Sábado, 27 de Março de 2010

O Mundo dos Homens

 

 

«Educai as crianças e não será necessário castigar os homens» - (Pitágoras)

 

 

Basílio de Sousa Dias (Foto: DN - Paulo Coutinho)

 

Eu tive um amigo (falecido há alguns anos) ilustre jornalista, poeta, historiador, publicista, agente artístico, actor (de cinema e teatro), de seu nome Basílio Joaquim de Sousa Guimarães Torres Peixoto Palhares de Lacerda Burgueira de Mariz e Dias, Conde de Celanova, Barão do Corvo e Morgado da Toutosa, último nobre galaico-português (por ter sido filho único e não deixar descendência).

 

Durante o tempo em que convivemos e trabalhámos no mesmo jornal, eu apenas sabia que era Basílio de Sousa Dias, jornalista e historiador, habitante da noite portuense, boémio, que vivia em Vila Nova de Gaia, numa casa onde guardava um extraordinário espólio, e que uma tarde visitei, tendo sido mimoseada com um requintado lanche, confeccionado pelo próprio Basílio.

 

Na altura em que trabalhávamos no mesmo jornal - «A Voz da Póvoa», dirigido por José de Azevedo - ambos escrevíamos crónicas, e ele, por mais do que uma vez, me “censurou” por eu “bater” demasiado nos homens, e ele, como Homem, sentia-se lesado com as minhas observações.

 

Um dia expliquei-lhe os meus motivos.

 

...

 

Não haverá ninguém que não conheça o mito de PANDORA, que atribui a esta Eva grega, todos os males que afligem a Humanidade, uma vez que, devido à sua curiosidade, abriu uma pequena caixa onde os deuses guardavam esses males, espalhando-os pelo mundo. Contudo, lá no fundo da caixa, restou uma única coisa boa: a Esperança.

 

Ora, esta lenda só poderia ter sido inventada por um homem. Se fosse eu a criá-la, talvez a Pandora fosse um Pandoro, pois tanto quanto sei e observo, todos os males que desde tempos antigos afligiram a Humanidade foram (e continuam a ser) causados pela falta de inteligência, de visão e de discernimento dos homens que têm o poder de pôr e dispor da vida e da morte, no nosso Planeta.

 

Claro que, quando me refiro aos homens, é aos que escrevo com um h minúsculo. Todas as vezes que me refiro a um ser (masculino) superior utilizo o H maiúsculo, e para mim, a superioridade de um Homem tem a ver com a sua inteligência e com o seu modo prudente, sábio, lúcido e hábil de estar na vida. Em suma tem a ver com a sua Humanidade.

 

Se os homens parassem um pouco para reflectirem, por exemplo, na guerra, talvez chegassem à conclusão de que ela é a maior manifestação da sua própria imbecilidade. Lá pelas épocas pré-históricas, tais actos bélicos ainda se justificariam. Talvez! Hoje, porém, em pleno século XXI  D.C., a proliferação de confrontos entre os povos é inadmissível e extremamente irracional.

 

Os grandes chefes, normalmente pequenos homens em mentalidade, enviam para a morte, jovens que se matam uns aos outros sem saberem porquê, em nome de ideais idiotas, a maior parte das vezes. E esta é uma das maiores provas do cretinismo dos actos de guerra.

 

Eu, se fosse Homem, recusar-me-ia, nem que tal me custasse a vida, a ir para uma guerra matar outros seres humanos, como eu, os quais nunca me fizeram mal, a propósito de coisa nenhuma.

 

Quem inventou a pólvora, as bombas atómicas, as armas nucleares e as outras? Os homens. Quem são os “cérebros” das células terroristas (o que considero um bando de requintados cobardes) que infernizam a vida de cidadãos pacatos? Os homens.

 

Quem são os chefes das máfias? Quem são os maiores criminosos? Os grandes bandidos da Humanidade? Os pedófilos? Os homens.

 

Quem inventa as leis que regem os povos, e que nem sempre correspondem às necessidades, aos anseios e às realidades das populações? Os homens.

 

 Quem governa (mal) os países (tirando uma ou outra mulher)? Os homens.

 

Quem contribui para a poluição do ar, das águas e do solo? São os homens, com as suas ridículas invenções, que proclamam em nome de um falso progresso. Depois é o «Ai Jesus!» que a camada de ozono vai mal; «Ai Jesus!» que a radioactividade está a contaminar a Natureza; «Ai Jesus!» que o Planeta está em risco!

