Em Espanha já se diz BASTA! Em Portugal, insiste-se na BARBÁRIE...
(A barbárie um dia tem de se esborrachar contra uma parede, ou cair a um precipício, para acabar de uma vez por todas. IAF)
Por D. M. Santos
A barbárie e a corrupção continuam
As touradas, máxima representação do sadismo institucionalizado com animais, vão desaparecendo progressivamente de todos os países onde até agora eram consideradas uma tradição. Na Espanha já foram proibidas em duas regiões: as ilhas Canárias e a Catalunha, e em muitos municípios espalhados por todo o país. No Equador, como consequência dum recente referendo popular, foram proibidas em quase todas as suas províncias. Na Nicarágua, não sendo banidas, a lei exige agora que os animais não sofram qualquer dano, devendo os touros estar munidos com umas protecções especiais. Outros países proibiram as touradas no passado, como o Uruguai. E mesmo aqui, em Portugal, a maioria das pessoas (56,1%) é já contra a realização de touradas.
Os Açores, no entanto, parecem ser o único lugar do mundo onde este tipo de barbárie, longe de ser combatida, é fomentada e acarinhada pelas instituições públicas. Nas últimas décadas, por exemplo, a realização de touradas à corda na ilha Terceira quase que duplicou. E o número de touradas não tradicionais é já superior ao de touradas tradicionais, o que demonstra que o que está em causa não é a manutenção duma tradição. O que está em causa é uma opção decidida de fomento deste tipo de espectáculos, que são tão degradantes para as pessoas que os realizam como para os animais que os sofrem.
E este fomento, mesmo numa época de crise e ajustes orçamentais, traduz-se numa enorme quantidade de dinheiro público que é desviado para esta indústria mafiosa: 150.000 € do governo regional para um monumento ao touro, 4.500 € da câmara de Angra do Heroísmo para apoio a uma associação tauromáquica, 3.500 € da Secretaria Regional de Economia para apoio a uma tourada à corda… Com montantes conhecidos ou não conhecidos, os exemplos multiplicam-se.
O mais recente acto de glorificação institucional desta indústria aconteceu recentemente, no mês de Maio, em Lisboa. A grande festa da tauromaquia açoriana conseguiu levar à praça do Campo Pequeno mais de 1.500 terceirenses, incluindo touros, ganadeiros, forcados e bandas filarmónicas. E tudo isto num dia útil, com pessoas faltando ao seu trabalho. E claro, lá estava o presidente do governo regional, em época pré-eleitoral, a presidir o vergonhoso espectáculo. Ainda que o homem, coitado, acabou por ser vaiado pelos assistentes: não calculou que, com a excitação e o cheiro quente do sangue, os aficionados iam lembrar-se do seu passado voto contra a legalização da sorte de varas.
Mas, apesar destes sobressaltos, a ligação do poder institucional com o negócio da tortura animal continua muito saudável. Neste ano, as comemorações do Dia da Região, organizadas pela presidência da Assembleia Regional e pela presidência do governo, incluíram uma tourada à corda. As altas personalidades da região, dando mais uma vez o exemplo, transmitiram a mensagem de que os animais, se estão neste mundo, é para poderem ser maltratados e torturados. E este exemplo ainda continua com o apoio do governo à Rota do toiro (um projecto turístico destinado a afugentar os turistas), os perto de 400.000 € gastos cada ano pela câmara de Angra em touradas de praça ou as repetidas tentativas de levar touradas a outras ilhas onde não existe essa tradição.
O mundo evolui. Mas os Açores, à margem do mundo civilizado, regridem com grande orgulho e entusiasmo dos seus governantes. A barbárie e a corrupção continuam…
Assino por baixo: Isabel A. Ferreira
Algo que toda a Mulher do século XXI d. C. deve aprender e seguir.
As mulheres de origem Celta eram criadas tão livremente como os homens. A elas era dado o direito de escolherem os seus parceiros e nunca poderiam ser forçadas a uma relação que não queriam. Eram ensinadas a trabalhar para que pudessem garantir o seu sustento, bem como eram excelentes amantes, donas de casas e mães.
Assim aprendiam o seguinte:
- Ama o teu homem e segue-o, mas apenas se ambos representarem um para o outro o que a Deusa Mãe ensinou: amor, companheirismo e amizade.
