nesse aspecto penso que todos concordarão. É uma arte desonrosa, para utilizar a linha de valores da tauromaquia.
A arte de lutar até à morte dos gladiadores era considerada bastante mais honrosa e bonita por quem assistia. Mesmo essa acabou. Será também uma pena?

10- As Touradas enaltecem a nobreza do Touro.


Só uma mente muito ignorante ou distorcida pode realmente acreditar que os Touros quando vão para uma arena cumprem um qualquer desígnio divino.

A justificação de que o Touro é nobre por lutar pela vida numa tourada vem de quem alimenta o seu negócio e enriquece à custa deste espectáculo perverso mas rentável.
A nobreza é um conceito inventado pelo homem. Na natureza todos os animais são iguais e todos lutam pela sobrevivência. Ninguém duvida de que o Homem, numa luta com as suas armas e condições consegue ser superior a qualquer outro animal. Tentar provar isso numa luta desigual não é nobre, é estúpido.

Os argumentos contra as Touradas:

Não há qualquer justificação moral para se causar sofrimento a uma animal para fins de entretenimento.
É muito simples, e pouco mais há a dizer sobre o assunto.

A recusa em ter consideração pelo sofrimento de um animal só pode ter origem em três factores: Falta de cultura Falta de educação ou Falta de carácter.

 

 

***

Mais uma achega:

 

 

A tauromaquia entre as patologias e os desvios comportamentais

 

http://suite101.net/article/la-tauromaquia-entre-las-patologias-y-las-desviaciones-a26687

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 10:22

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Quarta-feira, 22 de Maio de 2013

«OS TOUROS E CAVALOS SOFREM ANTES, DURANTE E DEPOIS DOS ESPECTÁCULOS TAUROMÁQUICOS»

 

 

Um triste espectáculo de baixo nível cultural e artístico, onde Touros e Cavalos sofrem para gozo de um ESCASSO número de sádicos de baixo nível intelectual e moral. Valeu a pena? Vieram mais ricos espiritualmente? Encheram a alma com imagens de uma beleza extraordinária...?

 

A VERDADEIRA REALIDADE DA TAUROMAQUIA

 

Um excelente contributo para a causa da ABOLIÇÃO DA TOURADA NO MUNDO, baseado na Ciência Médico-Veterinária, na Etologia (disciplina da Zoologia que estuda o comportamento animal) e na experiência profissional e desportiva do autor deste texto, escrito por ocasião do II FÓRUM DA CULTURA TAURINA NOS AÇORES e que com a devida vénia aqui transcrevo, por considerá-lo crucial para o esclarecimento daqueles que ainda têm dúvidas quanto o que é esta “coisa” a que chamam de “tauro (touro) maquia (lucro, dinheiro)”, e que não passa literalmente de lucro à custa da tortura de Touros.

 

***

 

Por VASCO REIS

 

«Está anunciado o II Fórum da Cultura Taurina com especialistas de 9 países que se reúnem durante 3 dias na Ilha Terceira, a campeã da “afición” no Arquipélago.

 

Os efeitos do fórum serão evidentes, visto que a tauromaquia é uma modalidade que assenta em primeira linha na exploração violenta e cruel do touro, sempre, e do cavalo nos programas em que ele é utilizado como veículo do actor tauromáquico e obrigado a tornar-se “cúmplice” da lide, sofrendo ansiedade e esgotamento e arriscando ferimento e morte.

 

 O fórum está a ser considerado como um momento de reflexão, de prestígio para os Açores, de promoção da atractibilidade da Região e como reforço do turismo.

 

Considero que, quanto à influência sobre o turismo, as vertentes serão duas e opostas:

 

Poderá atrair aficionados, gente que sob a designação de arte, aprecia a violência e as fases impressionantes do massacre do touro e as arrancadas e as fintas do cavalo dominado pelo cavaleiro. Poderá também atrair gente tornada curiosa pela publicidade enganosa da organização.

 

Por outro lado, irá afastar turistas conscientes e compassivos, que vão preferir outros destinos, onde tal espectáculo de massacre não seja permitido.

Quanto à influência sobre o prestígio dos Açores, só pode ser muito negativa, porque publicita o facto de que a Região Autónoma, parte de Portugal (que também é atingido), pertence ao retrógrado grupo dos únicos 9 países do Planeta, onde touros e cavalos são massacrados legalmente.

Falta referir-me ao momento de reflexão, que bem necessário é e para o qual eu pretendo contribuir com muito empenho, argumentando resumidamente com o que a Ciência Médico-Veterinária, a Etologia e a minha experiência profissional e desportiva me ensinaram.