 

Quem está a destruir o chamado “pulmão do mundo” – a floresta amazónica? São homens: fazendeiros dementes e ávidos de lucro, que matam os que querem preservar um dos lugares mais diversificados em flora e fauna que se conhece. Quem polui as águas dos rios, que desfeiam a paisagem e matam os animais e as plantas? São os homens, donos de fábricas, que não respeitam a vida no Planeta.

 

Quem foram os Neros, os Hitlers e os Saddams da Humanidade? Foram homens. Quem dirigiu os campos de concentração alemães e os Gulags russos, lugares de extermínio de Homens, Mulheres e Crianças? Foram homens.

 

Normalmente são homens que estão à frente do destino da Humanidade; homens de mente mesquinha, que se escudam por detrás da sua pequenez de espírito e pouco se importam com a fragilidade das flores. São eles que dominam e pisam a frágil verde erva que cresce nos campos.

 

Parece que estou a ouvir perguntar: e se o mundo fosse governado por Mulheres, como seria? Não sei. Mas palpito que talvez muito melhor. Julgo que, pelo que se tem verificado do trabalho das (ainda poucas) Mulheres que se têm encontrado no topo dos comandos, a grande maioria tem-se mostrado eficiente e pacifista. Porque a Mulher é, acima de tudo, “criadora de vida”, é Mãe, e compreende que os filhos da Pátria não são trapos que possam ser usados para limpar o lixo do mundo.

 

Quando olho, por exemplo, para a figura de Hitler, e penso que, um dia, ele foi uma criança, naturalmente linda... O que teria feito dele um monstro?...

 

Pitágoras (filósofo grego do século V a.C.) dizia: «Educai as crianças e não será necessário castigar os homens».

 

Será que as crianças de outrora (hoje a minoria de homens que desgovernam o nosso Planeta, não foram educadas por Mulheres?

 

Não sei! Talvez fossem educadas num mundo selvagem, à margem das Mães!

 

Hoje a Ciência pode explicar o que vai na cabeça dos homens, e por que é que os homens são tão diferentes das Mulheres, no que respeita ao comportamento.

 

Como gostaria de ver uma pomba branca a sobrevoar uma flor, numa noite escura...

 

 

Como gostaria que os homens se tornassem HOMENS, para que a Humanidade pudesse ter a dignidade dos seres mal denominados de irracionais.

 

...

 

Basílio de Sousa Dias entendeu as minhas razões. Afinal, eu considerava-o um HOMEM. Não havia razão para sentir-se lesado na sua honra.

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:04

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Quarta-feira, 24 de Março de 2010

A ESCOLA, HOJE!

 

A escola, hoje, é um lugar terrível, tanto para alunos, como para professores, como para os pais. Para mim, foi-o igualmente, quando por lá andei.

Eu já fui professora do Ciclo Preparatório (que hoje já não se chama assim), não por vocação, mas porque na altura, ainda Bacharel, não podia fazer o que queria: prospecção arqueológica, até porque não havia nada para fazer nesse campo, num país cheio de ruínas.

 

Então meti-me no Ensino. Dei aulas apenas dois anos. No primeiro ano, não suportei as campainhas, os horários, o sistema, os programas (de Português e de História). No segundo ano, não admiti a indisciplina que o 25 de Abril deixou entrar nas Escolas.

 

O Presidente do Conselho Directivo da segunda escola em que dei aulas, confundia Liberdade com Libertinagem (e não foi só naquela escola), de modo que se implantou uma (in)disciplina tal na Escola, que os alunos podiam fazer tudo e mais alguma coisa, dentro das salas de aula, e ai do professor que quisesse manter a disciplina: não podia repreender-se os alunos, não podia marcar-se faltas de castigo, não se podia mandá-los para fora da aula, se estivessem a ser inconvenientes, porque podíamos causar-lhes traumas irreversíveis; eles tinham de sentir-se livres, para poderem crescer em liberdade, enfim, confundindo-se alhos com bugalhos, plantou-se as sementes da indignidade a que hoje se chegou.

 

Então acontecia que os alunos começaram a chegar à minha aula a mascar chicletes; a colocar os pés em cima das mesas; a jogar à bola... porque o professor X deixava (o professor X era o Presidente do Conselho Directivo). Tive de impor as minhas regras, e fui curta e grossa: «que fizessem o que quisessem nas aulas do professor X, mas nas minhas, nada de chicletes, nada de pés em cima da mesa e nada de bolas. E quem não quisesse obedecer às minhas regras que saísse da sala». Aguardei. Ninguém saiu. Guardaram as bolas. Puseram as chicletes no caixote do lixo, e sentaram-se.