- Nunca permitas que algum homem te escravize. Nasceste livre para amar, e não para ser escrava.
- Nunca permitas que o teu coração sofra em nome do amor. Amar é um acto de felicidade, por quê então sofrer?
- Nunca permitas que os teus olhos derramem lágrimas por alguém que nunca te fará sorrir.
- Nunca permitas que o uso do teu próprio corpo seja cerceado. Lembra-te que o corpo é a moradia do espírito; por quê então mantê-lo aprisionado?
- Nunca te permitas ficar horas à espera de alguém que nunca virá, mesmo tendo prometido.
- Nunca permitas que o teu nome seja pronunciado em vão por um homem cujo nome desconheces.
- Nunca permitas que o teu tempo seja desperdiçado com alguém que nunca terá tempo para ti.
- Nunca permitas que te gritem ao ouvido. O Amor é o único que pode falar mais alto.
- Nunca permitas que paixões desenfreadas te transportem de um mundo real para outro que nunca existiu.
- Nunca permitas que outros sonhos se misturem aos teus, convertendo-os num grande pesadelo.
- Nunca acredites que alguém possa voltar quando nunca esteve presente.
- Nunca permitas que o teu útero gere um filho que nunca terá um pai.
- Nunca permitas viver na dependência de um homem como se tivesses nascido inválida.
- Nunca te ponhas linda e maravilhosa a fim de esperar por um homem que não tem olhos para admirar-te.
- Nunca permitas que os teus pés caminhem na direcção de um homem que só vive a fugir de ti.
- Nunca permitas que a dor, a tristeza, a solidão, o ódio, o ressentimento, o ciúme, o remorso e tudo aquilo que possa tirar o brilho dos teus olhos te dominem, fazendo arrefecer a força que existe dentro de ti.
- E, sobretudo, nunca permitas a ti própria perder a dignidade de ser mulher."
Fonte: https://momentoskatia.blogs.sapo.pt/codigo-de-honra-das-mulheres-celtas-203636
Atenção, povo! Uma nova forma de nazismo, disfarçado de apoio, está a infiltrar-se, já há bastante tempo, muito sorrateiramente, muito subtilmente, nos países mais fragilizados europeus, como sendo a Grécia, a Irlanda, a Islândia, Espanha, e naturalmente Portugal.
Querem acabar com a “raça” destes países que eles consideram “pequenos”, esquecendo-se de que já tiveram um papel bastante dominante na construção do mundo.
Eles dão “apoio”, injectam dinheiro, mas cobram juros altíssimos, juros de Judas Iscariotes, que de “amigos “ e “parceiros europeus” nada têm.
Querem afundar-nos. Destruir-nos como países. Dão-nos subsídios para não cultivarmos as nossas terras, outrora ricas, e hoje abandonadas, que dão dó!
Dão-nos subsídios para abaterem barcos, quando somos um povo essencialmente do mar.
De vez em quando empurram o “lixo humano” fronteiras adentro, para desestabilizar.
E o que faz o povo português?
Envergonha os antepassados, que lutaram com unhas e dentes pedras e paus e pás de forno, à falta de armas, mas lutaram, não deixando que ninguém os subjugasse.
Basta fazer a pergunta: quem manda na Europa? Quem é o país mais forte?
Eis que uma nova forma de nazismo toma conta das nossas vidas.
Vamos deixar que isso aconteça?...
Isabel A. Ferreira
Se tenho acesso a uma vinha, não vou colher todas as uvas só para mim...
Os ricos existem para que haja pobres
Pobreza e riqueza.
Duas condições de vida. Ambas injustas, porquanto nem a pobreza nem a riqueza são a medida do homem. Ambas condenáveis à luz da razão, porque uma é imprópria e a outra abusiva da natureza humana.
O mundo foi criado para que nele vivessem todos os Homens em plena condição de igualdade, sem necessidade de passarem qualquer privação, porquanto na Natureza existe, em abundância, tudo o que é preciso para a adequada sobrevivência de todos os seres viventes.
Por isso, a pobreza não tem razão de existir, bem como também a riqueza. No equilíbrio entre uma condição e outra é que assenta a lógica da coexistência pacífica.
Porquê é a pobreza imprópria da natureza humana?