 

A ciência, fundamentada na investigação anatómica, fisiológica e neurológica dos animais usados na tauromaquia, confirma o que o senso comum revela: touros e cavalos sofrem antes, durante e depois dos espectáculos tauromáquicos.

 

O touro é o elemento sempre massacrado da tauromaquia, desde intensa e prolongada ansiedade a partir do momento em que é retirado do campo, seguindo-se repetidos e dolorosos ferimentos, esgotamento anímico e físico e quase sempre a morte em longa agonia.

 

O cavalo, dominado e violentado pelo cavaleiro tauromáquico é o elemento obrigado a arriscar tudo e a sofrer perante o touro, desde ansiedade, ferimento físico até a morte.

 

Animais são seres dotados de sistema nervoso mais ou menos desenvolvido, que lhes permitem sentir e tomar consciência do que se passa em seu redor e do que é perigoso e agressivo e doloroso. Este facto leva-os a utilizar mecanismos de defesa e de fuga para poderem sobreviver. Sem essas capacidades não poderiam subsistir.

 

Portanto, medo e dor são essenciais e condição de sobrevivência.

É testemunho da maior ignorância ou intenção de ludíbrio, o afirmar-se que algum animal em qualquer situação possa não sentir medo e dor, se for ameaçado ou ferido.

 

A ciência revela que anatomia, fisiologia e neurologia do touro, do cavalo e do homem são extremamente semelhantes. Os ADN são quase coincidentes.

As reacções destas espécies são análogas perante a ameaça, o susto e o ferimento.

O especismo é uma atitude que, arrogantemente, coloca o Homem numa posição de superioridade, que lhe permite dispor sobre os animais, como quiser.

A compaixão selectiva visa tratar bem certas espécies (em geral cães e gatos) e menos bem, outras, quase consideradas como objectos.

 

Os animais não humanos são considerados menos inteligentes do que os seres humanos. Podem estar mais ou menos próximos e mais ou menos familiarizados connosco, mas eles são tanto ou mais sensíveis do que nós ao medo, ao susto e à dor.

 

É, portanto, nosso dever ético não lhes causar sofrimento desnecessário.

"A compaixão universal é o fundamento da ética" - um pensamento superior do filósofo alemão Arthur Schopenhauer.

 

A tauromaquia está eivada de especismo sobre o touro e sobre o cavalo.

O homem faz espectáculo e demonstração da sua "superioridade" provocando, fintando, ferindo com panóplia de ferros que cortam, cravam, atravessam, couro, músculos, tendões, órgãos vitais, esgotam, por vezes acabam por matar o touro, em suma lhe provocam enorme e prolongado sofrimento para gáudio de uma assistência que se diverte com o sofrimento, a agonia e a morte de um animal.

 

Isto é comparável aos espectáculos de circo romano, há muito considerado espectáculo bárbaro, onde escravos e cristãos eram obrigados a lutar e a matarem-se uns aos outros ou eram atirados aos leões para serem devorados.

 

O cavalo é dominado com ferros castigando as gengivas bucais e a língua e esporas mais ou menos agressivas, até cortantes, no ventre.

 

Esta montada é posta em risco de mais ferimento e de morte, pelo cavaleiro tauromáquico, que o utiliza como veículo para combater e vencer o touro.

O sofrimento do cavalo soma-se aqui ao do touro.

 

Na tauromaquia, touro e cavalo são excluídos de qualquer compaixão, antes pelo contrário, estão completamente submetidos à violência e ao sofrimento.

E o espectáculo é ainda legal em Portugal e mais oito países, publicitado e mostrado na comunicação social, aclamado, fonte de negócio, de prosa e de poesia. Que tristeza.

 

Tauromaquia é a “arte” de dominar e massacrar touros e cavalos e organizar com isso espectáculos para recreação de aficionados ou de simples curiosos.

 

Mas nesta a”arte” não são somente touros e cavalos que sofrem.

 

São muitas as pessoas conscientes e compassivas, que por esta prática de violência e de crueldade se sentem extremamente preocupadas e indignadas e sofrem solidariamente e a consideram anti educativa, fonte de enorme vergonha e atentatória da reputação internacional de Portugal, obstáculo dissuasor do turismo de pessoas conscientes, que se negam a visitar um país onde tais práticas, que consideram "bárbaras", acontecem! Porque fazem sofrer os animais os chamados “artistas”? Dar-lhes-á isso algum gozo?

 

Será isso admirável, corajoso, heróico?