 

Nesse tempo, eu andava grávida, já quase no fim da gestação, e a uns dois meses do término do ano lectivo, e numa das minhas turmas, havia um rapaz problemático, que não obedeceu a uma ordem minha de se sentar (uma vez que andava de carteira em carteira a perturbar os outros alunos). Em vez de ir sentar-se, aproximou-se de mim e disse: «Dou-te já um pontapé na barriga!». Mantive a calma, para não lhe dar um grande bofetão (como me apetecia) e disse-lhe para se retirar imediatamente da sala. Fez-me frente. Agarrei-lhe numa orelha e levei-o para fora até ao meio do corredor. E não disse nada. O miúdo sai para a área exterior e apedreja a janela da sala de aula, quebrando o vidro, não ferindo ninguém, por um mero acaso.

 

O estardalhaço chegou aos ouvidos do professor X. O que foi, o que não foi, fui chamada ao gabinete. Porque não podia ser, porque mais isto e mais aquilo... Os meninos não podem ser expulsos da aula.

 

Então eu disse ao Senhor Presidente da Escola: «O que não pode ser é eu ser ameaçada por um fedelho com treze ou catorze anos, e ficar-me por ali mesmo. E se ele me desse o pontapé na barriga? Não permito que ninguém, muito menos um aluno, me falte ao respeito; não permito indisciplina nas minhas aulas; e se estas minhas simples regras não tiverem lugar nesta escola, faça queixa de mim a quem quiser, ponha-me um processo disciplinar, ou ponha-me na rua, que eu saio imediatamente pela porta da frente, e não volto a entrar; e se tiver de ir lavar retretes para ganhar a vida, prefiro, a continuar num lugar onde não há disciplina nem autoridade – regras de ouro para o bom funcionamento de uma escola e para a boa educação dos alunos».

 

O Senhor Presidente ficou estupefacto com o meu atrevimento. O mau ambiente instalou-se. Quem é que ela pensa que é? Ouvia-se. Eu era apenas a bacharel rebelde (nesse ano acabava a minha Licenciatura). Contudo, continuei a manter as minhas regras de disciplina com os meus alunos, e não havia lei nenhuma que me obrigasse a aturar catraios indisciplinados. Dentro da sala de aula a lei eu era. Não abdiquei nem um milímetro da regra do respeito mútuo e das benfazejas disciplina e autoridade. Desse modo consegui manter as minhas turmas no bom caminho, e a partir de então não tive qualquer problema. Ao mínimo deslize o aluno ia porta fora, gostasse ou não o Senhor Presidente. Houvesse ou não houvesse leis a dizer o contrário. Nas minhas aulas a AUTORIDADE era EU. Se não fosse para ser eu, não me contratassem para ENSINAR.

 

O conceito de Ensinar não é apenas “despejar” a matéria para cima dos alunos, como se despeja um copo de água. Por detrás do Ensinar, há muitas outras regras que um Professor tem obrigação de apresentar aos seus alunos.

 

No final daquele ano lectivo, fui mãe, e decidi abandonar o Ensino, onde não havia lugar para mim, pois estaria sempre à margem das novas “filosofias libertárias” do Ensino, que não se coadunam com a Educação.

 

Dediquei-me ao Jornalismo de causas. Não consegui mudar nada, até porque um palito não faz uma canoa. Mas o mais importante é não tornarmo-nos cúmplices do desgoverno.

 

Pelo que se vê, depois desta minha desastrosa passagem pelo Ensino, as coisas foram piorando, cada vez mais.

 

E hoje, o que é a Escola? Um lugar de medo, onde não existe disciplina, nem autoridade, nem respeito por coisa nenhuma. Alunos atacam alunos. Alunos atacam professores. Professores atacam alunos. Os pais dos alunos atacam os professores. E o que acontece a uns e a outros? Nada.

Muito recentemente o Leandro atirou-se ao rio, por medo. Um professor de Música lançou-se ao Tejo, porque não aguentava as agressões dos alunos. Então onde fica a DISCIPLINA e a AUTORIDADE?

 

É urgente uma revolução no Ensino.

É urgente uma revolução na Educação.