Porque todos os seres humanos nascem iguais, com o mesmo direito de usufruir do que no mundo existe à sua disposição. Se tenho acesso a uma vinha, não vou colher todas as uvas só para mim. Colho apenas as necessárias para saciar o meu desejo de as comer. As restantes, deixá-las-ei para outros que tiverem o mesmo desejo.
Porquê é a riqueza abusiva da natureza humana?
Porque se todos os seres humanos nascem iguais e com o mesmo direito de usufruir do que no mundo existe à sua disposição, não devo apoderar-me do que é para repartir com todos esses outros. Não vou colher todas as uvas apenas para as acumular e mostrar que sou rico, privando as outras pessoas de saborearem as que deixo apodrecer, porque são demasiado para mim.
Uma sociedade só será justa quando todas as pessoas, sem excepção, tiverem o seu pão com manteiga, o seu copo de leite e a sua banana – o essencial – para matarem o seu jejum. Porquê hão-de uns comer dois pães, quando um só bastava, e outros hão-de não comer nenhum?
No mundo, o pão existe em quantidade suficiente para alimentar todos os seres humanos. Mas porquê hão-de uns passar fome para que outros vomitem o excesso dos alimentos que não precisam?
Uma questão de pura ganância e mesquinhez, que conduz à má distribuição dos bens necessários à sobrevivência justa e condigna de todos os seres humanos.
Os ricos existem para que haja pobres. Podes crer. Se os ricos fossem menos ricos, a riqueza estaria equitativamente distribuída, e a pobreza deixaria de existir à face da Terra. Porquê haveríamos de ter seis mãos, quando duas são a medida exacta da nossa mestria?
in «Manual de Civilidade» © Isabel A. Ferreira
«Portugal é feito de belas paisagens de água, como as do Oceano Atlântico e das suas ondas ora poderosas, ora mansas, a beijar-lhe a costa, pontilhada de recantos paradisíacos, de areais imensos, e de penedias, sobre as quais voejam as gaivotas; como as dos rios que serpenteiam por entre vales e planícies verdejantes e majestosas montanhas; e as dos barcos que descansam nas águas, ao entardecer.
Portugal é feito de paisagens de campo, de paisagens citadinas, belas e coloridas, como a magnífica cidade do Porto, Património Mundial, com o seu casario a escorrer para o rio, onde os barcos rabelos emprestam um ar bucólico à foz do Douro, e que o Sol poente matiza das mais variadas cores.
Portugal é feito de aldeias e vilas antigas, casas senhoriais, palácios, castelos altaneiros, lugares que ainda conservam a essência das suas origens, monumentos fabulosos, uma arte requintada, como o Estilo Manuelino (uma variação portuguesa do Gótico) que surpreende pela sua beleza, e a admirável azulejaria que ainda pode ser apreciada na fachada das casas de muitas localidades.
Portugal é feito da música das guitarras de Coimbra ou do fado de Lisboa; é feito de muitas cores, de muitos verdes, de Sol e das palavras luminosas dos seus poetas.»
...
Estas palavras, escrevi-as na minha «Contestação» do livro «1808», da autoria do jornalista brasileiro Laurentino Gomes, onde Portugal e os Portugueses e o nosso Rei Dom João VI são muitíssimo amesquinhados, maltratados, predominando a mentira, e o preconceito do colonizado sobre o colonizador.
Na verdade, Portugal é um paraíso onde poderíamos viver placidamente, não fosse estar cheio de pessoas e políticos com mentes tacanhas que, empoleirados em cargos maiores, transformam o País lá no quintalinho deles, deixando tudo o que faz parte da sociedade portuguesa, por aí à deriva, sem rumo, e se não somos um povo maior, a essas mentes tacanhas o devemos.
Diz-se que um povo que não se sente não é filho de boa gente, por isso aqui estou, uma vez mais, a defender, desta vez não o País, mas algo que faz parte da sua Cultura e são desprezadas pelo preconceito bacoco que reina entre os pseudo-intelectuais, que por aí andam e mandam no caduco sistema editorial português: as Edições de Autor.