 

Com certeza que existem boas e inócuas alternativas para os aficionados, para os trabalhadores tauromáquicos, para os "artistas", para os campos e para os touros e cavalos.

 

Os campos podem ser utilizados de outro modo.

 

A raça pode ser mantida sem a cruel tauromaquia.

 

Os trabalhadores, campinos e ganadeiros podem continuar o seu trabalho.

Os forcados, cujo papel só surge depois do touro ter sido massacrado e esgotado previamente, podem dedicar-se a actividades ou desportos leais e entre iguais, onde valentia, luta corpo a corpo são fulcrais, como o boxe, a luta livre e outros e que exigem espírito de equipa, como o rugby por exemplo, considerado desporto de cavalheiros.

 

Aconselho, pela sua mensagem, alguns vídeos extremamente informativos, muito influentes no processo que teve lugar no Parlamento da Catalunha de que resultou a votação que levou à proibição de corridas de touros naquela região autónoma espanhola, facto que está tendo enorme repercussão mundial.

 

Fundamentado no acima exposto, anseio pela proibição das corridas de touros em Portugal e no mundo. Não quero nem posso admitir que qualquer região ou nação seja vergonhosamente conhecida no seu trato aos animais como sendo uma região ou nação bárbara, retrógrada e cruel.

Na certeza de que V. Exas. tomarão em consideração esta minha mensagem assino-me

 

Vasco Manuel Martins Reis, médico veterinário desde 1967,

 

Actualmente aposentado em Aljezur.

Permitam-me o seguinte curto extracto do meu currículo, o qual ilustra alguma da minha experiência prática que dita muitas das minhas opiniões:

Trabalhei 7 anos na Suíça, 10 anos na Alemanha, 3 anos nos Açores (na Praia da Vitória, Ilha Terceira, onde existe afición e onde tive de intervir obrigatoriamente no acompanhamento dos touros nas touradas na minha qualidade de médico veterinário municipal) e 21 anos em Portugal Continental.

 

Trabalhei sempre, entre outras espécies, com bovinos e cavalos.

Fui cavaleiro de concurso hípico completo e detentor de dois cavalos polivalentes.

 

Conheço bem os cavalos, a sua personalidade e as suas aptidões.

Fui entusiástico jogador de rugby durante três anos.

Vasco Reis»

 

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 11:19

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Terça-feira, 21 de Maio de 2013

A PROPÓSITO DO LIXO DA TOURADA À CORDA NA ILHA TERCEIRA

 

A verdade dita por alguém que (também) sabe o que diz

 

«Tudo se resume a um bando de alcoolizados a puxar um animal que anda a lidar outro bando de embriagados…»

 

 

Um comentário ao meu texto, tão criticado pelos terceirenses.

 

Leiam este testemunho:

 

 

 

Alberto Garcia disse sobre O LIXO DA TOURADA À CORDA NA ILHA TERCEIRA na Terça-feira, 21 de Maio de 2013 às 12:37:

 

 

 

 

«...agora imagine o lixo que vai dentro destas cabeças...

 

 

Eu, infelizmente, por razões profissionais, já fui obrigado a deslocar-me às São Joaninas por diversas vezes, e desiludam-se as descrições românticas do povo em festa, da limpeza do lixo, da festa dos toiros...

 

 

Tudo se resume a um bando de alcoolizados a puxar um animal que anda a lidar outro bando de embriagados...

 

 

O lixo, tropeça-se nele por onde se passa...

 

 

Fica uma nota sobre os vários turistas desconcertados (e aos quais fiz questão de explicar o que estavam a ver), que fui encontrando em frente às montras das lojas do aeroporto onde passam os vídeos das marradas, que seria de resto o programa recomendado para qualquer família com uma taxa de alcoolemia acima de 1 grama...»

 

 

***

 

 

Mais coisa, menos coisa, foi o que EU DISSE, ó gente terceirense, especialmente ó desconhecido que (ARRE!) tem cabeça dura, e que andam por aqui a tentar vender gato por lebre.

 

 

Mas nós não somos da Ilha Terceira. Nós sabemos distinguir divertimento culto de divertimento medíocre.

 

 

E eu, pessoalmente, elejo e aconselho a Festa das Flores, na Ilha da Madeira, como uma verdadeira festa. Eu, e os milhares de turistas que lá vão.

 

 

E esses não vão à Terceira ver rituais pré-históricos protagonizados por bêbados (podia ter dito alcoolizados, embriagados, mas não tenho de ser politicamente correcta. Não neste tipo de narrativa).

 

 

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 19:05

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