É urgente uma revolução na Cultura.

 

É urgente uma Nova Ordem, baseada no respeito mútuo e nos valores humanos mais primários, e num ensinamento, que é a base de todos os ensinamentos: «NÃO FAÇAS AOS OUTROS O QUE NÃO GOSTAS QUE TE FAÇAM A TI».

 

Havia necessidade de o Leandro atirar-se ao rio?...

Havia necessidade de o professor de Música lançar-se ao Tejo?...

publicado por Isabel A. Ferreira às 19:53

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Segunda-feira, 15 de Março de 2010

PARTILHANDO A MINHA PAIXÃO POR CAVALOS

 

 

(Origem da foto: Internet)

 

 

http://www.youtube.com/watch?v=CCPMLVcesO4&feature=related

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:54

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Segunda-feira, 8 de Março de 2010

DIA INTERNACIONAL DA MULHER – UMA VISÃO

 

 

«Pandora», por Jules Joseph Lefebvre, 1882 (colecção privada) –  Na mitologia grega Pandora foi a primeira mulher criada por Zeus como punição aos homens pela ousadia do titã Prometeu em roubar aos céus o segredo do Fogo.

 

Copyright © Isabel A. Ferreira 2010 

Hoje, dia 8 de Março, por quase todo o mundo se comemora o Dia Internacional da Mulher. Digo “quase” porque em muitas partes do nosso Planeta, os homens andam demasiadamente “entretidos” a guerrear outros homens e não têm tempo para se lembrarem que existem mulheres que choram os filhos mortos por causas estúpidas, por esses mesmos homens provocadas; noutros lados ainda, muitas mulheres morrem de tristeza por não terem com que alimentar os filhos que os homens avidamente as obrigam a ter; outras são mantidas como escravas ou tratadas como objectos e maltratadas por indivíduos que se julgam donos delas. E ainda outras são delapidadas, obrigadas a esconderem-se atrás de panos, viajar nas malas dos táxis, tratadas abaixo da mínima condição humana.

Que motivos há para comemorar? Comemorar o quê? O sofrimento? A discriminação? A escravatura? A emancipação apenas de algumas mulheres?

Estou a lembrar-me, por exemplo, do sofrimento daquelas mães que deram à luz uma linda criança, inocente como todas as crianças, e, pouco a pouco, vêem crescer nela um monstro, um marginal, um ser nocivo à sociedade, que todos desejam ver eliminado, tal como se elimina uma erva daninha ou um indesejável percevejo.

Estou a lembrar-me igualmente daquelas mulheres que ainda são colocadas à margem; aquelas que não caminham lado a lado com o homem, mas seguem atrás dele, submissas como carneiros, e secas (por dentro) como a areia do deserto.

E aquelas outras, autênticas escravas, cuja existência é apenas “servir” o homem ou então... lá vem castigo.

Ao logo da história da Humanidade a condição da mulher variou consoante o maior ou menor grau de civilidade ou mesmo da inteligência do homem. Em algumas culturas, as mulheres conseguiam sobrepor-se e até impor-se, ocupando o lugar que lhe era devido: nem acima, nem abaixo do homem, mas tão-somente lado a lado, em pleno pé de igualdade.

Houve épocas em que a mulher era considerada um ser inferior, sem alma, de pouca inteligência e que existia apenas para procriar e “servir” os homens. Enquanto filhas eram propriedade dos pais (homens); quando casavam passavam a ser propriedade dos maridos que exerciam (uns e outros) sobre elas o poder de vida ou de morte. Aliás ainda hoje tal infâmia acontece em alguns países onde a civilização não chegou.

E no entanto, isto também aconteceu na Grécia antiga, no tempo dos cultos e sábios filósofos, entre aqueles que inventaram a democracia, embora uma democracia assente na escravatura e na marginalidade da mulher.

Se os homens sábios assim se comportavam, como devem comportar-se os ignorantes?

Naquela época, se uma mulher se atrevia a pôr à prova a sua inteligência, logo os homens tratavam de a caluniar, pois incomodava-os o facto de terem de admitir que, afinal, a mulher também tinha massa encefálica.

Enquanto os homens assim pensavam, foram construindo o mundo à medida das suas ambições, da sua ignorância, da sua falta de visão. E quantos crimes, quantas barbaridades, quanta destruição cometeram em nome da sua “racionalidade”, de uma racionalidade que, afinal, servia para os distinguir dos outros animais. E quantos animais são mais racionais do que muitos homens!