Vocês sabiam que a maioria dos livros que por aí circulam são, no fundo, edições de autor? Porque quem paga a edição é o próprio autor. Mas como levam a chancela de Editoras, umas mais, outras menos afamadas, são acolhidas como “filhas” e têm o aval das livrarias e dos próprios leitores. Podem não valer nada como leitura ou Literatura, mas trazendo o “selo” de uma editora, entram em todo o lado. As outras, as Edições propriamente ditas de Autor, são tratadas, injustamente, como “enteadas”.
Eu faço edições de autor, por opção, e devo confessar que tenho grande dificuldade em escoar os livros, precisamente devido a esse preconceito bacoco contra o facto de os livros não terem o suporte de uma editora.
Decidi, por uma vez, experimentar a publicação da «Contestação» através da Chiado Editora (ainda com pouco nome, mas era uma editora). Imprimiram-se 500 livros. Paguei-os todos (e não foi pouco). E ainda tive de dar uma percentagem. E o contrato que se assinou, então, não foi cumprido, pela parte da editora. Viram-se com o dinheiro no bolso, e a cláusula que diz: a editora obriga-se a distribuir, promover e divulgar a obra, ficou no papel do contrato.
Ora para isso, prefiro fazer as minhas próprias edições de autor. Pago o livro, tenho grandes dificuldades em os distribuir, promover e divulgar, mas também não tenho de dar percentagens a quem devia distribuir, promover e divulgar o livro e não o faz (para isso se dá a percentagem).
E qual a diferença entre a publicação com chancela ou sem chancela? Absolutamente nenhuma. O conteúdo é o mesmo, a paginação, capa e revisão são feitas por gente do meio. A única diferença é o “selo”.
A Comunicação Social vai pelo mesmo caminho. Entregar edições de autor aos media para divulgação é o mesmo que as deitar ao caixote do lixo. Os próprios “divulgadores” de livros (como as publicações da especialidade) e o próprio Marcelo Rebelo de Sousa (divulgador de livros numa estação de televisão) que um dia, no "Correntes d’Escritas" na Póvoa de Varzim, disse que «é preciso acarinhar as Edições de Autor», desprezam-nas (e eu que o diga, pois os livros que enviei a todos, incluindo a Marcelo, foi o mesmo que os atirar ao caixote do lixo).
Só divulgam as edições de autor dos amigos, e este é o lado perverso da edição em Portugal.
Contudo, nem toda a Edição de Autor é lixo. E nem toda a Edição, com a chancela de Editoras, tem qualidade.
Nos tempos que correm, os novos autores não são escritores. São futebolistas. São apresentadores de televisão. São apresentadores de telejornais. São pessoas com vidinhas escandalosas. São Josés Castelos Brancos. São os Big Brothers. São os policiais. Enfim, são todos aqueles que diariamente têm visibilidade, aparecem nas televisões, nas revistas cor-de-rosa, com mais ou menos protagonismo. E eles é que vendem. A Literatura é marginal.
São vendas garantidas. As edições são pagas (tive muitas ofertas dessas) pelos autores. Os editores só têm a ganhar.
A verdadeira Literatura deu lugar às caras que aparecem nos ecrãs e nas revistas. E é a essa “cultura” que os editores dão o seu aval.
É a mediocridade a progredir. É o País a regredir.
Além destes, apenas são publicados os autores já consagrados. Autores sem nome no mercado (a não ser que sejam amigos de amigos dos editores, ou filhos de figuras públicas) não são publicados. Ponto final. Tenham ou não tenham obra de qualidade.
Culpo os escritores portugueses, que nunca se rebelaram contra esta situação humilhante. O que lhes interessa é publicar, nem que seja a troco de umas migalhas.
O que resta fazer, então? O inusitado. O imprevisto. Porque, como já dizia Miguel Torga, que começou por fazer Edições de Autor: «Ser livre é um imperativo que não passa pela definição de nenhum estatuto. Não é um dote, é um dom».
Por estas e por outras, os talentos portugueses estão a singrar no estrangeiro. E Portugal a afundar-se, cada vez mais, na mediocridade.
Isabel A. Ferreira
O que poderá dizer-se de Josefina Maller?