A Humanidade foi avançando. O tempo girando. As épocas se sucedendo. Muita ignorância se acumulando, até chegarmos aos dias de hoje.

Aqui e ali as mulheres foram dando o seu grito de liberdade. É claro que algumas exageraram e não souberam tirar partido dessa liberdade, e só se afundaram na lama. E hoje, podem não ser escravas do homem, mas são escravas de si mesmas e do mau uso que fazem da racionalidade que Deus lhe deu.

Hoje confunde-se muito as coisas. A mulher só é igual ao homem (muitas delas são até superiores) na capacidade que têm de construir, lado a lado, um mundo harmonioso para viver.

Em mais nada, porém, ela é igual. E ainda bem!

Se a mulher fosse tal e qual um homem, seria um homem.

Existem homens inteligentes, outros menos inteligentes; há até aqueles que “apanham” das mulheres; há os que aceitam, compreendem e aplaudem a inteligência da companheira; e há os antiquados, os indiferentes, os invejosos.

Há ainda aqueles (talvez a maioria) que apreciam, sim senhor, a inteligência, a libertação, a igualdade de direitos da mulher... dos outros.

Não se julgue que as coisas mudaram muito desde a época dos sábios gregos. Os homens de hoje admiram muito uma mulher inteligente, emancipada, senhora do seu nariz, porém, se ela, por um acaso, o incomoda ou lhe faz sombra, com essa sua inteligência, ele usa o truque dos velhos gregos: há que difamá-la. Há que pisá-la. Há que tentar desmoralizá-la, porque não conseguem aceitar em pleno pé de igualdade, um desafio, uma crítica ou a supremacia.

E se o mundo está no caos em que hoje o vemos, devemo-lo à prepotência e à falta de inteligência dos homens que o governam. Porque no meu entender, a guerra, o banditismo, o terrorismo, a criminalidade, a desordem, os confrontos, os conflitos armados, o fanatismo (de qualquer tipo) a sede de poder e todo o género de crueldade cometida contra o próprio homem, contra o meio ambiente e contra os outros seres vivos é a maior prova da falta de inteligência, da estupidez e da irracionalidade desses homens.

Para mim, qualquer homem ou mulher que enverede ou aceite este tipo de desumanidade é um acéfalo – ou seja, um ser a quem falta o pensamento dirigente.

Embora discorde peremptoriamente do Dia Internacional da Mulher (ou de qualquer outro dia que seja, não me parece que exista o Dia Internacional do Homem), porque penso que todos os dias são dias de todas as coisas, e todos os dias devemos lembrar-nos que existimos num mundo feito de todas as coisas que se comemoram por aí (não sei para quê, talvez por uma questão mercantilista), decidi, abordar o assunto, por vários motivos: primeiro porque se foi um homem que resolveu inventar este dia, perdeu o seu tempo, e gostaria que ele soubesse, que pelo menos eu, sou contra este tipo de humilhação.

EU sou mulher, e todos os dias são meus, são dos outros, são de todas das coisas que me rodeiam. Não quero que sintam a minha existência, apenas no dia 8 de Março. Existo e vivo desde que nasci. Este dia é apenas um dia mais, entre todos os que já vivi e os que espero ainda viver.

Considero inútil, descabido, humilhante, dedicarem um dia à Mulher, para lhe oferecerem uma flor, e logo no dia seguinte, lhe espetarem um punhal.

publicado por Isabel A. Ferreira às 09:56

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Sábado, 6 de Março de 2010

In Memoriam Leandro Filipe, vítima de Bullying

 

Copyright © Isabel A. Ferreira 2010
 
 
 
Tinha apenas 12 anos. Uma história de vida triste. Vítima de bullying, uma prática violenta, perpetrada por “valentões” que não passam de grandes cobardes.
Hoje em dia diz-se bullying. No tempo em que eu andava na escola, não se dizia nada. Não sei. Não me lembro. Mas já existia esta prática, ou algo parecido.
Lembro-me de que havia um rapaz matulão, que era o terror dos rapazes. Todos eles apanhavam e sofriam agressões violentas, em silêncio. Envergonhados. E ninguém se atrevia a fazer queixa dele ou a fazer-lhe frente.
Um dia, farto, talvez, de agredir os rapazes, virou-se para as meninas. E então as coisas pioraram. Andávamos todos aterrorizados. Quando o matulão aparecia, encolhíamo-nos todos a um canto, e ele escolhia as vítimas.
Sei que não devia contar o que ainda assim vou contar. Tratou-se de uma experiência, e talvez não sirva de exemplo, uma vez que o bullying é cometido por vários cobardes contra um inocente. Ali era um matulão contra um ou mais.
Um dia, chegou a minha vez. Tinha eu doze anos, tal como o Leandro. Como nunca suportei a violência, jurei a mim mesma, que aquele fulano em mim não punha aquelas manápulas terríveis. Deu-me então uma fúria tal que, ao primeiro ataque, engalfinhei-me com ele, e ele apanhou tantas, mas tantas, que teve de se esconder debaixo de uma mesa, à frente de uma assistência apavorada. A humilhação foi terrível para ele. No final, fiquei aterrorizada, pois pensei que depois disto não me safava.
Todos os meus amigos pensaram o mesmo.
E o que, então, aconteceu foi surpreendente: o matulão, saiu muito devagar debaixo da mesa, e humilhadíssimo, talvez por ter sido batido por uma menina, deixou o recinto de cabeça baixa, e nunca mais, nunca mais, depois disto, se meteu a valentão com mais ninguém no colégio ou fora dele. E, lentamente, foi se integrando até ser aceite como “amigo”.
Anos mais tarde, teve de ser internado no Hospital Psiquiátrico Sobral Cid, em Coimbra, por se tornar frequentemente violento. Sabendo disso, estando eu a estudar em Coimbra, fui visitá-lo. Ele ficou eternamente agradecido pela minha visita, e pela “lição que lhe dei um dia” (palavras dele). Uns tempos mais tarde, fui ao funeral deste jovem que não tece vez, na sociedade.
Cheguei à conclusão de que os valentões, no fundo, são uns grandes cobardes, ou têm problemas psicológicos, e quando alguém lhes faz frente, não passam disso mesmo, uns cobardes, e recolhem-se à sua insignificância.
Hoje em dia, as coisas estão mais sofisticadas.
Às escolas cabe dar segurança às crianças. As crianças devem ser instigadas a denunciar estas agressões, e os agressores deveriam ser expulsos do ensino e levados para um reformatório onde teriam de aprender a ser civilizados, se quisessem regressar a uma sociedade organizada.
Não se admite que se deixe chegar a violência a tais extremos, que “obrigue” um menino de 12 anos a suicidar-se. Alguém terá de se responsabilizar por esta morte precoce. Terrível. Inacreditável!
Que sociedade é esta, a nossa?
Espero que a morte do Leandro sirva para mudar alguma coisa quanto a este fenómeno deprimente, incivilizado, primitivo, bárbaro, que é o bullying, para que nenhum outro menino tenha de se atirar ao rio, para não viver em sofrimento.
 
publicado por Isabel A. Ferreira às 12:34

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Quarta-feira, 3 de Março de 2010

Ao sabor do "Correntes d'Escritas"»...

 

 Copyright © Isabel A. Ferreira 2010
 
Cerimónia de abertura do Correntes d'Escritas, no Casino da Póvoa de Varzim, com Luís Diamantino, Vereador da Cultura, no uso da palavra
 
Realizou-se na Póvoa de Varzim, a 11ª edição do «Correntes d’Escritas», um encontro de Escritores Ibero-americanos, sempre muito concorrido, que decorreu entre 24 e 27 de Fevereiro passado.
Sigo este evento desde a sua 2.ª edição.
Na 1.ª encontrava-me tão afundada no lodo de um poço, para onde uns predadores me atiraram, arrancando-me o meu trabalho, feito de um jornalismo incómodo, deixando-me desnuda no meio da rua, como uma qualquer. Logo a mim, que amava as palavras (e ainda amo). A mim, para quem escrever era a própria vida (e ainda é)! Como ir ouvir falar de palavras, estando eu no fundo de um poço lodoso?
Não assisti àquela 1.ª edição, portanto.
À segunda, já mais liberta, mas ainda profundamente magoada, não resisti, e decidi ir ouvir os escritores.
Depois desta primeira vez, confesso, fiquei viciada.
Não vou fazer um relato do que se passou nesta edição, porque a tal não sou obrigada. Não estou ao serviço de ninguém. Hoje em dia, só escrevo o que me apetece. O que detém o meu olhar. O que me toca o coração. O que agita os meus sentidos.
De modo que, ater-me-ei apenas àquilo que mais me chamou a atenção, entre tudo o que vi e ouvi.
Devo dizer que o que mais gosto no Correntes d’Escritas é das “Mesas”, que não são redondas, mas rectangulares, onde grupos de cinco escritores e um moderador “esgrimam” ao redor de temas, quase sempre complexos, de difícil compreensão, autênticos desafios à imaginação e à criatividade.
E é isso que me fascina, pois todos, de um modo ou de outro, acabam por rodear a questão ou mergulhar nela, até ao fundo, lá, onde se escondem os segredos das palavras, e cada autor cria um universo inteiro ao redor dos temas.
E o que se descobre entre tanta diversidade de ideias, de vivências, de imaginação, de pura criação literária!
Depois há aquela Feira do Livro, que é uma tentação! Livros. Tantos! Venho sempre carregada deles, e nem sempre consigo dar vazão à leitura, de um ano para o outro. Mas isso que importa, se os tenho junto a mim, a aguardar vez?
E há também os momentos inesperados, aos quais não resisto e deixo registados em fotografias!
Este ano, houve alguns pormenores que me “tocaram” (para o bem e para o mal) e é deles de que me ocuparei.
 