O que ela quis que de si se soubesse na sua Nota Biográfica (relatada nas badanas do livro), e que,
resumidamente, diz o seguinte: a sua infância e a adolescência foram passadas entre dois continentes – Europa e América do Sul – pontuadas pelo romantismo e proezas de viagens a bordo de grandes navios, vivenciando peripécias exóticas, aqui e ali, o que nela desenvolveram um espírito aventureiro, desassossegado, insatisfeito…
Depois veio a realidade: trabalhou numa escola pública, em Portugal, durante dois anos. Não satisfeita, com horários e campainhas, enveredou pelo Jornalismo e pela arte fotográfica. Alguns anos durou essa carreira, de escrita e de fotógrafa, como freelancer, em vários jornais nortenhos. Recebeu alguns prémios. Mas o seu maior prémio, segundo ela própria, foi o de ter conseguido apanhar a vida em andamento…
Entretanto, o passado passou, e actualmente escreve porque essa, enfim, é a sua verdadeira vocação.
A autora estreou-se com «A Hora do Lobo», um livro estranho, perturbador, onde a ficção e a realidade se unem para dar voz a muitas vozes, que precisam de gritar, mas não têm como.
É um livro ousado, que reflecte as coisas do Mundo, do Homem, da Humanidade, do Planeta e do Futuro... (Se houver Futuro).
Segundo a autora: «A Hora do Lobo» é um livro que incomoda. Um livro atrevido. Desassossegado. Intencionalmente provocante. Um desafio às mentes adormecidas. Pontilhado de casos reais. É um livro que desafia a mediocridade».
Por isso Josefina Maller adverte: «Não pode adquirir o meu livro quem gosta da chamada “literatura
light”; quem gosta de romances de “água com açúcar”; quem gosta da vulgaridade; ou quem não gosta de reflectir»...
Trata-se de uma pré-visão do que poderá acontecer ao homem e ao Planeta, um alerta aos poderosos do mundo, mas também a idílica vivência de um nefelibata que percorre o mundo.
É uma história com várias histórias dentro, escrita escorreitamente, na Mátria Língua Portuguesa.
Uma história, cujo final ficará ao critério de cada leitor... como um desafio à inteligência...
Um livro que se recomenda a todos quantos se preocupam com a Vida no Planeta, de um modo global.
SINOPSE
Tudo aconteceu inesperadamente.
As carnes de todos os seres vivos começaram a cair como chuva fétida. Homens e mulheres, velhos e novos foram atacados pelo que se admite ter sido o mais surpreendente tédio do Universo. Fracos e fortes, bons e maus, todos os animais vertebrados e invertebrados, caminhantes e rastejantes sobre a Terra evolaram-se, então, impelidos por uma ventania endoidecida. Toda a vegetação murchou e as águas das fontes, dos rios, dos lagos e dos oceanos secaram, tal o poder flamífero do Sol que, saturado, cingiu o planeta com um deslumbrante manto de fogo. E esse fogo era tudo o que restava do caos.
Veio, depois, o vazio.
O nada, na sua mais absoluta significância. O nada, mas não as trevas. Era uma luz intensa que
fulgurava. Tão ofuscante que causaria pasmo e aquele terror primordial do desconhecido, se alguém tivesse ficado para contemplá-la.
Iniciara-se a revolta dos elementos. Ferozes. Saturados de raivas acumuladas, há longos, longos séculos, pelos maus-tratos que lhes foram infligidos. Desprotegido, o Planeta ficou então inteiramente à mercê de um Sol insensível, único elemento dominante no caos em que o Universo se transformou, o qual envolveu a Terra num abraço funesto, ao lançar os seus raios ultravioletas, como flechas envenenadas, sobre todos os povos.
Todavia, pelo planeta, deambulava o esqueleto de um homem que, misteriosamente, sobrevivera
ao tédio do Universo. Um ser sonâmbulo. Amostra de um caos absoluto. Simulacro de sombra ou vivo-morto, sem condição para repousar, em paz, o corpo descarnado. Por isso, aguardava, expectante, o desfecho desta rebelião dos elementos, e um destino singular e inimaginável, que o aguardava, lá, num lugar secreto, onde a vida fluía como um milagre…
***
Por motivos alheios à vontade da autora, o livro não se encontra à venda nas livrarias portuguesas. Quem estiver interessado em o adquirir, deve fazê-lo através do e-mail: josefina.maller@gmail.com
O livro será enviado via CTT, por 15,00 Euros (já incluído os portes para território português).