A ministra da Educação do actual governo  
 
Isabel Alçada, na sua conferência
 
O «Correntes» abriu com uma palestra proferida por Isabel Alçada, Ministra da Educação do nosso actual Governo, sob o tema «Leitura, Escrita e Educação».
Eu conhecia-a como escritora, e não me desiludiu. Por vezes desiludo-me com as pessoas que sobem a um certo pedestal (quase sempre de barro) e tornam-se vedetas de coisa nenhuma.
Isabel Alçada foi ela própria: simpática, culta, acessível. E gostei do que disse, políticas da educação à parte.
 
A guilhotina dos editores
 
 Maria Teresa Horta (ao centro) ladeada por Luís Naves e Gilda Nunes Barata
 
Maria Teresa Horta, na sua intervenção, e a propósito de alguém ter dito que uns tantos livros do Poeta Eugénio de Andrade haviam sido queimados, disse que a sua editora guilhotinou 500 dos seus livros (sem o conhecimento dela), e que ela pensava que estavam esgotados.
Estarreci-me, embora soubesse que tal poderia acontecer, uma vez que já tinha assinado um contrato, em que uma das cláusulas se referia precisamente à destruição dos exemplares que não fossem vendidos. Dava-se ao autor a oportunidade de os “comprar” por um preço abaixo do mercado, e se ele não quisesse, então os livros seriam destruídos.
Foi um choque para mim, aquela cláusula. Ainda barafustei. Era a minha primeira vez, nestas coisas. Confesso que não gostei, fazendo-me lembrar o tempo da Inquisição e da Ditadura e do pré-25 de Abril, em que se queimavam aqueles livros que incomodavam as pessoas de mentalidade pequenina.
Se é para guilhotinar ou queimar livros então melhor deixá-los nos bancos dos jardins, para que as pessoas os levem para casa. Seria um modo de “fazer” leitores. Uma utopia? Quem não as tem?
 
O trabalho da escrita desvalorizado
 
Ouvi, pela boca de muitos escritores presentes, falar do pouco valor que se dá ao trabalho de um escritor, que passa horas, dias, semanas e até anos a escrever um livro, e só tem direito às migalhas do pão, porque existem os intermediários (editores, distribuidores, livreiros) que levam o pão inteiro.
Se um autor vai falar sobre algum tema, a algum lado, ninguém lhe pergunta quanto custa o trabalho que teve ao preparar o tema. Quando é convidado a escrever algo, é o mesmo vazio.
É como se quem escreve tivesse a obrigação de escrever, e de se alimentar da água da chuva e do ar, que é o que não se tem de pagar (ainda).
Se o escritor quer ser e aparecer sujeita-se a esta humilhação. E não há lei nenhuma que proteja o trabalhador, cujo instrumento de trabalho são as palavras.
Isto é uma coisa muito à portuguesinho, e que não combina com uma coisa chamada Cultura Culta.
 
Bernardo Carvalho: um brasileiro insatisfeito
 
 Bernardo Carvalho (o primeiro a contar da esquerda)
 
Chocou-me a intervenção do conceituado escritor brasileiro Bernardo Carvalho, que teve a insensatez de dizer que a colonização portuguesa e a escravatura no Brasil foram as piores de todas as colonizações e escravatura. Tendo sido convidado para vir ao "Correntes d'Escrita, teve a ousadia de insultar a inteligência dos Portugueses, com a lavagem cerebral que lhe fizeram no Brasil, relativamente à História da Colonização. Muito lamentável.
Estive para intervir, porém, considerei que aquele nem era o lugar nem o momento próprios para contestar um naco da nossa História que, no Brasil, está muito mal ensinada, deturpada e cheia de mentiras. Bernardo repetiu o erro de Laurentino Gomes, no livro «1808», contestado por mim. Desconhecerão os brasileiros as colonizações espanhola, francesa, inglesa, holandesa, e por aí fora? Os Portugueses foram, ainda assim, os menos cruéis.
Este é um assunto ao qual terei de regressar com o escritor.
 
Homenagem a Rosa Lobato Faria
 
Uma frequentadora do “Correntes”, que para sempre estará ausente. Contudo, ficaram os seus versos, os seus romances, as suas fotografias que transmitem uma beleza serena. E o «Correntes» homenageou-a através da leitura de poemas ditos por Aurelino Costa, poeta e “dizeur” por quem tenho grande apreço.
 
Aurelino Costa, Poeta e "dizeur"
 
Esta homenagem foi um momento discreto,  marcadamente comovente. Vi lágrimas na assistência.
 
Lançamento de "História com Recadinho", da escritora Luísa Dacosta  
 
Luísa Dacosta ao centro, ladeada de Leonor Xavier e do seu editor
 
Sigo desde 1983 a carreira desta escritora, considerada uma das maiores estilistas da Língua Portuguesa do século XX.
Trata-se de uma das minhas autoras preferidas, pela beleza de uma escrita invulgar.
Por isso dediquei-lhe um livro intitulado «Luísa Dacosta: “no sonho, a liberdade...”», um mal amado livro, onde abordo toda a sua obra, o seu pensamento, a sua vida, ilustrado com fotografias, a maior parte delas, que só eu tenho.
É sempre com muita mágoa, pois, que quando assisto a uma intervenção pública da Luísa Dacosta, verifico que ela ignora este livro único, sobre a sua pessoa, e a ele nunca se refere.
Na Feira do Livro do «Correntes d’Escritas» encontravam-se alguns dos seus livros à venda (o que também é coisa rara). Aproveitei então a oportunidade para pôr o meu «Luísa», à venda também, junto dos seus (o que muito agradeço ao Alfredo Costa, da Livraria Locus, da Póvoa de Varzim).
Contudo, não consegui vender nem um só exemplar.
Se ao menos a homenageada lhe fizesse jus (ao livro!), talvez alguém se interessasse por ele. Um livro que não foi devidamente divulgado, por opção dos divulgadores. Distribuo livros para divulgação e é como se os deitasse ao caixote do lixo (está tudo registado). Essa tem sido a minha grande mágoa.
Na Universidade de Nanterre, em Paris, este meu livro serviu de consulta para a tese que uma estudante elaborou sobre o livro de Luísa Dacosta, «Corpo Recusado», e várias vezes foi citado, nesse trabalho.
Este e outros episódios similares, se bem que raros, recompensa-me, de certa forma, do mau acolhimento em certos meios, cá dos nossos.
Será que em Portugal uma tal obra não interessará aos estudiosos da obra de uma autora portuguesa, da craveira de Luísa Dacosta?
 
Isabel A. Ferreira
 
publicado por Isabel A. Ferreira às 18:56

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Segunda-feira, 1 de Março de 2010

É PRECISO CHORAR OS MORTOS...

 

http://www.youtube.com/watch?v=gqPz5B-TA1w
 
PELO HAITI!
PELA ILHA DA MADEIRA!
PELO CHILE!
POR TODAS AS PARTES DO MUNDO ONDE AS PESSOAS PERDEM A VIDA, DE UM MODO VIOLENTO!
 
 
É PRECISO CHORAR OS MORTOS PARA QUE SAIBAM QUE FORAM AMADOS...
É PRECISO CHORAR OS MORTOS PARA QUE SAIBAM QUE NÃO SÃO ESQUECIDOS...
É PRECISO CHORAR OS MORTOS PARA QUE CONTINUEM VIVOS NOS NOSSOS CORAÇÕES...
 
http://www.youtube.com/watch?v=vQVeaIHWWck&NR=1
publicado por Isabel A. Ferreira às 11:59

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